Category notícias

Summit ABRAINC debate 100 Dias de Governo Lula e cobra juros mais baixos e reforma tributária

A Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC) debateu, na manhã desta terça-feira (11/4), os 100 primeiros dias do governo Lula e as perspectivas para a indústria da construção civil, durante o Summit ABRAINC 2023. Na oportunidade, os principais players do setor cobraram a diminuição da taxa básica de juros (Selic); a reforma tributária e medidas que estimulem ainda mais a incorporação imobiliária e construção civil.


Na abertura do evento, o presidente da ABRAINC, Luiz França, fez um breve resumo sobre o momento econômico, político e internacional, onde o Brasil está situado. Apontou desafios e lembrou da necessidade da redução de juros. “Sistemas imobiliários fortes dependem de juros módicos para operar, mobilizando investimentos de longo prazo e contribuindo para a estabilidade das famílias. Hoje, o juro alto já começa a limitar o desenvolvimento, deslocando mais empresas para a iliquidez”, explicou.


Quem também defendeu a redução da Selic foi Rubens Menin, presidente do Conselho da MRV. Ele destacou que a construção civil é um dos setores mais afetados pela Selic e explicou que a taxa em alta afugenta recursos da poupança e, ainda, fragiliza as empresas. Menin destacou também a força do setor. “Essa indústria da construção tem uma capacidade de gerar empregos, desenvolvimento econômico e social como em poucos países do mundo”, afirmou.


Entre as autoridades presentes ao Summit ABRAINC, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, defendeu a reforma tributária, alegando que o tema está há muito tempo sendo discutido no Brasil. Ele reforçou, ainda, que a habitação é um símbolo de dignidade no Brasil e um importante motor para a economia. “É uma atividade econômica importante, responde por 10% dos empregos e aquece a economia”, argumentou.


Ainda sobre reforma tributária, o presidente da ABRAINC defendeu que ela adote critérios justos, que identifiquem o segmento como grande propulsor do emprego, do investimento e do bem-estar das famílias. “É essencial que, nas novas regras tributárias, o setor imobiliário tenha um tratamento específico, que garanta simplicidade e não traga, de forma nenhuma, maior ônus aos investidores”, disse, durante discurso.


O prefeito de São Paulo defendeu, durante a solenidade, que o novo Plano Diretor Estratégico dará agilidade ao setor. Na avaliação dele, a Prefeitura trabalha no PDE para reduzir a burocracia. E a ABRAINC entende que o novo plano dará a chance de melhorar a vida das pessoas, tornando a cidade mais inclusiva e possibilitando maior oportunidade a todos. Além de incentivar a produção de um maior número de unidades para atender a alta demanda de habitação nos próximos 10 anos.


Ainda no primeiro painel do Summit, o ministro das Cidades, Jader Filho, defendeu o relançamento do Minha Casa, Minha Vida e, em especial, o retorno da faixa 1 do programa, que passou a contemplar famílias com renda mensal de até R$ 2.640 – anteriormente o limite era de R$ 1.800. Na época do relançamento do MCMV, a ABRAINC destacou a medida como importante para o combate ao déficit habitacional de 5,9 milhões de famílias e propôs que as demais faixas do programa possam receber novos incentivos, ampliando, dessa forma, a contratação de novos projetos e incentivando, também, a geração de empregos e renda para a população.


O ministro acrescentou que o programa deve ganhar ajustes ao longo do ano para chegar com mais eficiência às cidades de até 50 mil habitantes e destacou o peso que ele terá na geração do desenvolvimento nas cidades beneficiadas. “Nosso objetivo é passar de um milhão de empregos diretos e indiretos apenas com o Minha Casa, Minha Vida até 2026”, afirmou.


Sobre o MCMV, Luiz França elogiou o tamanho do orçamento destinado ao programa nesse ano. “O grande êxito dele está na distribuição dos subsídios diretamente às famílias, viabilizando a compra de moradias. Nesse quesito, já temos um motivo para comemorar: a aprovação de um orçamento de R$ 19,5 bilhões em subsídios para este ano, 130% mais do que o valor orçado em 2022”, apontou o executivo.


Durante o painel “Diálogo com o Poder Público para Habitação”, Antônio Setin, presidente da Setin Construtora; Hailton Madureira de Almeida, secretário Nacional da Habitação; Ricardo Ribeiro Valadares Gontijo, CEO da Direcional; Inês Magalhães, vice-presidente de Habitação da Caixa Econômica Federal; e Edson Antônio da Silva, prefeito de Araraquara; discutiram como os agentes econômicos, políticos e sociais podem fortalecer as relações do setor e promover mudanças que permitam novos investimentos e garantir novas habitações.


