Natuzzi São Paulo reabre showroom no D&D Shopping

A Natuzzi, grife referência no mercado há 60 anos, e reconhecida como a maior marca italiana de decoração do mundo, anuncia sua reabertura no D&D Shopping. Com ambientes totalmente renovados, o showroom de 300m², localizado no último piso, passou por uma atualização de layout apresentando sua coleção mais atual que reúne o melhor da tecnologia, conforto e design exclusivo.

Dividida em dois pavimentos, térreo e mezanino, o projeto segue as diretrizes das lojas Natuzzi Editions no mundo e apresenta uma estética moderna por meio de elementos clássicos e elegantes. Superfícies, paredes e divisórias apresentam texturas cromáticas e 3D que permitem uma experiência sensorial.

Coleção 2020

Inspirada pelo mote “Crafted For Humans”, que remete a uma nova direção para uma marca que está cada vez mais focada em obter uma mistura de beleza, conforto e hospitalidade de várias maneiras únicas e surpreendentes, a coleção traz dois sofás modulares assinados pelo designer italiano Maurizio Manzoni. É o caso do Kartun, composto por uma série de peças geométricas com formas equilibradas e proporções cuidadosamente calibradas, o que abre uma ampla gama de opções de configurações. O resultado é um sofá onde é possível conversar, ler ou relaxar, com almofadas grandes nos assentos para garantir que os níveis de conforto sejam ainda melhores. Disponível em tecido e novos materiais que utilizam a tecnologia Aquaclean®, o que significa que manchas podem ser removidas usando nada além de água, o Kartun reflete o bom gosto italiano e a qualidade Natuzzi. A peça está disponível em couro e microfibra, em mais de 100 cores.

Outro sofá que traz a assinatura de Manzoni é o Wessex. Com três lugares, ele possui traços lineares e leves e assentos grandes que garantem excelente conforto. Seu design minimalista é adornado com braços acolchoados em losango, o que acentua a arte do sofá. Os pés de metal destacam ainda mais o assento generoso. Com uma proposta contemporânea, o modelo está em couro e tecido, em mais de 200 cores.

Mas, não é só Manzoni que dá o tom italiano aos modelos da linha de sofás modulares. O renomado designer Giorgio Soressi assina o sofá Armonico. Com encostos que prezam pela movimentação e profundidade, a peça é composta por um puff e canto de madeira Wengè, com pés em preto fosco.

A Coleção 2020 de Natuzzi Editions também traz os modelos modulares com função, assinados pela equipe do Natuzzi Designer Center. O sofá Modus é a fusão perfeita entre estilo e função. Sua modelagem sólida e quadrada se reúne ao conforto sob medida proporcionado pelos mais recentes mecanismos reclináveis. Os pés de madeira – nada além de duas folhas elegantes – levam o design da peça para um nível superior. O Modus possui mecanismo elétrico nos apoios de pés, encosto e assento, entrada UBS, desenho inovativo, além de diversas opções de composição. A peça está disponível em couro e tecido, em mais de 100 cores.

Com três lugares, o sofá Click oferece o equilíbrio perfeito entre tecnologia e relaxamento. Com proporções compactas que o tornam ideal para espaços urbanos, ele garante o conforto graças aos mecanismos reclináveis elétricos que podem ser usados para alterar a posição das almofadas dos assentos, ao passo que os apoios de cabeça podem ser ajustados manualmente. Elegante, a peça traz detalhes harmoniosos nos braços e extremo conforto, além de oferecer o melhor custo-benefício da linha de mecanismos elétricos Natuzzi Editions.

Um dos modelos mais vendidos no mundo, o sofá Intenso também é destaque na nova coleção. Com design sofisticado, formas angulares e generosas, a peça oferece conforto e funcionalidade por conta do mecanismo elétrico e entrada USB.

Da linha de peças lineares, chega o Dalt. O sofá de três lugares apresenta braços acolchoados únicos que conferem um detalhe sofisticado à peça, reforçando o ar de classe e sartorialidade do sofá. Com uma proposta visual de alfaiataria, com costuras diferenciadas e sofisticadas, Dalt traz os pés de metal, em formato Y que eleva a altura do sofá. Disponível em couro ou tecido, em mais de 200 cores. O Dalt também traz a opção de poltrona em tecido e base giratória.

