Modelo representa desafios de adaptabilidade para as empresas
O BIM, Modelagem de Informação da Construção em português, é uma ferramenta extremamente completa, que revolucionou o setor de construção civil. O modelo, no entanto, ainda leva às construtoras uma série de desafios, entre eles as demandas para aperfeiçoamento dos profissionais do sistema. De acordo com a Sondagem da Construção, realizada pelo Instituto Brasileiro de Economia da Faculdade Getúlio Vargas IBRE/FGV, em março de 2024, o uso do modelo BIM atingiu 20,6%, em comparação com 2018, quando apenas 9,2% das empresas declararam utilizar a plataforma, o crescimento aponta para uma adaptabilidade melhor ao modelo.
Apesar do crescimento, as construtoras relatam desafios para a sua implantação. Um dos principais motivos apontados para não aderir ao modelo é a falta de conhecimento da tecnologia (30,7%). A Thá Engenharia, empresa paranaense com mais de 100 anos de história, é um exemplo de boa adaptação à ferramenta. Com uma equipe especializada para a modelagem BIM, a empresa elevou o seu grau de precisão nos orçamentos que aderem ao modelo, o que impacta nas outras fases do projeto.
O processo da Thá viabiliza a sincronização dos arquivos dos projetos com o sistema de orçamento, projetando a visualização 3D dos itens orçados, permitindo a sua rastreabilidade, conferência e agilidade para revisões, além de disponibilizar os quantitativos por serviços e por pavimentos para as equipes de execução das obras. Segundo Gilberto Kaminski, Diretor de PCP da Thá Engenharia, o BIM permite em um único processo, integrar o projeto (em 3D), com o planejamento (4D) e o orçamento (5D), o que permite uma visualização mais completa das projeções. “Na Construção Civil, não existe a possibilidade da execução de protótipos antes da produção em série. O “protótipo” é o produto final e, graças à gestão com BIM, temos a oportunidade de “construirmos virtualmente” as obras, detectando oportunidades de melhorias e ajustes nos projetos, antes de construí-los”, conclui Kaminski.
O engenheiro orçamentista, Luiz Carlos Klein, é o responsável por implementar a metodologia dentro da Thá Engenharia e coordena uma das equipes responsáveis por realizar os orçamentos dentro da modelagem BIM, que proporcionam mais segurança para seus clientes. “Vemos uma melhora significativa da precisão nos orçamentos que implementamos o BIM, o sistema permite uma entrega fidedigna do que foi projetado, porém é necessário uma equipe dedicada a estes processos, algo que estamos fazendo na Thá e foi fundamental para a nossa adaptabilidade ao BIM”, comenta. Além de sua equipe, Luiz também treina novos profissionais modeladores, o objetivo é aumentar a capacidade da empresa para elaborar orçamentos com a tecnologia.
A Thá Engenharia coleciona em seu acervo, mais de oito milhões de metros quadrados construídos nos mais variados segmentos como hospitais, indústrias, hotéis e shoppings centers, inclusive um dos maiores da América Latina, o Parque Dom Pedro, em Campinas/SP. Em sua terra natal, Curitiba, é responsável pelo primeiro centro comercial da cidade, o Shopping Mueller. Também construiu o maior edifício comercial da capital paranaense, o Universe Life Square, e está construindo o OÁS Barigui, residencial que ocupará o posto, com 50 andares. Atualmente são em média mil funcionários diretos e indiretos que atuam nas obras da construtora e está classificada entre as 100 maiores construtoras do Brasil.
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