Em seguida, foi a vez de alguns dos principais players do setor discutirem “Financiamento e Crédito para a Habitação”. Na oportunidade, Luiz França, presidente da ABRAINC; Gustavo Loyola, ex-presidente do Banco Central e sócio da Consultoria Tendências; Marcos Caielli, diretor de Produtos Imobiliários da B3; e Rafael Arcanjo, diretor de Real Estate da Wiz; discorreram sobre linhas de crédito e funding para o setor e como o mercado busca alternativas em momentos de juros altos.


Entre os temas debatidos, Loyola relatou que já enxerga no horizonte sinais para uma queda da taxa Selic, inclusive com dados favoráveis vindos do exterior. “Temos uma conjuntura internacional desinflacionária e isto já influencia os preços das comodities”, relatou.


Loyola afirmou que o arcabouço fiscal não é perfeito, mas argumentou que se for bem utilizado será o suficiente para evitar um estouro da dívida pública. O posicionamento converge com o da ABRAINC que entende a nova regra como uma forma de trazer equilíbrio às contas públicas no longo prazo, o que é uma condição essencial para termos juros baixos de forma sustentável e novos investimentos, garantindo a geração de empregos.

Ao fim do evento, o tema ESG foi debatido na mesa redonda “O Compromisso do Setor com a Agenda Social, Ambiental e de Governança”, formada por Eduardo Fischer, CEO da MRV, e Ubirajara Freitas, CEO da Tegra, e mediada por Luiz França. Eles compartilharam experiências do setor para minimizar o impacto ambiental de seus trabalhos, inclusive com um inventário de carbono.


Plano Diretor – Em relação ao PDE, a ABRAINC defende a revisão do plano como uma forma para poderem ser ofertados empreendimentos mais compatíveis às necessidades dos compradores e a garantia de medidas que combatam o déficit habitacional do município. Com isso, a entidade acredita que o setor receberá mecanismos que promovem um desenvolvimento mais democrático e sustentável da cidade de São Paulo.

Tags, , , , ,

Yuca inaugura projetos de edifícios em parceria com incorporadoras

A Yuca, startup que oferece soluções de moradia de ponta a ponta, em parceria com a Engetécnica, incorporadora com mais de 2 milhões de metros quadrados construídos ao longo de seus 47 anos, vai lançar seu primeiro full building, edifício cuja construção está sendo parcialmente financiada pela Yuca e que será majoritariamente operado pela proptech para locação. O projeto consiste em um novo modelo de financiamento para incorporadoras de pequeno e médio porte, onde a Yuca viabiliza a obra e a acelerar as vendas, oferecendo diversificação nos modelos de moradia disponíveis para seus inquilinos e aumentando a rentabilidade do negócio.

As duas empresas uniram seus conhecimentos no desenvolvimento do prédio com novo conceito para a cidade de São Paulo. A Yuca adquiriu 21 unidades do edifício através de seu fundo de investimento imobiliário (YUFI11), investindo R﹩12 milhões em compra e reforma para transformá-las em apartamentos Yuca. Além do gerenciamento das próprias unidades, a proptech também está a cargo de administrar a locação de outras 18 unidades de propriedade da Engetécnica por um período de 60 meses, totalizando 39 unidades e 53 quartos sob gestão. Nesses casos, a Engetécnica também entra com um investimento de R﹩1 milhão para adaptar os apartamentos ao modelo Yuca. Este formato de operação centralizada em edifícios com a identidade padronizada da Yuca possibilita maior eficiência operacional, resultando em obras de até 3 meses para os imóveis, e na compra de materiais até 30% mais baratos.

Baseada em suas constantes análises estatísticas, a Yuca levantou dados essenciais de mercado para a concepção do novo modelo de full building, desde detalhes na construção do edifício, até as principais características que os apartamentos precisam ter para oferecer uma experiência de moradia de qualidade aos novos moradores por um pacote mensal justo: “Com esse projeto, expandimos a possibilidade de fazer parcerias com incorporadoras, representando uma boa rentabilidade para os investidores, além de diversificar os produtos que oferecemos para os inquilinos e proprietários”, comenta Rafael Steinbruch, head de Real Estate e co-founder da startup.

