CMI/Secovi-MG oferece cursos para empresários e profissionais do mercado imobiliário em fevereiro

A UniSecovi-MG, universidade corporativa da CMI/Secovi-MG (Câmara do Mercado Imobiliário e Sindicato das Empresas do Mercado Imobiliário de Minas Gerais), está com inscrições abertas para capacitações on-line e ao vivo, que serão realizadas em fevereiro, sempre das 19h às 22h. As inscrições podem ser feitas pelo site www.secovimg.com.br/unisecovi-inscricoes.php ou WhatsApp (31) 9 8867-3914.

De 5 a 9 de fevereiro, será realizado o curso “Lei do Inquilinato”, ministrado pelo advogado Fernando de Magalhães Júnior. O objetivo principal é abordar a Lei Federal nº 8.245/91 (Lei do Inquilinato), possibilitando a absorção de conceitos jurídicos e a aprendizagem de técnicas e procedimentos compatíveis com as disposições legais vigentes.

Nos dias 20, 21 e 22, o curso “Liderança Educadora: O Líder Coach (Módulo 1)” será ministrado pela instrutora Eliana Torres. O objetivo é desenvolver competências técnicas e comportamentais necessárias à liderança de alta performance.

Entre os dias 26 e 28, o treinamento “Atração e Retenção de Talentos” será ministrado pelo professor Benjamin Pereira. O conteúdo apresenta realidades e tendências dos processos de atração, seleção e manutenção de profissionais, contribuindo para aprofundamento em temas como gestão por competências, gestão da inteligência, remuneração, clima e cultura.

Nos dias 27 e 28, a UniSecovi promove o curso “A Locação de Imóveis à Luz da Jurisprudência”, com o objetivo de proporcionar aos participantes conhecimento dos principais assuntos da locação e administração de imóveis sob a ótica dos mais recentes julgamentos dos tribunais de justiça, analisando a jurisprudência para nortear a elaboração de contratos, solução de problemas e assessoria com segurança jurídica para as partes. O instrutor é o advogado Alexandre Fadel.

A importância do mercado imobiliário adotar o conceito de Tenant-centric

Por Jorge de Moraes, diretor de operações da Vila 11

Com a evolução do cenário imobiliário, novos conceitos começam a se popularizar. Um deles é o tenant-centric que emerge como uma abordagem transformadora, deslocando o foco tradicional das propriedades para os inquilinos. Essa mudança de paradigma reconhece a importância vital de compreender e atender às necessidades específicas dos locatários, estabelecendo um novo padrão de excelência na gestão imobiliária. 

Um dos pilares fundamentais do tenant-centric é a ênfase na experiência do inquilino. Ao adotar uma abordagem centrada no cliente, as empresas imobiliárias não apenas procuram oferecer espaços físicos de qualidade, mas também proporcionar um ambiente que atenda às expectativas e comodidades, valorizando as aspirações individuais de cada morador. Isso vai além da simples transação comercial, criando uma conexão mais profunda com eles.

Dessa maneira, as construtoras e imobiliárias precisam se adequar às novas tendências do mercado, se ajustando e ofertando, com maior assertividade, apartamentos que atendam aos interesses dos moradores. Ao priorizar a experiência deles, as companhias reconhecem a necessidade de flexibilidade e personalização. E, isso implica em oferecer opções de contrato mais adaptáveis, permitindo ajustes às mudanças nas circunstâncias dos inquilinos. Essa flexibilidade não só atende às expectativas modernas, mas também promove uma ocupação mais estável e duradoura. 

Além disso, essa abordagem impulsiona a inovação no design e na gestão de propriedades. Compreender as preferências dos inquilinos permite a criação de espaços mais eficientes e atraentes, que atendam não apenas às necessidades básicas, mas também agregam valor por meio de soluções tecnológicas e sustentáveis. Essa inovação não só atrai novos moradores, mas resulta em propriedades mais valorizadas no mercado.

No contexto econômico atual, onde a concorrência no mercado imobiliário é acirrada, adotar este novo conceito é uma estratégia inteligente. Principalmente porque a lealdade do cliente torna-se uma vantagem competitiva significativa. Inquilinos satisfeitos não apenas renovam seus contratos, mas também se tornam defensores da marca, recomendando propriedades a outros potenciais clientes.