Falando em poltronas, uma das peças mais procuradas pelos lojistas é a poltrona Wally. Ideal para compor a decoração de ambientes menores, o modelo preza pelo conforto e possui versões fixas e giratórias. Em tecido, com pés em metal preto fosco, Wally também é comercializada em couro e microfibra ou, ainda, em mistura de couro e tecido.

Fechando a coleção, a Natuzzi Editions também traz a cama Galattico. Marcada pela elegância e exclusividade, a peça, cuja aparente simplicidade reflete seus pontos fortes – seu design linear, seus materiais requintados e sua fabricação esmerada -, é inspirada nos corpos celestes da Galáxia, como as estrelas visíveis na costura que mantém no lugar as pregas que dão personalidade ao encosto e à grade lateral. Disponível em couro ou tecido, Galattico possui uma miríade de combinações de estofamento que criam juntas um efeito atraente que expressa novidade e espírito. Cama de base aberta, seus pés cromados trazem uma beleza ímpar.

Vedacit Labs abre inscrições para aceleração de startups

Programa de Inovação Aberta da Vedacit, líder no mercado de impermeabilização, o Vedacit Labs está com as inscrições abertas para o terceiro ciclo. As cinco startups selecionadas receberão um Seed Money de até R﹩ 200 mil reais e três meses de aceleração, com mentoria dos executivos, conselheiros da Vedacit e convidados. As inscrições podem ser feitas até primeiro de março pelo site: https://www.vedacitlabs.com .

Este é o terceiro ano do Programa, por meio do qual já foram aceleradas 10 startups e mais de 800 inscritas nas edições anteriores. Podem participar da seleção construtechs e proptechs (startups de construção civil e do setor imobiliário) com projetos voltados para as áreas:

• Tecnologia para edificações: soluções, produtos e serviços para a melhoria dos sistemas construtivos, com foco em planejamento e concepção de projetos, no uso consciente da água durante a construção (diminuição nos índices de perdas), na eficiência energética (automação e digitalização do controle de impacto) ou na reutilização de materiais de uso temporário ou reciclagem, além de tecnologias que contribuam com o planejamento, gestão e o monitoramento da execução das obras;

• Varejo: soluções para gestão de lojas e estoques de pequeno e médio porte, com foco na atração e retenção do consumidor dentro da loja, que melhorem a experiência do cliente, no varejo online (para facilitar o processo de entrega dos produtos) ou voltadas à oferta de crédito para pequenos lojistas, além tecnologias para a coleta e análise de feedbacks (possibilidade de otimizar os produtos, serviços e atendimentos);

• Mercado imobiliário: soluções com o foco em gestão de propriedade, segurança e comunicação em condomínios ou voltadas à oferta de crédito para consumidores de baixa renda.

O Pitch Day com as finalistas acontece em 26 de março e as selecionadas iniciam o Programa em maio de 2021. O regulamento completo e as inscrições estão disponíveis no site.

Após a conclusão do ciclo de aceleração, as startups têm a possibilidade de escalarem o negócio e trabalharem com a Trutec, empresa do grupo Vedacit que leva soluções tecnológicas para a construção civil. Três construtechs que já passaram pelo Labs – ConstruCode, Cianove e ElixirAI – fazem parte do portfólio da Trutec atualmente, além de outras que estão negociando a parceria. A ConstruCode, inclusive, é uma das 100 Open Startups, ranking que destaca anualmente as startups mais atraentes para o mercado corporativo. É a segunda colocada entre as Construtechs e a 38ª na colocação geral.

“A Trutec é uma empresa que leva soluções tecnológicas para a construção civil. O Vedacit Labs é a porta de entrada, faz a seleção de novos modelos de negócio, acelera e encontra as iniciativas aderentes à proposta. Somos a primeira empresa que investe em inovação e oferece um caminho completo para trilhar. É uma entrega de valor para o mercado, levando cada vez mais tecnologia e contribuindo para modernização do setor”, afirma Luis Fernando Guggenberger, executivo de Inovação e Sustentabilidade da Vedacit um dos e founders da Trutec.