A parceria apostou na Vila Madalena, um dos bairros mais efervescentes da cidade, para o primeiro lançamento de unidades em grande volume da Yuca. Além das comodidades comuns a condomínios modernos, como academia, salão de jogos e lavanderia, o projeto investiu em um propósito que reúne sustentabilidade e conforto. O edifício conta com energia renovável, composteira, horta coletiva, grab and go (loja express com gastronomia de qualidade) e é pet friendly. Embalado pela da atmosfera cultural da região, o prédio fomenta produções locais com design 100% brasileiro, viabilizado pela Galeria Yuca, que incentiva artistas independentes, custeando a produção de quadros para decorar as unidades e os espaços comuns. As unidades entram em operação no segundo semestre de 2022 e a proptech prevê de 4 a 6 meses para ter as 39 unidades locadas. “Ao apostar no modelo full building, pretendemos expandir para o Brasil inteiro e eventualmente para América Latina. Com um conceito de moradia de qualidade e a longo prazo, o intuito é disponibilizar esse privilégio para a maior quantidade de pessoas possível”, pontua Paulo Bichucher, COO e co-founder da Yuca.

Como em todas as moradias sob gestão da Yuca, os serviços oferecidos traduzem a proposta da proptech com residências de qualidade e soluções descomplicadas de moradia. As unidades serão entregues prontas para morar, reformadas, equipadas e mobiliadas. Além disso, os moradores pagam um pacote fixo de aluguel, que contempla condomínio, IPTU, contas de água, luz e gás, incluindo internet, manutenção constante e limpeza dos quartos. “Não somente uma casa, a Yuca oferece moradia e a experiência de um lar a novos habitantes de São Paulo, com conforto e democratização, buscando levar essa experiência para cada vez mais pessoas”, finaliza Eduardo Campos, CEO e co-founder da proptech.

Vitacon segue aquecimento do mercado de construção civil e planeja contratar 700 trabalhadores em 2021

Seguindo a tendência de alta na geração de empregos no setor de construção civil, a Vitacon , incorporadora imobiliária que trabalha com o propósito de reinventar a cidade, planeja contratar 700 pessoas em 2021. Em 2020, a empresa fez 874 contratações. Essa força de trabalho foi essencial para manter o cronograma de lançamentos da empresa, que já teve três novos prédios finalizados no início deste ano e prepara mais quatro que devem ser lançados até dezembro.

Apesar das incertezas da economia e a maior queda anual do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, que registrou decréscimo de 4,1% em 2020, em 2020, o setor de construção civil não parou e continuou gerando empregos. Segundo a mais recente Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no fim do ano passado, o segmento foi o que registrou a maior alta em contratações, com 10,7%, com 574 mil novas oportunidades de trabalho.

Diante do cenário positivo, a Vitacon alcançou R﹩ 1,35 bilhão no VGV (Valor Geral de Vendas), em 2020. Para atingir esse resultado, a empresa apostou em multicanais de atendimento para fortalecer a experiência do consumidor. Com ampla presença digital, a companhia registrou 76% de vendas online, sendo que 60% dos compradores nunca visitaram um stand de vendas para efetuar a compra.

“2020 foi um ano muito desafiador em todos os sentidos, mas conseguimos alcançar excelentes resultados. Apesar de totalmente atípico por conta da pandemia, cumprimos o planejamento dos empreendimentos previstos que resultaram em um lucro líquido projetado de 90 milhões, sendo um ROE (retorno sobre o patrimônio) de 19%. Agora seguimos com o nosso planejamento para acelerar o nosso crescimento, garantindo que 2021 traga mais resultados positivos”, explica Ariel Frankel, CEO da Vitacon.

Conceito

Todos os lançamentos da Vitacon são preparados para atender as mudanças de hábito provocadas pela pandemia e que devem permanecer no futuro. Os empreendimentos são entregues com espaço coworking pro, totalmente equipado com TV, impressora, cabo de rede, internet, salas de reunião e operação com parceiro em formato de pay-per-use. Além disso, há a oferta de serviços plugados dentro dos prédios, preparados para receber todos os serviços de aplicativos, como Ifood, Singu, lavanderia operada pela OMO, ferramentas compartilhadas com Leroy Merlin, bike sharing com Lev e muito mais.

De outubro de 2020 até o momento, a Vitacon entregou os empreendimentos ON Augusta ON Brooklin ON Jurupis ON Domingos de Morais, VN Vergueiro VN Apiacás VN Melo Alves .

ABRAMAT: resultado de março demonstra diminuição do otimismo da Indústrias de Materiais de Construção

A ABRAMAT (Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção) divulga nessa terça-feira, 30, a nova edição do Termômetro da Indústria de Materiais de Construção. A pesquisa de opinião realizada com as lideranças do setor indica que as empresas associadas estão divididas em relação aos resultados em março. Para 37% dos associados da ABRAMAT o mês apresentará resultado bom e 37% apontam o período como regular.

