Passo a passo para declarar um imóvel no Imposto de Renda

Marcello Goldkorn, Diretor de Operações e Crédito na EmCasa e planejador financeiro pessoal, separou algumas dicas para quem ainda tem dúvidas

Não importa quanto tempo passe, declarar o Imposto de Renda é sempre uma dor de cabeça. As dúvidas podem surgir, principalmente para quem comprou um imóvel no último ano e fará a declaração pela primeira vez. Pensando nisso, Marcello Goldkorn, Diretor de Operações e Crédito na EmCasa, separou algumas dicas para declarar o bem no IR, seja ele antigo ou recém-comprado.

“Todas as pessoas que compraram um apartamento ou casa em 2020 ou tinham o bem em 31 de dezembro de 2020 deverão declarar o imóvel no Imposto de Renda em 2021. A boa notícia é que não houve nenhuma alteração na declaração de compra com as novas regras do IR”, explica Marcello.

Confira o passo a passo para a declaração:

Quem comprou um apartamento em 2020 ou tinha o bem em 31/12/2020 deverá declarar o imóvel no Imposto de Renda em 2021. A informação deverá ser incluída na parte “Bens e Direitos”, com o código específico, de acordo com a classificação descrita na escritura (para apartamentos, o código é 11 e para casas, o 12).

Deverá ser informado se o imóvel foi comprado ou doado no campo “Discriminação”, juntamente a data da compra ou da doação e o CNPJ ou CPF do vendedor ou doador. Importante informar também se está quitado ou financiado, se realizou reformas com a data e o valor da obra.

Há também campos para inserir a Inscrição Municipal (IPTU), o endereço, a área, a matrícula e em qual cartório o imóvel foi registrado. Você encontra o número do IPTU, o endereço e a área no carnê do IPTU. Se não tiver o documento, pode pedir uma segunda via para a prefeitura.

Mas e se o imóvel for financiado?

Para imóveis financiados, deve ser declarado apenas o que efetivamente foi pago ao longo do ano, considerando o Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), as despesas cartorárias, o valor de comissão imobiliária e os juros do financiamento (algo que muitas pessoas não fazem). O valor deve ser incluído no campo “Situação em 31/12/2020”.  Além disso, deve ser informado o banco onde financiou o imóvel, a quantidade de parcelas pagas e a quantidade de parcelas a pagar.

É importante lembrar que a única forma de alterar o valor declarado do imóvel é com a comprovação de valor utilizado em reformas e benfeitorias no imóvel, através de notas fiscais e recibos. Nesse caso, devem ser somados os custos da reforma para calcular o valor a ser declarado.

E como é feita a declaração da venda de um imóvel?

Para declarar a venda de um imóvel, o processo é um pouco diferente pois envolve um outro serviço da Receita Federal, o Programa de Apuração de Ganhos de Capital. Nesta plataforma, será preciso incluir dados sobre a operação financeira, como forma de pagamento e valor de custo, além de quem adquiriu o bem e informações técnicas do imóvel. Dessa forma, os dados serão transferidos para o programa de declaração de Imposto de Renda da Receita Federal. Caso haja lucro na diferença entre o custo de aquisição do imóvel e o valor de venda, o contribuinte deve pagar 15% sobre essa diferença, conhecida como lucro imobiliário.

Entretanto, é importante ficar atento pois há alguns casos onde a Receita Federal dispensa ou reduz o pagamento de IR por ganho de capital:

  • Compra de outro imóvel em 180 dias: desde 2005, o Imposto de Renda sobre ganho de capital na venda de imóveis fica isento se o proprietário comprar outro imóvel até 6 meses depois da celebração do contrato. Caso opte por esse benefício, você deve informar a isenção do item no Demonstrativo da Apuração dos Ganhos de Capital. O benefício pode ser utilizado a cada 5 anos. Caso o valor do imóvel comprado não seja equivalente ou maior que o valor de venda, o cálculo do imposto devido pode ser calculado no Programa de Apuração de Ganhos de Capital.
  • Venda de um único imóvel de até R$400 mil: se nos últimos 5 anos, o vendedor não vendeu nenhum outro imóvel, tributável ou não, terá isenção do pagamento de IR sobre ganho de capital. Isso vale para qualquer tipo de bem, seja de posse individual, em comunhão ou condomínio, nas zonas urbana ou rural. O limite de R$400 mil é para o imóvel em si, não levando em consideração a parte de cada coproprietário, cônjuge ou condômino, a menos que esteja em contrato;
  • Imóvel comprado antes de 1988: bens adquiridos antes de 1969 dispensam qualquer pagamento de IR por ganho de capital; Entre os anos de 1970 e 1988, o imposto aumenta progressivamente até chegar a 5% no ano de 1988. O cálculo é simples: a cada ano, o Imposto de Renda aumenta em 0,25%.