Primeira empresa do segmento a lançar um programa de aceleração corporativa, a Vedacit quer ser referência no campo do empreendedorismo voltado para as construtechs no Brasil. A cada ciclo, são investidos cerca de R﹩2 milhões no Programa. O objetivo é ampliar a oferta de soluções ao segmento de construção civil, disponibilizando produtos, serviços e tecnologias.

“Os resultados conquistados nas duas primeiras edições foram além do esperado. Todas as construtechs desenvolveram soluções de impacto que ajudarão a preencher a lacuna de tecnologia na construção civil com serviços voltados para as construtoras e para o varejo. No último ciclo, por exemplo, tivemos faturamento quintuplicado e melhoria nos processos. A inovação é fundamental na construção”, acrescenta Gabriela de Rezende Oliveira, coordenadora de Novos Negócios da Trutec e gestora do Vedacit Labs.

Multipropriedade aposta em sofisticação para ganhar mais espaço no aquecido mercado de imóveis

O mercado de multipropriedade imobiliária prepara-se para uma expansão em 2021. A modalidade já registra 120 empreendimentos no país e movimenta mais de R$ 24 bilhões de Valor Global de Vendas (VGV) nacionais de imóveis de posse compartilhada. Entre os anos de 2019 e 2020, o total era de 109 unidades e pouco mais de R$ 22 bilhões.

Considerada um divisor de águas para o setor, a lei 13.777/18, que respalda e regulamenta esse mercado, completou dois anos em dezembro. De acordo com o consultor e especialista no mercado de multipropriedade, Caio Calfat, esse modelo de negócio vem se mostrando resistente e muito promissor. “Sobreviveu à crise imobiliária em 2017 e agora na pandemia. Desde quando foi iniciado, em 2014, esse mercado cresce em média 26% ao ano”, destaca.

Hoje, de acordo com o especialista, surgem novos destinos baseados em multipropriedade com foco em produtos de alto padrão direcionados à classe A/B. “Atingindo 60 cidades em 18 estados brasileiros, projetos de hotéis e resorts sofisticados agora alcançam pessoas com poder aquisitivo mais elevado”, explica.

Algumas regiões do país apostaram nesses diferenciais de produtos de luxo e ganharam notoriedade no segmento. “A multipropriedade tem como característica proporcionar o lazer. Além de oferecer semanas para o proprietário desfrutar, possibilita o intercâmbio de estadias. Essas são as grandes motivações da venda de apartamentos compartilhados.”, ressalta Calfat.

Castelos e hotéis boutique serão inaugurados em 2021

Uma das empresas do mercado imobiliário que aposta na multipropriedade com sofisticação é a Planalto.

Um dos empreendimentos da marca com esse modelo será inaugurado em abril. O Castelos do Vale Resorts, no coração da região de vinhedos em Bento Gonçalves, dentro da vinícola Dom Cândido, remete com sua construção às edificações do vale do Loire, na França. A experiência com a degustação e produção vinícola local será um dos destaques do hotel, e a intenção é oferecer um destino de vinho dentro do Brasil.

Em junho, a Planalto inaugura em Goiás outro empreendimento ancorado na multipropriedade que prima pela exclusividade. O Terra Santa Éden Resorts, em Trindade, a 25 quilômetros de Goiânia, terá 63 apartamentos e bangalôs, todos com piscina privativa, seguindo um padrão de luxo inédito para a região, com spa e gastronomia.

No total, entre projetos dedicados a diferentes públicos, a Planalto pretende inaugurar 15 mil unidades hoteleiras com o modelo de multipropriedade até o final de 2025.

Fase de construção civil da fábrica da Ajinomoto é entregue em Pederneiras

No segundo semestre de 2020, a A.Yoshii Engenharia entregou a fase de construção civil de uma nova fábrica na unidade de Pederneiras da Ajinomoto do Brasil, no interior de São Paulo. O Grupo Ajinomoto atua em diversos países e no Brasil produz insumos para a indústria alimentícia, cosmética, farmacêutica, de nutrição esportiva e animal e de agronegócios. A.Yoshii Engenharia, empresa que atua há 55 anos no mercado, foi a responsável pela fase da construção civil, que possui mais de seis mil m² de área construída.