Além disso, a reputação e a credibilidade das construtoras e incorporadoras são fortalecidas ao demonstrar um compromisso genuíno com o bem-estar e a satisfação dos inquilinos. Isso é especialmente relevante em uma era digital, onde as avaliações e feedbacks online desempenham um papel crucial na formação da imagem de uma companhia.

Diante desses insights concluo que a adoção do tenant-centric no mercado imobiliário não é apenas uma resposta às demandas crescentes dos moradores, mas uma estratégia proativa para impulsionar o crescimento sustentável. Ao colocar os inquilinos no centro das operações, as empresas não apenas prosperam comercialmente, mas também contribuem para um ambiente habitacional mais harmonioso e flexível. Portanto é fundamental e imprescindível que as companhias do setor fiquem de olho nessa tendência. 

Aluguel de temporada: cerca de 7 mil pessoas sofrem golpe em 2023, segundo estudo da OLX

 De acordo com um estudo de mercado realizado pela OLX, maior plataforma de compra e venda online no país, a prática de usar anúncios falsos de casas e apartamentos de temporada para golpes segue em alta. No ano de 2023 foram identificados 6,6 mil casos com essas características. Em relação ao mesmo período de 2022, houve uma redução de 72%, mas ainda assim os números são expressivos. Os Estados com mais golpes foram São Paulo (28%), Rio de Janeiro (19%), Minas Gerais (9%), Alagoas, Ceará, Espírito Santos e Rio Grande do Sul com 6% cada, representando juntos 68% das fraudes. A maioria dos incidentes ocorrem em cidades litorâneas, com exceção de Minas Gerais, que tem maior incidência onde estão localizadas as cidades históricas ou com destino tradicionais de festas de Carnaval.

Os fraudadores publicam em maioria localidades com preços mais baixos do que os praticados na região para atrair as vítimas. Ao receberem o contato do interessado, chamam as pessoas para conversarem por aplicativos de mensagens ou e-mail – ambientes menos controlados – e convencem as pessoas a fecharem o aluguel. No entanto, ou os imóveis não existem, ou pertencem a outras pessoas que não estão alugando os imóveis. As vítimas pagam e só descobrem o golpe quando chegam ao local.

“Neste período de alta temporada, é fundamental estar mais atento aos aluguéis de imóveis para temporada e adotar medidas de segurança para não ter dores de cabeça no período de descanso. É importante verificar a real existência do imóvel, não pagar valores antecipados e fazer um contrato de aluguel reconhecido em cartório”, alerta Beatriz Soares, VP de Produto da OLX.

No que diz respeito aos tipos de residência, as casas lideram com 52% seguido de apartamento com 34%, e sítios, fazendas e chácaras com 6%. Houve aumento nas fraudes em apartamentos (de 33% para 34%) e hotel, hostel e pousadas (de 3% para 4%), enquanto que as casas alugadas apresentaram leve queda (de 57% para 52%) em relação ao mesmo período do ano passado. Quarto compartilhado, aparece com 1%, e quarto individual, com 3%, sendo que, em 2022, não foram citados.
 

Quanto aos preços anunciados pelos fraudadores, a maior parte das fraudes tem valor 25% menor que a média de locais similares na mesma região, com preços abaixo de R$ 400 a diária, tendo grande destaque o valor entre R$ 100 e R$ 200 (16%). O que caracteriza preços bem abaixo dos praticados pelo mercado, utilizando o valor mais baixo como forma de atrair mais vítimas. Mas também existem fraudes com preço elevado, acima de R$ 2.000 (8%).

Confira abaixo algumas medidas que devem ser adotadas para que a locação não se transforme em uma roubada:

  • Ao se interessar por um imóvel, verifique valores de imóveis similares na região e preço de diárias de hotel para ter uma referência de preço e identificar se o valor pedido está dentro do praticado na região.
  • Desconfie de ofertas muito atrativas e preços muito abaixo do mercado;
  • Tire todas as dúvidas sempre pelo chat das plataformas, evitando levar a conversa para aplicativos de mensagens, que são ambientes menos seguros;
  • Se possível, agende uma visita ao imóvel antes de fechar qualquer negócio. Essa ação ajuda a confirmar a existência real do imóvel, verifique também informações com o porteiro ou vizinhos;
  • Caso não possa ir até o local, cheque a existência do imóvel por aplicativos de geolocalização, como o Google Maps.
  • Não realize pagamentos antecipados, e sempre solicite um contrato de aluguel temporário registrado em cartório, em nome do proprietário legal do imóvel;
  • Peça também comprovantes que certifiquem que está negociando com o real proprietário do imóvel, como contas de água e luz recentes do imóvel;
  • Caso desconfie de algo durante a negociação, interrompa a conversa e realize a denúncia nas próprias plataformas.

