O Índice QuintoAndar de Aluguel, que acompanha dados efetivamente usados em contratos de aluguel residencial de SP e RJ, registrou que a diferença entre preço médio do m² para aluguel em anúncios e contratos fechados se manteve acima de 13% em maio. Em São Paulo, a diferença voltou a aumentar e ficou em 13,37%, a maior desde junho de 2019. No Rio de Janeiro, a diferença foi de 14,3%, praticamente estável em relação ao mês anterior.
O Índice QuintoAndar registrou também a queda de 1,70% no valor médio do aluguel por m² em São Paulo, ante abril de 2021. Já no Rio de Janeiro, houve estabilização de 0,23% no mês, mantendo tendência de recuperação que vem desde fevereiro. No acumulado de 12 meses, o indicador segue em queda de 6,97% em SP e aumento de 1,18% no RJ.
Dados de São Paulo
Em São Paulo, o bairro que mais se valorizou nos últimos seis meses foi o Real Parque, seguido por Vl. Mazzei (na zona norte da capital) e Jd. Ester Yolanda. Já as maiores quedas nesse intervalo foram Belém, Sumaré e Vl. Mascote. Entre os bairros com metro quadrado de aluguel mais caro na cidade estão, Vila Nova Conceição, Vila Olímpia e Real Parque.
Em relação ao tamanho, o preço do aluguel por metro quadrado dos imóveis de um quarto caiu 3,2% em maio, ante abril. No mesmo período, houve queda de 0,30% nos imóveis de dois quartos e 0,35% nos imóveis de 3 quartos.
Dados do Rio de Janeiro
A maior alta de aluguel por metro quadrado no Rio foi Lagoa, seguido por Ipanema e Jd. Oceânico. Já as maiores retrações vieram do Centro, Maracanã e Taquara. Ipanema, Leblon e Lagoa são os bairros mais caros da capital fluminense.
Os imóveis de até 1 dormitório tiveram leve aumento no preço do metro quadrado de 1,7% em maio, comparado com abril. Os dois quartos tiveram aumento de 1,26%. Já os imóveis de três dormitórios registraram a maior queda do período, de 4,74%.
“Além da tendência de estabilização do m² no Rio de Janeiro, o que chama atenção é o alto descolamento entre preço de anúncio vs. valor dos contratos efetivamente fechados, em São Paulo”, diz Fernando Paiva, head de dados do QuintoAndar. “Esse movimento indica maior negociação entre inquilinos e proprietários. Além da crise econômica e aumento do desemprego, o salto dos índices de preço que reajustam os contratos de aluguéis pode ser motivo para maior negociação”.