O engenheiro civil responsável pela obra, Sergio Yoshio Murakami, conta que as mais atuais tecnologias da construção civil foram aplicadas no projeto. “O piso à base de uretano, que entrega boa resistência à umidade, foi essencial nessa construção. Considerando também a importância do isolamento termoacústico nos ambientes, instalamos um forro isopainel, além de um forro de fibra mineral, que é feito a partir de uma mistura de areia, vidro reciclado e lã de rocha. Esses materiais não causam danos ao meio ambiente e ajudam a evitar a propagação de chama e fumaça tóxica”, detalha.

O Grupo Ajinomoto, que está no Brasil há mais de 60 anos, atende tanto ao mercado interno como ao externo, possui sede administrativa em São Paulo, quatro unidades fabris no interior do estado (Limeira, Laranjal Paulista, Pederneiras e Valparaíso) e tem cerca de três mil funcionários.

A unidade de Pederneiras será a primeira planta no País destinada à produção de tensoativo à base de aminoácidos Amisoft® líquido, ingrediente essencial para produtos de cuidados pessoais, como xampus e sabonetes líquidos. 

Imovelweb lança solução que traz facilidades para quem quer trocar de imóvel

O Imovelweb, um dos maiores portais imobiliários do País, lança o “Troca Fácil Imovelweb”, solução que permite comprar uma nova residência antes mesmo de vender a antiga. Construída em parceria com a CrediHome, a solução oferece a possibilidade de o comprador obter crédito – com a carência de até 12 meses – para a entrada do novo imóvel ao oferecer o anterior como garantia.

De acordo com Tiago Galdino, CFO do Imovelweb, o portal busca sempre a inovação e, por isso, está em constante atualização para entender quais as maiores necessidades dos clientes.

“Sabemos que o processo de venda de um imóvel pode levar tempo e que muitas pessoas têm urgência na mudança. O Troca Fácil Imovelweb chega justamente para facilitar esse processo, pois torna mais rápida a jornada de compra do novo imóvel, além de oferecer uma das menores taxas do mercado. Essa é mais uma iniciativa inovadora do Imovelweb, que já oferece outras soluções financeiras que trazem benefícios para quem quer comprar um imóvel”, explica Galdino.

O Troca Fácil Imovelweb permite receber um crédito de até 55% do valor da garantia, possui um tempo de até 15 anos para o pagamento, que também pode ser feito a qualquer momento, e as taxas estão a partir de 0,85% ao mês. A solução também oferece seguro de vida e seguro do imóvel, seguindo a tabela SAC (Sistema de Amortização Constante).  Para saber mais sobre o Troca Fácil Imovelweb, acesse o link.

Com o objetivo de continuar a contribuir para a inovação no mercado imobiliário, a CrediHome tem fortalecido sua parceria com a Imovelweb, iniciada no último ano, com o lançamento de produtos exclusivos.

“Sempre acreditamos na inovação e tecnologia como as grandes facilitadoras de um mercado tão burocrático como o imobiliário. Por isso, se unir a uma plataforma que agiliza a busca dos imóveis de forma totalmente digital faz com que nossos clientes se sintam amparados com mais uma opção que pode fazer suas vidas mais fáceis ”, afirma Bruno Gama, CEO da CrediHome.

Em 2020, o Imovelweb anunciou o lançamento de uma plataforma com foco em serviços financeiros, como consócio, financiamento, crédito pessoal, seguro fiança e leilões. Por meio de parcerias com empresas inovadoras do mercado, o Imovelweb se torna uma importante aliada dos seus clientes, com oferta de soluções que reduzem a burocracia e atendem aos mais diversos perfis de consumidores.

“Em 2021 não será diferente, queremos inovar e oferecer soluções atrativas para os nossos clientes. Por isso, estaremos nos atualizando constantemente para garantir que os consumidores tenham acesso as soluções financeiras que os permitam conquistar os seus objetivos com mais facilidade e transparência”, finaliza Tiago Galdino.  

Grupo Patrimar tem recorde de vendas e lançamentos em 2020

De acordo com a Prévia Operacional do 4T20 (4º Trimestre de 2020), o Grupo Patrimar – construtora e incorporadora mineira que atua em BH, RJ e no interior de SP nos segmentos de baixo, médio e alto padrão -, fechou o ano com resultados históricos de lançamentos e vendas. Para 2021, a expectativa é aumentar seu tamanho em decorrência do forte crescimento das operações.