Já para abril a expectativa é que o otimismo diminua, com 52% das empresas associadas estimando resultado regular, 26% bom e apenas 7% muito bom. A pesquisa também apresenta os dados consolidados de fevereiro de 2021, indicando que o mês foi de bons resultados do setor. Para 27% o segundo mês do ano trouxe resultados muito bons, para 40% bom, e para 20% regular.

O Termômetro da ABRAMAT também traz informações acerca do nível de utilização da capacidade instalada da indústria de materiais. Em março, a utilização da capacidade industrial foi de 80%, na média das empresas associadas, 1 ponto percentual abaixo em relação a fevereiro de 2021, mas 15 pontos percentuais a mais do que em março de 2020.

As pretensões de investimento em março de 2021 também seguem mais elevadas, mesmo com a queda de 10 pontos percentuais em relação ao mês anterior, refletindo a execução de muitos dos investimentos projetados, com 67% das indústrias de materiais indicando que devem investir nos próximos 12 meses seja para aumento da capacidade produtiva, seja na modernização dos meios de produção. Em março do ano passado, início da crise do COVID-19, este indicador era de apenas 38%.

“As pesquisas conduzidas pela ABRAMAT demonstram a manutenção do aquecimento observado no final de 2020. O panorama geral ainda é muito incerto e precisamos ter cautela a respeito do impacto das diversas externalidades na economia doméstica, e a atual edição do termômetro da ABRAMAT indica um início de 2021 moderado e cauteloso para o setor. Apesar das incertezas, a indústria de materiais de construção vive um momento importante de modernização, aumento de produção e investimentos, buscando ainda maior produtividade, de forma a exercer plenamente seu papel de um dos mais relevantes pilares para a retomada da economia, tanto em potencial de geração de empregos como de atração de investimentos”, explica Rodrigo Navarro, presidente da ABRAMAT.

Alta do IGP-M mantém cenário favorável para migração do aluguel para aquisição da casa própria, avalia Credihome

Com aumento de 31%, em 12 meses, índice que reajusta contratos de aluguel contrasta com taxas de juros em patamares muito baixos, mesmo com retomada de alta da Selic

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), utilizado como base para o reajuste dos contratos de aluguel, registrou alta de 2,94% em março, percentual superior ao apurado em fevereiro, de 2,53%. Com isso, o índice acumula alta de 31,1%, em 12 meses. A forte alta do indicador, segue contrastando com a ainda reduzida taxa básica de juros, sendo um dos fatores que têm incentivado a troca do aluguel pela casa própria, destaca Bruno Gama, CEO da Credihome, plataforma digital de crédito imobiliário multibanco.

Levantamento da Credihome apontou que mais de um terço dos financiamentos imobiliários originados pela empresa, em 2020, corresponderam à migração do aluguel para a aquisição da casa própria. “Muita gente tem feito as contas e concluído que a parcela do financiamento ficou mais vantajosa que o aluguel”, explica Gama.

Ainda que a Credihome projete uma Selic de 4%, ao final deste ano, em linha com a projeção do mercado, Gama considera que as taxas de financiamento devem seguir baixas, bastante influenciadas pelo aumento da concorrência entre grandes bancos e fintechs nesse produto de crédito. “A queda da taxa de juros contrastou com o forte aumento do IGP-M e foi um dos fatores que contribuiu com o crescimento dos financiamentos imobiliários e estimulou a migração da locação para a aquisição”, afirma Gama. A Credihome encerrou 2020 com R﹩ 1,2 bilhão em financiamentos contratados no período, valor três vezes maior que o apurado no ano anterior.

Yuca abre quarta captação por meio da Bloxs Investimentos com meta de R$2,3 milhões

Startup referência em soluções de moradia de ponta a ponta anuncia captação via crowdfunding com rentabilidade alvo de 18.9% a.a. em cotas a partir de R$ 10 mil

Após um ano de pandemia e com todas as oscilações do mercado imobiliário, o modelo de negócios da Yuca, startup referência em soluções de moradia de ponta a ponta, segue em ascensão para investidores no setor. A proptech anuncia a abertura da quarta captação com a Bloxs Investimentos, plataforma de crowdfunding pioneira em investimentos alternativos do Brasil, que opera 100% online e com regulamentação da CVM (Comissão de Valores Mobiliários). A rodada tem o objetivo de alcançar até R$2,3 milhões para a aquisição de três apartamentos na capital paulista, nos bairros de Moema, Bela Vista e Brooklin. Estes serão reformados, mobiliados e equipados para locação sob gestão da Yuca, traduzindo o propósito da startup de soluções de moradia 360.

