Grupo Lopes revoga patrocínio a evento do ZAP

Grupo Lopes Brasil (LPB3), líder no mercado imobiliário brasileiro, informa que revogou no último dia 17 de setembro o seu patrocínio ao evento Conecta Imobi, organizado pelo Portal Zap. A decisão foi tomada após o site de classificados online incentivar a realização de transações imobiliárias sem o auxílio de imobiliárias e corretores associados – ação que poderia gerar transtornos para as partes interessadas.

“Buscamos sempre por relações de benefício mútuo com todos os stakeholders de nosso ecossistema: cliente final, corretor, franquia, incorporador e proprietário. Para nós, todos estão conectados e devem ser respeitados, por isso, vimos no posicionamento do Grupo Zap um conflito de interesse com a Rede Lopes e optamos por cancelar nosso patrocínio ao Conecta Imobi 2021”, ressalta Matheus de Souza Fabrício, Diretor Executivo da Rede Lopes.

Mercado imobiliário: compra, venda e aluguel online com alta de 402% no Brasil

À medida que os brasileiros continuam a explorar o comércio eletrônico, os varejistas e marcas estão explorando novas maneiras de abordar os consumidores em mais plataformas do que nunca. Nos últimos meses, o mercado imobiliário teve que passar por uma grande mudança de estratégia para atingir os consumidores em suas casas devido ao COVID-19, o aumento dos anúncios em vídeo parece ser estratégico para o setor, segundo dados da Criteo sobre transações online no segmento.

A Criteo, empresa de tecnologia global que fornece a plataforma líder mundial de Commerce Media, analisou dados de transações online no Brasil no primeiro semestre de 2021 e percebeu um pico substancial no mercado imobiliário. Em junho de 2021, o crescimento do consumo online no segmento imobiliário atingiu 402% a mais quando comparado ao mesmo período de 2020. Um mês antes, maio de 2021, o boom atingiu o pico de 502%.

“Ao analisar grandes empresas do setor imobiliário, como Quinto Andar e Loft, há um fator em comum entre elas: sua crescente presença online e estratégias de marketing focadas em vídeo desde o início do COVID-19. De parcerias com influenciadores a conteúdo de vídeo em diferentes plataformas e canais de mídia social, elas têm conseguido aumentar seu engajamento e gerar valor”, afirma Tiago Cardoso, Diretor Geral LATAM da Criteo.

Novas maneiras de impulsionar as vendas de comércio eletrônico

Enquanto a implantação da vacinação no Brasil segue a todo vapor em alguns dos principais estados do país, os brasileiros contam cada vez mais com o ambiente digital, mostrando que as compras online não são mais apenas uma solução, mas a principal escolha até para muitos consumidores conforme as lojas físicas reabrem.

O brasileiro está aberto a novas formas de compra e isso leva a novas formas de engajamento com ele. De acordo com o estudo “Inside Video”, 99% dos brasileiros estão assistindo TV, streaming ou vídeos ao vivo nas redes sociais em vários aparelhos. Esse novo espaço no dia a dia do consumidor chamou a atenção de profissionais de marketing de todo o mundo e o vídeo como experiência vem ganhando cada vez mais relevância na publicidade. O vídeo tornou- se um pilar ao se considerar estratégias para chegar ao consumidor depois que o COVID-19 resultou em mudanças em sua jornada de consumo.

No início deste ano, a Quinto Andar anunciou um aumento de 150% no investimento em marketing, com foco na presença na mídia de massa. Desde o início da pandemia, o Grupo Zap teve um aumento de 158% nas pesquisas de propriedades com passeios virtuais. O número de anúncios de tours virtuais vem crescendo: de maio a julho, o aumento foi de 51%.

“À medida que a jornada do cliente se torna cada vez mais digital e os limites entre as compras e outras atividades digitais, o tempo entre a descoberta da marca e a conversão está diminuindo. Uma campanha ativa de vídeo online tem se mostrado uma forte fonte de engajamento e conversão no mercado imobiliário, principalmente agora que os consumidores precisam de uma forma mais simples e rápida de verificar se o imóvel é o que procuram”, afirma. Cardoso.

