Startup potencializa venda de imóveis unindo comodidades de hotel com o conforto do lar

A hospitalidade já não é mais uma exclusividade do mundo hoteleiro. Em um momento em que o lar deixou apenas de ser um local de descanso e se transformou em escritório, academia, escola e lazer, as experiências por trás do morar também tiveram que ser ressignificadas. Foi pensando nisso que dois empresários de São Paulo enxergaram a possibilidade de agregar suas expertises nos segmentos imobiliário e de hotelaria, investindo em uma plataforma de locação que combinasse o melhor dos dois mundos. Assim nasceu o Charlie, uma startup com o propósito de reimaginar o ecossistema da hospitalidade, mesclando as praticidades do hotel com o conforto de casa, oferecendo uma experiência de estadia e serviços sob demanda para curta, média e longa duração.

A empresa, que faz parte do Grupo HX, tem como objetivo estabelecer uma relação ganha-ganha para toda a cadeia, ou seja: incorporadoras, proprietários e hóspedes; e chega ao mercado com parcerias estabelecidas com importantes players como Cyrela, Next Realty, Lavvi, CCDI, FL2, Famcorp e Lugares com Alma.

Para incorporadoras, o Charlie atua como uma plataforma, oferecendo serviços que agregam valor ao seu empreendimento. E, dado ao fato de entregar alta rentabilidade ao seu investidor, contribui nas vendas. Para proprietários investidores, a startup gerencia toda a operação, da reforma à locação, entregando a melhor rentabilidade e acompanhamento analítico de todas as unidades com transparência e praticidade por ser online e com acesso pelo aplicativo. A combinação perfeita entre cuidado e retorno.

Por fim, para hóspedes ou moradores, o Charlie é uma experiência de estadia incrível com uma solução de hospedagem moderna, flexível e prática, que oferece serviços personalizados e apartamentos – em diferentes categorias – com design e tecnologia, totalmente equipados e prontos para morar ou se hospedar.

Atualmente, o Charlie possui oito empreendimentos com imóveis disponíveis, localizados em São Paulo (SP): Smart Charlie República (República); Smart Charlie Genebra (Bela Vista); Charlie Pinheiros (Pinheiros); Charlie Suites Paulista (Cerqueira César); Charlie Itaim (Itaim Bibi); Charlie Oscar Freire (Capote Valente); NewCiti Itaim by Charlie (Pedroso Alvarenga); e Porto Alegre (RS): Charlie Porto Alegre (José de Alencar). Para 2021, o plano de expansão conta com novos empreendimentos dentro da capital paulista e em Porto Alegre (RS).

Para o primeiro semestre outros lançamentos estão previstos com imóveis Charlie disponíveis. Além de SP e POA, Florianópolis (SC) e Rio de Janeiro (RJ) estão entre os próximos destinos da startup.

Categorias Charlie
São, ao todo, três categorias e duas subcategorias disponíveis pelo Charlie. Cada uma com características e experiências próprias, elaboradas para cada necessidade:

● Smart Charlie – Um imóvel despojado e essencial. A escolha inteligente para quem precisa de um local para passar uma temporada menor e/ou fazer uma viagem a trabalho;
● Charlie – Encantador, deslumbrante e provocante. O apartamento Charlie é ideal tanto para quem precisa de um local para férias como para quem deseja uma moradia cheia de design;
● Crazy Charlie – Original, exclusivo e de tirar o fôlego. Para os amantes de experiências únicas e sofisticadas, o Crazy Charlie surpreende e ousa ao criar sensações;
● Suítes – Apartamentos mobiliados e equipados, com quarto, sala e banheiro.
● By Charlie – Unidades hoteleiras convertidas na proposta de locação Charlie

Vantagens para incorporadoras

O Charlie atua em parceria com a incorporadora desde a definição de qual produto será oferecido até o suporte de vendas em estandes e, após a venda das unidades, segue como parceiro, para operar as locações.

Após a entrega do empreendimento, as incorporadoras passam a ter parte da receita da locação, o que antes não fazia parte da realidade do mercado. Além disso, o Charlie leva vida ao empreendimento, oferecendo serviços e garantindo sua ocupação. “Para a incorporadora ter cada vez mais cases de sucesso nas unidades de investimento, é importante que seus clientes lucrem com a compra de seus imóveis e é exatamente aí que o Charlie entra, para maximizar o retorno sobre o investimento”, conta Allan Sztokfisz, CEO do Charlie.

Benefícios para o proprietário investidor

A startup atua no sistema “all inclusive”, ou seja, o proprietário só terá o valor da taxa de administração descontada dos aluguéis arrecadados e não pagará ao Charlie nada a mais por isso. A taxa de administração inclui todos os serviços prestados pelo Charlie que vão desde a preparação da unidade, que podem incluir reformas e organização geral, manutenção dos imóveis, até os trâmites de locação em si. Além disso, o Charlie oferece serviços como limpeza, com atendimento 24 horas por sete dias da semana.

Para calcular a precificação do imóvel, o Charlie desenvolveu um sistema inteligente com algoritmo próprio que se ajusta conforme oferta e demanda, rentabilizando o valor da locação e cobrando o valor certo, na hora certa. A startup também oferece um relatório ao investidor, disponível pelo site do Charlie, onde ele consulta todas as informações das unidades, com resultados, informações de históricos e previsão de ocupação.