Rio8 entrega os dois últimos blocos do Cenário da Montanha, empreendimento pelo Minha Casa, Minha Vida em Itaipava

Lazer com mais de 20 itens, segurança 24 horas e sustentabilidade são destaques do projeto

A Rio8 Incorporações vai entregar nesta sexta e sábado, dias 26 e 27 de janeiro, as chaves do imóvel para 112 famílias que vão morar nos dois últimos blocos do Cenário da Montanha, em Itaipava, na Região Serrana do Rio. O evento será no próprio empreendimento, que tem conceito de resort e segurança 24 horas pelo programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV). “Estamos muito felizes com entrega, que encerra um ciclo muito importante para a Rio8. Foram quatro anos de um trabalho que exigiu muita dedicação da nossa equipe. E conseguimos!”, comemora Mariliza Fontes Pereira, CEO da Rio8.

Mariliza conta que o projeto do Cenário da Montanha é grandioso em todos os sentidos. Para se ter ideia, são 672 unidades distribuídas em 12 blocos, entre apartamentos de dois quartos e unidades garden (com jardim exclusivo). Uma das razões para o sucesso do empreendimento, que está 100% vendido, é a área de lazer com mais de 20 itens de lazer, oferecendo piscina, deck pesca esportiva, academia, playground, espaço kids, campo de futebol, salão de festas, redário, lareira, Espaço Terceira Idade, além de uma ciclovia com aproximadamente 1,5 km, que contorna todo o condomínio. As varandas também foram muito cobiçadas. “Zeramos as vendas do Cenário da Montanha durante a pandemia por causa da varanda e também pela necessidade de mais qualidade de vida e de mais contato com o verde, em um endereço tranquilo e valorizado como Itaipava. E boa parte destes clientes é do Rio”, afirma a executiva.

Outro diferencial é o tamanho da área verde, com 86% dela preservada. “A sustentabilidade sempre foi um dos pilares do Cenário da Montanha. Durante a construção, plantamos mais de 72 mil mudas de árvores, bem mais do que o exigido pela lei. Também realizamos uma ação de plantio com os moradores que fez muito sucesso. Reunimos jovens, crianças, adultos e idosos e cada muda recebeu um nome e uma marcação no Google Earth para que o crescimento dela seja acompanhado sempre pelos participantes”, conta a CEO da Rio8.

Confiança da Construção recua -0,2 ponto em janeiro

O Índice de Confiança da Construção (ICST) do FGV IBRE manteve relativamente estável em janeiro ao variar -0,2 ponto, para 95,8 pontos. Na média móvel trimestral, o índice registrou 0,2 ponto de alta.
 

“A relativa estabilidade da confiança em janeiro reflete uma correção das expectativas. As empresas de infraestrutura ficaram menos otimistas. Em contraposição, a confiança das empresas de Edificações Residenciais avançou impulsionada especialmente pelas perspectivas com a demanda. Em todo caso, vale destacar que apesar do ICST registrar um pessimismo moderado para o conjunto do setor, o percentual de empresas que espera crescimento da demanda supera o percentual de queda em todos os segmentos, sinalizando que a expectativa que prevalece para os primeiros meses do ano é de crescimento.”, observou Ana Maria Castelo, Coordenadora de Projetos da Construção do FGV IBRE.
 

O primeiro resultado do ICST deste ano reflete exclusivamente a piora das expectativas dos empresários nos próximos mês. O Índice de Expectativas (IE-CST) caiu 1,0 ponto, para 97,2 pontos. Por outro lado, o Índice de Situação Atual (ISA-CST) avançou 0,7 ponto, para 94,7 pontos.
 

Os componentes dos ISA-CST variaram em sentidos opostos: o indicador de situação atual dos negócios subiu 2,0 pontos, para 94,4 pontos, e o indicador de volume da carteira de contratos recuou 0,6 ponto, para 94,9 pontos.
 

Os componentes do IE-S também tiveram variações contrárias. O indicador de demanda prevista para os próximos três meses caiu 3,3 pontos, para 97,6 pontos, menor nível desde junho do ano passado, enquanto o indicador de tendência dos negócios nos próximos seis meses subiu 1,3 ponto, para 96,8 pontos.
 