Com cotas a partir de R$10 mil, a oferta tem expectativa de rendimentos mensais de 0,56% e rentabilidade alvo (TIR) de 18.9% a.a, considerando a venda dos imóveis após 2 anos. A alternativa de investimento projeta um rendimento anual de 6,7% a.a e faz parte da proposta da Yuca de garantir aos investidores opções de ativos distintos daqueles aplicados em bancos, descomplicados e com rápido retorno por meio da captação coletiva. Para dar segurança aos players do mercado, o próprio fundo de investimento imobiliário da Yuca é um potencial comprador dos imóveis ao final do segundo ano de operação.

“É essencial, como proptech, oferecer essa multiplicidade de opções de investimentos e produtos para o setor imobiliário. A captação por meio de crowdfunding em parceria com a Bloxs se mostrou uma importante opção de retorno ágil, com risco baixo e livre de burocracia”, pontua o cofundador e Head de Real Estate da Yuca, Rafael Steinbruch.

De acordo com Felipe Souto, CEO da Bloxs Investimentos, há um leque de oportunidades para quem quer investir no setor de imóveis, paralelo a isso existem muitos investidores olhando para esse mercado e investindo por meio das plataformas de crowdfunding. “Os investimentos alternativos passaram a cumprir um papel fundamental na composição das carteiras dos investidores e mesmo com os riscos presentes, são uma das melhores opções. Muito desse movimento se deu pela sua popularidade e principalmente de plataformas como a Bloxs, considerada o melhor caminho para conectar investidores que desejam rentabilidade e diversificação do novo perfil de empreendedores que buscam acesso ao mercado de capital como o da Yuca para diversificar seu portfólio”, explica Souto.

Ao adquirir uma ou mais cotas da nova oferta de Equity (título conversível em participação) da Yuca, os novos investidores passam a ser acionistas da SPE (Sociedade com Propósito Específico), empresa criada exclusivamente para ser proprietária dos imóveis a serem reformados e geridos pela startup. A parceria entre a Yuca e a Bloxs Investimentos já promoveu outras 3 ofertas em menos de um ano, captando quase R$5 milhões no total e refletindo a necessidade do mercado em oferecer uma proposta de baixo risco e retorno atrativo para novos perfis de investidores.

Ricardo Laham, da Vila 11, fala sobre planos de crescimento exponencial da empresa

A Vila 11 desenvolve, administra e opera residências para locação long-stay na capital paulista e tem planos de de crescer em grande escala nos próximos anos. O Hub Imobilário entrevistou Ricardo Laham, CEO da empresa, sobre o cenário atual do mercado imobiliário e os planos ousados em tempos de pandemia.

Hub Imobiliário – Que grande mudança marca a busca por aluguel depois de um ano de pandemia?

Ricardo Laham – Primeiro, existe um movimento corrente e irreversível, da escolha pela experiência de uso sobre a propriedade. É global, contemporâneo e não apenas geracional – não tem a ver com idade, é o zeitgeist, o espírito do tempo. Com o contexto da pandemia, vêm algumas incertezas que despertam nas pessoas um comportamento defensivo e adequado, que rechaça grandes investimentos, sobretudo imobilização de capital, seja pela compra de um imóvel ou contração de dívida por financiamentos de longo prazo.

Neste ambiente, alugar um imóvel (ou qualquer outra coisa) pode fazer muito mais sentido e, progressivamente, o fará na medida que as pessoas percebam que, do outro lado, os provedores são profissionais, sérios, eficientes e genuinamente preocupados com a satisfação do cliente.

Hub Imobiliário – Dá para afirmar que, com a pandemia, alugar qualidade de vida pesa mais que proximidade do trabalho? 

Ricardo Laham – Sim. Circunstancialmente, por força do momento da pandemia e isolamento mais rígido, tem pesado mais os aspectos de bem-estar onde se mora, tanto na localização e suas conveniências, quanto nos atributos dos apartamentos e equipamentos de uso comum. Quando isso passar, de forma perene esses fundamentos permanecerão, mas voltará o componente de proximidade ao trabalho e aos transportes públicos que são desejos consolidados para um cotidiano normal. Para ambos os contextos, alugar oferece a possibilidade de escolha de acordo com o que mais importa em cada momento de vida.

Hub Imobiliário – Em tempos de inflação alta e de trajetória incerta, como está a preocupação dos inquilinos com a renovação de contratos? Soluções?

