Por Leandro Castaño Martorani
Uma das perguntas que eu mais respondo na vida é sobre a questão do financiamento de imóveis no exterior. Em alguns países como os EUA e Portugal os bancos financiam imóveis para estrangeiros e geralmente esses financiamentos são parcelados por 30 anos.
Mas, maioria dos bancos dos EUA pedem 50% de entrada para financiar o imóvel e empresta no mínimo 100 mil dólares, o que fazendo uma conta muito simples significa que um imóvel com um preço mínimo, em média, para ser financiado tem que custar 200 mil dólares, onde o comprador vai dar 100 mil dólares de entrada e vai financiar, pegar emprestado, aqueles outros 100 mil dólares, que serão parcelados por três décadas.
O modelo em Portugal é bastante parecido e quando falamos em burocracia ela é muito parecida com a do Brasil – as instituições financeiras vão pedir uma série de documentos para o comprador para poder consolidar a sua renda e criar seu score e determinar qual será a taxa de juros e aprovar o financiamento.
Em média, no ano de 2020, as taxas de juros ficaram próximas a 5,5% nos financiamentos de 30 anos.
Em outros países, os bancos não financiam imóveis para estrangeiros. A Itália e a França ou Mônaco são exemplos deles. São as construtoras que em alguns casos permitem financiamento para estrangeiros, incluindo brasileiros. Nesse caso é feito um compromisso de compra e venda particular entre a construtora e o comprador, e esse pagamento é feito diretamente entre eles sem a intervenção bancária.
Na maioria das vezes esses parcelamentos, diferente dos financiamentos, não tem um prazo muito longo, algo em torno de 5 anos. E em compensação a taxa de juros é menor. Em média, no ano de 2020 essa taxa de juros ficou em 2,5%.
A burocracia também é muito parecida com o financiamento para estrangeiros e aprovação de um financiamento aqui no Brasil.
De acordo com dados do Banco Central, os investimentos brasileiros em imóveis no exterior aumentaram 240% em dez anos (2007 a 2017) e atingiram U$6,3 bilhões. Mas é preciso ficar atento aos procedimentos e regras para fechar um bom negócio.
Leandro Castaño Martorani, empresário e fundador da Castaño Martorani, empresa presente em oito países e que atua na operação imobiliária nacional e internacional