Para garantir a cobertura de todo o processo, o Charlie ainda realiza o anúncio dos imóveis nas principais plataformas de locação, como Booking, Airbnb e Expedia, além do próprio site Charlie, sem que o proprietário tenha que pagar nenhum adicional. “O Charlie cuida do imóvel do proprietário investidor com uma equipe focada em manter o ativo impecável e rentável reduzindo os custos e maximizar a receita dos nossos clientes.

Temos parcerias com escritórios especializados que desenvolvem um projeto único para cada imóvel. Acompanhamos a obra, colocamos enxoval premium e fazemos fotos e vídeos profissionais para o anúncio dos apartamentos”, afirma Sztokfisz.

Experiências personalizadas para hóspedes e moradores

No Charlie, o hóspede é o protagonista! Durante toda a sua estadia, a startup cuida para que todos os detalhes sejam surpreendentes. Os apartamentos são 100% mobiliados e equipados com diversas tecnologias que facilitam o dia a dia do hóspede/morador e contam com TV a cabo e internet sem fio de alta qualidade, além de um serviço de concierge inteligente, o Charlie, disponível durante 24 horas por dia.

Os valores das diárias e mensalidades variam de acordo com a localização, estrutura do prédio e design dos apartamentos. Para locações entre 30 e 90 dias, o cliente deve assinar digitalmente um contrato de temporada. A partir de 90 dias, um contrato de locação é exigido por lei, mas sem imposição de tempo mínimo de permanência.

No Charlie, o hóspede/morador pode, realmente, ficar pelo tempo que desejar. Não é necessário fiador ou seguro fiança, apenas o pagamento mensal pré pago e uma análise prévia de crédito. As formas de pagamentos aceitas são boleto e cartão de crédito.

Para reservar um apartamento, basta realizar a reserva pelo sitewww.staycharlie.com.br.

Inovação e tecnologia

No Charlie, inovação e design caminham de mãos dadas. A startup oferece um aplicativo para o consumidor final com descontos em estabelecimentos próximos ao imóvel alugado, limpeza extra sob demanda, serviço de lavagem de louça e troca de enxoval, além de kits de comidas e bebidas, como Happy Hour e Cinema.

No aplicativo, o concierge Charlie está conectado 24 horas por dia, sete dias por semana para solucionar questões e realizar boas indicações. “Em breve teremos o serviço de frigobar personalizado, onde o hóspede indicará as suas preferências e seu frigobar será abastecido conforme a demanda. Estamos também firmando parcerias com serviços de SPA e massagem em domicílio”, revela Sztokfisz.

No imóvel alugado a tecnologia também é empregada para facilitar o dia a dia do cliente. Atualmente, todos os apartamentos Charlie contam com fechadura inteligente, por exemplo. Ainda em 2021, a startup pretende implantar outras tecnologias, como IoT, automação para o cliente e reservas das áreas comuns dos prédios por meio do app.

O aplicativo Charlie está nas principais lojas de aplicativos:Apple Store –https://apps.apple.com/us/app/id1531517326Google Play –https://play.google.com/store/apps/details?id=com.charlie.app

Como tudo começou

O Charlie surgiu em junho de 2020, mas já nasceu carregado de bagagem e muitos anos de experiência. Tudo começou em 2007 quando o engenheiro de produção Allan Sztokfisz e o administrador de empresas Flavio Ghelfond se uniram no lançamento do Grupo HX e lançaram seu primeiro projeto: uma plataforma de locação alternativa, flexível e livre de burocracias. Apesar da ideia original, não existia na época um potencial mercado para o serviço.

Continuando a testar este segmento, a dupla abriu, em 2009, um dos primeiros hostels de São Paulo, o Okupe Vila Mariana. A ideia deu certo e, no ano seguinte, foi inaugurado o Okupe Jardins, que se tornou um dos maiores hostels do país. “Além de primeiras experiências na hospitalidade, aprendemos a criar um ambiente que promovesse uma experiência única aos hóspedes”, conta Sztokfisz.

Em 2010, decidiram dar um passo ainda maior e abriram seu primeiro hotel. “Foi nesse momento, que criamos nosso primeiro sistema de precificação dinâmica”, explica. Quatro anos depois, em 2014, os empresários entraram no mercado residencial, desenvolvendo um inovador conceito de gestão estratégica no La Residence Paulista, nos Jardins.

No local, a dupla resolveu os passivos, melhorou a estrutura, fortaleceu os serviços e ampliou a rentabilidade do investidor, aumentando a demanda oferecida de 58 para 105 unidades. “Foi neste momento que entendemos como montar uma operação que atendesse tanto residentes como hóspedes”, afirma Ghelfond. Com foco no serviço e no aumento rápido de receita, em 2019, o Grupo HX assumiu outro turnaround em um empreendimento de uma das maiores redes hoteleiras do país.

Novas tecnologias atenuam impacto da alta de materiais da construção civil

Com o aumento dos preços de matérias-primas e insumos utilizados na construção civil, em decorrência das altas internacionais dos preços destes itens, as incorporadoras têm buscado alternativas de redução destes impactos nos custos das obras, assim como opções mais modernas em termos de matérias-primas, que tragam melhor desempenho, conforto e satisfação para os clientes. Quando é possível, dentro do ponto de vista técnico, as empresas avaliam a possibilidade de substituição de materiais tradicionais, como aço e concreto, por insumos compatíveis, mais baratos e com ótimos resultados.