Ricardo Laham – O modelo atual de locação residencial e critérios de correção são consolidados, no Brasil, há mais de 30 anos e amplamente conhecidos pelas partes. No nosso caso, as locações são tradicionais, de longo prazo e, nesses termos, os efeitos pontuais se reequilibram no decorrer de 30 meses. E como as locações são individuais, particulares, e assim também as questões de cada inquilino. Não há fórmula genérica, mas qualquer solução passa pelo respeito a todos os contratos e entendimento das situações unitárias.

Hub Imobiliário – Vila 11 cresce forte em São Paulo. Quais são os planos de expansão? Estado? Nacional?

Ricardo Laham – Nosso nome traz uma dica do nosso propósito. As Vilas, além de refúgios urbanos, tipicamente paulistanos, são protegidas pela lei orgânica do município, sendo hoje além de raras, super desejadas. Atualmente, 33% dos bairros de São Paulo possuem ‘Vila’ em seu nome (ex.: Vila Madalena, Vila Mariana, Vila Maria, etc.), juntando ao nosso DDD, o 011, nasceu a Vila 11, empresa dedicada única e, exclusivamente, para a cidade de São Paulo. Portanto, neste mandato de investimento, o foco é exclusivamente a capital paulista e nas mais valorizadas localizações.

Hub Imobiliário – Os fundos imobiliários receberam muito dinheiro em 2020. Há perspectivas para injeções fortes em empresas com a proposta da Vila 11?

Ricardo Laham – A visão da Vila11 é essencialmente de longo prazo, sem imediatismos e focada na criação de valor pela escala e busca da excelência com o tempo. Estamos aqui oportunamente, não oportunisticamente. A estratégia de desenvolver e construir os próprios projetos com capital 100% próprio passa independente dos cíclicos custos de capital para alavancagem, tampouco do sabor e direções de investidores pontuais.

Fazemos parte de um time de 13 empresas, são mais de 14 mil unidades no mercado global, trazendo em nosso DNA décadas de experiência na gestão de ativos para renda que, por definição, exigem visão de longo prazo.

Nossa operação está apenas começando. O primeiro prédio, inaugurado em agosto de 2020, está indo muito bem, performando acima das expectativas apesar do contexto. Temos outros 5 projetos em construção e mais uma dezena em aquisição ou desenvolvimento, o que significa um montante robusto de capital que pode optar por alternativas de financiamento, mas sem depender delas.

Hub Imobiliário – Alguma novidade vindo em breve? 

Ricardo Laham – Os projetos que serão entregues no início de 2022 levarão a empresa de um patamar de 100 para cerca de 600 unidades, multiplicando nossa abrangência para outros bairros como Pinheiros, Paraíso e Bela Vista.

E tão importante quanto o início da operação em escala, será a possibilidade de oferecer o que acreditamos ser um dos mais fortes diferenciais: a portabilidade, que materializará o que dizemos em nosso manifesto sobre poder oferecer o que é melhor para cada momento de vida, seja nas tipologias dos apartamentos ou nas localizações.

Acreditamos que 2021 terminará melhor do que começou, e que o ano de 2022 seja promissor em todos os aspectos. Neste ano, devemos alocar 100% do capital já investido e esperamos ampliar nossa capacidade de investimento já para o ano que vem, acreditando na prosperidade do Brasil e do mercado de multifamily em São Paulo.

Tags, , ,

Startup MIGRO atinge marca de 1.500 hotéis em 295 cidades

Plataforma, que alia hospitalidade e tecnologia, expande presença no mercado e amplia opções apartamentos de hotéis e resorts no país

Após três meses de operações, a MIGRO, primeira rede de apartamentos do Brasil que alia hospitalidade e tecnologia, segue em franco processo de expansão das atividades e anuncia que já atingiu a disponibilidade de 1.500 hotéis em 295 cidades brasileiras. A plataforma tem o objetivo de alavancar a receita de empreendimentos hoteleiros, proprietários e investidores de imóveis para renda, destacando segmentações para facilitar a forma de fazer reservas para esse tipo de modalidade.

“O número expressivo de hotéis cadastrados em nosso sistema em tão pouco tempo indica que estamos no caminho certo e, acima de tudo, que os empreendimentos hoteleiros reconhecem o nosso negócio como um importante aliado para a geração de receitas de forma segura, moderna e ágil”, comemora Sergio Assis, CEO da MIGRO.

O mapa que mostra a presença da MIGRO no país aponta a região Sudeste na primeira colocação, com 602 hotéis cadastrados em 124 cidades. Na segunda posição, o Nordeste aparece com 446 bandeiras hoteleiras em 71 cidades, seguida pelo Sul, com um total de 306 empreendimentos em 64 cidades. Na quarta posição, o Centro-Oeste conta com 127 hotéis em 21 cidades, e a região Norte encerra a lista com 65 registrados em 15 cidades.  

