Lançamento de aplicativos da construção civil movimentam primeiro dia de FEICON

A indústria da construção experimenta um avanço no uso de tecnologia em toda a cadeia, desde o planejamento até o acabamento, passando também pela qualificação profissional. A integração de tecnologias mostra que a inteligência artificial deverá ser um dos pilares de crescimento do setor. As novidades foram destaque da FEICON, maior evento da construção civil da América Latina, que acontece até sexta-feira (14), no pavilhão do São Paulo Expo (SP).

A Smart Sky, que é um hub de tecnologia da construção civil, concentrou quatro ambientes de inovação, destacando as ferramentas digitais utilizadas pela empresa, que tem oferecido a integração das tecnologias de captura de realidade em única solução para otimizar as operações de construtoras.

A empresa aposta no materport em um processo digital que transforma espaços reais em modelos gêmeos digitais, além do laser scanner que possibilita a geração e armazenamento de dados com precisão. Outra solução é o Geo BIM, metodologia que possibilita o projeto digital da obra antes da construção e a análise precisa de áreas geográficas, permitindo vantagens como identificação do melhor aproveitamento da iluminação solar até avaliação de riscos de enchentes. A empresa também utiliza recursos de realidade virtual e aumentada e metaverso para que construtores e consumidores possam ter melhor experiência do projeto final.

Para capacitação profissional, a Cascola lançou o aplicativo Cascola Pro, voltado para as áreas de arquitetura, marcenaria e vendas. A ferramenta traz treinamentos on-line. Segundo Vitor Gybis, gerente de marketing da Cascola, “a plataforma também conta com informações específicas sobre cada produto, dados comparativo e serviço de geolocalização que permite ao usuário encontrar lojas próximas que tenham o produto ou realizar a compra on-line”.

A Landapp startup de ecossistema de logística da construção civil, que conecta construtoras, caminhoneiros a empresas de terraplanagem, recicladoras para destinação correta de resíduos e reaproveitamento de matérias, também lançou uma novidade: o LandApp Control. O app possibilita o acompanhamento em tempo real do transporte, rastreabilidade, gestão e maior controle no canteiro pelos profissionais de obra.

Outro lançamento realizado na FEICON é o do aplicativo Toctoc, desenvolvido pelo Grupo Aliar, detentor da marca Tintas MC. A proposta é otimizar operações de pinturas, conectando clientes à produtos e pintores cadastrados na plataforma. Desta forma, ao solicitar um orçamento pelo app, o consumidor pode fazer uma descrição do serviço e um vídeo do espaço a ser pintado. Com os dados, é feita a avaliação do tamanho da área, a indicação dos materiais que serão utilizados e previsão de tempo da obra.


A 27ª edição da FEICON acontece até 14 de abril, no São Paulo Expo (SP). Programação e credenciamento on-line estão disponíveis em www.feicon.com.br.

Neste ano, as inscrições para participar do evento são apenas on-line. Não haverá espaço para credenciamento no pavilhão.

Serviço:

FEICON – 27ª EDIÇÃO

Data: 11 a 14 de Abril de 2023
Horário: Terça a Sexta, das 10h às 20h
Local: São Paulo Expo – São Paulo/SP
Endereço: Rodovia dos Imigrantes, Km 1,5 – Água Funda

Summit ABRAINC debate 100 Dias de Governo Lula e cobra juros mais baixos e reforma tributária

A Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC) debateu, na manhã desta terça-feira (11/4), os 100 primeiros dias do governo Lula e as perspectivas para a indústria da construção civil, durante o Summit ABRAINC 2023. Na oportunidade, os principais players do setor cobraram a diminuição da taxa básica de juros (Selic); a reforma tributária e medidas que estimulem ainda mais a incorporação imobiliária e construção civil.