Uma das maiores empresas do País, a MRV Engenharia – que atende o segmento Casa Verde e Amarela -, já testou em quadro empreendimentos do programa habitacional a substituição da tela de aço por fibra de vidro, nas paredes de concreto, e conseguiu homologar a tecnologia. A companhia já adiantou que pretende expandir essa aplicação na produção de edifícios de até cinco andares e tem utilizado o uso de “dry-wall” em paredes internas. Outra iniciativa da empresa em busca de mais eficiência trata da troca gradual de formas de alumínio por plásticas, que trariam maior produtividade.

O presidente da ABRAINC (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias), Luiz França, pontua que a busca por novas tecnologias tem um impacto significativo para as empresas, que podem oferecer soluções mais modernas e sustentáveis para os clientes. “Com essas alternativas à disposição, as incorporadoras podem definir qual a melhor tecnologia a ser usada em cada momento”, comenta o executivo, pontuando que a atualização constante e a necessidade de estar alinhado à modernidade também fazem parte deste novo cenário.

Esfera de plásticos em lajes

A empresa dinamarquesa BubbleDeck, com apoio da Braskem, lançou no Brasil um sistema construtivo que utiliza esferas de plástico com objetivo de reduzir o peso próprio das lajes, proporcionando maior agilidade em obras, menor custo e impacto ambiental. O sistema é composto por esferas de polipropileno inseridas de forma uniforme entre duas telas de aço. Essas esferas são introduzidas de forma a ocupar a zona de concreto que não desempenha a função estrutural. Dessa forma, é possível construir lajes com a mesma resistência de uma laje plana maciça, porém mais leves.

A tecnologia já é utilizada em mais de 30 países e, em termos de economia de insumos, é possível deixar de gastar até 35% do concreto que seria utilizado no processo tradicional. Além disso, com o uso das esferas não há necessidade de utilização de vigas e o número de pilares é reduzido, permitindo vãos maiores, estrutura ideal para grandes construções, como estacionamentos. “As tecnologias construtivas estão avançando cada vez mais e trazem benefícios para as empresas, para o consumidor final e o meio ambiente. Precisamos estar abertos a novas alternativas que trarão mais economia e melhor desempenho para as obras”, finaliza Luiz França.

Nova área da Amanco Wavin promete avanços para a transformação digital da construção civil

A Amanco Wavin ( amancowavin.com.br), marca comercial da Wavin ( wavin.com), uma das maiores empresas mundiais em tubos e conexões, acaba de lançar no Brasil a Central Nacional de Projetos (CNP), oriunda de um programa bem-sucedido da própria Wavin em El Salvador, com o objetivo de apoiar a transformação digital do setor.

“Com a nossa jornada de construir ambientes saudáveis e sustentáveis, entendemos que precisamos ir além da entrega de produtos. Por isso, a CNP chega para dar suporte aos projetistas – por meio de uma equipe de especialistas -, visando cooperar para o desempenho do nosso segmento, com soluções inovadoras e benéficas para a sociedade”, diz José Augusto Pimentel Gomes, gerente de Infraestrutura e Projetos da Amanco Wavin no Brasil.

No Brasil, a nova área atende os segmentos predial, industrial e de infraestrutura. Entre as tecnologias, a marca disponibiliza, por exemplo, produtos de combate a incêndios, tubulações eficientes que captam água da chuva para reúso, inovação que reduz o ruído em tubulações hidráulicas etc.

Além disso, todos os projetos contam com suporte para modelação em Revit, por meio da metodologia BIM. Dessa forma, é possível reunir e organizar todas as informações do processo de construção, com maior precisão e eficiência, bem como impacto positivo no tempo e no orçamento de uma obra.

Com a CNP, a Amanco Wavin pretende dobrar o número de projetos atendidos em 2021, em relação a 2020.

Impenhorabilidade do bem de família como garantia de locação de imóvel comercial: como isso afeta o mercado imobiliário?

Por Camila Vieira Guimarães e Tatiane Bagagí Faria

Por muitos anos, a modalidade de garantia mais comum – quase prevalecente – nos contratos de locação foi a fiança – o que, nos últimos anos, vem se alterando em razão de novos produtos mais eficientes e menos custos para ambas as partes na locação, como seguros fiança e garantias por título de capitalização, por exemplo. Por meio da garantia fidejussória, uma pessoa se obrigava a pagar por eventual dívida do locatário com o locador do imóvel, tanto nos contratos residenciais quanto comerciais. Assim, na hipótese de o locatário se tornar inadimplente, o locador teria a faculdade de cobrar a dívida do fiador e perseguir o seu patrimônio para satisfação do débito do inquilino.

A fim de dar efetividade à garantia e viabilizar as locações, o legislador, por meio da Lei nº 8.009/90, excluiu o imóvel do fiador em locação da proteção legal da impenhorabilidade do bem de família. Ou seja, a pessoa que for fiadora em locação responderá com todo o seu patrimônio no caso de não pagamento dos aluguéis e encargos locatícios pelo locatário, ainda que só possua um único bem imóvel e este seja utilizado como residência sua e da sua família.