Em 2020, a companhia lançou cerca de R$ 734,1 milhões em VGV, com crescimento de 45,9% quando comparado a 2019. Vale destacar que dois empreendimentos de alta renda da companhia foram lançados no mês de dezembro de 2020, totalizando um VGV de R$ 439,5 milhões. “O desempenho de vendas desses dois empreendimentos deverá impactar positivamente o volume de vendas contratadas no primeiro trimestre de 2021”, explica Felipe Enck Gonçalves, Diretor de Relação com Investidores da Patrimar.

No consolidado do último ano (12M20), a companhia comercializou 908 imóveis, sendo 257 unidades habitacionais só no 4T20. O segmento de alta renda continua sendo o mais representativo nas vendas da Companhia, com 71,3% participação no 4T20 e 75,0% no total de 2020, o que reforça a liderança e força neste mercado. O VSO (Vendas Líquidas sobre Oferta) de 2020 fechou em patamar saudável de 40,4%.

Além disso, o Grupo Patrimar fechou o ano com banco de terrenos somando um VGV potencial de R$ 7,2 bilhões (R$ 5 bilhões % Patrimar), com um volume expressivo de empreendimentos em fase final de aprovação. “Os excelentes resultados reforçam o compromisso com a rentabilidade da companhia”, afirma Alex Veiga, CEO do Grupo Patrimar.

De acordo com Felipe Enck Gonçalves, “a empresa segue na contramão da crise e continua investindo. Em 2021, o cenário do mercado imobiliário é bastante positivo diante das baixas taxas de juros e qualidade dos nossos produtos. Estamos otimistas”, finaliza. Os dados consolidados do 4T20 serão divulgados no início de fevereiro.

A metrópole dos esquecidos

Por Luiz Augusto Pereira de Almeida

São Paulo, com seus 12 milhões de habitantes, é a triste síntese do equivocado planejamento da expansão dos maiores municípios brasileiros. Trata-se de um erro histórico, que cria privilégios, promove imensa estratificação demográfica e social, conspira contra o crescimento econômico, o desenvolvimento e o meio ambiente, levando a uma situação caótica de uso e ocupação do solo. A questão é mostrada com imensa clareza em filme do filósofo e premiado fotógrafo João Farkas, intitulado “A cidade segregada”, que aborda todos os problemas decorrentes da disfunção do meio urbano no País.

A distância entre a residência da maior parte dos habitantes e dos escritórios ou fábricas é um dos problemas que prejudicam a qualidade da vida. Muita gente, tendo de pegar vários ônibus, trens e metrô, consome seis horas diárias apenas para ir e voltar de casa ao trabalho. Dois terços dos paulistanos viajam mais de duas horas por dia para ir trabalhar, ou seja, quatro horas para ida e volta.

A região onde se localizam 70% dos empregos, o centro expandido, tem poucos habitantes, apenas cerca de dois milhões de pessoas, integrantes da classe alta e da classe média alta. Empurramos a classe média baixa e os mais pobres para cada vez mais longe. Cinco milhões de habitantes da classe média estão morando na periferia. Quanto mais distantes os imóveis, mais baratos. Quanto mais próximos, mais caros e inacessíveis para a maioria.

O centro expandido de São Paulo tem 250 quilômetros quadrados. É quatro vezes e meia maior do que Manhattan, em Nova York, e duas vezes e meia o tamanho de Paris. A região perdeu 400 mil habitantes nos últimos 30 anos. Apenas 22% do total de paulistanos vivem nesta “cidade intramuros”, enquanto 78% estão nas periferias, onde numerosas áreas, e não apenas as favelas, não têm áreas verdes, saneamento básico adequado, equipamentos de lazer e, o que é mais grave, a presença do Estado em termos de saúde, segurança e habitação. Essa distribuição urbano-demográfica contraria a lógica da justiça social e da qualidade da vida, pois as pessoas deveriam trabalhar, estudar, ter assistência médica e lazer nas mesmas regiões onde moram.

São Paulo é uma cidade tão desigual, que a taxa de mortalidade infantil em vários bairros chega a ser 20 vezes maior do que nas regiões mais desenvolvidas. Quem mora em áreas periféricas vive, em média, 23 anos a menos dos que habitam o centro expandido. Por exemplo, a longevidade média em Moema é de 80 anos, ante 57 em Cidade Tiradentes. Moradores dos locais mais afastados levam cerca de 75 dias para marcar uma consulta médica na rede pública de saúde.

