Confiança da Construção alcança maior nível desde fevereiro de 2014

O Índice de Confiança da Construção (ICST), do FGV IBRE, se manteve relativamente estável ao variar 0,1 ponto em setembro, para 96,4 pontos, maior nível desde fevereiro de 2014 (96,7 pontos). Em médias móveis trimestrais, o índice avançou pelo quarto mês consecutivo, desta vez, 1,3 ponto.

“Depois de quatro meses de crescimento contínuo, em setembro, a expectativa de melhora da demanda foi corrigida para baixo, sob efeito da elevação das taxas de juros do crédito imobiliário: o segmento de Edificações Residenciais foi o que acusou a maior queda do indicador de demanda prevista. Ainda assim, a confiança das empresas acomodou num patamar mais favorável desde 2014 por uma ligeira melhora da percepção sobre à situação corrente. O Indicador de Evolução Recente da atividade alcançou o melhor resultado desde dezembro de 2012. Ou seja, a retomada da atividade ganha força na percepção empresarial, mas diminui o otimismo com a continuidade desse ciclo”, observou Ana Maria Castelo, Coordenadora de Projetos da Construção do FGV IBRE.

A acomodação do ICST no mês foi resultado de uma compensação de sinais opostos. Houve melhora da avaliação atual mas queda nas expectativas em relação aos próximos meses. O Índice de Situação Atual (ISA-CST) subiu 0,8 ponto, para 92,7 pontos, maior nível desde agosto de 2014 (93,0 pontos). Enquanto, o Índice de Expectativas (IE-CST) recuou 0,7 ponto, para 100,2 pontos, nível neutro.

A alta do ISA-CST foi influenciada pelo aumento da satisfação em relação à situação atual dos negócios, cujo indicador subiu 1,8 ponto, para 92,2 pontos, enquanto que o indicador de carteira de contratos cedeu 0,2 ponto, para 93,3 pontos.

Já no horizonte das expectativas, a queda IE-CST foi influenciada exclusivamente pela piora de demanda prevista que caiu 1,6 ponto, para 101,2 pontos, enquanto o indicador tendência dos negócios ficou relativamente estável ao subir 0,3 ponto, para 99,2 pontos.

O Nível de Utilização da Capacidade (NUCI) da Construção aumentou 1,9 ponto percentual (p.p.), para 75,0%. O NUCI de Mão de Obra e o Nuci de Máquinas e Equipamentos avançaram 1,9 e 1,2 ponto percentual, para 76,2% e 68,3% respectivamente.

Mercado imobiliário

O Indicador que mede a evolução recente das atividades das empresas de Edificações Residenciais alcançou o melhor resultado desde setembro de 2013. “O indicador começa a refletir de forma mais significativa o ciclo de negócios do mercado imobiliário, que desde o ano passado vem acusando bons resultados. Crédito em expansão e baixas taxas de juros contribuíram para impulsionar as vendas que agora se traduzem em obras e emprego”, observou Ana Castelo.