Contudo, a recente decisão do STF, no julgamento do Recurso Extraordinário n.º 605.709, entendeu pela inconstitucionalidade da norma que excluiu da proteção do bem de família o imóvel do fiador de locação comercial, gerando impactos sobre o mercado de locações – tanto para a celebração de novos negócios, como na renovação dos ainda inúmeros contratos de aluguel que se valeram dessa modalidade de garantia.

O fiador ainda possui um papel valorizado na locação de imóveis, uma vez que indica ao locador um patrimônio que demonstre sua capacidade financeira para arcar com as dívidas dos inquilinos, caso venha a ser acionado. Na grande maioria das vezes, esses fiadores colocavam suas próprias casas ou de seus familiares como garantia da locação. Mas, a partir da decisão do STF, essa modalidade de garantia certamente não será bem vista pelos locadores, os quais não terão a segurança de que o imóvel do fiador poderá ser usado para satisfação da dívida do locatário, em razão da garantia do bem de família nos contratos de locação comercial.

Desde 2019, diversos casos sobre o tema chegaram ao STF, o qual decidiu pela impenhorabilidade dos bens de família do fiador em contratos de locação comercial. Em outras palavras, se o fiador só tiver um único imóvel e utilizá-lo como sua moradia, este não poderá ser utilizado para satisfação do crédito do locador pela dívida do inquilino.

O entendimento do STF foi no sentido de privilegiar a garantia fundamental à moradia, prevista na Constituição Federal, em detrimento do direito do locador e da livre iniciativa no mercado de locações comerciais. O impacto da decisão decorre da insegurança jurídica trazida para o bojo da locação comercial ao inviabilizar uma garantia há muito consolidada na praxe, afetando, por conseguinte, questões econômicas e mercadológicas do setor, com possíveis reflexos no custo final das locações comerciais.

Prevaleceu o entendimento de que não é razoável a penhora do único bem de família do fiador para saldar débito oriundo de contrato de locação, pois haveria uma forte violação ao direito de moradia do hipossuficiente em razão de locatário que, na maioria das vezes na hipótese de contrato comercial, detém maior vantagem financeira, prevalecendo os direitos e garantias fundamentais em detrimento dos direitos econômicos.

Tatiane Bagagí Faria, advogada cível do escritório Marcos Martins Advogados.

Camila Vieira Guimaraes, advogada societária do escritório Marcos Martins Advogados.

Proprietário que não negocia aluguel corre risco de vacância e pode ter renda anual 70% menor, mostra estudo do QuintoAndar

Estudo exclusivo realizado pelo QuintoAndar, maior plataforma digital de moradia do país, mostra que a renegociação e adoção de índices alternativos de reajuste de aluguel traz benefícios significativos tanto para os proprietários de imóveis residenciais quanto para seus inquilinos. O levantamento mostra que, para donos que não negociam, a chance de rescisão antecipada aumenta significativamente e, caso ela se concretize, sua renda pode ser até 70% menor do que se tivesse aceitado alterar o índice de reajuste.

O estudo “O impacto econômico da mudança nos índices de reajuste nos contratos de aluguel” mostra ainda que a taxa de rescisão antecipada, antes de 12 meses, é cerca de 10% maior do que a média quando não há negociação. Já no caso dos contratos renegociados, a chance de cancelamento antecipado é 87% menor que a média histórica.

A opção por um índice de reajuste menos volátil, portanto, eleva a chance de manutenção do contrato. Isso evita perdas significativas com a vacância, que vão desde o custo de oportunidade, gastos com impostos e condomínio até a necessidade de aceitar um valor de aluguel menor que o original, dada a queda nos preços no mercado.

Para o inquilino, o impacto das negociações também é positivo, tanto no curto quanto no longo prazo. O estudo mostra, por exemplo, que a troca do IGP-M (índice de preços do atacado calculado pela FGV e que é muito usado como referência para o reajuste do aluguel), muito volátil, pelo IPCA (índice de inflação ao consumidor calculado pelo IBGE e usado como indicador oficial de preços no país), com variações menos intensas, poderia gerar economia de R$ 1,2 bilhão por mês para os inquilinos brasileiros. Caso todos os contratos ativos hoje tivessem sido corrigidos pelo IGP-M, o gasto mensal total dos inquilinos do país teria aumentado 20% mais do que efetivamente subiu. No horizonte mais longo, a vantagem para o inquilino é a previsibilidade de um indicador que oscila menos e é mais próximo da realidade do seu dia-a-dia.

“Analisando a série histórica dos índices de preço, cruzando com os dados de mercado, o estudo comprova que negociar é a melhor alternativa tanto para proprietários quanto para inquilinos”, conta José Osse, Head de comunicação do QuintoAndar.

Condofy entra para o Mapa das Construtechs & Proptechs Brasil 2021

Lista da Terracotta Ventures cobre o ecossistema brasileiro de startups no segmento de construção e mercado imobiliário

A Condofy, administradora digital que aposta em tecnologia de ponta e processos inteligentes para construir um modelo novo de administrar condomínios, baseado na eficiência e sustentabilidade, está presente no Mapa das Construtechs & Proptechs Brasil 2021 da Terracotta Ventures. A lista, que cobre o ecossistema brasileiro de startups no segmento de construção e mercado imobiliário, monitora negócios nascidos em todo o país e com soluções que geram valor ao longo de toda a jornada do ativo imobiliário. Nascida em 2017, é hoje a maior cobertura do ecossistema de startups do segmento no Brasil. A inclusão é a terceira consecutiva, e mais do que merecida: mesmo na pandemia, a empresa conseguiu atrair investimentos em sua última rodada. “Estávamos com o produto certo, no lugar e na hora certos”, resume Bruno Cordeiro, CEO da empresa.