Também é difícil prover saneamento básico, água e esgoto para todos, em áreas tão espalhadas. São Paulo precisaria tornar-se mais adensada, para que pudesse ter uma adequada infraestrutura, cujo custo de provisão seria muito menor. A Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) define como densidade ideal a relação de 400 habitantes por hectare, que expressa o equilíbrio entre qualidade de vida e desempenho dos equipamentos urbanos. Em São Paulo, são apenas 125. Ou seja, estamos na contramão do mundo civilizado.

O uso e a ocupação desordenados do solo também levam à devastação de mananciais hídricos e da vegetação, com numerosas invasões de terrenos que deveriam ser preservados. Mais recentemente, essa atividade ilegal passou a ser exercida pelo crime organizado, que ocupa amplas áreas, desmata e faz loteamentos clandestinos, comprados por milhares de pessoas, que nem desconfiam das irregularidades. Por conta disso, o município perdeu 7,2 milhões de metros quadrados de verde e 1,2 milhão de árvores. Até 2030, São Paulo terá mais 1,2 milhão de moradores. É preciso pensar em todas essas questões para reorientar os planos de expansão.

Enquanto a maioria do povo enfrenta as agruras dos erros históricos do planejamento urbano, o centro da cidade, área com ampla infraestrutura, vai sendo cada vez mais abandonado, com prédios invadidos, colocando em risco a segurança, a vida e a integridade de milhares de serem humanos. Seria importante repovoar de modo adequado e digno essa região.

É preciso rever as políticas públicas de uso e ocupação do solo em São Paulo e nas cidades brasileiras, propiciando maior adensamento, recuperação das áreas centrais para habitação e revisão dos protocolos de verticalização das construções. É preciso expandir o direito das pessoas de morarem onde está seu trabalho, escola, lazer e acesso aos serviços do Estado. Política habitacional não se resume a oferecer moradia barata a três horas de onde tudo acontece. É preciso prover vida de qualidade, sem segregação e com foco na mitigação das desigualdades.

Luiz Augusto Pereira de Almeida, diretor da Sobloco Construtora e membro do Conselho Consultivo do SECOVI.

Grupo Lafaete aposta em construção modular e firma contratos para entregar imóveis em estrutura pré-fabricada

Técnica utilizada permite construção de residências ou estabelecimentos comerciais de médio e alto padrões; montagem da estrutura em aço galvanizado pode levar apenas três dias para ser concluída

Muitas pessoas já devem ter visto, em alguma cena de filme norte-americano, aquelas casas sendo transportadas de um lugar para o outro. O que muitos podem ainda não saber é que essa possibilidade também existe no Brasil, por meio da construção modular. A metodologia é uma das apostas, neste ano, do Grupo Lafaete, empresa especializada em soluções construtivas. Para atender à demanda crescente desse mercado, a empresa passou a comercializar residências e estabelecimentos comerciais, de médio e alto padrões, pré-fabricados em aço galvanizado. Por meio da técnica construtiva —que tem entre suas vantagens economia, redução de resíduos, versatilidade e agilidade—, é possível realizar a montagem da estrutura em apenas três dias.

Conforme explica a gerente de Desenvolvimento Imobiliário do Grupo Lafaete, Flávia Venturini, a estrutura já sai pronta da fábrica e é montada pela equipe no próprio local da edificação. Entre os principais benefícios da estrutura pré-fabricada estão velocidade de execução da obra, redução de desperdício de materiais e precisão dimensional. “Também chamado de construção off-site, por ser feita fora do canteiro de obras de forma modular, o sistema é bem parecido a uma indústria automotiva, por exemplo, contando com linhas de produção. Além das inúmeras vantagens em relação a rapidez e versatilidade, todo o processo é realizado em um ambiente controlado: os colaboradores não precisam ficar expostos ao sol e chuva ou outras intempéries, como nos canteiros de obra, possibilitando uma melhor condição de trabalho”, destaca.

