Sete tendências que garantem boa qualidade aos apartamentos e edifícios

Engenheiro civil alerta que os futuros moradores precisam estar atentos a elementos como materiais e sistemas construtivos na hora de adquirir imóveis bem equipados

Um país cada vez mais vertical. Essa é a tendência das moradias no país conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). A Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílio (PNAD) Contínua, com dados até 2019, mostra que 14,2% dos imóveis no país são apartamentos. Ainda que a maioria das pessoas viva em casas, a quantidade de imóveis verticais cresceu 321% nos últimos 35 anos. Esse número mostra o quanto as empreiteiras precisam estar cada vez mais na vanguarda para construir empreendimentos modernos e com boas qualidades construtivas.

Da mesma forma, o engenheiro civil Maurício Wildner da Cunha, da Construtora Andrade Ribeiro, faz uma metáfora sobre o que é importante para o futuro morador estar atento: o presente é sempre mais importante que a embalagem. “O cliente costuma se encantar com as aparências, e esquece do que é fundamental nas edificações, que são as instalações, os materiais, os sistemas construtivos e a mão-de-obra qualificada utilizados”, explica.

Por isso, o especialista aponta seis tendências da construção civil para o ano de 2023. Confira! 

1 – Conforto acústico é fundamental   

Morar em apartamentos de grandes cidades do Brasil requer bom desempenho acústico para a tranquilidade na moradia. Segundo o engenheiro civil, é essencial conferir se o empreendimento segue a Norma de Desempenho da ABNT. Isso significa que a empreiteira utiliza lajes mais espessas, manta acústica e contrapiso; tem cuidado com as esquadrias internas e externas, com a utilização de vidros laminados e/ou insulados; utiliza portas de recheio maciço, borrachas de vedação e guilhotinas; além do cuidado com as vedações internas e externas, em alvenaria de blocos cerâmicos ou drywall. “Esse conjunto de ações pode contribuir para o desempenho acústico de uma edificação passar de um nível mínimo para um nível superior”, diz Cunha. 

2 – Estrutura que proporcione ‘Open Space’

Os vãos livres e pés-direitos livres de vigas estão em alta nos edifícios. Essa característica se traduz em espaços mais abertos para a integração de ambientes, o que resulta no conceito ‘open space‘. Esses ambientes internos ainda podem ser constituídos por esquadrias que vão do piso ao teto, com áreas envidraçadas, que ampliam a entrada de luz natural. “A possibilidade de abertura das esquadrias com dois ou até três painéis deslizantes permite a maximização da integração entre áreas internas com áreas externas, além de melhorar a ventilação”, explica o engenheiro. 

3 – Pé direito alto   

Para tornar o ambiente ainda mais amplo, os empreendimentos precisam de boa distância entre o chão e o teto. Esse espaço é conhecido como pé-direito e, em ambientes como halls de entrada, salões de festas ou espaços fitness, essa distância precisa ter alturas livres maiores, como pé direito duplo ou triplo. Conforme explica Cunha, essa é uma necessidade de locais de uso comum na construção civil, em virtude da circulação de ar. “Espaços com aglomeração de pessoas precisam ser mais bem arejados para melhorar o conforto térmico e diminuir as concentrações de gás carbônico”, complementa. Ainda segundo o engenheiro, o pé-direito alto permite a utilização de lustres ou montagens de luminárias, tanto nas áreas comuns quanto nas áreas privativas das unidades. 

4 – Porcelanato em destaque  

Como revestimento, o uso do porcelanato é destaque, segundo o especialista. Com tamanhos variados, a peça pode ser utilizada em pisos, paredes, lareiras e churrasqueiras. As opções de superfícies dos porcelanatos podem ser acetinadas, polidas ou ABS (antiderrapante). “Esse revestimento pode ser utilizado tanto em uma área coberta e seca, como ambientes sujeitos ao uso da água ou ação da chuva, como, por exemplo, salas, sacadas, cozinhas, lavanderia ou terraços”, diz. Também podem ser aplicados em tampos de cozinhas ou banheiros, o que substitui as pedras, em especial as brancas e cinzas. “Isso traz boa relação custo-benefício, já que os porcelanatos têm porosidade menor, o que diminui risco de manchas provocadas por vinhos ou molhos”, completa. 

5 – Automatização com wi-fi  

Os sistemas de automação predial baseados em tecnologias com cabeamento estão ultrapassados. A tendência do setor, segundo Cunha, são as opções com wi-fi. Cortinas, persianas integradas às esquadrias, iluminação, áudio e vídeo são exemplos que atualmente têm comandos à distância. “Os sistemas mais antigos eram mais complexos e onerosos para os empreendimentos e para os proprietários das unidades. Opções como a Alexa e Siri são exemplos de dispositivos que conseguem integrar estes sistemas de maneira fácil e intuitiva”, explica o engenheiro civil. 

6 – Garagens bem equipadas

O setor dá cada vez mais atenção às garagens, com estruturas bem iluminadas, arejadas, seguras e de fácil limpeza. Outras características que podem ser adotadas são rampas largas, adequadas ao fluxo de veículos, e revestidas com material antiderrapante. “A depender do padrão do empreendimento, até revestimento cerâmico nas paredes pode ser adotado, além de pintura epóxi nos pisos, com indicação precisa e clara das vagas da garagem, da circulação de veículos e de pedestres”, destaca Cunha. 
 

7 – Hall de entrada: conforto para quem frequenta   

O Hall de Entrada, assim como a garagem, é um local bastante frequentado pelos condôminos e pelos visitantes. É um verdadeiro cartão de visitas de qualquer empreendimento, na opinião do engenheiro civil. O local deve possibilitar um momento de conforto, com tranquilidade e beleza. Por isso, o especialista indica algumas composições: “pisos em pedra com painéis de madeira, cortinas e poltronas ou sofás, pés-direitos altos e grandes aberturas remetem à uma extensão das unidades, transformando o ambiente em uma verdadeira sala de estar”, comenta. 
 

Em Curitiba, um exemplo de empreendimento em construção com essas características é o Seventy Upper Mansion, da Construtora Andrade Ribeiro. O edifício leva o conceito de mansão suspensa. Com um apartamento por andar, as áreas privativas possuem 340 metros quadrados e opções de 4 ou 3 suítes. As unidades são construídas com espaços amplos e valorização de cômodos, pois as plantas do empreendimento foram projetadas com otimização dos ambientes. Além disso, as esquadrias favorecem a iluminação natural, que contribuem para o conforto térmico e acústico.  

Com entrega prevista para janeiro de 2023, o edifício enfatiza a vista, o bem-estar e o estilo de vida em um condomínio de alto padrão. Isso porque a obra conta com um rooftop, que é um conceito de terraço compartilhado que favorece a vista da cidade. Nesta área, o Seventy Upper Mansion tem jardim, piscina aquecida para adultos com raia de natação, piscina infantil – também aquecida – e área de churrasqueira equipada com utensílios de cozinha.

Outro destaque vai para a área térrea, em que está um bosque preservado e privativo (de 2,4 mil metros quadrados) que se integra ao empreendimento. Todos esses detalhes favorecem a comodidade e também oferecem a vista para os moradores – seja nas sacadas dos apartamentos ou no terraço. O edifício se encontra em fase final de conclusão. 

Seventy Upper Mansion  

Localização: Rua Hamilton Olivo Brunor, 70 (esquina com Rua Dep. Heitor de Alencar Furtado, 3273) – Curitiba (PR)