O valor acumulado de vendas no ano passado também cresceu em mais de 16%,
Em 2024, o mercado imobiliário brasileiro registrou um crescimento total de 11,8% nas vendas de novos imóveis em comparação com o mesmo período do ano anterior, o que reforça a solidez do setor no Brasil e o aumento da confiança por parte dos consumidores. Esse é o maior patamar de vendas já registrado pela série desde 2014.

O bom desempenho das comercializações, foi impulsionado tanto pelo segmento de Médio e Alto Padrão (MAP) quanto pelo Programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), alcançando um novo patamar na série histórica. Os dados são do indicador ABRAINC-FIPE, um levantamento realizado com 20 empresas associadas à Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC), em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE).
O MCMV apresentou crescimento recorde de lançamentos e vendas, que cresceram 25,2% e 13,1% respectivamente. O bom resultado do programa reflete a boa formatação do programa MCMV, que está ampliando o acesso das famílias de menor renda à moradia. Isso reforça a importância de preservar os recursos do FGTS, evitando ampliar as atuais modalidades de saque, para garantir que o fundo tenha condições de realizar investimentos em habitação popular, saneamento e infraestrutura. Essas atividades necessitam de financiamento a taxas mais baixas e são essenciais a qualidade de vida da população mais carente
O segmento de Médio e Alto Padrão (MAP) continua a apresentar bom desempenho, especialmente no valor de venda, que cresceu em 23,8%. Os lançamentos expandiram 42% no período.

Outro marco importante foi a queda nos estoques. No fechamento de 2024, a duração dos estoques do MAP caiu para 13 meses, nível saudável e próximo a média histórica. Já no MCMV, houve uma redução dos estoques para 9,8 meses.
A relação distrato sobre venda no MAP segue em um baixo patamar (10,5%), provando a eficácia do marco legal estabelecido em 2018. Em comparação, quando a Lei dos Distratos foi sancionada, essa relação era de cerca de 40%.
“O ano de 2024 encerra mais um período positivo para o setor. O segmento MCMV continua muito bem estabelecido e é um dos alicerces do acesso à moradia popular no país. Além disso, também temos acompanhado a resiliência do segmento MAP, que vem trazendo resultados sólidos, mesmo em condições desafiadoras. Porém, é extremamente necessário que haja medidas para proteção dos recursos do FGTS, evitando a escassez de um benefício disponível ao trabalhador e responsável pelo sonho da casa própria. Na outra ponta, para média e alta renda, é de suma importância novas opções de funding mais sólidas somadas a uma atenção especial à taxa de juros dos financiamentos, para que não haja impacto no setor da construção civil”, afirma Luiz França, presidente da ABRAINC.
Abaixo mais números do setor:






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