Com essa linha de construção industrializada, a Lafaete firmou contratos que preveem entregar imóveis em estruturas pré-fabricadas. Um deles é o empreendimento de alto padrão Alma Maraú, um condomínio fechado localizado na Península de Maraú, na Bahia. “O empreendimento é semelhante ao modelo de resort, pois conta com 50 casas em um formato parecido ao de bangalôs. Além da previsão de entrega em curto prazo, o que não seria possível no caso da obra em alvenaria, a construção modular também permite que sejam aplicados materiais com alto nível de acabamento. Pretendemos replicar esse modelo em várias outras regiões turísticas do país”, afirma Flávia.

Outro empreendimento que será instalado pela Lafaete ainda neste ano é o MiniHouse, em Lagoa Santa (MG). O projeto oferece uma concepção diferente de moradia, uma vez que será destinado para locação on demand (sob demanda), com possibilidades de curta, média ou longa permanência. “A relação das pessoas com os bens de consumo tem mudando significativamente. Por isso, oferecer uma moradia compacta, que possa ser locada de acordo com a demanda dos clientes que buscam uma opção de moradia mais prática e dinâmica, traz uma maior agilidade nesses processos”, declara a gerente de Desenvolvimento Imobiliário do Grupo Lafaete. Para o empreendedor, Flávia também destaca algumas vantagens, como a possibilidade de deslocar o empreendimento para outro espaço, de acordo com a procura por imóveis em determinado local. “Assim, eles podem atender esse público flutuante, com uma maior versatilidade nos negócios.”

Segundo Flávia, a pandemia de Covid-19 também acelerou esse processo de inovação no segmento de engenharia. “O setor está sedento por soluções tecnológicas para agilizar os processos construtivos. Vários players dessa indústria já têm buscado a construção modular”, revela. A Lafaete também tem firmado parcerias com empresas que utilizam o sistema de “construção a seco”, como a Saint-Gobain e a Gerdau. “O ano de 2020 foi importante para que pudéssemos nos fortalecer no segmento de construção modular. Estamos preparados para atender a essa demanda e, sem dúvida, com a expertise de 50 anos da Lafaete em entregar projetos em todo o país, alcançaremos bons resultados. Por isso, nossas expectativas são muito positivas para este ano”, acrescenta Flávia Venturini.

IGP-M no reajuste dos aluguéis? O dilema entre ter bom senso ou razão

Por Livia Rigueiral, CEO do Homer

Não bastasse a preocupação com a crise de saúde pública mundial ocasionada pela pandemia, neste início de 2021 pude notar também uma grande aflição por parte de muitos brasileiros que vivem de aluguel quanto à possibilidade de o reajuste dos contratos de locação ocorrer com base no IGP-M, que é o Índice Geral de Preços-Mercado medido pela FGV. Isso porque esse índice ao qual os contratos são indexados fechou 2020 em 23,14%, maior alta desde 2002, enquanto a inflação oficial, que é o IPCA – Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo medido pelo IBGE -, está até o momento em 4,31%.

Entendo que os locatários têm motivo mesmo para estarem aflitos, afinal, por lei, é o IGP-M que estabelece um parâmetro quando o dono de um imóvel, com respaldo contratual, resolve alterar o valor mensal que é pago pelo inquilino. Porém, diante dessa alta exorbitante ocasionada pelo atual desequilíbrio econômico e pela variação do dólar, vi o mercado imobiliário se movimentar e passar a deixar de usar esse índice apelidado de inflação dos aluguéis nos reajustes. “Proprietário x Inquilino, negócios à parte”, hoje tem sido muito mais “Proprietário x Inquilino, negócios em comum”, sob um olhar muito mais humano de ambas as partes, com fatores sociais se sobressaindo ante a variação do índice.

Também, pudera, com mais de 14 milhões de desempregados no país, e uma instabilidade financeira pairando em muitos lares e sem prazo para chegar ao fim, negociar se tornou palavra de ordem – e sobrevivência. Muitas imobiliárias, donos de imóveis e empresas, a pedido dos locatários ou por conta própria, têm usado o IPCA para reajustar os valores nos novos contratos, o que garante um certo equilíbrio do setor. Vejo isso de forma muito positiva, e aposto no diálogo como solução para que, neste ano que se inicia, não testemunhemos um recorde de quebras contratuais por conta de aumentos incabíveis e inesperados neste momento de crise.