Mas a startup está longe de ter conseguido o investimento por “sorte”. A visão progressista da Condofy, que oferece uma maneira mais ágil, rápida e tecnológica de fazer um trabalho reconhecidamente burocrático somada à experiência de seus fundadores e a capacidade de “pivotar” foram elementos-chave para que a empresa crescesse neste momento. “Quando fundamos a Condofy, em 2018, sabíamos que essa transformação digital era uma questão de tempo. Acabou sendo a pandemia que antecipou esse processo, mas nós, que trabalhamos há anos com isso, sabíamos que aconteceria e queríamos estar na linha de frente dessa mudança”, conta Cordeiro, que soma mais de 20 anos trabalhando na área de tecnologia, 9 deles na Accenture, empresa de tecnologia que desenvolve projetos de inteligência artificial, inovação, Data & Analytics, entre outros. 

Para o founder, sua experiência na área de tecnologia e a imagem que a empresa passa – de que está na direção certa e com o produto certo -, foi o que atraiu a atenção dos investidores, inclusive na pandemia. “Nosso produto resolve um problema que ninguém quer resolver, que é atualizar e otimizar a gestão de condomínios, por meio de uma plataforma inteligente que une moradores, síndicos e administradora”. Mesmo assim, a startup não deixou de inovar. Nesse momento em que todos “voltaram para casa”, com o confinamento e as restrições sociais, ficou evidente a falta de envolvimento entre os moradores e o condomínio. 

Por isso, a empresa se reformulou no começo deste ano para focar em uma nova meta: criar uma verdadeira comunidade entre vizinhos. “A digitalização foi tão intensa por conta da pandemia que as pessoas estão até um pouco saturadas. Por isso, percebemos que precisávamos nos humanizar e trazer para os moradores essa sensação de pertencer a uma comunidade. A tecnologia deve auxiliar e facilitar tarefas, mas o contato humano é insubstituível”, finaliza. 

Relatório do Imovelweb mostra estabilidade no preço do m² no Rio de Janeiro

De acordo com o relatório mensal do Imovelweb, um dos maiores portais imobiliários do País, o preço médio do m² na cidade do Rio de Janeiro em abril foi R$ 7.770. Dessa forma, um imóvel padrão (65 m², 2 quartos e vaga na garagem) na capital fluminense custa em torno de R$ 505.050, o que representa uma estabilidade em relação ao mês de março. Em 2021, houve apenas um pequeno aumento de 0,1% nos preços de venda, enquanto nos últimos 12 meses o crescimento foi de 2,4%.

Entre abril de 2020 e abril de 2021 os bairros que mais registraram aumento no preço do m² foram Pedra de Guaratiba (R$ 2.563/m², +15%), Água Santa (R$ 4.685/m², +16%) e Vigário Geral (R$ 3.287/m², +17%). Já as maiores quedas ocorreram em Cidade Nova (R$ 7.247/m², -15%), Catumbi (R$ 3.892/m², -13%) e Penha (R$ 4.372/m², -12%).

A tabela abaixo traz os preços mais altos e mais baixos do m² na capital fluminense: 

Mais baratos (R$/m²)Variação mensalVariação anual
Pavuna (Zona Norte)2.085-1,5%1,1%
Coelho Neto (Zona Norte)2.359-0,3%-0,8%
Turiaçu (Zona Norte)2.3720,4%-4,4%
Mais caros (R$/m²)Variação mensalVariação anual
Lagoa (Zona Sul)16.2220,1%2,9%
Ipanema (Zona Sul)19.2650,3%0,9%
Leblon (Zona Sul)22.0420,5%2,0%

Queda no preço médio do aluguel

Segundo o relatório do Imovelweb, o preço médio do aluguel mensal ficou em torno de R$ 1.813 no Rio de Janeiro, 0,1% a menos do que o valor registrado em março. No ano, no entanto, o valor do aluguel acumula alta de 1,9% e nos últimos 12 meses o aumento foi de 1,3%.

Os bairros que mais registraram queda no preço médio do aluguel entre abril de 2020 e abril de 2021 foram Cosmos (R$ 1.069/mês, -18%), Campinho (R$ 1.115/mês,  -17%) e Praça da Bandeira (R$ 1.554/mês, -15%). As maiores altas ocorreram em Higienópolis (R$ 1.218/mês, +11%), Flamengo (R$ 2.239/mês, +11,6%) e Curicica (R$ 1.355/mês, +17%).
Veja os bairros onde o valor de locação é mais alto e mais baixo no Rio de Janeiro:

Mais baratos (R$/m²)Variação mensalVariação anual
Senador Vasconcelos (Zona Oeste)827-0,4%-6,5%
Bangu (Grande Bangu)956-0,6%-5,8%
Praça Seca (Barra da Tijuca e Baixada de Jacarepaguá)961-1,9%-2,9%
Mais caros (R$/m²)Variação mensalVariação anual
Urca (Zona Sul)2.7163,0%-14,7%
Leblon (Zona Sul)3.712-1,1%-6,2%
Ipanema (Zona Sul)3.7400,3%2,2%

Rentabilidade

O índice de rentabilidade imobiliária do Imovelweb relaciona o preço de venda e valor de locação do imóvel para verificar o tempo necessário para recuperar o dinheiro utilizado na aquisição do imóvel. No relatório de abril, o índice foi 4,6% bruto anual, o que significa que são necessários 22 anos para recuperar o valor investido na compra de um imóvel, tempo 1% menor que há um ano.