METODOLOGIA

Dados orgânicos de 20 países e 600 categorias de produtos. A cada mês, todos os valores são comparados aos mesmos varejistas que têm parceria com Criteo Marketing Solutions e Criteo Retail Media de forma consistente em 2020 e 2021, sendo dados de mais de 15.000 varejistas em todo o mundo. Inclui apenas categorias de produtos representadas por pelo menos 5 varejistas no nível mais granular.

Nórdico-Báltico inclui DK, EE, FI, LV, LT, NO, SE.

América Latina inclui AR, BO, CL, CO, CR, DO, EC, SV, GT, HN, JM, PA, PY, PE, PR, UY.

Sudeste Asiático inclui HK, ID, MY, PH, SG, TW, TH, VN.”

Brasil é quinto colocado em ranking mundial de construções ESG

Com técnicas que diminuem o gasto de recursos como energia e água, além do envio de até 80% dos resíduos gerados para reuso ou reciclagem, o Brasil já é o quinto país com o maior número de projetos sustentáveis no ranking mundial, aponta o Green Building Council Brasil (GBC Brasil), entidade sem fins lucrativos presente em 80 países, que atua na promoção de práticas ecologicamente efetivas na área da construção civil.

Para Leo Cesar Melo, CEO da Allonda, empresa de engenharia com foco em soluções sustentáveis, não há mais como ignorar o impacto das edificações na biodiversidade e até na própria saúde das pessoas. “A qualidade de vida no ambiente construído deve ganhar ainda mais força no pós-pandemia e, com isso, o número de construções sustentáveis deve ganhar ainda mais força no país”, aposta o CEO.

Melo defende que a busca por esse objetivo não compromete a viabilidade econômica dos negócios. “Na verdade, a sustentabilidade é uma grande aliada da economia. As práticas de engenharia sustentáveis, tanto na construção civil quanto no ambiente industrial, também trazem como resultado a redução dos custos da obra e de manutenção. E as organizações preocupadas em proteger o meio ambiente somam valor à sua imagem”, afirma o executivo, que diz já haver uma forte demanda de clientes e investidores engajados na causa.

“A sustentabilidade visa maior qualidade de vida a partir do uso inteligente dos recursos finitos que o planeta proporciona. E as exigências por posturas empresariais mais responsáveis têm sido um fator cada vez mais decisivo para os consumidores e investidores, nos últimos anos”, conclui o CEO da Allonda.

Imóvel padrão custa R﹩ 445 mil em Curitiba, segundo Imovelweb

O relatório de agosto do Imovelweb, um dos maiores portais imobiliários do País, aponta um aumento de 0,9% no preço de venda dos imóveis em Curitiba. Em média, o m² custa R﹩ 7.217 na capital paranaense e recebeu um incremento de 12% no último ano. A pesquisa também mostra que um apartamento padrão (65 m², dois quartos e uma vaga na garagem) custa, em média, R﹩ 445.752 mil em Curitiba.

Em 12 meses, os três bairros onde comprar um imóvel ficou mais barato foram Capão Raso (R﹩ 5.317/m², -10,0%), Novo Mundo (R﹩ 5.503/m², -9,9%) e Guara (R﹩ 4.893/m², -9,3%). Por outro lado, ficou mais caro comprar imóvel em Bacacheri (R﹩ 6.854/m², +17,5%), Umbará (R﹩ 3.517/m², +17,9%) e Tingui (R﹩ 5.402/m², +19,1%).

A tabela abaixo mostra os bairros mais baratos e mais caros para comprar um imóvel em Curitiba:

A região mais cara para comprar um imóvel em Curitiba é Matriz, enquanto a mais barata é Bairro Novo. O preço médio por região está na próxima tabela:

Santo Inácio tem o aluguel mais caro de Curitiba

Em agosto, o relatório do Imovelweb mostra que o preço médio da locação de um imóvel padrão (65 m², dois quartos e uma vaga na garagem) é R﹩ 1.464/mês em Curitiba. No mês, houve um aumento de 0,4% no preço de locação, enquanto em 2021 o valor já subiu 6,1%.