Pela 1ª vez, Casa do Construtor ingressa no Grupo das 50 Maiores franquias no Brasil

A Casa do Construtor, rede de franquias de aluguel de equipamentos para construção, estreou no Ranking das 50 Maiores Franquias no Brasil em número de unidades. A lista é produzida anualmente pela Associação Brasileira de Franchising – ABF e está em sua quinta edição. A Casa do Construtor estreou na 49ª posição com 318 unidades em operação no País, contra 275 em 2019, uma expansão de 16%. A Casa do Construtor está lado a lado de redes como Sodiê Doces, Spoleto, Mundo Verde e Giraffas.

“Ingressar no ranking das 50 Maiores fecha um ano muito importante para nós. Mesmo com a pandemia, mantivemos nosso plano de expansão e conseguimos ampliar nossas vendas. Nossa meta para 2021 é vender mais cerca de 100 unidades, impulsionando ainda mais nossa posição. Em cinco anos, a meta é ainda mais ambiciosa: chegar as 1 mil unidades, ficando entre as 20 maiores. Isso mostra a solidez e potencial do mercado de construção civil no Brasil, especialmente as pequenas reformas, ainda mais em um cenário de juros tão baixos”, afirma Altino Cristofoletti Junior, CEO da Casa do Construtor.

É interessante notar que no ranking das 50 Maiores existem apenas duas redes ligadas diretamente a construção civil, a Casa do Construtor e uma rede de corretores de imóveis. Neste sentido, o desempenho em 2020 foi importante para esta conquista. A Casa do Construtor cresceu 18% em receita, chegando a R﹩ 328 milhões. O desempenho se deve ao aquecimento de pequenas obras por conta do home office e à tendência do “faça você mesmo”. O segmento de franquias de Casa e Construção também cresceu 12,8% em 2020, segundo dados da ABF.

Outro fator importante foi a classificação da construção civil como atividade essencial, o que permitiu que a Casa do Construtor continuasse operando mesmo com algumas restrições no atendimento em grande parte do Brasil. Por outro lado, o distanciamento social e o maior tempo das pessoas em casa, incentivou cuidados variados com as moradias. Muitas pessoas fizeram pequenas reformas, limpezas etc. Estabelecimentos comerciais que precisaram ficar fechados nesse período (como bares, restaurantes) também aproveitaram para realizar pequenas reformas, manutenções e limpezas.

Para 2021, a Casa do Construtor projeta um crescimento ainda maior, de cerca de 33%, atingindo um faturamento de R﹩ 440 milhões. A rede oferece oportunidades de investimento em todo o País, mas o foco da expansão será nas regiões Norte, Nordeste e Sul.

No novo portal da Lopes, 80% dos contatos passam por canais de atendimento conectados ao bot da Botmaker

No setor imobiliário, chatbots e assistentes virtuais são ferramentas cada vez mais utilizadas para dar suporte aos corretores na captura de leads (clientes em potencial), tornando a comunicação mais eficiente e aumentando a perspectiva de vendas. A Botmaker, empresa de tecnologia voltada para automatizar vendas e atendimento a clientes, e a Lopes, empresa de soluções integradas de intermediação, consultoria e promoção de financiamentos de imóveis, realizaram a automatização do portal de atendimento para acrescentar a possibilidade de contato por chat e whatsapp pelos clientes que buscam imóveis.

A estratégia, implementada pela Botmaker com o apoio e definição da Lopes, envolveu a automatização do portal adequando ao protocolo de atendimento do mercado imobiliário, especialmente no caso de lançamentos: cada cliente deve ser atendido por um corretor diferente para garantir que todos tenham acesso à oportunidade de intermediação e ao comissionamento. De acordo com a Lopes, houve um crescimento relevante na geração de leads desde a implementação do novo portal, sendo que 80% dos leads entrantes via portal Lopes passam pelo chatbot e são recepcionados pelo CRM da empresa.