Na abertura do evento, o presidente da ABRAINC, Luiz França, fez um breve resumo sobre o momento econômico, político e internacional, onde o Brasil está situado. Apontou desafios e lembrou da necessidade da redução de juros. “Sistemas imobiliários fortes dependem de juros módicos para operar, mobilizando investimentos de longo prazo e contribuindo para a estabilidade das famílias. Hoje, o juro alto já começa a limitar o desenvolvimento, deslocando mais empresas para a iliquidez”, explicou.


Quem também defendeu a redução da Selic foi Rubens Menin, presidente do Conselho da MRV. Ele destacou que a construção civil é um dos setores mais afetados pela Selic e explicou que a taxa em alta afugenta recursos da poupança e, ainda, fragiliza as empresas. Menin destacou também a força do setor. “Essa indústria da construção tem uma capacidade de gerar empregos, desenvolvimento econômico e social como em poucos países do mundo”, afirmou.


Entre as autoridades presentes ao Summit ABRAINC, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, defendeu a reforma tributária, alegando que o tema está há muito tempo sendo discutido no Brasil. Ele reforçou, ainda, que a habitação é um símbolo de dignidade no Brasil e um importante motor para a economia. “É uma atividade econômica importante, responde por 10% dos empregos e aquece a economia”, argumentou.


Ainda sobre reforma tributária, o presidente da ABRAINC defendeu que ela adote critérios justos, que identifiquem o segmento como grande propulsor do emprego, do investimento e do bem-estar das famílias. “É essencial que, nas novas regras tributárias, o setor imobiliário tenha um tratamento específico, que garanta simplicidade e não traga, de forma nenhuma, maior ônus aos investidores”, disse, durante discurso.


O prefeito de São Paulo defendeu, durante a solenidade, que o novo Plano Diretor Estratégico dará agilidade ao setor. Na avaliação dele, a Prefeitura trabalha no PDE para reduzir a burocracia. E a ABRAINC entende que o novo plano dará a chance de melhorar a vida das pessoas, tornando a cidade mais inclusiva e possibilitando maior oportunidade a todos. Além de incentivar a produção de um maior número de unidades para atender a alta demanda de habitação nos próximos 10 anos.


Ainda no primeiro painel do Summit, o ministro das Cidades, Jader Filho, defendeu o relançamento do Minha Casa, Minha Vida e, em especial, o retorno da faixa 1 do programa, que passou a contemplar famílias com renda mensal de até R$ 2.640 – anteriormente o limite era de R$ 1.800. Na época do relançamento do MCMV, a ABRAINC destacou a medida como importante para o combate ao déficit habitacional de 5,9 milhões de famílias e propôs que as demais faixas do programa possam receber novos incentivos, ampliando, dessa forma, a contratação de novos projetos e incentivando, também, a geração de empregos e renda para a população.


O ministro acrescentou que o programa deve ganhar ajustes ao longo do ano para chegar com mais eficiência às cidades de até 50 mil habitantes e destacou o peso que ele terá na geração do desenvolvimento nas cidades beneficiadas. “Nosso objetivo é passar de um milhão de empregos diretos e indiretos apenas com o Minha Casa, Minha Vida até 2026”, afirmou.


Sobre o MCMV, Luiz França elogiou o tamanho do orçamento destinado ao programa nesse ano. “O grande êxito dele está na distribuição dos subsídios diretamente às famílias, viabilizando a compra de moradias. Nesse quesito, já temos um motivo para comemorar: a aprovação de um orçamento de R$ 19,5 bilhões em subsídios para este ano, 130% mais do que o valor orçado em 2022”, apontou o executivo.


Durante o painel “Diálogo com o Poder Público para Habitação”, Antônio Setin, presidente da Setin Construtora; Hailton Madureira de Almeida, secretário Nacional da Habitação; Ricardo Ribeiro Valadares Gontijo, CEO da Direcional; Inês Magalhães, vice-presidente de Habitação da Caixa Econômica Federal; e Edson Antônio da Silva, prefeito de Araraquara; discutiram como os agentes econômicos, políticos e sociais podem fortalecer as relações do setor e promover mudanças que permitam novos investimentos e garantir novas habitações.