Nos últimos 12 meses, o aluguel em Curitiba ficou 9,6% mais caro. Em alguns bairros esse valor subiu de forma mais significativa: em Pinheirinho (R﹩ 1.297/mês), Campo de Santana (R﹩ 1.035/mês) e Prado Velho (R﹩ 2.215/mês) houve um incremento de, respectivamente, 19,3%, 19,4% e 19,5%. Por outro lado, ficou mais barato alugar um imóvel em Tarumã (R﹩ 1.344/mês, -17,0%), Capão da Imbuia (R﹩ 1.219/mês, -11,8%) e Parolin (R﹩ 1.001/mês, -8,6%).

O relatório também mostra que o bairro mais barato para alugar um imóvel em Curitiba é Barreirinha, enquanto o mais caro é Santo Inácio. Veja na tabela abaixo:

Confira o preço médio do aluguel por região:

Rentabilidade

O índice de rentabilidade imobiliária relaciona o preço de venda e valor de locação do imóvel para verificar o tempo necessário para recuperar o dinheiro utilizado na aquisição do imóvel. No relatório de agosto, o índice continua com tendência de queda e chegou a 4,10% bruto anual. Dessa forma, são necessários 24,4 anos de aluguel para obter o valor investido no imóvel, 2,4% a mais que há um ano.

Confira a rentabilidade por região:

RNI apresenta novo Diretor Comercial e de Marketing

Gustavo Félix de Moraes assume esse mês o cargo de Diretor de Vendas, Marketing e CRM na construtora e incorporadora RNI, do grupo Empresas Rodobens. Com mais de 15 anos de vivência no setor, com atuação no crédito imobiliário, vendas regionais e planejamento comercial, anteriormente ocupava o cargo de Planejamento Nacional de vendas na Construtora Tenda. Administrador de empresas com ênfase em Gestão Comercial pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos, o executivo ingressa na RNI para liderar as áreas de Marketing, Vendas e CRM.

Luciana Basso Vasallo Coelho, atual Gerente Regional de Negócios, assumirá a posição de Diretora de Novos Negócios na RNI. Luciana Vasallo, especialista em Gestão de Negócios Imobiliários e Construção Civil pela Fundação Getúlio Vargas, será responsável por desenvolver planos e estratégias de negócios para captação de parceiros, bem como prospecção e atendimento. A Diretora de Novos Negócios da RNI possui mais de 14 anos no mercado imobiliário e passagem em cargos de coordenação e gerência em diferentes empresas do setor, como Gafisa, Tiner Empreendimentos e Participações, AURINOVA, Melnick, entre outras.

Mercado imobiliário investe no modelo de negócio figital e acelera o processo de compra e venda de imóveis

O processo de compra de um imóvel envolve uma série de fatores burocráticos, mas com a crescente demanda por soluções digitais, empresas como a HomeHub, plataforma de tecnologia imobiliária fundada por sócios da Judice & Araujo, tornam a jornada de compra mais ágil e eficiente unindo atendimento personalizado e tecnologia.

Com o modelo “figital” (físico+digital), que une o melhor do atendimento e soluções tecnológicas, em seu primeiro ano de operação a HomeHub vendeu mais de R$ 290 milhões em imóveis no Rio de Janeiro. A projeção para 2021 é que o volume de vendas chegue a R$ 400 milhões, equivalente a um crescimento de 38%.

De acordo com Fred Judice Araujo, co-fundador da HomeHub, com o reaquecimento do mercado, principalmente pelos juros baixos que facilitam o financiamento das famílias, os negócios precisam se reinventar para atender essa demanda. “Vivenciamos um novo momento no setor imobiliário e, por isso, se faz necessário adaptar o negócio. A tecnologia não substituirá a profissão do corretor, mas será uma aliada importante neste processo”, comenta.

O especialista relaciona ainda os cinco principais passos para acelerar o processo de venda de imóveis.