Como funciona


Ao acessar www.lopes.com.br, o cliente interessado preenche uma ficha com dados de contato e tem quatro opções de retorno: telefone, e-mail, Whatsapp e chat – as duas últimas integradas pela Botmaker. Automaticamente, o bot recebe e identifica os dados e a roleta cria um mecanismo para encaminhar o lead a um corretor online no sistema, seguindo uma fila. Por meio de duas APIs implementadas pela Botmaker – uma que reconhece o login do corretor e, a outra, o tipo de produto – o corretor é direcionado ao cliente. “Com a utilização das soluções da Botmaker, aprimoramos as interações dos clientes com nossos corretores, com a otimização do tempo de atendimento e maior qualidade para o cliente final”, destaca Renan Godoi, gerente de Produto da Lopes, empresa há 86 anos no mercado brasileiro e que conta com mais de 9 mil corretores associados.

Com um motor próprio de inteligência artificial, a plataforma da Botmaker ajuda as empresas a automatizar vendas, atendimento ao cliente e campanhas de marketing, entre outras frentes. “Nossos chatbots são capazes de interagir com usuários, receber pedidos, realizar compras, executar transações, atender clientes, informar sobre funcionamento da empresa ou enviar conteúdos, tudo através da conversação de texto ou voz”, completa Alfredo Bitencourt, head de Sales da Botmaker.

Com avanço de 0,26% em fevereiro, Índice FipeZap mantém trajetória de alta em 2021

Apesar da desaceleração observada nos últimos três meses, resultado representou a 14ª alta mensal consecutiva do índice

■ Análise do último mês: o Índice FipeZap, que acompanha o comportamento do preço médio de venda de imóveis residenciais em 50 cidades, apresentou alta nominal de 0,26% em fevereiro, desacelerando ante os resultados observados em dezembro (+0,45%) e janeiro (+0,35%). Comparativamente, a variação mensal do índice é inferior ao comportamento esperado do IPCA/IBGE para o mesmo período (+0,67%), segundo expectativa publicada no último Boletim Focus do Banco Central do Brasil*. Uma vez confirmada essa variação dos preços ao consumidor, calcula-se que o preço médio de venda de imóveis residenciais encerrará fevereiro com queda real de 0,40%. Individualmente, 11 das 16 capitais monitoradas apresentaram elevação nominal no preço médio de venda de imóveis residenciais no referido mês, destacando-se: Maceió (+1,48%), Curitiba (+1,00%), Florianópolis (+0,88%), Vitória (+0,86%) e João Pessoa (+0,84%). Em contraste, os maiores recuos foram registrados em Salvador (-0,34%), Fortaleza (-0,21%), Belo Horizonte (-0,19%) e Manaus (-0,11%). Considerando as duas cidades de maior representatividade na composição do Índice FipeZap, São Paulo apresentou alta nominal de 0,40% nos preços de venda de imóveis residenciais em fevereiro, superando a alta observada no Rio de Janeiro para o mesmo mês (+0,25%).

■ Balanço parcial de 2021: ao final do primeiro bimestre de 2021, o Índice FipeZap tem alta nominal de 0,62%, variação inferior à inflação acumulada de 0,92%, segundo comportamento observado e esperado do IPCA (IBGE)*. Se confirmado esse resultado, a comparação entre a variação acumulada do Índice FipeZap e da inflação ao consumidor representará um recuo de 0,30% no preço médio de venda dos imóveis residenciais, em termos reais.

■ Análise dos últimos 12 meses: nesse horizonte temporal, o Índice FipeZap acumula avanço nominal de 3,99%. Na comparação com a inflação acumulada nos últimos 12 meses (+5,00%), segundo o IPCA (IBGE)*, o Índice FipeZap apresenta queda de 0,96%, em termos reais. Entre as 16 capitais monitoradas pelo Índice FipeZap, as maiores altas foram registradas em Manaus (+11,35%), Curitiba (+10,48%), Maceió (+10,43%), Brasília (+9,54%), Vitória (+8,35%), Florianópolis (+7,50%), João Pessoa (+5,97%), entre outras. Em São Paulo e no Rio de Janeiro, as altas acumuladas são de 4,17% e 2,05%, respectivamente.