Em seguida, foi a vez de alguns dos principais players do setor discutirem “Financiamento e Crédito para a Habitação”. Na oportunidade, Luiz França, presidente da ABRAINC; Gustavo Loyola, ex-presidente do Banco Central e sócio da Consultoria Tendências; Marcos Caielli, diretor de Produtos Imobiliários da B3; e Rafael Arcanjo, diretor de Real Estate da Wiz; discorreram sobre linhas de crédito e funding para o setor e como o mercado busca alternativas em momentos de juros altos.


Entre os temas debatidos, Loyola relatou que já enxerga no horizonte sinais para uma queda da taxa Selic, inclusive com dados favoráveis vindos do exterior. “Temos uma conjuntura internacional desinflacionária e isto já influencia os preços das comodities”, relatou.


Loyola afirmou que o arcabouço fiscal não é perfeito, mas argumentou que se for bem utilizado será o suficiente para evitar um estouro da dívida pública. O posicionamento converge com o da ABRAINC que entende a nova regra como uma forma de trazer equilíbrio às contas públicas no longo prazo, o que é uma condição essencial para termos juros baixos de forma sustentável e novos investimentos, garantindo a geração de empregos.

Ao fim do evento, o tema ESG foi debatido na mesa redonda “O Compromisso do Setor com a Agenda Social, Ambiental e de Governança”, formada por Eduardo Fischer, CEO da MRV, e Ubirajara Freitas, CEO da Tegra, e mediada por Luiz França. Eles compartilharam experiências do setor para minimizar o impacto ambiental de seus trabalhos, inclusive com um inventário de carbono.


Plano Diretor – Em relação ao PDE, a ABRAINC defende a revisão do plano como uma forma para poderem ser ofertados empreendimentos mais compatíveis às necessidades dos compradores e a garantia de medidas que combatam o déficit habitacional do município. Com isso, a entidade acredita que o setor receberá mecanismos que promovem um desenvolvimento mais democrático e sustentável da cidade de São Paulo.

Orçamento, cultura e gestão ágil fortalecem o uso de novas tecnologias no setor da construção civil

Por Marcos Malagola, Diretor da Unidade de Negócios Mega na Senior Sistemas e especialista no mercado de tecnologia para Construção Civil

O mercado está mais receptivo a novas tecnologias em todas as áreas, e com isso percebemos que diversas empresas têm adotado ferramentas tecnológicas para acelerar ou viabilizar sua operação. Na construção civil esse movimento acontece de forma mais lenta, mesmo assim já é comum clientes vivenciarem uma jornada cada vez mais digital, com o apoio de: assinatura digital de documentos, aplicativos para comunicação construtora x cliente durante todo o processo de venda, stand virtual e até assistência técnica e gestão financeira do contrato.

Mais do que gerar uma experiência atraente para o público-alvo, as soluções digitais apoiam empresas do setor de construção civil na redução de seus orçamentos, tudo por meio de ações mais eficientes e infinitamente mais práticas.

Gestão de custos x cenário econômico


Particularmente no Brasil a mão de obra é um item muito caro na composição de custos qualquer negócio. Assim, conseguimos trazer muita competitividade financeira às empresas com soluções tecnológicas que custam alguns centavos de Real por unidade, por exemplo, e permitem que as empresas possam se adequar financeiramente a seus momentos de lançamentos, obra, pós-obra, uma vez que os custos acompanham estas fases e os volumes operados em cada uma delas.

Considerando este cenário, conseguimos perceber um aumento de valor geral de vendas de R$ 6.5 bilhões em 2020 para R$ 8.3 bilhões em 2021 em nossa carteira de clientes. Esse aumento de mais de 27% tem diversos fatores como causa: demanda reprimida, facilidade de acesso ao crédito e a transformação digital do processo de venda de imóveis, que conseguiu através de ferramentas e tecnologia, trazer uma experiência mais fluída para os clientes e sem atrito.