O Nível de Utilização da Capacidade (NUCI) da Construção teve retração de 1,7 ponto percentual, para 77,1%. Os Nucis de Mão de Obra e de Máquinas e Equipamentos retraíram 1,6 e 0,8 p.p., para 78,4% e 72,6%, respectivamente.
 

Limitação à melhoria dos negócios: mão de obra deve se manter como uma das principais dificuldades em 2024

Ao longo de 2023 Demanda Insuficiente e Falta de mão de obra Qualificada disputaram o topo do ranking de maiores limitações à melhoria dos negócios no setor. A perspectiva de crescimento dos investimentos no mercado de Edificações Residenciais ao longo do ano, impulsionados pelo MCMV deve aumentar a mão de obra qualificada como limitação, avaliou Ana Castelo.

INCC-M varia 0,23% em janeiro

O Índice Nacional de Custo da Construção – M (INCC-M) apresentou uma variação de 0,23% em janeiro, inferior a taxa de 0,26% registrado no mês anterior. Com este resultado, o índice acumula alta de 3,23% em 12 meses. Em janeiro de 2023, o índice subira 0,32% no mês e registrara um aumento de 9,05% em 12 meses.

A taxa do índice relacionada a Materiais, Equipamentos e Serviços apresentou desaceleração, passando de 0,28% em dezembro para 0,10% em janeiro. Em contrapartida, o índice referente à Mão de Obra aumentou 0,42% em janeiro, comparado à variação de 0,23% no mês anterior.
 

Materiais, Equipamentos e Serviços

Dentro do grupo Materiais, Equipamentos e Serviços, a taxa relativa a Materiais e Equipamentos teve uma variação de 0,09% em janeiro, o que representa um recuo em relação aos 0,30% observados no mês anterior. Notavelmente, dois dos quatro subgrupos componentes demonstraram decréscimo em suas taxas de variação, com destaque para “materiais para instalação”, cuja taxa passou de 1,09% para 0,02%.
 

A variação relativa a Serviços, por sua vez, passou de 0,09% em dezembro para 0,20% em janeiro. Neste grupo, nota-se avanço na taxa do item “projetos”, que passou de -0,12% para 0,18%.
 

Mão de obra

A taxa de variação relacionada ao índice de Mão de Obra foi de 0,42% em janeiro, uma aceleração em relação ao índice de 0,23% observado em dezembro.
 

Capitais

Quanto às taxas de variação, Salvador, Brasília, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Porto Alegre experimentaram desaceleração. Por outro lado, Recife e São Paulo, surpreenderam com avanço em suas taxas.

Primaz Corporate: a empresa por trás da venda da sede do Itaú BBA, o prédio mais caro do Brasil

A Primaz Corporate – boutique que atua na intermediação de compra e venda de ativos imobiliários, prestando consultoria especializada – inicia o ano com a meta de ultrapassar R$ 4 bilhões de VGV transacionado até dezembro.
 

Com quase 20 anos de atividade, a Primaz Corporate atende os principais fundos de investimento, fundos de pensão e proprietários de grandes empreendimentos do país. De 2018 até 2022, a empresa esteve à frente de negócios que somavam R$ 1 bilhão ao ano. Mas em 2023 rompeu essa barreira e bateu a marca de R$ 2,5 bilhões de ativos negociados, o que representa mais de 20% do VGV transacionado de ativos de renda.
 

Esse resultado está diretamente relacionado à intermediação da Primaz na aquisição pelo Itaú BBA do icônico edifício onde fica sua sede, na Avenida Brigadeiro Faria Lima, centro financeiro de São Paulo. O prédio foi vendido por um fundo da Brookfield por R$ 1,5 bilhão, maior valor negociado no país, com o metro quadrado em torno de R$ 58 mil/m². O Itaú havia alugado o prédio por dez anos, após construção feita no modelo built to suit, pela Tishman Speyer, que posteriormente passou para a Brookfield.
 

Outra transação recente com consultoria especializada da Primaz foi a compra da sede da OI, no Leblon, Rio de Janeiro, pela gestora imobiliária HSI, por R$ 205 milhões. A empresa anunciou investimento de mais R$ 200 milhões num retrofit que transformará o prédio num triple A, tipologia escassa no bairro mais nobre da Zona Sul carioca.
 

