Liberação de crédito imobiliário da Minha Casa Financiada cresce 262% no primeiro trimestre de 2022

As proptechs vivem dias conturbados. O cenário econômico cada vez mais pessimista no Brasil e a instabilidade financeira mexem com o rumo do setor. Um dos motivos para esse prenúncio de crise podem estar nos indicadores. O IPCA-15 obteve alta de 1,73% em abril (maior número em 27 anos); há projeções dos especialistas de termos taxa Selic em patamar próximo dos 14% até o final do ano e, como se não bastasse, uma onda de demissões em massa atingiu o setor de surpresa. 

Apesar do cenário geral de insegurança, existem empresas que estão andando na contramão desse movimento, crescendo e conquistando cada vez mais seu espaço. Como é o caso da startup Minha Casa Financiada. A proptech de crédito, que tem o propósito de desburocratizar a construção de imóveis, fechou o primeiro trimestre de 2022 anunciando crescimento de 262% nos créditos imobiliários liberados para a região sudeste do Brasil. 

O estado que mais apresentou crescimento foi o de São Paulo. Comparando o primeiro trimestre de 2022 com 2021, houve um aumento de R$129 milhões (R$34 milhões para R$163 milhões). Seguido pelo Rio de Janeiro, com R$59 mi (de R$ 23 mi para R$ 82 mi) Minas Gerais, com aumento de R$12 mi (de R$ 12 mi para R$ 24 mi) e Espírito Santo, com crescimento de R$4 mi (R$ 9 mi para R$ 13 mi).

Segundo o CEO da Minha Casa Financiada,Vinicius Motta, a instabilidade econômica tem feito com que investidores busquem novas formas de aplicar seu capital, e a construção financiada tem se mostrado uma opção viável.

“Muitos investidores estão optando por aplicações mais seguras a longo prazo, com isso o setor de crédito imobiliário vive um ótimo momento. Nossas linhas de crédito contam também com incorporação, de casas ou prédios, para quem tem a intenção de revender. Esse movimento do mercado colabora para o bom desempenho do nosso negócio, afirma Motta.

Crescimento consistente no longo prazo

Fundada em dezembro de 2019, a Minha Casa Financiada se caracteriza, também, por nunca ter recebido aportes. Todo o crescimento da participação de mercado da empresa aconteceu em formato bootstrapping. O faturamento, em 2019, foi de R$2,5 milhões, total que passou para R$ 8,2 milhões em 2020, chegando a R$14,1 milhões em 2021 e a expectativa para 2022 é alcançar os R$27 milhões, cerca de 93% de crescimento em comparação ao ano anterior..

Motta revela também que o modelo de negócio da empresa proporciona um crescimento saudável e consciente, dessa forma o negócio se mantém estável independente dos movimentos do mercado. 

“Conseguimos criar um negócio que é extremamente competitivo e supre uma necessidade do mercado: a falta de verba das pessoas para construir seu lar. Nossas decisões são tomadas de forma que o crescimento seja focado em solidez e no longo prazo. Ao suprir uma necessidade do mercado, trabalhando com as melhores taxas do mercado, conseguimos intermediar mais de R$2,2 bilhões de créditos imobiliários em 2021 e projetamos terminar o ano com R$ 3,5 bi”, analisou o CEO da MCF.