Cultura


Entre os principais fatores que influenciaram esses novos passos da indústria da construção civil estão também evoluções relacionadas a cultura desse mercado. Há alguns anos essas companhias deixaram de ser constituídas por empresas familiares e pequenas para viverem dentro de uma estrutura mista, ou seja, com seus fundadores e familiares ainda na gestão, mas compartilhando as ações com diretores de mercado.

E essa mistura tem se provado muito interessante. Por um lado, não se perde a paixão pelo segmento e pela transformação positiva e embelezamento urbano, geralmente tutelada pelos fundadores, e por outro lado os demais contribuem com uma visão de negócio e financeira mais atualizada e profissional.

Novas metodologias


Outro ponto importante que tem influenciado bastante esse mercado é a aplicação da metodologia Lean Construction, com foco na eliminação de desperdícios e agilidade nos processos, algo que certamente estará em evidência nos próximos ciclos.

Além disso, a metodologia BIM, que já é uma velha conhecida, continua ganhando espaço, especialmente pelo fato de ser base para o processo de industrialização e redução de custos.

E para finalizar não posso deixar de citar a Industrialização da Construção / Construção Modular, que é um tema recorrente no mundo, mas que ganhou enorme atenção no Brasil dado o desafio de cobertura do déficit de moradias, bem como o equilíbrio em custos e sustentabilidade.

ABRAMAT: resultado de março demonstra diminuição do otimismo da Indústrias de Materiais de Construção

A ABRAMAT (Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção) divulga nessa terça-feira, 30, a nova edição do Termômetro da Indústria de Materiais de Construção. A pesquisa de opinião realizada com as lideranças do setor indica que as empresas associadas estão divididas em relação aos resultados em março. Para 37% dos associados da ABRAMAT o mês apresentará resultado bom e 37% apontam o período como regular.

Já para abril a expectativa é que o otimismo diminua, com 52% das empresas associadas estimando resultado regular, 26% bom e apenas 7% muito bom. A pesquisa também apresenta os dados consolidados de fevereiro de 2021, indicando que o mês foi de bons resultados do setor. Para 27% o segundo mês do ano trouxe resultados muito bons, para 40% bom, e para 20% regular.

O Termômetro da ABRAMAT também traz informações acerca do nível de utilização da capacidade instalada da indústria de materiais. Em março, a utilização da capacidade industrial foi de 80%, na média das empresas associadas, 1 ponto percentual abaixo em relação a fevereiro de 2021, mas 15 pontos percentuais a mais do que em março de 2020.

As pretensões de investimento em março de 2021 também seguem mais elevadas, mesmo com a queda de 10 pontos percentuais em relação ao mês anterior, refletindo a execução de muitos dos investimentos projetados, com 67% das indústrias de materiais indicando que devem investir nos próximos 12 meses seja para aumento da capacidade produtiva, seja na modernização dos meios de produção. Em março do ano passado, início da crise do COVID-19, este indicador era de apenas 38%.

“As pesquisas conduzidas pela ABRAMAT demonstram a manutenção do aquecimento observado no final de 2020. O panorama geral ainda é muito incerto e precisamos ter cautela a respeito do impacto das diversas externalidades na economia doméstica, e a atual edição do termômetro da ABRAMAT indica um início de 2021 moderado e cauteloso para o setor. Apesar das incertezas, a indústria de materiais de construção vive um momento importante de modernização, aumento de produção e investimentos, buscando ainda maior produtividade, de forma a exercer plenamente seu papel de um dos mais relevantes pilares para a retomada da economia, tanto em potencial de geração de empregos como de atração de investimentos”, explica Rodrigo Navarro, presidente da ABRAMAT.

Conheça 3 pontos fundamentais para uma gestão de obras mais eficiente

Com o mercado em alta, o engenheiro Fabrício Rossi, criador do site “Pedreirão”, traz dicas para otimizar processos e garantir produtividade e maior margem de lucro

As reformas iniciadas e as obras que não foram interrompidas na pandemia aqueceram o mercado de construção civil e a previsão para 2021 é de um crescimento de 4%, o maior nos últimos oito anos, segundo estimativa da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). Em meio ao cenário positivo, muitas empresas estão se adaptando para entregar projetos de qualidade dentro do prazo previsto. Independentemente do tamanho da construção, um dos principais segredos para o sucesso é o gerenciamento do projeto.