Mais recentemente também a Primaz intermediou negociações na faixa de R$ 550 milhões nos shoppings Diamond Mall, Santana Shopping e Campos Boulevard. “Nesse segmento de shoppings, estamos entre os maiores players em valores negociados”, revela Fernando Oliveira, sócio-fundador da Primaz Corporate.
 

Com escritórios em São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, e uma equipe enxuta de executivos com vasta experiência, a empresa vem realizando negócios de peso em todo o país por meio de uma ampla rede de relacionamentos criada desde a sua fundação em 2001.
 

“Nós ajudamos tanto aqueles que querem vender seus ativos, como aqueles que querem comprar novos ativos. Esses negócios podem ser prédios comerciais, shopping centers, galpões logísticos, lojas de varejo, operações estruturadas de SLB, gestão de locação, projetos de M&A, Middle e Small Caps. Além do desenvolvimento de grandes áreas para mercado residencial. Nossa missão é buscar mais rentabilidade nos ativos imobiliários de grande porte em qualquer esfera, seja para a ponta que precisa vender um bem imóvel ou para a ponta que precisa comprar e fazer renda com um ativo imobiliário”, destaca Fernando Oliveira, sócio-fundador da Primaz Corporate.
 

Para Fernando Oliveira, um dos diferenciais da Primaz nos seus dois principais braços de atuação é entender a necessidade de rentabilidade dos clientes e ir atrás dos imóveis ideais. “Temos vários casos em que os imóveis não estavam à venda, mas nós mostramos as vantagens de serem negociados aos proprietários. Levamos boas propostas a eles. Há oportunidades únicas no mercado. Nós somos especialistas em encontrar oportunidades em ativos que estão sendo mal rentabilizados e que ao mudar de dono, atingem melhor performance”, explica. Além disso, o sucesso da empresa está na sociedade com executivos experientes no mercado, como João Claudio Roscoe Fernandes, Felipe Laragnoit Leite, Cláudio Hermolin, Flávio Reis, Adão Coutinho, Renato Renart, Silvio Almeida, e Marcel Lieban.

Alphaville conclui aumento de capital de R$ 685 milhões e ganha novo acionista

O Conselho de Administração da Alphaville S.A. (B3:AVLL3) aprovou nesta quarta-feira (24) a homologação do aumento do capital social da companhia, no valor de R$ 684.791.710,00, mediante a emissão de ações ordinárias. Com isso, a gestora Ulbrex Asset passa a ser o principal acionista da companhia, com 40,49% de participação no capital total.

“A Alphaville é uma empresa com 50 anos de história, presente em 23 estados e reconhecida pela qualidade de seus projetos. Estamos muito entusiasmados com a oportunidade de contribuir para o sucesso de uma marca tão emblemática no setor”, afirma Eduardo Bruni, sócio responsável pelas atividades de gestão da Ulbrex.

A equalização da dívida também contribui para o novo momento da companhia. O endividamento remanescente foi renegociado e terá vencimento em dez anos, com carência de principal e juros de três anos e redução do custo financeiro. Como resultado, a dívida líquida terá uma redução substancial de aproximadamente 80%.

“A operação é um marco importante para a empresa, que passa a ter uma estrutura de capital mais adequada ao seu modelo de negócios, priorizando rentabilidade e geração de caixa, e uma maior capacidade de investimento na ampliação do volume de lançamentos e oferta de produtos”, completa Bruni.

O início da negociação das novas ações (B3:AVLL3) emitidas no âmbito do aumento de capital ocorrerá a partir do dia 25 de janeiro de 2024.

“Nosso volume de lançamentos vem crescendo ano a ano. Apenas em 2023, lançamos R$ 1 bilhão em VGV. Além disso, possuímos um landbank de R$ 23 bilhões em potencial de lançamentos futuros”, destaca Klaus Monteiro, CEO da Alphaville.

Orçamento nos condomínios: especialista dá dicas para melhorar a gestão

Um orçamento completo e eficaz é fundamental para a administração, reduzindo problemas que podem prejudicar severamente a execução dos projetos e do dia a dia. A previsão de gastos permite que os síndicos tomem decisões mais assertivas e sem desperdício de recursos, além de ser o caminho correto para o estabelecimento dos reajustes de valores das taxas condominiais.
 

