É recorrente a discussão sobre os espaços alcançados pelas mulheres na sociedade e como elas têm conseguido avanços em diversos setores do mundo. No mercado imobiliário essa realidade não é diferente. Nos últimos tempos o poder de compra feminino ganhou maior destaque e, por consequência, sua influência na compra de imóveis.
Muitos são os motivos pelos quais as pessoas decidem comprar um imóvel, seja em função de uma nova etapa na vida a dois ou por uma vontade de ter mais independência, o fato é que as mulheres têm sido, cada vez mais, protagonistas neste processo. Uma pesquisa realizada pela empresa Behup, especializada em pesquisas e estudos comportamentais, constatou que é mais comum mulheres decidirem sozinhas, sem necessitarem da influência de cônjuges ou parceiros sobre a compra de imóveis. No levantamento, 21% das entrevistadas mulheres relataram que decidiram sobre seus imóveis sem a opinião do companheiro, 12,4% dos homens relataram o mesmo.
Mesmo que os números mostrem essa influência, ainda não é tarefa fácil mensurar com precisão quantas mulheres compram seus imóveis sozinhas ou o quanto participam na composição de renda. No entanto, o que as incorporadoras e imobiliárias têm visto no mercado é que, além da aquisição individual, cada vez mais o financiamento do imóvel pelo casal só se torna viável com a participação da renda das mulheres.
De acordo com Bruno Lafetá, diretor executivo da construtora mineira AP Ponto, a participação das mulheres na economia brasileira é intensa, seja qual for o seu estado civil. “As mulheres passaram a ser grandes consumidoras de uma série de mercados e um deles é o imobiliário. O que vemos hoje é que existe um número considerável de mulheres comprando imóveis sozinhas”, comenta.
Outra questão que Lafetá salienta é que a independência das mulheres movimentou o mercado e suas características definem como será o processo de compra. “Um ponto que observamos é que, na compra sozinha, a mulher é mais objetiva naquilo que ela deseja, além de ser mais prática”, diz.
Foi o caso de Carolina Thomson, 35 anos, comunicóloga, que comprou um imóvel em Vespasiano, no empreendimento Ponto Jardins, da AP Ponto, onde mora há pouco mais de um ano. “Eu sou mulher, negra e mãe solo, então não foi nada fácil conseguir realizar o meu sonho da casa própria. A AP Ponto fez com que as parcelas se encaixassem em meu orçamento de uma forma que eu não ficaria apertada. Como uma mulher sozinha, que não conta com outro apoio em casa, é muito gratificante poder realizar esse sonho. Teve quem dissesse que eu não conseguiria sozinha, inclusive pessoas da minha família, mas foi aí que eu tirei mais forças e consegui”, comemora.
Quem passou pela mesma sensação de descrença foi Dayane Lisboa Marques, 30 anos, contadora, mas desta vez por parte das construtoras. Ela, que também comprou um imóvel em Vespasiano, no empreendimento Ponto Jardins, da AP Ponto, disse ter sofrido preconceitos no mercado imobiliário. “As construtoras diziam que seria pouco provável eu conseguir comprar um imóvel sozinha. Ser mulher, negra e mostrar um comprovante de endereço em uma favela acho que foram os principais motivos para que elas agissem assim. Mas, quando eu encontrei a AP Ponto eu pensei ‘vai ser aqui que vou realizar o meu sonho’, isso porque, desde o primeiro momento eu percebi como o atendimento era diferenciado e como eles me trataram de acordo com a minha realidade, eu indico para todo mundo. AP Ponto faz parte de um dos meus sonhos”, finaliza.
A AP Ponto é uma construtora mineira e incorporadora que atua no segmento médio da construção civil, sobretudo em condomínios do padrão do “Programa Casa Verde e Amarela”. A missão da empresa é descomplicar o sonho da casa própria. Fundada na capital mineira em 2010, pelo engenheiro Bruno Lafetá, a empresa celebra mais de uma década de atuação e o crescimento de 10 vezes neste período. Com vendas 100% online, a construtora está presente nas cidades de Belo Horizonte, Contagem, Betim, Vespasiano, Santa Luzia e Uberlândia.