■ Preço médio de venda residencial: tendo como base a amostra de imóveis residenciais anunciados para venda em fevereiro de 2020, o preço médio calculado foi de R$ 7.546/m² entre as 50 cidades monitoradas pelo Índice FipeZap. Dentre elas, Rio de Janeiro se manteve como a capital monitorada com o preço do m² mais elevado (R$ 9.494/m²), seguida por São Paulo (R$ 9.403/m²) e Brasília (R$ 8.146/m²). Já entre as capitais monitoradas com menor valor médio de venda residencial por m², figuraram: Campo Grande (R$ 4.325/m²), Goiânia (R$ 4.543/m²) e João Pessoa (R$ 4.582/m²). C

Nota: (*) informação publicada no Boletim Focus do Banco Central do Brasil em 01/03/21. A variação real efetiva será conhecida apenas após a divulgação do IPCA/IBGE.

Enel e Planet Smart City se unem pelo crescimento das cidades inteligentes no Brasil

A líder global de moradias acessíveis, Planet Smart City, assinou um acordo internacional com a Enel X, setor do Grupo Enel, dedicado a serviços de inovação em energia.

Apoiando os projetos da Planet no Brasil, a Enel X fornecerá uma gama de produtos e serviços de IoT, incluindo iluminação pública inteligente e dispositivos domésticos inteligentes. A parceria com a Enel X é um acordo estratégico importante para a Planet, ajudando a conquistar o plano ambicioso de construir 44,500 moradias até 2025.

Os dispositivos fornecidos pela Enel X irão possibilitar uma grande variedade de serviços, impulsionados pela Planet, para reforçar o engajamento entre moradores e melhorar a qualidade de vida dos residentes. Além disso, por fornecer acesso a esses produtos em escala, a parceria com a Enel X vai permitir que a Planet mantenha o desenvolvimento eficiente de suas cidades inteligentes a um baixo custo para os moradores.

Além disso, através da YouUrban, a plataforma estratégica usada pela Enel X nas smart cities, a Planet vai ter acesso a análises baseadas em dados, mostrando as interações entre as soluções e os moradores. Isso irá permitir que a Planet melhore as soluções para fortalecer o engajamento da comunidade.

Giovanni Savio, CEO Global da Planet Smart City diz: “Nosso objetivo é colaborar com as mais inovadoras e dinâmicas organizações do mercado, e eu acredito que fizemos isso em nossa parceria com a Enel X. Esse acordo vai nos ajudar a elevar a qualidade de vida de nossos moradores, seja através de postes de iluminação pública inteligentes ou serviços que melhorem a vida dos residentes. Estou ansioso para trabalhar com o time da Enel X e compartilhar nossa visão para viver em modo mais sustentável e inteligente.” 

Carlos Eduardo Cardoso, Head de e-City Brasil diz: ““Essa parceria é um importante marco para a Enel X, pois introduz as necessidades do projeto com as soluções inteligentes que tornam o dia a dia mais fácil. Uma das propostas será de ter opções personalizadas para o desenvolvimento da moradia, oferecendo todas as soluções tecnológicas disponíveis, como sistema de energia solar e ponto de recarga para carros elétricos na garagem.” 

Fim da penhora de bem de família do fiador em locação comercial pode impactar PMEs

A Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios do Estado de São Paulo (AABIC), a maior entidade representativa do setor, vê com receio a decisão recente em turma do Supremo Tribunal Federal (STF) que considerou impenhorável o imóvel bem de família oferecido como garantia em contrato comercial de locação.

Para a associação, caso esse entendimento seja ampliado, a tendência é que o mercado deixe de aceitar fiador com apenas uma propriedade como garantia, impactando diretamente milhares de pequenas e médias empresas em todo o Brasil. Hoje, mais da metade desses empreendedores firmam contratos de locação apresentando como garantia somente um imóvel.

“A decisão desestimula um mercado equilibrado, porque as imobiliárias vão começar a exigir que o fiador para uma locação comercial tenha, no mínimo, dois imóveis de sua propriedade”, afirma o Presidente da AABIC, José Roberto Graiche Júnior.