Nesse processo, é importante definir um orçamento que inclua os gastos fixos e reservar despesas extraordinárias de menor porte, para quando surgem situações não previstas, como a necessidade de trocar peças quebradas antes do prazo previsto para a troca. Para deixar a previsão orçamentária mais realista, o melhor caminho é ter o orçamento do ano em curso e do ano anterior como base, incluir projetos novos e levar em consideração as previsões de aumento anual dos contratos, concessionárias e funcionários.
 

“A taxa mensal da cota condominial normalmente se refere a despesas divididas da seguinte forma: pessoal e encargos correspondem a 50% dos gastos, concessionárias de luz e água, 25%, manutenção, 15% e outras despesas, 10%. Mas, dependendo de como está a gestão do condomínio, é possível sim, reduzir gastos. É preciso fazer uma boa avaliação e fazer investimentos que possam reduzir os gastos no curto, médio e longo prazo”, explica Edgar Pochetsky, diretor executivo da APSA.

Com relação ao pessoal, por exemplo, uma boa dose de organização pode evitar gastos excessivos com horas extras. “Muitas empresas hoje preferem oferecer uma folga compensatória. Outra forma de economizar recursos é terceirizando a mão-de-obra de determinados serviços, como limpeza, segurança e manutenção. E, ainda, outra importante forma de diminuir custos é manter a capacitação da equipe, em vez de estar sempre contratando pessoas novas e tendo gastos com demissões”, explica Edgar.
 

Serviços de água e luz – Quanto ao gastos com as concessionárias, há também alternativas simples que podem ajudar a reduzir os custos. Uma boa gestão passa, sobretudo, por uma revisão dos gastos, a fim de identificar melhorias que possam a levar à redução. Uma delas, por exemplo, é a medição individual para os serviços das concessionárias.
 

“Quando cada um responde por seus gastos, tendem a gastar menos água. Outra dica é fazer inspeções com a frequência necessária, a fim de evitar vazamentos. E priorizar as manutenções preventivas. Manutenções preventivas contribuem para a otimização do caixa do condomínio, pois minimizam problemas maiores, que geram gastos exorbitantes, como ter de trocar uma peça inteira”, diz o CEO.
 

Também é possível economizar água para uso em áreas comuns dos condomínios, com captação e tratamento de água de chuva, e energia, com a instalação de lâmpadas led nas áreas comuns. O uso de placas solares também pode ser avaliado.
 

“Além disso, é preciso estar sempre em campanha estimulando o uso mais consciente, como chamar apenas um elevador em vez de dois ou três. Isso quando não se pode ter um elevador inteligente”.

Manutenção e contratação de serviços – Para reduzir ainda mais os custos do condomínio, uma dica é fazer cotações em plataformas digitais. Utilizar a tecnologia simplifica as cotações do condomínio.
 

A inadimplência também é um problema frequente na administração de condomínios. A falta de pagamento das taxas condominiais incide diretamente na redução do fluxo de caixa. Com isso, o orçamento condominial fica apertado e muitos síndicos ficam impossibilitados de destinar verbas para melhorias ou até mesmo para manutenções rotineiras do empreendimento.
 

“Os síndicos devem olhar para esse ponto com muita atenção, buscando formas de minimizar esse problema. Sugerimos fazer um mapeamento dos inadimplentes, identificando os devedores para realizar a cobrança. O contato com os devedores sendo feito por uma empresa especializada em cobranças extrajudiciais também é uma boa solução. E nessa negociação, o ideal é que as alternativas sejam positivas para os dois lados: estendendo-se o prazo de pagamento ou sugerindo o parcelamento da dívida”, por exemplo.
 

E se o condomínio ainda estiver no vermelho, uma boa alternativa é antecipar recebíveis com empresas que garantem as receitas em dia. Há diversas empresas hoje que fazem esse serviço, tirando do síndico o estresse com as cobranças.
 

Tecnologias – Um bom recurso pra manter os condôminos em dia, é disponibilizar os boletos de forma prática e dar autonomia para que consultem a segunda via do boleto de qualquer lugar, como por meio do aplicativo ou WhatsApp. E estar sempre conscientizando sobre a importância da cota condominial.