1. Preço justo: um dos principais fatores na decisão de compra, por isso, é necessário realizar uma avaliação sobre o valor de mercado da propriedade. Nesta etapa a tecnologia, para análise de dados do mercado, e o apoio de um corretor ou imobiliária são fundamentais. Hoje as soluções tecnológicas permitem reunir com agilidade dados para avaliação e aliado ao conhecimento de mercado do profissional permite definir um valor justo e competitivo.

2. Documentação: ter a documentação em dia evita processos burocráticos desnecessários. Além disso, elimina o risco de perder compradores por questões jurídicas. Logo, antes mesmo de colocar o imóvel à venda, avalie a situação legal. Imobiliárias com suporte jurídico podem verificar documentos, como: cópia da escritura de compra e venda, certidões: negativa de ônus reais atualizada, administrativa de quitação fiscal, justiça federal, débitos trabalhistas, por exemplo.

3. Anúncio: invista em recursos tecnológicos como vídeos e tours virtuais, leve o comprador para o imóvel sem o mesmo sair de casa, para isso, faça os registros durante o dia, pois a luz solar oferece melhor qualidade para as imagens; escolha ângulos que favorecem os cômodos; tire fotos na horizontal e busque sempre regular a altura das imagens com o olhar de quem está vendo-as e, por fim, faça com que os interessados no imóvel sintam-se como se realmente estivessem em uma visita presencial.

4. Organizando a decoração do local: é recomendado usar tons neutros nas paredes. Ambientes com excesso de artigos decorativos podem influenciar negativamente na aparência do local.

5. Reformas necessárias: um imóvel bem conservado e em bom estado vende mais rápido. Uma pintura desgastada, vidros quebrados e problemas hidráulicos podem desvalorizá-lo. Portanto, pequenos reparos podem fazer toda a diferença na apresentação do imóvel.

Trutec anuncia selecionadas para o quarto ciclo de aceleração por meio do Vedacit Labs

As quatro startups serão aceleradas pelo programa e poderão escalar o negócio com a Trutec

Foram mais de 200 inscritas, de sete países da América Latina, para participar do quarto ciclo do Programa de Inovação Aberta, Vedacit Labs. As quatro escolhidas são: Predialize, de Florianópolis (SC), Mycond, de Salvador (BA), Construflow e Pixforce, de Porto Alegre (RS).

As selecionadas receberão quatro meses de aceleração, por meio de um projeto piloto, e mentoria de executivos renomados do mercado. Os projetos serão aplicados em conceituadas empresas do setor e as startups terão oportunidade de aplicar as soluções diretamente com potenciais clientes, na comunidade de Beta-Testers.

Em cada etapa do programa, a Trutec faz investimentos na efetivação dos projetos e planos de negócio. O objetivo é ampliar a oferta de soluções ao segmento de construção civil, disponibilizando produtos, serviços e tecnologias. Já são 13 aceleradas e mais de 1.200 inscritas para participar. “A cada edição contamos com a qualidade das construtechs, proptechs e retailtechs com propostas inovadoras para transformar a construção civil. Nossa expectativa é de mais um ciclo com projetos diferenciados”, afirma Alexandre Quinze, CEO da Trutec.

O Vedacit Labs é a área de Pesquisa e Desenvolvimento da Trutec, primeiro hub de soluções que conecta startups para transformar a indústria da construção civil por meio da tecnologia. “O Vedacit Labs é uma porta de entrada para a Trutec. O Programa faz a seleção de novos modelos de negócio, acelera e encontra as iniciativas aderentes à proposta”, explica Quinze.

Após a conclusão do ciclo de aceleração, as participantes que se destacarem poderão ser convidadas para fazer parte do portfólio da Trutec, com a possibilidade de comercializar em escala para o mercado. Atualmente três empresas que já passaram pelo Labs – ConstruCode, Construct IN e Elixir AI – fazem parte do portfólio.

As escolhidas:

Com foco no pós-obra, a Predialize, de Florianópolis (SC), leva tecnologia a

construtoras e incorporadoras por meio de inteligência de dados, oferecendo redução de custos e possibilitando um relacionamento transparente com os clientes, em toda a jornada do pós-vendas e pós-obra.