Em duas decisões, uma em 2020 e outra no início deste ano, o STF considerou impenhorável o bem de família usado como garantia na locação comercial, alegando que um bem de família não poderia ser confiscado. Graiche ressalta que essas decisões destoam do entendimento que o judiciário vem mantendo desde 1990, permitindo a penhora. Essa também é a posição defendida pelo Ministério Público Federal em parecer enviado ao STF em julho de 2020.

O art. 3º da Lei nº 8.099/1990, que trata do tema, não faz distinção entre a locação residencial e a comercial no que se refere à penhorabilidade do bem de família do fiador. “As decisões judiciais há mais de 30 anos se pautam na legislação existente e isso sempre ofereceu segurança jurídica ao setor. Decisões que destoam desse entendimento já consolidado acabam gerando incerteza e atrapalham o mercado”, avalia Graiche.

De acordo com estimativa da AABIC, cerca de 60% das locações comerciais são feitas com um fiador, pessoa física, que oferece uma propriedade como garantia da locação e que, portanto, tem algo a perder em caso de inadimplência. Atualmente, uma alternativa à exigência de fiador para contrato de locação é o pagamento de seguro fiança, pelo locatário. Na avaliação da AABIC, a decisão do STF pode incentivar a ampliação do uso desse tipo de garantia, onerando os negócios que operam em imóveis alugados, já que se trata de uma opção relativamente mais cara.

Setor de incorporação registra recorde anual nos lançamentos e unidades comercializadas em 2020

De acordo com o Indicador de Vendas da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias ( Abrainc ) e da Fipe , em 2020 as empresas do setor comercializaram 119.911 unidades, volume 26,1% superior ao registrado em 2019. O número de unidades lançadas totalizou 113.191 imóveis novos, superando em 1,1% a marca de 2019. Com isso, tanto as vendas como os lançamentos registraram o maior crescimento da série histórica do Indicador Abrainc-Fipe.

O primeiro bimestre foi marcado por um clima de otimismo no setor, que se refletiu em crescimento nos lançamentos (+38,7%) e nas vendas líquidas (+34,2%). De março a maio, houve retração provocada pela pandemia e, com isso, queda nas unidades lançadas (-32,3%) e um ligeiro aumento nas unidades comercializadas (+0,97%). Já o mês de junho marcou o início de uma forte recuperação do mercado imobiliário, que culminou em um aumento de 34,8% nas vendas e de 8,4% nos lançamentos.

“Os números comprovam que a incerteza econômica gerada pela pandemia foi gradativamente sendo colocada de lado ao longo de 2020 pelo setor e pelos consumidores. Os juros mais baixos se mostraram uma ótima oportunidade para empresas e compradores” , afirma o presidente da Abrainc, Luiz Antônio França.

Segmentos

Os empreendimentos participantes do Programa Casa Verde Amarela (CVA) foram responsáveis por 77,8% das vendas residenciais das incorporadoras em 2020, volume maior do que o apontado em 2019 (participação de 70,2%). Em termos de vendas, o segmento encerrou o ano passado com uma alta de 39,2%. O período de junho e dezembro registrou o melhor desempenho, com crescimento de 47,2% em relação ao intervalo anterior. Em termos de unidades lançadas, o segmento registrou elevação de 5,8% no acumulado de 2020. Ao longo do ano, houve queda de 27% nos lançamentos entre os meses de março a maio – no auge da pandemia -, mas com recuperação de 13,2% entre junho a dezembro, em relação aos períodos equivalentes de 2019.

No caso dos empreendimentos do segmento Médio e Alto Padrão (MAP), as vendas acumularam um declínio de 7,7% no número de unidades comercializadas em 2020, em comparação com o ano anterior. As vendas líquidas tiveram resultado negativo entre março e maio (-43,3%), mas um acréscimo de 2,7% entre junho e dezembro. Já os lançamentos registraram queda de 17,9% em 2020. O período de março a maio registrou o maior declínio (-46,7%), mas houve recuperação entre os meses de junho a dezembro (-13,3%), em relação ao período anterior.

“O crescimento do segmento de médio e alto padrão (MAP) no quarto trimestre, tanto em vendas como em lançamentos, demonstra que a parcela da população com maior poder aquisitivo deixou para comprar imóveis nos meses finais de 2020. Isso é uma ótima notícia para as incorporadoras que atuam neste segmento, e que devem realizar novos investimentos em 2021”, acredita França.