A startup, que em parceria com uma fintech, disponibiliza mais de R$ 150 milhões para os proprietários (pessoas físicas) que fazem gestão própria dos apartamentos localizados em hotéis, flats, resorts, casas e villas, a MIGRO Home, para que possam modernizar as unidades, conta com uma relação privilegiada de empreendimentos hoteleiros.

Para cada proprietário estão disponíveis até R$ 3 milhões, desde que o solicitante atenda às exigências necessárias. 

Integrado ao portal, o site da MIGRO Home permite aos proprietários simularem financiamentos para os imóveis que desejam incorporar à plataforma. 

Negócios DA MIGRO

A empresa conta com quatro frentes de negócios: MIGRO Room, MIGRO Home, MIGRO Condo e MIGRO Management Hotel.

A MIGRO Room oferece apartamentos localizados em alguns dos melhores hotéis e resorts do Brasil de acordo com o ranking do TripAdvisor de cada destino.

Neste caso, em uma ponta temos redes e hotéis independentes que vão divulgar suas unidades, utilizando a plataforma como um novo canal de reservas, e, do outro, o viajante 4.0, a lazer ou a negócios, que busca uma opção de hospedagem diferenciada e de qualidade em um site confiável.

Por sua vez, o MIGRO Home oferece locação de apartamentos, casas e villas, apenas em estruturas com serviços hoteleiros, localizados em hotéis, flats, resorts e condomínios, conectando proprietários e viajantes de maneira prática e segura para aluguel de curta temporada, além de ficar responsável por sua administração. Todas as unidades contam com serviços hoteleiros e suporte durante a utilização, prevalecendo o lado humano no atendimento 24 horas aliado às facilidades geradas pela tecnologia.

Investidores e proprietários de empreendimentos hoteleiros contam ainda com o MIGRO Condo, responsável pela gestão moderna e ágil de condomínios e contribuindo para uma valorização ainda maior do patrimônio, e o MIGRO Management Hotel, com uma administração preparada para apresentar soluções inovadoras ao estabelecimento, com uma gestão integrada e estratégica.

Conceito

Com o slogan “MIGRO para hospedar. MIGRO para alugar”, a startup tem seu nome originado no verbo migrar, ou seja, mudar, e traz em sua essência o fato de que hoje os viajantes migram de um lugar para outro em busca de novas culturas, conhecimento, aprendizado e experiências.

Conheça mais, cadastre a sua unidade hoteleira ou faça a sua reserva em migro.com.vc.

Sergio Assis tem mais de 30 anos de experiência no mercado de hospitalidade, tendo atuado em grandes redes hoteleiras, como é o caso da Blue Tree Hotels, Bourbon Hotéis & Resorts e Transamerica Hospitality Group. Com MBA em Gestão Estratégica pela Universidade de São Paulo e extensão internacional na University of Central Florida, também esteve à frente de consultorias no setor antes de fundar a MIGRO.

Com landbank de R﹩ 5 bilhões, Trisul mantém preços pré-Covid-19

Construtora paulista possui 32 terrenos que custam entre 25% a 30% a menos que o pós-pandemia – e continua comprando

A Trisul encerrou o ano de 2020 com oito empreendimentos, totalizando um VGV de R﹩ 1 bilhão, em 1.181 unidades. Dessa maneira, a construtora e incorporadora paulista cumpriu o seu guidance de lançamentos proposto para 2020 (de R﹩ 1.0 a 1.3 bilhão). Com empreendimentos de alto e médio padrão, o cenário favorável para o setor mostra que 2021 está começando com o pé direito para a empresa, com um landbank muito bem localizado em regiões aspiracionais da zona sul e oeste de São Paulo, área mais rica da América latina.

A construtora possui um landbank de 32 terrenos, totalizando R﹩ 5 bilhões – o que é suficiente até 2023 e está com preços pré-Covid-19, algo entre 25% a 30% a menos que o pós-pandemia, ainda assim, seguem comprando, com uma média de adquirir entre 10 e 12 terrenos por ano. Para Jorge Cury, presidente da Trisul, o setor imobiliário foi um dos que sentiu com menos intensidade os efeitos da Covid-19: “Apesar de termos sido pegos de surpresa, de fazer adaptações de atuação em tempo recorde, o cenário econômico, como a taxa de juros em baixa histórica, possibilitou que a queda no volume de vendas registrado nos primeiros meses fosse recuperada com rapidez e não trouxesse um grande prejuízo para os resultados de 2020. Muito pelo contrário, ajudou na recuperação”, comenta.