Sistema para gestão de condomínios, a Mycond, de Salvador (BA), cria apps com a marca própria para empresas condominiais, permitindo mais comodidade para os moradores e melhor gestão para os síndicos. O app ajuda as empresas a vender no mundo digital, aumentar a competitividade e evitar perdas de contratos nas mudanças de síndico. Também é possível controlar encomendas, reservas, visitantes, ocorrências, assembleias, controle de acesso, boletos e outras ferramentas que os síndicos precisam.

A Construflow, de Porto Alegre (RS), é uma plataforma de coordenação e inteligência de projetos que gera discussão, rastreabilidade e informação estruturada na fase do projeto, aumentando a eficiência e a produtividade no canteiro. A solução integra as equipes durante as diversas fases de elaboração e compatibilização de projetos, tornando o fluxo de comunicação mais ágil e transparente entre todos os envolvidos.

Também de Porto Alegre, a Pix Force desenvolve soluções personalizadas conforme a necessidade de cada empresa, utilizando tecnologias de visão computacional, inteligência artificial e machine learning. Com a aquisição e interpretação automática de imagens e vídeos fornece informações valiosas para os clientes.

Altre anuncia investimento na maior torre comercial de São Paulo

A Altre anuncia aquisição majoritária em um dos maiores empreendimentos imobiliários de São Paulo. A empresa ficará com 60% da torre comercial do projeto ‘Alto das Nações’, desenvolvido pela WTorre na Marginal Pinheiros, altura da Chácara Santo Antônio, região nobre da capital Paulista.

O empreendimento, que terá a torre mais alta de São Paulo, com 219 metros de altura, tem entrega prevista para 2025 e marca a primeira grande transação da Altre, desde sua constituição neste ano. “Esta aquisição posiciona a Altre como um player relevante no mercado de investimentos imobiliários em São Paulo”, afirma Sergio Malacrida, CEO da Altre. “A empresa já possui ativos importantes na capital, em Votorantim/SP e em Paulista/PE, que já estão em desenvolvimento e que serão marcos urbanísticos”, diz Malacrida.

A Altre atualmente já possui ativos corporativos na parte norte da Marginal Pinheiros, na região da Vila Leopoldina. A participação no projeto ‘Alto das Nações’, marcará a presença da empresa também na parte sul da Marginal. “Bons ativos sempre terão espaço e este é um projeto excepcional. Esta transação nos posiciona em uma das regiões mais estratégica de São Paulo”, conta Haig Apovian, responsável pelo segmento de properties da Altre.

CRIs, lajes corporativas e renda urbana ficam mais atrativos após turbulências no mercado de FIIs, mostram especialistas

A proposta de tributação dos dividendos, inserida na Reforma Tributária apresentada pelo Governo Federal, trouxe incertezas para o mercado de fundos imobiliários no curto prazo e derrubou a maioria das cotações entre junho e julho. No dia em que as propostas de mudanças no Imposto de Renda foram anunciadas, em 25 de junho, o IFIX chegou a cair mais de 3% (fechando o dia com queda de 2,02%) e com alguns fundos caindo mais de 6% no período. Mas o sentimento de “pânico” dos investidores já diminuiu após as primeiras semanas de turbulência: em julho, com balanço positivo de 2,29% até a última semana, o IFIX já sinaliza momento mais atrativo para o mercado – e especialistas veem bom momento para investimentos em segmentos em recuperação, como lajes corporativas, CRIs e renda urbana.

“De maneira geral, a tese de investimento em FIIs se mantém viável observando também o prêmio de risco ao comparar o retorno desses ativos com a curva dos juros futuros. O que vemos no curto prazo, com aumento dos juros nos próximos dois anos, é algo que afeta o mercado, porém o investidor precisa estar focado no longo prazo”, analisa Gabriel Pereira, assessor especializado em Fundos Imobiliários da Acqua-Vero Investimentos.

Mas levando em consideração as preocupações mais urgentes dos investidores, ainda há como preparar uma carteira com fundos que possam se sobressair no segundo semestre de 2021. O especialista destaca fundos de renda urbana, como o TRXF11 – fundo de tijolo que possui mais de 80% do seu portfólio composto por lojas alugadas para redes supermercadistas. “Buscamos gestoras com posição diversificada em quantidade de ativos, localização e, principalmente, observando o risco de crédito dos locatários – seguindo a recomendação de casas de análise como a Eleven Research, que inclui o TRXF11 entre seus papéis recomendados”, explica Pereira.