Já foram muitas as quebras das cadeias produtivas e de consumo. Caso não haja conversa, o reajuste com base no IGP-M só virá para agravar isso. É só pensar, quem assina um contrato imaginando uma correção monetária de mais de 23% no aluguel? Quem se programa para tal aumento?

O bom-senso aponta para a negociação, e eu estou com ele, antes ter bom-senso a usar a razão das cláusulas dos contratos. De legado, a pandemia nos trouxe a crise, mas também algumas mudanças no comportamento das pessoas, uma delas, na minha opinião, foi o aumento da empatia, do se colocar no lugar do outro para ter uma visão macro das situações. E agora em 2021, é isso que acredito que traremos para nortear nossas ações. Olhares mais humanos, e decisões humanizadas.

Kenlo chega ao mercado imobiliário com fundo de home equity de R﹩ 400 milhões

A plataforma Kenlo inicia suas operações com uma solução capaz de atender de maneira totalmente digital imobiliárias, corretores, proprietários e interessados em comprar, alugar ou ter liquidez para investir em outros negócios. Ela oferece um novo modelo de negócio ao segmento, ao apostar que corretores e imobiliárias tenham mais opções de atuação, além da compra, venda e locação de imóveis, com seguro, empréstimo e até financiamento, digitalmente.

“Kenlo é um marketplace que oferece diversos serviços para digitalizar as imobiliárias e corretores, e traz novas oportunidades de negócios e fontes de renda. Ela aposta da digitalização, otimização e desburocratização de processos, permitindo transações ainda mais eficientes entre imobiliárias, corretores e clientes”, explica Mickaël Israël Malka, CEO do Kenlo.

A inteligência de mercado por trás do Kenlo é fruto de uma parceria exclusiva com a inGaia, pioneira na digitalização do mercado imobiliário e líder no segmento, que traz sua expertise tecnológica e de mercado. “Conhecemos a força do corretor de imóveis. Nosso propósito é oferecer mais ferramentas para que ele foque cada vez mais no relacionamento com o cliente e tenha uma oferta maior de produtos financeiros”, acrescenta José Eduardo Andrade Junior, fundador e CEO da inGaia.

Crédito com garantia de imóvel traz liquidez para proprietários

A primeira linha de negócios conectada ao marketplace Kenlo é o crédito com garantia de imóveis, o Home Equity, que conta com um fundo de R﹩ 400 milhões, fruto de parceria com a Jive Investments, uma das maiores empresas de investimentos alternativos do país, com experiência no mercado financeiro e imobiliário. Kenlo oferece soluções financeiras adaptadas aos oito milhões de proprietários e compradores dos 42 mil corretores da inGaia. Cada cliente tem uma solução moldada para sua realidade econômica, com o objetivo de atender a todos, incluindo os 61 milhões de brasileiros que começaram o ano de 2020 com alguma dívida ou restrição no CPF.

Já estruturado e com a capacidade de execução de até 500 contratos por mês, o Home Equity oferecido pelo Kenlo conta com uma experiência 100% digital, incluindo o processo de reconhecimento de firma e cartório. “O impacto na economia pela pandemia deixou as pessoas sem acesso a crédito. O principal benefício para o mercado é conectar, no momento certo, com processos 100% digitais, o crédito ao proprietário, trazendo liquidez imediata. Tudo isso só é possível por meio do uso de big data, inteligência artificial e com o apoio fundamental das imobiliárias e corretores”, acrescenta Mickaël.

Mais do que ter fundos de investimento e investir em ativos, a Jive tem um amplo portfólio de mercado e conta com um time de especialistas do setor imobiliário residencial. Isso faz toda a diferença, já que, mais do que oferecer soluções para o mercado imobiliário, as duas empresas se complementam por conhecerem muito bem o setor, somando o potencial da inGaia com suas mais de 7,2 mil imobiliárias, 42 mil corretores, oito milhões de clientes finais, dos quais três milhões são proprietários, com o expertise financeiro da Jive. “O casamento foi tão perfeito que rapidamente montamos um time de 80 pessoas fazendo isso acontecer do zero à primeira assinatura de contrato em menos de nove meses. Vamos distribuir produtos aliados à tecnologia, explorando parcerias estratégicas com outras fintechs e proptechs disruptivas dentro do mercado, através da nossa base de clientes”, complementa Mickaël.