Preços dos imóveis em São Paulo aumentam 5%, mas, ajustados pela inflação, tiveram queda real de 4%

Especialistas da Propdo, proptech Israelense, apontam que a inflação e taxa de juros, somados a SELIC, estão fazendo com que, hoje, o mercado passe por uma fase de encolhimento após anos de expansão

Quando se trata de investimentos em imóveis, vários fatores contribuem para o aumento ou diminuição de preços no mercado, a inflação e a taxa de juros são alguns exemplos. De acordo com especialistas da Propdo, proptech israelense que fornece soluções em software para tomada de decisão no mercado imobiliário, a inflação e taxa de juros, somados a SELIC, estão fazendo com que hoje o mercado passe por uma fase de encolhimento, após anos de expansão. Prova disso é uma análise dos preços dos imóveis na cidade. Estudos apontam que os valores de venda subiram 5% em São Paulo, o maior aumento em seis anos, mas, quando ajustados pela inflação, o que se percebe é que, na verdade, os preços caíram 4%.

“É importante dizer que o número de transações em São Paulo, para o primeiro semestre de 2022, permaneceu próximo aos números do ano passado, ainda no auge, enquanto em outras grandes cidades do Brasil já detectamos uma diminuição no número de transações, em comparação com os últimos meses e para o mesmo período do ano passado”, explica Nathan.

Com a baixa na inflação e a maior oferta de crédito sob juros mais baixos, impulsionados pela pandemia, foi possível perceber um crescimento no mercado imobiliário brasileiro entre os anos de 2020 e 2021, principalmente em São Paulo com um elevado número de transações, compras e vendas. Entretanto, com o fim das políticas de apoio e alta da inflação, seguida pela taxa de juros, a proptech acredita que podemos esperar uma retração do mercado até o final de 2022.  

“O grande fator positivo que veio viabilizando a expansão do mercado imobiliário brasileiro foi a constante redução por parte do Governo Federal da taxa SELIC. Esse movimento tem causado, em grande parte, o remanejamento de investimentos de ativos financeiros para ativos imobiliários, especialmente imóveis residenciais. Agora, depois de mais de um ano, a SELIC está crescendo drasticamente, tornando mais difícil para a maioria das pessoas comprar ativos, já que as opções de financiamento não são mais tão atraentes. Enquanto a SELIC permanecer em suas altas taxas, o mercado provavelmente continuará encolhendo”, finaliza.