O quanto é possível economizar com uma casa de férias compartilhada

A multipropriedade é uma modalidade na qual é possível adquirir um imóvel de férias em cotas, consistindo em um sistema de propriedade compartilhada. Ela é também a razão pela qual grandes redes hoteleiras têm apostado na construção de novos hotéis no Brasil: o conceito vem ganhando a confiança do público brasileiro por representar a possibilidade de concretizar um sonho.

Segundo Sérgio Estevam, Diretor Comercial e de Marketing da 2Share, empresa especializada em vendas de multipropriedades e serviços de férias, a economia ao adquirir um imóvel em frações pode chegar a cerca de 88%. “Considerando 14 diárias por ano, a fração de um imóvel em um empreendimento como o Hard Rock Hotel Fortaleza custa a partir de R﹩ 60 mil reais, enquanto a aquisição de um imóvel de férias em uma cidade turística no modelo tradicional não sai por menos de R﹩ 500 mil”, informa o executivo.

Em termos de mobiliário, a aquisição de uma fração é completamente mais compensadora, pois a taxa de manutenção já inclui as despesas com móveis e decoração rateadas entre todos os proprietários. Isso proporciona ao cliente usufruir de apartamentos padrão 5 estrelas por toda a vida. Se a opção for comprar uma casa de férias no modelo tradicional, os gastos com mobiliário podem ultrapassar R﹩ 100 mil reais, a depender do bem.

Outro ponto a se considerar são as despesas de manutenção e fixas, como luz, internet, condomínio e limpeza, que são rateadas por todos os proprietários. “Isso também reduz os gastos significativamente, chegando a uma economia de 88% em 30 anos”, avalia o executivo.

No ano passado, a empresa Caio Calfat Real Estate Consulting desenvolveu o 5º relatório sobre o “Cenário do Desenvolvimento de Multipropriedade no Brasil 2020”, demonstrando que o crescimento da modalidade movimentou 24,1 bilhões somente em 2020, atingindo crescimento de 5,93% em relação ao ano anterior. Este é um mercado que tende a crescer por conta da mudança observada no comportamento do consumidor. No ano passado, foram ofertadas cerca de 430 mil frações de multipropriedade.

Mais vantagens

“Uma grande vantagem é que depois de integralizado o pagamento da entrada da fração (15% do valor do contrato), o proprietário tem direito a escolher mais de 4.000 resorts e hotéis, entre eles outros da rede Hard Rock. Ou seja: além de economizar por não precisar manter uma casa de férias o ano inteiro, o proprietário ainda tem o direito de conhecer outros lugares, sem abrir mão do luxo propiciado pelo Hard Rock Hotel”, avalia Sérgio Estevam.

“Cada vez mais os brasileiros estão descobrindo formas mais inteligentes de usufruir de bens e experiências de alto padrão e ter mais qualidade de vida, e a economia compartilhada vem reforçar este comportamento. A multipropriedade é uma tendência em outros países que vem se confirmando por aqui também”, analisa Sérgio.

Inteligência Artificial fez Loft a crescer em meio à pandemia; conversões diárias subiram 300%

Como a digitalização e o uso de AI da Criteo ajudou a startup imobiliária a crescer em meio à pandemia, aumentando as conversões diárias em + 300%

O ano de 2020 trouxe mudanças para todos os setores e mercados, mas o mercado imobiliário foi um dos mais atingidos, tendo que se adaptar para sobreviver à crise econômica intensificada pela pandemia. Até alguns anos atrás, vender ou comprar um imóvel podia ser um processo demorado e até complexo. No entanto, a disponibilidade de plataformas online que permitem aos usuários vender ou comprar imóveis digitalmente tem crescido exponencialmente no Brasil. Visitar diferentes imóveis com uma imobiliária, sem saber o que esperar, não é mais uma realidade em 2021.

No Brasil, um bom exemplo de inovação digital é a startup Loft, uma plataforma digital que simplifica o processo de compra e venda, oferecendo aos proprietários e potenciais compradores todas as ferramentas necessárias para realizar a transação em único ambiente online. Os usuários têm acesso a fotos e vídeos do imóvel, visitas online e a corretores especializados que auxiliam na negociação e divulgação do imóvel em diferentes portais e redes sociais. É uma solução mais rápida que vem revolucionando o mercado imobiliário.

