Um em cada três proprietários (33%) no Brasil afirma que definir o preço é uma das principais dificuldades na hora de colocar o imóvel à venda ou para alugar. É o que mostra uma pesquisa exclusiva realizada pelo Datafolha em parceria com o Grupo QuintoAndar.
A dificuldade na precificação só fica atrás de entender se o interessado na compra ou no aluguel é de confiança. Mais da metade dos entrevistados aponta esse como o maior obstáculo.
Veja a lista completa:
- Saber se o interessado no imóvel é de confiança – 51%
- Ter informações para definir o preço adequado – 33%
- Ter disponibilidade para acompanhar/gerenciar as movimentações do anúncio (ex.: agendamento de visitas, análise das propostas recebidas) – 30%
- Saber o quanto flexibilizar/negociar o valor do imóvel ao receber uma proposta – 28%
- Acertar a documentação necessária – 27%
- Ter conhecimento de todas as etapas do processo – 23%
- Estimar o impacto das melhorias/reformas feitas no valor cobrado – 22%
- Estimar o valor líquido a receber, excluindo as taxas – 21%
- Como/onde anunciar o imóvel (ex.: site, imobiliária tradicional) – 17%
Foram entrevistadas mais de 2 mil pessoas em todas as cinco regiões do país.
“É de se esperar que a questão da confiança apareça em primeiro lugar, até porque se trata de algo mais complicado de gerir. Mas chama muito a atenção essa dor latente com a precificação, já que há diversos caminhos possíveis para lidar com esse processo na jornada”, afirma Thiago Reis, gerente de Dados do Grupo QuintoAndar.
Segundo a pesquisa, os proprietários levam, em média, 29 dias pesquisando antes de definir o preço para o imóvel.
“A falta de informações e de dados no mercado imobiliário faz com que quem deseja comercializar um imóvel tenha de dispor de tempo para efetuar pesquisas, acionar fontes e, ainda assim, não se sinta totalmente seguro para estabelecer um valor para seu ativo.”
De acordo com a pesquisa, 80% dos proprietários de imóveis dizem já ter tido dúvida se um imóvel similar ao deles foi vendido/alugado por um preço abaixo ou acima.
“Essa incerteza acaba impactando nas transações. É fundamental que tanto proprietários como inquilinos e compradores tenham acesso a informações de forma fácil e ágil para tomar uma decisão mais assertiva”, completa Reis.
Um dado que chama a atenção na pesquisa Datafolha é o que mostra que 30% dos proprietários dizem pesquisar o preço “sempre, mesmo quando não estão planejando vender ou alugar” a propriedade.
Já 51% afirmam ir atrás do preço “ideal” somente quando iniciam o planejamento e 13% apenas no momento de anunciar. Outros 6% dizem que mantêm a busca mesmo depois da publicação do anúncio “para garantir que o preço está de acordo com o mercado”.
Calculadoras de preço
Ainda de acordo com o Datafolha, seis em cada dez proprietários entrevistados afirmam já ter utilizado um site ou app para calcular o preço do imóvel.
“Entre os que não utilizaram, 1/3 diz nunca ter ouvido falar nas calculadoras online, o que mostra um desconhecimento de uma ferramenta tão importante e eficaz nos dias atuais. Em contrapartida, 79% dos proprietários que usaram um site ou app confiaram no resultado apontado”, afirma o gerente de Dados do Grupo QuintoAndar.
“Nos últimos anos, o mercado tem aprimorado esse tipo de ferramenta para trazer recomendações mais assertivas. No QuintoAndar, por exemplo, as calculadoras levam em conta uma das maiores bases de dados imobiliários do mercado. Todos os meses são mais de 12 mil contratos fechados de aluguel e 2 mil de compra e venda. Informações como metragem, tipologia, localização e valor do condomínio combinadas com as mais avançadas tecnologias em machine learning e análise de imagens via IA (inteligência artificial) fazem com que os valores sugeridos resultem em uma maior liquidez”, explica Reis.
Características mais relevantes
A pesquisa também mostra que o estado de conservação do imóvel é a característica que mais impacta na definição do preço de um imóvel na opinião dos proprietários (69%).
Os outros fatores mais importantes são: se a localidade é próxima a serviços e o tamanho do imóvel em metros quadrados (62% cada um) e a quantidade de cômodos (60%).
Metodologia da pesquisa
Ao todo, foram realizadas 2.005 entrevistas com a população brasileira com 18 anos ou mais, incluindo inquilinos, compradores, vendedores e proprietários de imóveis, em todas as cinco regiões do país (Sudeste, Sul, Norte, Nordeste e Centro-Oeste). Há, ainda, uma amostra representativa das regiões metropolitanas de Rio, São Paulo e Belo Horizonte. A pesquisa foi feita entre os dias 27 de agosto e 12 de setembro de 2024 e tem uma margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos para o total da amostra.
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