O assessor também destaca o potencial de fundos de CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários), principalmente aqueles com exposição atrelada ao CDI. Estes devem se beneficiar com a estabilização dos pagamentos mensais de dividendos. “Um ativo que acompanhamos desde o início é o RZAK11, que possui mais de 50% da carteira posicionada em juros e tende a ter valorização com os dividendos pagos nos próximos meses, recomendação que também seguimos com base em estudos da Eleven.”

Há ainda segmentos que enfrentaram período difícil com a pandemia, mas que devem aproveitar a retomada da economia nos próximos meses. O assessor Maicon Melo, sócio da Online Traders, destaca a atratividade do setor de lajes corporativas após mais de um ano imerso em incertezas. “Estes FIIs sofreram com a vacância de escritórios, mas nas últimas semanas tivemos anúncios de empresas de grande porte, como Amazon e Shopee, em retas finais para locarem grandes espaços da Faria Lima. No segundo trimestre de 2021, tivemos a primeira vez um saldo positivo entre áreas contratadas versus áreas devolvidas nas principais regiões de São Paulo desde o início da pandemia. Temos ainda fundos abaixo de seus valores patrimoniais que seguem pagando dividendos de 6 até 8% ao ano. É um cenário interessante”, avalia ele.

Docol conclui aquisição de fábrica de pias, cubas e tanques da Franke no Brasil

As fábricas da Docol e da Franke são vizinhas em Joinville (SC)

A Docol – maior exportadora de metais sanitários da América Latina e uma das líderes brasileiras na fabricação de louças e metais sanitários – concluiu, nesta sexta-feira, dia 17/09, a aquisição da fábrica de pias, cubas e tanques de inox da Franke Sistemas de Cozinhas do Brasil Ltda, subsidiária no Brasil do grupo internacional da Franke, com sede na Suíça. A planta está localizada em Joinville (Santa Catarina), mesma cidade onde a companhia compradora catarinense está sediada. O movimento faz parte de um ciclo de expansão iniciado em 2019, a partir da aquisição do controle da Mekal, cuja unidade em São Paulo é voltada para a fabricação de pias de cozinha premium em aço inoxidável. O plano da Docol de agora até os próximos cinco anos é investir cerca de R$ 500 milhões em novos negócios e na ampliação da sua produção e do portfólio de produtos.  

O presidente da Docol, Guilherme Bertani, comemora o crescimento neste ano em que a empresa completa 65 anos. “Esse novo momento marca a virada para os nossos próximos 65 anos de história. Até 2028, pretendemos saltar dos atuais R$ 800 milhões de faturamento anual para R$ 2 bilhões. E aquisições como esta contribuirão muito para a Docol ampliar o seu portfólio, que hoje é de 2.400 produtos, e alcançar a liderança também no segmento de pias, cubas e tanques de inox”, conta. O executivo informa ainda que a unidade adquirida tem capacidade produtiva de 40 mil peças por mês, sendo a vice-líder em market share nestes segmentos, empregando cerca de 110 funcionários. 

O crescimento expressivo do setor de construção civil, puxado pelos hábitos dos consumidores na pandemia também sustentam a estratégia de compra das linhas de pias, cubas e tanques. “Ao longo desse período, a cozinha tornou-se o coração da casa. E o inox, como material nobre, estético e de fácil manutenção, chama a atenção pela durabilidade e capacidade de transformação que o aço proporciona”, explica Bertani. 

A integração dos processos de produção e gestão de operações deve levar cerca de 90 dias. “A integração entre as equipes também está sendo planejada com o máximo de cuidado. Entendemos que estamos entrando em um novo mercado e essas pessoas são essenciais para o nosso sucesso. Por outro lado, queremos que o maior número de colaboradores possível, incluindo lideranças, sinta-se em casa o quanto antes”, conclui o presidente da Docol.