Em conversa com a gerente de produto da Feicon, Lúcia Mourad, o engenheiro civil e arquiteto, arquiteto e urbanista, Fabrício Rossi, do site “Pedreirão”, aponta algumas dicas para ajudar profissionais do setor no aperfeiçoamento de seus processos produtivos. Segundo ele, um gerente bem avaliado deve ter bom conhecimento técnico (essência da engenharia e da arquitetura), saber fazer a gestão dos envolvidos e cuidar da parte financeira.

“A administração de toda obra é feita da mesma maneira. Se você é responsável por uma casa, um prédio, um viaduto, um loteamento, o jeito de gerenciar é o mesmo porque você lida com três grandezas fundamentais. Primeiro, você não faz uma obra sem conhecimento técnico. Segundo, não executa um projeto sem pessoas e, terceiro, você precisa saber lidar com dinheiro e com o fluxo de caixa para garantir que a obra esteja dentro do custo e dê lucro no final”, disse.

Gestão de pessoas

                Segundo o engenheiro, com base nas experiências profissionais, em média 80% do tempo em obras está concentrado no gerenciamento das pessoas e 20% na aplicação da engenharia e da arquitetura, por isso, ele defende a importância da habilidade em lidar com os colaboradores, fornecedores, fiscais e vizinhos com clareza, objetividade e respeito. “Em 2021, não cabe mais gerentes de obras estressados e que deixam o ambiente pesado. É preciso saber se comunicar com a equipe, mostrar o caminho para os funcionários e a importância de todos atuarem no cumprimento de cada etapa. É fundamental o profissional prestar atenção em como ele tem feito a gestão de pessoas na construção, no escritório, no ambiente de trabalho”.  

Gestão de prazo

                Muitos profissionais se atentam à data de conclusão da obra desde o início do projeto, isso porque tempo e dinheiro estão muito atrelados na construção civil. O atraso significa diminuição do lucro e, logo, prejuízo. “O prazo é como subir uma escada, tem que seguir degrau por degrau. Não adianta apenas fixar a data final de entrega. O ideal é considerar todas as etapas para atingir o objetivo final sem atraso. Se atrasar um mês, o gasto é maior. Quanto custa um mês a mais da equipe? Esse custo vai sair da margem de lucro”, alerta Rossi. 

Gestão financeira

                Não cabe ao gestor apenas saber administrar o valor destinado à obra e ter em mente a necessidade de evitar atrasos (o que compromete o orçamento). É importante fazer um levantamento dos materiais e produtos que fazem parte da construção, levando em consideração evitar desperdícios e compras desnecessárias. “Se você tem um bom projeto, consegue fazer um bom levantamento de quantitativos. É preciso ter cuidado no cálculo a mais. Isso não pode ser feito de uma forma deliberada. É preciso estar atento ao sobreconsumo”.

                O engenheiro chama a atenção, ainda, para a administração em projetos de pequeno porte como, por exemplo, residências. Nessas construções ou reformas, a margem para orçamento é menor, o que não dá espaço para compras de materiais além do estimado. Por isso a necessidade de um planejamento de qualidade. “Toda decisão em obra, seja durante a viabilidade ou execução, é técnica e financeira”, finaliza Rossi.

live sobre Gestão de obras mais eficientes com o “Pedreirão”, está disponível de forma gratuita, no canal Feiconoficial do Instagram. O episódio tem aproximadamente 42 minutos.