Brasil produz 48 milhões de toneladas de resíduos de construção e demolição

Coordenador pedagógico do Movimento Circular, Edson Gandisoli, lembra que boa parte desse material pode ser reciclada ou reaproveitada

O Brasil produziu cerca de 48 milhões de toneladas de resíduos de construção e demolição (RCD) em 2021, o que equivale a 227 quilos de materiais de entulho por habitante, segundo o Panorama de Resíduos Sólidos no Brasil, publicado em 2022 pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe). A quantidade é 2,9% maior que no ano anterior. De acordo com o Panorama dos Resíduos Sólidos de 2020, cerca de 30% dos resíduos produzidos no país vêm da construção civil. O relatório também aponta que parte desse material é abandonada em áreas públicas.

O coordenador pedagógico do Movimento Circular, doutor em Educação e Sustentabilidade e pós-doutor pelo Programa Cidades Globais, Edson Grandisoli, comenta que as estimativas de geração de resíduos na construção civil variam de acordo com fatores como tipo de construção, fase da obra, tecnologias e práticas de gestão adotadas. Ele lembra que uma parcela significativa é composta por resíduos originados em reformas, mais que em construções em si, e que mais de 80% poderiam, de alguma forma, ser reciclados ou reaproveitados, como madeira, metais, concreto, tijolos, vidros, plásticos, entre outros. 

“Por isso, é fundamental que haja uma gestão adequada desses resíduos, tanto pelas empresas, construtoras e cidadãos, como pelo poder público”, afirma. Segundo ele, estudos mostram que entre 10% e 30% dos materiais de construção adquiridos para a obra são descartados. “Isso significa que de 10% a 30% do investimento feito na construção é desperdiçado. Paga-se para adquirir, transportar, quebrar, recolher e remover. E paga-se também pelo excesso, materiais que são comprados e descartados sem uso”, afirma.

O coordenador do Movimento Circular explica que adotar práticas sustentáveis e tecnologias avançadas na construção civil pode reduzir significativamente a geração de resíduos, como a pré-fabricação de componentes, a utilização de automação, robótica, a seleção de materiais duráveis e a gestão adequada dos resíduos gerados. Ele orienta que manter o canteiro de obras organizado, separar resíduos por tipo de material e encaminhá-los a empresas certificadas, que dão destinação correta a cada um deles, são medidas que ajudam a diminuir o volume de resíduos do setor.

O Relatório de Status Global de 2022 para Edifícios e Construção, do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, aponta que as emissões de dióxido de carbono (CO2) do setor bateram o recorde de 10 bilhões de toneladas em 2021, 5% maior que no ano anterior. Já o Relatório Global Status Report 2019, da Agência Internacional de Energia (AIE), indica que a construção civil “foi responsável por 36% do uso final de energia e 39% das emissões de dióxido de carbono relacionadas a energia e processos em 2018”. 

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), a construção civil responde por cerca de 11% das emissões globais de dióxido de carbono (CO2) decorrentes de atividades humanas. Isso inclui as emissões associadas à produção de materiais de construção, à construção e demolição de edifícios e à operação e manutenção dos edifícios ao longo de sua vida útil. 

Recursos naturais 

Pesquisa da Associação Brasileira para Reciclagem de Resíduos de Construção Civil e Demolição (Abrecon) indica que o setor da construção civil representa cerca de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e, em 2019, gerou aproximadamente 15% do total dos empregos formais do país. Ainda conforme o estudo, o segmento é o que mais consome recursos naturais, em relação a outros setores industriais. De acordo com a Abrecon, entre outros benefícios, a reciclagem preserva o meio ambiente, gera empregos e renda, além de reduzir os custos municipais com a remoção e destinação dos entulhos. 

O descarte incorreto de materiais de construção pode causar problemas como afetar redes de água fluviais, provocando enchentes e, em casos mais graves, poluir o solo e as águas subterrâneas. A Abrecon aponta na pesquisa que foram reciclados cerca de 16% dos resíduos gerados pela construção civil em 2019/2020. Esse material é chamado de agregado reciclado e sua produção anual gira entre 16 milhões e 21 milhões de toneladas no Brasil. 

A capacidade instalada das usinas de agregados reciclados era de 50 milhões de toneladas em 2019, quando o país somava aproximadamente 300 usinas, em torno de 100 públicas e 200 privadas, conforme a Associação. Materiais como tijolos, argamassa, concreto, pedras e cerâmicas podem ser triturados e transformados em brita, pedrisco ou areia, para a construção de pavimentos. Vidros, metais, madeiras e plásticos também podem ser reciclados.