Confira os bairros mais e menos rentáveis para se investir no Rio de Janeiro:

Mais rentáveis
Cosmos6,5%
São Francisco Xavier6,5%
Ramos6,5%
Menos rentáveis
Gávea3,2%
Leblon3,1%
Lagoa2,9%

Desconto nas vendas de imóveis recua para o menor patamar desde 2014

No 1º trimestre de 2021, o percentual médio negociado nas transações atingiu 9%, o mínimo registrado nos últimos 7 anos


A pesquisa Raio-X FipeZap do 1º trimestre de 2021 oferece dados inéditos a respeito da percepção e do comportamento dos agentes do mercado imobiliário, incluindo informações sobre compras realizadas e intenção de compra; participação de investidores entre os compradores; incidência e percentual de descontos negociados sobre o valor anunciado; percepção e expectativas com respeito ao nível e trajetória dos preços dos imóveis no curto e longo prazos, entre outros tópicos de interesse. A seguir, são apresentados os destaques desta edição da pesquisa, elaborada a partir da participação de 2.129 respondentes entre 12 a 29 de abril de 2021:

Participação de compradores: a participação de compradores – respondentes que declararam ter adquirido imóvel nos últimos 12 meses – manteve-se relativamente estável no último trimestre, representando 10% da amostra. Em relação ao estado ou tipo do imóvel adquirido, a preferência por imóveis usados se elevou de 66% para 70% entre compradores entre o final de 2020 e o início de 2021, ampliando sua distância da média histórica da pesquisa (58%). Em termos de objetivos, a finalidade “moradia” voltou a crescer entre aqueles que adquiriram imóveis recentemente, passando de 54%, ao final de 2020, para 61%, no início de 2021. Diferentemente, entre aqueles que optaram pelo investimento imobiliário (39% dos compradores, no 1º trimestre de 2021), a maior parte da amostra declarou intenção de destinar o imóvel comprado como locação para rentabilizá-lo (68%).

Intenção de compra: a proporção de respondentes que declarou intenção de adquirir imóveis nos próximos 3 meses tem recuado marginalmente ao longo dos últimos períodos, encerrando o 1º trimestre de 2021 em 46% da amostra. Entre os que declararam intenção de adquirir imóveis no futuro próximo, cerca de metade dos respondentes se mostrou indiferente entre imóveis novos ou usados (51%), superando aqueles que preferiram estritamente imóveis usados (40%) ou novos (9%). Já em termos de objetivo, uma parcela crescente dos compradores potenciais destacou a intenção de utilizar o imóvel adquirido para “moradia” (89%), superando neste grupo o objetivo “investimento” (11%).

Descontos nas transações: o percentual de transações com desconto sobre o valor anunciado do imóvel manteve a trajetória de queda nos últimos meses, encerrando março de 2021 com uma incidência média de 64% sobre as transações realizadas nos últimos 12 meses – o menor patamar desde meados de 2017. Considerando apenas as transações que envolveram alguma redução no valor anunciado, o percentual médio de desconto negociado também recuou expressivamente, atingindo 9% em março (nova mínima histórica).

Percepção sobre os preços atuais: com respeito à percepção dos respondentes em relação aos preços atuais, os últimos resultados não indicaram mudanças significativas em relação aos períodos anteriores. Em detalhe: a participação dos respondentes que classificavam os valores como “altos ou muito altos” apresentou ligeiro declínio na base anual, passando de 68% no 1º trimestre de 2020 para 66%, em 2021. Em paralelo, o percentual de respondentes que classificavam os preços atuais dos imóveis como “razoáveis” passou de 21% para 24%, ao mesmo tempo em que a parcela que declarou que os preços estavam “baixos ou muito baixos” oscilou de 6% para 5%.

Expectativa de preço: em relação às apostas e projeções dos agentes para os preços dos imóveis ao longo dos próximos 12 meses, os últimos trimestres evidenciaram um período de relativa estabilização das expectativas, após forte volatilidade motivada pela chegada da pandemia da Covid-19 no 1º trimestre de 2020. Entre os grupos avaliados pela pesquisa, a maior alta é esperada pelos compradores que adquiriram imóveis recentemente (+5,5%), seguida pela alta esperada por proprietários (+2,3%) e um recuo de 1,5% indicado por aqueles que pretendem adquirir imóveis nos próximos meses. Com isso, a expectativa média para o preço dos imóveis nos próximos 12 meses, considerando todos os respondentes que participaram da pesquisa no 1º trimestre de 2021, aponta alta nominal de 0,6% – variação próxima à projeção do trimestre imediatamente anterior (+0,5%).