INTEC Brasil lidera digitalização da construção civil e registra crescimento na crise

Startup, que tem como intuito conectar pessoas de todo Brasil, mostrou nova forma de fazer negócio

A pandemia de Covid-19 afetou diretamente a economia, a saúde pública, o mercado de trabalho e a rotina das famílias brasileiras. Mais do que isso, ela provocou mudanças profundas na sociedade, como o aceleramento da digitalização, novos hábitos de consumo, implantação do home office, entre outras. E foi por conta destas transformações que a INTEC Brasil, plataforma de informações e contatos para a construção civil, viu seu faturamento e número de clientes dispararem. Na contramão da economia brasileira, a empresa registrou crescimento de 14% e 52%, respectivamente.

Em meio a um mercado exclusivamente presencial, a INTEC Brasil oferece a oportunidade de vendedores continuarem em contato com os responsáveis das 14.000 obras em andamento por todo o Brasil, principalmente neste momento de isolamento social. Além de fornecer dados técnicos e comerciais, a plataforma ainda oferece um serviço de CRM para gerência dos clientes e maior efetividade de vendas.

Com tecnologias como geolocalização e agenda de follow up, a startup paulistana, que surgiu em 2017, ganhou força no mercado e provocou uma mudança profunda na rotina dos vendedores e das construtoras, como explica o fundador da empresa, Bruno Silva. “Antes, a equipe comercial batia de porta em porta para falar com os líderes das obras e oferecer seu produto ou serviço. Hoje em dia, isso não é mais necessário. É possível fazer todo esse contato digitalmente, gerando economia de custos e otimização de trabalho”, diz.

A digitalização foi bem aceita no mercado já que, além de promover a continuidade e efetividade do trabalho em um momento onde todo o comércio está fechado, as empresas puderam expandir suas fronteiras e fechar negócios com clientes de outras cidades e estados. Oportunidade até então exclusiva para as líderes de mercado e que possuem grande verba. “Nossa missão é oferecer e facilitar negócios, tanto para grandes quanto para médias e pequenas empresas. Tem mercado para todo mundo. É muito bacana ver como as pessoas aderiram à digitalização e ficamos muito felizes de fomentar esse processo”, complementa o jovem empreendedor que aliou seus conhecimentos na área de obras, administração e publicidade ao criar a INTEC Brasil.

Seed Incorp investe em condomínios horizontais urbanos

Com lançamentos previstos para esse ano, a Seed quer movimentar R$550 milhões em VGV, o dobro que o ano anterior


Muitas pessoas já se perguntaram se é melhor viver na capital com as suas facilidades e em uma boa localização ou viver em lugar mais espaçoso e tranquilo, mesmo sendo mais afastado dos grandes centros. E se pudéssemos juntar os dois? Foi desse pensamento que surgiu a Seed, incorporadora especializada em condomínios horizontais de alto padrão.

A pandemia e o isolamento social também nos fizeram repensar o nosso estilo de vida. Ao passarmos mais tempo em casa, foi ressaltada a necessidade de se ter um ambiente com uma área externa maior, melhor equipado e que permitisse mais qualidade de vida. Essa tendência foi vista no aumento de 35% nas vendas de casas até setembro de 2020 em relação ao ano anterior.

Para Fernando Montenegro, CEO da Seed, a procura por casas deve se manter após a pandemia. “Morar em uma casa com espaços a céu aberto, onde exista um mínimo contato com a natureza mesmo na zona urbana faz toda a diferença nos dias atuais, com ou sem isolamento social. As opções de lazer para a família dentro do próprio imóvel são inúmeras. Essa percepção sobre esse “novo morar” veio para ficar.” analisa o empresário.

Observando essa tendência do mercado, a Seed desenvolveu o conceito Casa Jardim, com ambientes integrados que favorecem o convívio familiar, jardim, piscina privativa e tecnologia para dar mais conforto. Tudo isso com a segurança de um condomínio fechado e uma localização privilegiada. Dentro desse conceito, a Incorporadora de alto padrão quer lançar esse ano 5 condomínios, que totalizam VGV de mais de R$ 500 milhões.

