Cerca de 3 em cada 10 compradores de imóveis estão dispostos a mudar de cidade, revela estudo do DataZap+

O DataZAP+, braço de inteligência do ZAP+, lançou no Conecta Imobi, maior evento voltado para o mercado imobiliário da América Latina, o estudo “Tendências de Moradia”, que apresenta o perfil dos compradores de imóvel e aponta novas formas de morar. Realizada com mais de 500 entrevistados em todo o território nacional, a pesquisa revelou, entre outros dados, que 3 em cada 10 interessados em adquirir imóvel próprio estão dispostos a mudar da cidade em que vivem.


“Mesmo com o retorno do trabalho presencial em muitas empresas, a possibilidade de trabalhar remotamente, que ganhou força em razão da pandemia, a partir de 2020, ainda segue tendo reflexos no mercado imobiliário. Aproximadamente 4 em cada 10 entrevistados indicaram que fazem ou podem fazer home office, o que permite não só mudanças para novos bairros, cidades e até estados, mas também traz demandas diferentes na aquisição do imóvel”, explica Danilo Igliori, VP e economista-chefe do DataZAP+.


Para 56% dos compradores que trabalham ou podem trabalhar remotamente, essa condição influenciou na busca por imóvel com mais espaço. Sacada ou varanda se tornou um item desejo apresentado por 52% deles, seguido de quintal (49%). Locais arejados e com iluminação natural também fazem parte da lista (41%), bem como ambiente de escritório (36%).


Quando avaliados os critérios relacionados à localização do imóvel, a proximidade de vias de acesso e avenidas é o principal aspecto (48%) considerado. “A questão da mobilidade foi, e continua sendo, um diferencial importante no mercado imobiliário, não importa se a moradia é em uma capital ou em cidades menores. A facilidade de acesso representa qualidade de vida”, comenta Igliori.


Por outro lado, quando se avalia comércio e serviços, a proximidade de supermercados e padarias se destaca na opinião do público (80%) como aspecto mais relevante na busca por imóveis, sendo que terminais ou pontos de ônibus/vans (23%), estações de metrôs e trens (21%) e rodoviárias (7%) aparecem nas últimas posições. “A relevância dos serviços de transporte é diferente quando comparamos respostas entre moradores de capitais e outras cidades, em especial em relação ao metrô. A distribuição de renda dos respondentes também impacta nas preferências, uma vez que quase 80% deles são das classes A e B.”


Quando o assunto é características dos imóveis, tamanho importa, e muito. A maior parte dos compradores deseja morar em imóveis médios ou grandes, com tamanhos acima de 70m², sendo que 20% dos respondentes buscam metragem entre 90 e 119 m². A maioria do público ainda tem buscado imóveis com três dormitórios (43%), sendo que 62% tem interesse em ter pelo menos uma suíte. Vaga na garagem também segue sendo um item bastante desejado, por nove em cada dez compradores. Deste total, 42% busca uma vaga e 38%, duas.


Já no que diz respeito aos aspectos ambientais e tecnológicos, nota-se a importância, para o consumidor, na escolha de morar em empreendimentos que valorizam itens voltados para a sustentabilidade e cuidados com a biosfera, com destaque para imóveis que priorizem reservatório de água da chuva, bioarquitetura e sistemas de reuso. Quanto à tecnologia, além do isolamento acústico, para os compradores, sistemas de monitoramentos com câmeras também são bastante considerados.


“Com os desafios macroeconômicos que o mercado imobiliário deve lidar em 2023, é fundamental entender os aspectos comportamentais e atitudinais relacionados ao público com interesse em imóveis, pois além de permitir tomadas de decisões mais assertivas, fornece informações e dados que norteiam futuras tendências”, conclui Iglio. A pesquisa quantitativa foi realizada entre os dias 09/08 a 24/08, contou com abordagem online, mediante questionário estruturado e de autopreenchimento. O público-alvo foi
composto por usuários dos portais ZAP+ que compraram ou tem interesse em adquirir um imóvel.