Sinduscon-MG e AsBEA-MG oferecem cursoon-line sobre Plano Diretor de Belo Horizonte

Inscrições para a capacitação, que será realizada de 24 e 27 de maio, podem ser feitas até sexta-feira (21) 

Estão abertas as inscrições para a segunda turma do curso “Plano Diretor de Belo Horizonte”, realizado pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG) em parceria com a Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (AsBEA-MG). A capacitação será oferecida on-line e ao vivo, entre os dias 24 de maio, das 17h às 21h, a 27 de maio, das 18h30 às 21h. As inscrições devem ser feitas exclusivamente por meio do link http://bit.ly/cursoplanodiretorBH-Turma2

Os participantes terão a oportunidade de conhecer mais detalhes da Lei 11.181/2019, como parcelamento de solo, aspectos urbanísticos e outorga onerosa. “O novo Plano Diretor de Belo Horizonte representa uma ruptura muito grande com a legislação que vinha sendo praticada até agora. Em função disso, as pessoas não podem perder a oportunidade de participar do curso para que possam se apropriar desses conceitos que a nova legislação trouxe”, destaca Renato Michel, vice-presidente da Área Imobiliária do Sinduscon-MG. 

A primeira edição ocorreu entre os dias 2 e 5 de março deste ano e as 40 vagas se esgotaram em uma semana. O curso será ministrado pelos arquitetos Cíntia Campos, Ângela Evangelista, Luiz Gazzi e Júlio Torres. Para associados Sinduscon-MG e AsBEA-MG, o investimento é de R$ 650. Para não associados, R$ 1.000.

“A segunda turma vem para comprovar o sucesso desse que é o único curso ministrado pelos melhores profissionais de mercado, habituados ao exercício diário da lei e seus desdobramentos. A capacitação foi estruturada para que arquitetos, engenheiros, construtores e incorporadores entendam a legislação em vigor, dando respostas teóricas e práticas aos parâmetros que vão dar forma aos produtos imobiliários”, afirma a presidente da AsBEA-MG, Fernanda Basques. Ao final, será emitido certificado de participação para os alunos que concluíram integralmente o curso.

Votorantim Cimentos reverte perdas e encerra primeiro trimestre de 2021 com lucro líquido de R$ 227 milhões

A Votorantim Cimentos encerrou o primeiro trimestre de 2021 com lucro líquido de R$ 227 milhões, revertendo prejuízo de R$ 380 milhões registrado no mesmo período do ano passado. A companhia obteve receita líquida global de R$ 4 bilhões no primeiro trimestre do ano, aumento de 46% em relação a igual período de 2020, resultado do aumento do volume de vendas em todas as regiões em que opera, combinado com o impacto positivo da desvalorização do real frente ao câmbio das operações internacionais. No primeiro trimestre, as vendas globais de cimento da empresa somaram 7,6 milhões de toneladas, crescimento de 20% em relação às 6,3 milhões de toneladas comercializadas no mesmo período de 2020.

“Os resultados dos primeiros três meses do ano refletem nossa resiliência e trabalho em equipe para superar as adversidades diante da Covid-19. A pandemia ainda traz muita volatilidade e incerteza, e a vida das pessoas continua sendo prioridade na nossa condução dos negócios O primeiro trimestre refletiu o posicionamento diferenciado e o potencial de alavancagem operacional da companhia, que segue focada em manter a guarda alta”, afirma o CEO Global da Votorantim Cimentos, Marcelo Castelli.

A Votorantim Cimentos encerrou o primeiro trimestre com EBITDA (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado de R$ 971 milhões, crescimento de 318% em relação aos três primeiros meses do ano passado, e margem EBITDA de 24%, aumento de 16 pontos percentuais sobre o mesmo período de 2020. O resultado é fruto do volume de vendas positivo e do efeito cambial favorável da valorização do dólar frente ao real. A alavancagem, medida pelo índice dívida líquida/EBITDA ajustado, manteve-se estável em 1,98x, dentro da política financeira da companhia.

“Seguimos com a nossa tradicional disciplina financeira e trabalhamos ativamente na gestão de endividamento. Como consequência, asseguramos liquidez, um caixa robusto e mantivemos a alavancagem da companhia sob controle no trimestre. Com um resultado operacional mais forte e melhores métricas de crédito, retomamos o pagamento de dividendos aos acionistas e mantivemos nosso grau de investimento por duas agências de classificação de risco, sendo que a Fitch Rating recentemente elevou nossa perspectiva para estável”, diz o CFO Global da Votorantim Cimentos, Osvaldo Ayres Filho.

Desempenho por região – No Brasil, a receita líquida da Votorantim Cimentos no trimestre foi de R$ 2,2 bilhões, um aumento de 47% em relação ao primeiro trimestre de 2020. Já o EBITDA ajustado foi de R$ 594 milhões, crescimento de 433% na comparação com o mesmo trimestre do ano passado. Os resultados positivos no primeiro trimestre de 2021 devem-se principalmente ao crescimento do volume de vendas e preços, bem como a contínua dinâmica positiva de mercado em todas as regiões do país. O mercado brasileiro de cimento encerrou o primeiro trimestre de 2021 com um total de 15,3 milhões de toneladas comercializadas, aumento de 19% em relação ao ano anterior, de acordo com o Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC). Os principais impulsionadores para este desempenho foram as condições climáticas favoráveis, a manutenção da construção civil como atividade essencial e o contínuo avanço da autoconstrução e do setor imobiliário. A projeção do SNIC é de um crescimento para o setor cimenteiro entre 1% e 2% em 2021.

