Mercado de escritórios corporativos de São Paulo revela três velocidades e reforça importância de análise estratégica
São Paulo é essa economia pujante, com participação de cerca de 15,4% no PIB brasileiro, de acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Cerca de 11 milhões de pessoas movem essa metrópole que também tem uma relevância inegável para o mercado imobiliário corporativo do País.
A RealtyCorp, consultoria dedicada a atender ocupantes, proprietários e investidores imobiliários profissionais em todo o Brasil, divide a capital em três macrorregiões para melhor compreensão desse mercado. Uma delas, a Macrorregião C, extrapola as marginais Tietê e Pinheiros e possui grande potencial de ocupação, com inúmeros prédios Double A e Triple A.
“São Paulo deixou de ser um mercado único para se tornar um mosaico de três velocidades. Compreender essas diferenças é essencial para tomar boas decisões de ocupação e investimento”, afirma Marcos Alves, CEO da RealtyCorp.
As macrorregiões foram definidas para traduzir a dinâmica particular de cada parte da cidade. A Macrorregião A abrange os eixos mais nobres e consolidados, como Faria Lima e Paulista, conhecidos por combinar imagem corporativa, atratividade de talentos e localização estratégica.
Já a Macrorregião B reúne áreas de grande relevância, como Berrini, Chucri Zaidan e também o Centro, que oferecem alternativas de alta qualidade, com preços mais competitivos e maior disponibilidade de espaço. Por fim, a Macrorregião C contempla as demais áreas da cidade, representando cerca de 13% do mercado corporativo, com 1,5 milhão de m² de estoque.
É justamente a Macrorregião C que exige maior cautela. A sobreoferta estrutural pressiona preços e dificulta uma recuperação consistente. Embora conte com ativos de Classe A, enfrenta concorrência acirrada de prédios A+ com valores em patamares muito baixos, o que limita seu potencial de valorização. Para investidores, é um território com contrapontos; já para inquilinos, representa o maior poder de barganha da cidade.
Entre os principais imóveis com disponibilidade para ocupação imediata, podem ser citados alguns Triple A, tais como o Almagah 227, o Pinheiros One e o Sêneca. Há inúmeras outras opções de Double A, como o Cidade Jardim Corporate Tower, o Estaiada Corporate, o River One, o Viva! Torre Corporativa e o São Paulo Headquarters.
“Enquanto algumas regiões de São Paulo mostram aquecimento e valorização, a Macrorregião C permanece como território de cautela. Ali, os inquilinos encontram o maior poder de negociação da cidade, mas os investidores precisam ser criteriosos e conscientes dos riscos”, completa Marcos Alves.