Os condomínios possuem casas exclusivas com metragens a partir de 390 m² e com projetos pautados pela sustentabilidade com uso de energia solar e reuso de água. A personalização também se destaca nos empreendimentos. Os compradores podem escolher entre mais de 30 kits: instalação de piscinas, adegas climatizadas, spas, lareira, elevador, sistemas de automação entre outros.

Startup cria Ifood das concreteiras no Brasil para atender demanda da Construção Civil

No setor da construção civil, prazos são fatores determinantes para garantir o bom desempenho de uma obra. Para tanto é fundamental que a empresa invista em planejamento, bons fornecedores, qualificação da mão-de-obra e também recursos tecnológicos com o objetivo de evitar atrasos, além de se tornar um diferencial na hora de conquistar a confiança de potenciais clientes.

Levando esses fatores em consideração, uma dupla de brasileiros criou um aplicativo para intermediar a compra e venda de concreto no país. A plataforma facilita o acesso das fornecedoras aos consumidores e construtoras que estão mais próximas de sua localidade. Batizado de “Concrete Já, a plataforma permite a realização de orçamentos em diversas concreteiras disponíveis num raio de 35Km. O app é o 1º do tipo no Brasil e foi fundado em 2019. 

“A tecnologia para construção civil é uma grande aliada no desenvolvimento da gestão de obra. Com isso, os usuários e as construtoras também podem agendar a concretagem e efetuar o pagamento pelo aplicativo de forma rápida e prática, além de acompanhar o andamento do pedido. Esse processo tecnológico facilita as concreteiras na comercialização do seu produto de forma ágil e transparente ”, explica Donizeti da Silva, sócio diretor da startup.

Alta demanda para as concreteiras

Para as empresas que atuam no ramo da construção civil escolher uma concreteira que atrele atendimento de qualidade com compreensão técnica, ouvindo as necessidades do empreendimento, faz toda a diferença. Para tal, é fundamental seguir alguns pontos como, por exemplo, conhecer o histórico da concreteira e também os projetos já executados por ela; além de realizar testes com laboratórios terceiros a fim de validar a qualidade do concreto que está sendo oferecido.

Em geral, as empresas de serviços de concretagem possuem procedimentos rígidos de produção e, dificilmente, se empresas sem uma estrutura mínima de trabalho, também em função dos investimentos necessários para seu funcionamento. Por outro lado, a produção do concreto possui grande variabilidade, o que impacta diretamente na qualidade do produto oferecido.

Para Rosangela Santos, co-fundadora da “Concrete Já”, o novo modelo de negócios fortalecerá o relacionamento com as construtoras, possibilitando a atuação direta na “dor” dos clientes, com velocidade de execução e transparência na descrição e entendimento do produto aos consumidores e construtoras, com redução de custos e desperdícios nas obras.

“Com o Aplicativo Concrete já, as construtoras, incorporadoras e consumidores têm acesso às concreteiras cadastradas no aplicativo. Ou seja, as concreteiras devem se cadastrar no aplicativo na Play Store. Em seguida, o “Concrete Já” apresenta uma estimativa de preço, de acordo com a concreteira mais próxima do usuário e das construtoras. Hoje temos uma alta procura por concreteiras no aplicativo e as empresas cadastradas estão monetizando mesmo na pandemia nesse novo canal de vendas, finaliza Rosangela.

Com mercado imobiliário aquecido, GT Building estima seis lançamentos e crescimento em 2021

Geninho Thomé, CEO da GT Building

Apesar da crise mundial ocasionada pelo novo coronavírus, alguns setores foram menos impactados e projetam otimismo para 2021. É o caso da construção civil, que mantém o mercado imobiliário aquecido mesmo diante da pandemia e, em 2020, foi responsável pelo maior índice de geração de empregos (10,7%), de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A GT Building – uma das principais incorporadoras imobiliárias do Paraná – sentiu a potência do setor no resultado obtido pela empresa em 2020, bem como na perspectiva positiva para 2021. É o que afirma o diretor João Alfredo Thomé ao abrir alguns números alcançados durante o primeiro ano integral de atuação da incorporadora.

