Inadimplência de taxas condominiais foi de 24% em 2023, indica levantamento da uCondo

Os dados da Serasa em novembro de 2023 indicam que há 71,1 milhões de brasileiros em situação de inadimplência. Isso reflete, inclusive, em contas básicas da população. Quando o assunto é pagamento de taxas condominiais, a inadimplência atingiu um índice recorde e fechou 2023 com 24,04%, é o que mostra o levantamento da uCondo, plataforma de gestão de condomínios com mais de 370 mil usuários. A inadimplência no pagamento das taxas vem aumentando desde 2020, quando a taxa foi de 14%.

Esse é um problema recorrente que pode prejudicar a administração financeira do condomínio. Uma das soluções mais comuns é a contratação de uma garantidora de crédito, que assume o risco de inadimplência dos moradores e cobra uma taxa pelo serviço prestado. No entanto, essa opção pode ser onerosa e, em muitos casos, desnecessária. De acordo com Léo Mack, COO da uCondo, existem outras estratégias que podem ser adotadas para reduzir a inadimplência.

“Meu principal conselho para os síndicos é incluir o índice de inadimplência previsto na cobrança da taxa condominial. Por exemplo, se a previsão fosse de 25% de inadimplência e um condomínio precisa de 10 mil reais mensais para se manter, o síndico precisa se antecipar e arrecadar 13,4 mil reais, dividindo o valor entre os moradores. As estratégias de administração vão além de equilibrar a situação financeira, elas contribuem para a boa convivência entre os condôminos”, comenta o executivo.

Aplicativos de gestão condominial também podem ajudar, como o da uCondo, que conta com uma régua de cobrança automatizada e que reduz significativamente os custos com a emissão de boletos, uma vez que tudo é resolvido digitalmente. A uCondo já transacionou mais de meio bilhão de reais em taxas condominiais. A startup faz parte do Órbi Conecta, o principal hub de inovação e empreendedorismo digital de Minas Gerais, e do Cubo Itaú, em São Paulo, o mais relevante centro de fomento ao empreendedorismo tecnológico da América Latina. Sua lista de investidores passa por Oxigênio, LIGA, Porto Seguro, Plug & Play e Endeavor.

Outras estratégias apontadas pelo COO da uCondo para a redução da inadimplência na taxa condominial são:

  • Comunicação clara: manter uma comunicação clara e efetiva com os moradores do condomínio, informando-os sobre os prazos de pagamento, multas e juros por atraso, bem como as consequências da inadimplência.
     
  • Estabelecer uma política de cobrança: deve-se definir os procedimentos em caso de inadimplência, bem como os prazos para envio de notificações, cobranças e ações judiciais.
     
  • Incentivo ao pagamento antecipado: se possível, oferecer benefícios ou descontos àqueles moradores que pagarem suas taxas condominiais antecipadamente.
     
  • Estimular a participação dos moradores: promover a participação em assembleias e reuniões para as tomadas de decisão com relação ao condomínio pode levar a uma maior conscientização dos moradores sobre a importância do pagamento em dia das taxas condominiais.
     
  • Negociar: antes de partir para medidas judiciais, o melhor caminho é tentar negociar a dívida com o morador inadimplente, oferecendo parcelamento ou outras alternativas para que ele possa regularizar sua situação.
     
  • Reduzir as despesas: o condomínio também pode reduzir suas despesas a fim de diminuir o valor da taxa condominial. Para isso, é preciso rever contratos, buscando diminuir gastos com serviços, e reduzir o consumo de água e energia elétrica nos espaços compartilhados.