A tecnologia de portaria inteligente da brasileira Guug chamou a atenção na edição do Shark Tank Brasil que foi ao ar na sexta-feira (26/11). A ideia provocou o interesse do CEO e fundador da Polishop, João Appolinário, que está interessado em investir na proposta dos amigos e sócios Bruno Pompílio e Victor Barbosa.
“Não consigo mensurar o tamanho da alegria. Normalmente assistia e pensava: ‘nossa um dia vou estar lá apresentando meu negócio para eles e vou fisgar um investidor’. E hoje fazer parte do programa é sensacional”, comemorou Victor, consultor de condomínios.
Cercados pela emoção da oportunidade, os paulistanos foram literalmente aos limites dos batimentos cardíacos. Ao longo da atração, Victor bateu o recorde do programa em número de batimentos cardíacos (187) ao apresentar a solução da Guug, que oferece o controle de visitantes de condomínios residenciais e empresariais na tela do celular, dentro ou fora de casa. A proposta promete revolucionar o conceito de portarias digitais.
“A expectativa é levar muita tecnologia para os condomínios, estar entre as grandes startups do Brasil e nos projetar para lançar o aplicativo em outros países também”, acrescentou.
Por meio de um app de interfone digital, por exemplo, pode-se informar a chegada de visitantes, fazer o cadastro prévio de quem chegará, checar a identificação, autorizar a entrada, abrir acessos a longa distância, receber itens e até diagnosticar o grau de segurança do condomínio. Tudo pelo app disponível para sistemas Androids e IOS.
O grande diferencial do interfone digital da Guug é ir além dessa função de abrir portas, pois ele ainda possibilita:
- Mensagens e ligações entre moradores e funcionários
- Comunicados gerais ou individuais
- Histórico de visitas relatando usuários aceitos ou recusados
- Alerta de pânico para emergências
“Como teríamos função de abertura dentro do app, sempre nos preocupamos com segurança. Esse é um tema que nunca abrimos mão de discutir, para sempre certificar aos clientes que oferecemos um app seguro em todos os aspectos”, disse Bruno, especialista em processos gerenciais e programador.
Com o app da Guug, os celulares são transformados em interfones móveis, conectados, com plataformas de geração de tokens de acesso, senhas secretas, registros de veículos e uma rede de comunicação completa. Tudo para favorecer o monitoramento de quem transita nos espaços internos e chega e sai do condomínio.
O aplicativo já é utilizado por 30 condomínios e mais de 2.000 usuários. Meta não imaginada, anteriormente, pelos desenvolvedores. “Olha, para ser sincero, você cria o filho, mas nunca sabe como ele se comporta e como ele irá caminhar. Quando chegamos nesses números tivemos a certeza de estar no caminho certo”, avaliou.
Superação deu à luz ao negócio – missão é impactar vidas
Victor Barbosa realmente tem muito a comemorar, além do sucesso nos negócios. O empreendedor precisou interromper uma carreira no futebol profissional devido a um câncer. Após essa experiência, ele concebeu a Guug, com seu amigo e sócio Bruno.
A ideia surgiu após os amigos observarem a possibilidade de incrementar o mercado de portarias digitais com instrumentos mais complexos e completos de inteligência artificial e organização de dados.
“Soubemos identificar o que poderia deixar um condomínio ainda mais seguro, inclusive com a participação direta e objetiva dos moradores. Surgiu uma oportunidade para o nosso negócio, com a terceirização de um condomínio, e investimos tudo”, explicou Victor, contando que hoje a solução já opera em alguns condomínios da grande São Paulo.
A solução da GuuG é equipada com as últimas tendências tecnológicas. Por exemplo, para entrar nos domínios internos, os visitantes podem receber um código, ser solicitados a apresentar uma identificação com foto para avaliação de câmeras inteligentes, realizar a leitura de QR Code com aparelhos móveis, ou até mesmo ter as próprias faces (ou digitais) lidas e verificadas pelo banco de cadastros.
Em alguns casos, a dupla checagem, por dois protocolos distintos, é imposta pelo sistema para evitar que pessoas que eventualmente entrem por alguma brecha humana ou falha tecnológica consigam avançar às próximas áreas.
“O condômino também assume responsabilidades importantes, porque pode autorizar o acesso a partir de algum cadastro, compartilhamento de senhas ou outras orientações. Por outro lado, nós também iremos mapear e registrar quem entrou e quem saiu, cruzando dados com imagens e horários para termos uma outra camada de juízo a respeito daquela autorização e daquele acesso. Isso até para mostrar a quem entrou que não passou sem uma segunda ou terceira verificação, o que ajuda a manter a segurança, em alguns casos”, comentou Bruno.
As portarias digitais têm a proposta principal de organizar e automatizar serviços a partir dos modelos práticos mais experimentados no campo da segurança, visando aumentar a proteção dos moradores, com dinâmicas operacionais que tendem a reduzir as falhas dos formatos analógicos e ortodoxos, utilizados em outros padrões mais antigos de portarias.
O sistema é composto por aparelhos de gravação em vídeo, portões, barreiras e cancelas automáticas, dispositivos de comunicação multimídia independentes, centrais de identificação e outros aparatos de acompanhamento e vigilância. Tudo conectado à internet ou até mesmo a um link privado de dados.
“Mas não estamos falando de substituir o ser humano pela máquina, até porque essa não é a proposta. A ideia é criar um ecossistema em que a tecnologia, coordenada por pessoas, possa otimizar o dia a dia nos condomínios, aumentar o rigor de quem entra e sai das instalações e, claro, reduzir os custos com serviços que encarecem as taxas mensais pagas pelos moradores e não serão mais necessárias, como o interfone”, reforçou Victor.
Para os fundadores da empresa, o que mais interessa, agora, é desenvolver a ideia para que ela consiga impactar vidas profundamente, aumentando consideravelmente a segurança das pessoas.
“Acredito que para nós que temos o sonho de impactar vidas, criar algo e começar a trabalhar nele sempre fará bem a saúde! Até as dificuldades nos fazem crescer”, explicou Bruno.