“Tivemos um ano especial em 2020, entregamos três empreendimentos, um no Mercês, outro no Água Verde e outro no Batel, e lançamos dois empreendimentos que tiveram muito sucesso. Isso, somado aos outros projetos em andamento, às campanhas que fizemos e à taxa Selic de 2%, nos rendeu mais de R$160 milhões em vendas no ano passado”, celebra Thomé.

Ele complementa ao afirmar que 2021 deve ser um ano ainda mais promissor. “Temos entre seis e oito lançamentos previstos com potencial de empreendimentos atingindo 700 milhões neste ano, que considera os empreendimentos novos e os apartamentos em estoque. Então, acreditamos piamente na força do mercado imobiliário e em como a construção civil pode ajudar a alavancar a economia”, reitera o diretor.

No início de 2021, em menos de 15 dias, a incorporadora obteve seu primeiro sucesso de vendas. O All Batel, empreendimento constituído por 294 apartamentos compactos, foi 100% vendido logo após seu lançamento.

Imóvel como fonte de renda

Thomé explica que o grande volume de vendas do All Batel confirma que o mercado imobiliário está em ótimo momento e oferecendo grandes oportunidades. No caso específico do All Batel, fortalece uma tendência que tem crescido: investimento em locação por temporada.

“Além de estudantes, pessoas que moram sozinhas e outros perfis que são o público do empreendimento, cerca de 80% das unidades foi vendida a investidores que apostam na locação do imóvel para garantirem sua renda. O aluguel de curta temporada conquistou seu espaço frente a hotéis e hostels, e quem já percebeu isso está comprando imóveis para colocar nesse mercado”, finaliza Thomé.

Construção civil tem previsões positivas para 2021 no Paraná

MRV, líder do mercado na América Latina, prevê lançar mais de 5 mil novas unidades habitacionais no estado; expectativa da empresa é de fazer pelo menos 446 novas contratações nos próximos meses

Poucos setores se adaptaram tão bem aos desafios impostos em 2020 como a construção civil. A procura pela casa própria foi impulsionada em um momento em que muitas pessoas tiveram que passar mais tempo em seus lares. De acordo com os últimos dados divulgados pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), nos primeiros nove meses de 2020 as vendas de imóveis novos tiveram um aumento de 8,4% em comparação com o mesmo período do ano anterior. E a perspectiva para 2021 é de mais crescimento.

A MRV, construtora residencial líder na América Latina, projeta lançar 22 novos empreendimentos no Paraná em 2021. Ao todo, os lançamentos vão somar 5.118 unidades habitacionais em sete cidades paranaenses: Londrina, Cambé, Maringá, Curitiba, Arapongas, Araucária e São José dos Pinhais. Segundo o gestor executivo de vendas da MRV, Willians Ribeiro, além da procura maior dos paranaenses pela casa própria, o cenário de juros também favorece os consumidores. “O país atingiu a taxa de juros mais baixa da história. Como resultado disso, temos financiamentos mais baratos para quem está em busca de realizar esse sonho. De nossa parte, também temos oferecido condições especiais de pagamento e descontos para os clientes no Paraná”, afirma o executivo.

Mercado de Trabalho

O aquecimento do setor também é positivo para o mercado de trabalho. Segundo o Cadastro Nacional de Empregados e Desempregados (Caged), o setor da construção teve o segundo maior saldo de novos postos de trabalho criados em 2020, atrás apenas do agronegócio. Nos próximos meses, a MRV prevê realizar pelo menos 446 novas contratações no estado.

Em 2020, a MRV registrou nacionalmente o maior volume de vendas da história da companhia, com alta de 39,1% nas vendas líquidas em relação ao ano anterior. “O ano passado nos exigiu uma série de adaptações em tempo recorde, como o desenvolvimento da nossa plataforma de vendas digitais. Mas essa reinvenção se refletiu em bons resultados, com perspectivas ainda melhores para 2021, realizando novos investimentos e gerando empregos no setor”, comemora Willians Ribeiro.