Na América do Norte, a receita líquida da companhia atingiu R$ 815 milhões no primeiro trimestre de 2021, um aumento de 29% em relação ao mesmo período do ano anterior, explicado principalmente pelo maior volume de vendas devido a condições climáticas favoráveis, que recorrentemente afetam as operações e os resultados no Hemisfério Norte, além do impacto positivo da conversão cambial. O EBITDA ajustado atingiu R$ 42 milhões no primeiro trimestre de 2021 contra um resultado negativo de R$ 5 milhões no mesmo período de 2020.

Na Europa, África e Ásia, a receita líquida da Votorantim Cimentos atingiu R$ 814 milhões, crescimento de 72%. O EBITDA ajustado teve aumento de 162%, totalizando R$ 249 milhões no trimestre. Os resultados positivos são explicados pela maior demanda em todos os países em relação ao mesmo período do ano passado, quando a região foi impactada pelas restrições da Covid-19, dinâmica positiva de preços e também pela desvalorização do real, além de um efeito positivo de item não recorrente relacionado à venda de terreno na Turquia.

Na América Latina, a receita líquida da companhia no primeiro trimestre foi de R$ 170 milhões, aumento de 24% em relação ao 1T20, e o EBITDA ajustado foi de R$ 86 milhões, crescimento de 185% em relação ao primeiro trimestre de 2020. O resultado deve-se ao bom volume de vendas e à dinâmica de preços, especialmente no Uruguai, além da gestão de custos e o efeito positivo da depreciação cambial. Os resultados também foram impactados pelas restrições da Covid-19 na Bolívia no mesmo período do ano passado.

Destaques do trimestre – Em março, a Votorantim Cimentos fez sua primeira emissão de debêntures ESG (sigla em inglês que avalia as operações das empresas nos eixos Ambiental, Social e de Governança) no mercado de capitais brasileiro, com metas atreladas a indicadores de sustentabilidade. Essa emissão de debêntures com critérios ESG foi a primeira realizada por uma empresa do setor de construção no mercado brasileiro. A linha de R$ 450 milhões tem prazo de cinco anos, com vencimento em fevereiro de 2026. Os recursos captados foram utilizados para o pagamento antecipado de dívidas com vencimento em 2023. A taxa de juros da operação foi CDI + 1,45% ao ano. Os indicadores de performance (KPIs) que serão medidos são a emissão de CO2 por tonelada de cimento e o índice de substituição térmica, dois importantes parâmetros de sustentabilidade para a indústria de cimento e alinhados aos Compromissos em Sustentabilidade para 2030 estabelecidos pela companhia em novembro de 2020. Com o cumprimento das metas estabelecidas a cada dois anos, a Votorantim Cimentos terá benefícios nas condições de pré-pagamento da dívida.

No primeiro trimestre, a Votorantim Cimentos e sua controlada VCNNE, por meio da RB Capital Companhia de Securitização, emitiram um Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI) no valor de R$ 400 milhões. Essa foi a segunda emissão de CRI no mercado de capitais brasileiro realizada pela companhia. A operação tem prazo de vencimento de 12 anos e custo anual de IPCA + 4,47%. A companhia e sua controlada também contrataram um instrumento financeiro derivativo (do termo em inglês, swap) com o objetivo de trocar a taxa flutuante IPCA+ pela taxa flutuante CDI+, resultando em um custo anual de CDI + 1,33%.

Em abril, a Votorantim Cimentos e a Caisse de dépôt et placement du Québec (CDPQ), investidor institucional de longo prazo, anunciaram a conclusão da transação para combinar suas operações de cimento na América do Norte. Após a conclusão das condições precedentes, inclusive com as aprovações das autoridades regulatórias no Brasil, no Canadá e nos Estados Unidos, a St. Marys Cement Inc. (Canada), subsidiária integral da Votorantim Cimentos, poderá seguir com o processo de integração da McInnis Cement Inc. A Votorantim Cimentos Internacional (VCI), plataforma de investimentos internacionais e subsidiária integral da Votorantim Cimentos, terá 83% de participação acionária e a CDPQ ficará com 17% de participação. A combinação de negócios entre St. Marys Cement (Canada) e McInnis Cement deverá fortalecer significativamente o posicionamento estratégico das operações por meio do aumento da capacidade de produção de cimento, das eficiências operacionais e da ampliação da rede de distribuição na América do Norte.

Ainda em abril, a Juntos Somos Mais recebeu um aumento de capital de R$ 100 milhões de seus acionistas Votorantim Cimentos, Gerdau e Tigre. A Juntos Somos Mais, criada pela Votorantim Cimentos em 2014, é uma empresa que mantém o maior programa de fidelização do mercado de varejo de materiais de construção e o maior marketplace do setor, com mais de 25 indústrias da construção e empresas de serviços e 500 mil membros – lojistas, vendedores e profissionais de obra. O plano de longo prazo da empresa é ser um balcão único da construção, oferecendo soluções para varejistas e consumidores finais que precisam de pequenos reparos domésticos. O investimento reforça o compromisso de suportar projetos inovadores que tragam desenvolvimento e modernização do setor ao país.