Com 11 projetos para lançar em 2021, entre imóveis de alto e médio padrões, a perspectiva é encerrar o ano com um VGV de mais de R﹩ 2 bilhões. O maior foco da construtora será no alto padrão, com dois terços dos lançamentos, porém o terço restante será destinado à linha Side, com produtos de 45 a 65 metros quadrados, na faixa de R﹩ 250 mil a R﹩ 500 mil e voltados a famílias com renda mensal entre R﹩ 6 mil e R﹩ 12 mil.

Conheça 3 pontos fundamentais para uma gestão de obras mais eficiente

Com o mercado em alta, o engenheiro Fabrício Rossi, criador do site “Pedreirão”, traz dicas para otimizar processos e garantir produtividade e maior margem de lucro

As reformas iniciadas e as obras que não foram interrompidas na pandemia aqueceram o mercado de construção civil e a previsão para 2021 é de um crescimento de 4%, o maior nos últimos oito anos, segundo estimativa da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). Em meio ao cenário positivo, muitas empresas estão se adaptando para entregar projetos de qualidade dentro do prazo previsto. Independentemente do tamanho da construção, um dos principais segredos para o sucesso é o gerenciamento do projeto.

Em conversa com a gerente de produto da Feicon, Lúcia Mourad, o engenheiro civil e arquiteto, arquiteto e urbanista, Fabrício Rossi, do site “Pedreirão”, aponta algumas dicas para ajudar profissionais do setor no aperfeiçoamento de seus processos produtivos. Segundo ele, um gerente bem avaliado deve ter bom conhecimento técnico (essência da engenharia e da arquitetura), saber fazer a gestão dos envolvidos e cuidar da parte financeira.

“A administração de toda obra é feita da mesma maneira. Se você é responsável por uma casa, um prédio, um viaduto, um loteamento, o jeito de gerenciar é o mesmo porque você lida com três grandezas fundamentais. Primeiro, você não faz uma obra sem conhecimento técnico. Segundo, não executa um projeto sem pessoas e, terceiro, você precisa saber lidar com dinheiro e com o fluxo de caixa para garantir que a obra esteja dentro do custo e dê lucro no final”, disse.

Gestão de pessoas

                Segundo o engenheiro, com base nas experiências profissionais, em média 80% do tempo em obras está concentrado no gerenciamento das pessoas e 20% na aplicação da engenharia e da arquitetura, por isso, ele defende a importância da habilidade em lidar com os colaboradores, fornecedores, fiscais e vizinhos com clareza, objetividade e respeito. “Em 2021, não cabe mais gerentes de obras estressados e que deixam o ambiente pesado. É preciso saber se comunicar com a equipe, mostrar o caminho para os funcionários e a importância de todos atuarem no cumprimento de cada etapa. É fundamental o profissional prestar atenção em como ele tem feito a gestão de pessoas na construção, no escritório, no ambiente de trabalho”.  

Gestão de prazo

                Muitos profissionais se atentam à data de conclusão da obra desde o início do projeto, isso porque tempo e dinheiro estão muito atrelados na construção civil. O atraso significa diminuição do lucro e, logo, prejuízo. “O prazo é como subir uma escada, tem que seguir degrau por degrau. Não adianta apenas fixar a data final de entrega. O ideal é considerar todas as etapas para atingir o objetivo final sem atraso. Se atrasar um mês, o gasto é maior. Quanto custa um mês a mais da equipe? Esse custo vai sair da margem de lucro”, alerta Rossi. 

Gestão financeira

                Não cabe ao gestor apenas saber administrar o valor destinado à obra e ter em mente a necessidade de evitar atrasos (o que compromete o orçamento). É importante fazer um levantamento dos materiais e produtos que fazem parte da construção, levando em consideração evitar desperdícios e compras desnecessárias. “Se você tem um bom projeto, consegue fazer um bom levantamento de quantitativos. É preciso ter cuidado no cálculo a mais. Isso não pode ser feito de uma forma deliberada. É preciso estar atento ao sobreconsumo”.

                O engenheiro chama a atenção, ainda, para a administração em projetos de pequeno porte como, por exemplo, residências. Nessas construções ou reformas, a margem para orçamento é menor, o que não dá espaço para compras de materiais além do estimado. Por isso a necessidade de um planejamento de qualidade. “Toda decisão em obra, seja durante a viabilidade ou execução, é técnica e financeira”, finaliza Rossi.

live sobre Gestão de obras mais eficientes com o “Pedreirão”, está disponível de forma gratuita, no canal Feiconoficial do Instagram. O episódio tem aproximadamente 42 minutos.