No último ano, a Loft aumentou em cinco vezes o número de visitas a apartamentos, em grande parte reinventando o seu processo de negócio. O número de imóveis cadastrados na plataforma também cresceu, contabilizando mais de 10.000 opções de venda. Essa digitalização está agilizando o processo de compra e venda de imóveis, que se acelerou em 2020 devido ao distanciamento social necessário pela pandemia.

A empresa ganhou o título de “unicórnio”, acumulando um valor de mais de US$ 1 bilhão, e aumentou a receita em 2020 em cinco vezes. Muito desse crescimento se deve ao enorme investimento da Loft em marketing digital para encontrar e converter novos clientes, principalmente por meio de sua parceria com a Criteo.

Como a Criteo ajudou a Loft a encontrar novos consumidores

Em parceria com a Criteo, a Loft lançou uma campanha full-funnel, priorizando o web traffic, conversão e aquisição em dispositivos móveis.

A campanha de web traffic teve como foco o direcionamento de visitas, tanto para novos usuários quanto para quem já conhece a Loft. Com a otimização de custo por aquisição (CPA), a Loft conseguiu garantir tráfego de qualidade com alta intenção de conversão, mantendo um custo saudável para o negócio e gerando um aumento de 311% nas conversões diárias e de 152% nas visitas qualificadas na web.

Com a ferramenta Automated Bidding da Criteo, os bids foram ajustados automaticamente para manter o CPA preferido. Isso economizou tempo e esforço, dando à Loft mais tempo para se concentrar na estratégia e nas oportunidades de crescimento. O custo por lead em toda a campanha foi reduzido em -37%.

Rafael Kenji, Coordenador de Growth Marketing da Loft, explica: “Anúncios em campanhas com bids automatizados nos permitem explorar novas segmentações e a exposição da Loft e de seus produtos para usuários que ainda não conhecem a marca, mas com certo controle sobre a qualidade deste tráfego gerado pelo custo por conversão desejado. Desta forma, reduzimos o desperdício de recursos com pessoas sem intenção de comprar”.

Com a campanha de conversão na web, a Loft atingiu os visitantes recentes do site com anúncios personalizados para trazê-los de volta e concluir o processo, seja agendando uma visita ou colocando um apartamento à venda. A partir de um catálogo de produtos, foi possível criar anúncios exclusivos para cada visitante, com propriedades específicas aos seus interesses.

A plataforma da Criteo deu a Loft controle e visibilidade sobre o desempenho em todos os momentos. O amplo alcance garantiu escalabilidade e maiores volumes de leads mês após mês. “Com base em nossa tecnologia de Inteligência Artificial, conseguimos fornecer uma análise profunda possibilitando caminhos para uma segmentação precisa e ágil, para a tomada de decisões diárias. As chances de se ter um bom retorno sobre a publicidade são maiores se os profissionais de marketing monitorarem a movimentação do público no dia a dia”, afirma Tiago Cardoso, Diretor Executivo da Criteo para a América Latina.

Vendas de ar condicionado residencial retomaram no segundo semestre de 2020

No primeiro semestre de 2020, vendas de ar condicionado no segmento residencial tiveram queda de 19,2%, mas retomaram em 1,5% no segundo semestre.

A crise econômica que assolou o país no início da pandemia do novo coronavírus explica bem a situação, unida ao fato das pessoas ficarem confinadas dentro de casa – no começo, ninguém podia investir num padrão mais “alto” de vida; depois, se viram “obrigadas” a zelar pelo conforto e comodidade em seus lares.

Segundo as estimativas da Abrava o setor de vendas HVAC-R teve um recuo de 4% no ano passado, comparado com 2019, caindo de 34,25% para 32,88% em 2020. A expectativa para este ano é de que retome ao nível de 2019 e ocorra uma recuperação das vendas.

Os dados são da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (ABRAVA), parceira da Febrava, Feira Internacional de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação, Aquecimento e Tratamento do Ar e da Água.

A Febrava 2021 já conta muitos expositores representativos do mercado AVAC-R como Elgin, Bitzer, Full Gauge, Gree, Trox do Brasil, Coel e está prevista para ser realizada entre os dias 22 a 25 de novembro. “Atuamos na linha de frente na representação da categoria que é uma das mais relevantes em vários ecossistemas, a exemplo desses”, diz Ivan Romão, Gerente de Produto da Febrava.