Category Mercado Imobiliário

A transformação digital dos condomínios

Por André Baldini, diretor de negócios da Superlógica

Não é nenhum segredo o fato de que a transformação digital dos setores da economia é um processo que caminha a passos largos para se tornar, cada vez mais, parte integrante da vida cotidiana das pessoas. E no segmento dos condomínios brasileiros, responsável por movimentar R$ 165 bilhões todos os anos, não é diferente. Entretanto, as administradoras influenciam consideravelmente a rotina das pessoas nos mais diferentes níveis, e há a preocupação para garantir com que o uso da tecnologia contribua para reduzir possíveis erros, evitar desperdícios de recursos e proporcionar agilidade na resolução de problemas. Em outras palavras, a experiência dos usuários deve ser cada vez mais alicerçada nos recursos digitais sem, no entanto, abrir mão do atendimento próximo e acolhedor ao cliente.  

É importante frisar que, diferentemente do que muitos pensam, a transformação digital não é o uso desenfreado de tecnologia para reduzir ou eliminar o trabalho humano e reduzir custos. Embora os algoritmos e a inteligência artificial automatizem, sim, muitos processos que antes eram realizados por pessoas, o fenômeno é muito mais que isso. O termo está relacionado, antes de tudo, a uma mudança cultural. A transformação começa na mentalidade, com os gestores entendendo que a digitalização dos processos precisa estar a serviço da experiência do cliente.

Um exemplo são as fintechs e a digitalização dos bancos. Quem sente falta do atendimento que recebia dentro da agência bancária? Provavelmente ninguém, porque resolver as demandas por um aplicativo no celular é muito mais rápido, simples e agradável. Trazendo isto para a experiência de morar, as pessoas não sentem falta de ter que falar com uma pessoa para emitir a segunda via do boleto ou reservar o salão de festas. É muito melhor fazer isso por conta própria, pelo smartphone — o que só é possível graças à transformação digital.

A transformação digital diminui a necessidade de atendimento humano mas não a elimina totalmente. Ambos os aspectos, na verdade, são complementares: de nada adianta ter um fluxo de atendimento eficiente se os produtos e serviços forem ruins, por exemplo. A experiência do consumidor deve ser um processo integrado a um sistema, em que cada parte impacta na outra. E isto passa pela atenção adequada a aspectos fundamentais do negócio que as administradoras devem ser capazes de gerenciar. 

Tudo começa com a qualidade dos produtos e serviços que a administradora de condomínios oferta aos síndicos e condôminos. A satisfação neste caso depende do sucesso da empresa em executar o que se propõe de forma eficaz e com o menor atrito possível. Se a administradora oferece uma solução de assembleia virtual que dispensa a presença física do condômino, mas sua usabilidade seja pouco intuitiva e apresente uma série de falhas, é muito provável que o condômino fique insatisfeito e abandone seu uso. Assim, uma solução que visava aumentar a assiduidade das pessoas às reuniões, produzirá o efeito contrário, fazendo com que decisões importantes sobre o condomínio não sejam adequadamente discutidas. 

É natural que, entre os clientes, haja muitas dúvidas e demandas que são recorrentes. Por isso, as administradoras podem, por exemplo, preparar FAQs e vídeos com tutoriais com as orientações mais requisitadas, dispensando a procura pelo atendimento humano. 

Os fatores anteriores funcionam como filtros: se o usuário tem um bom produto, boa experiência de uso e canais de autoatendimento, é bem menos provável que ele precise buscar atendimento. Isto não significa que os colaboradores das administradoras deixarão de prestar atendimento aos clientes. Mas, ao invés de se dedicarem a atividades operacionais que facilmente podem ser solucionadas via soluções digitais, estes poderão se dedicar mais à resolução de problemas mais complexos, que exigem uma abordagem mais cuidadosa. Considere, por exemplo, o pagamento das taxas condominiais. Imagine que o condômino não recebeu o boleto para quitação do débito. Ele não precisa ligar para a administradora para receber a segunda via caso tenha à disposição um aplicativo onde ele possa gerá-la automaticamente. Contudo, caso o cliente esteja enfrentando dificuldades para se manter adimplente com suas obrigações financeiras, é desejável que a administradora tenha uma via simples e humanizada para compreender o caso e propor uma solução assertiva com serviços que as plataformas oferecem para ajudar nesses casos. 

É natural que haja algum tipo de angústia diante da digitalização das rotinas pessoais, profissionais e administrativas. Mas a transformação digital não dispensa, necessariamente, essa essência nos processos de atendimento ao consumidor. Afinal, o propósito da tecnologia é justamente melhorar a experiência de consumo, e não torná-la fria e desumana. Lembre-se: deixe a automação para os robôs e dedique-se às atividades que só humanos podem fazer!

Valores dos imóveis em São Paulo fecham em alta no mês de agosto, segundo Imovelweb

O Imovelweb,um dos maiores portais imobiliários do País, divulga seu relatório mensal de preços de agosto em São Paulo. De acordo com o levantamento, o valor médio para a compra de imóveis na capital paulista ficou em R$ 9.890 por m², 0,8% acima do mês anterior.

Em 2022, acumulou-se uma alta de 3,4%, abaixo da inflação, derivando em uma queda real de 1.6 p.p. As novas unidades e aquelas em construção são as que registraram um maior incremento em 2022: +9,2% e +4,8% respectivamente.

Os dados do relatório mensal de preços do Imovelweb, também chamado de Index, são gerados com base em 100% dos imóveis listados no portal, seja aluguel ou venda, mostrando o preço médio das propriedades.

Para quem está pensando em adquirir um imóvel, um apartamento típico em São Paulo de dois quartos com 65 m² e uma vaga tem valor médio de R$ 623 mil. Já um apartamento de três quartos tem um preço médio de R$ 967 mil.

Na análise por bairros, Pinheiros é o bairro mais caro para comprar uma propriedade, com um valor médio de R$ 14.961 por m². Cidade Tiradentes ficou em agosto como o mais barato, com um preço médio de R$ 2.762 por m².

Mais baratos (R$)Variação MensalVariação Anual
CIDADE TIRADENTES2.7621,9%2,6%
LAJEADO3.8981,1%2,3%
JOSÉ BONIFÁCIO4.1942,0%4,0%
Mais caros (R$)Variação MensalVariação Anual
MOEMA14.2050,4%5,2%
ITAIM BIBI14.8800,6%6,5%
PINHEIROS14.9611,0%3,9%

Aluguel na capital paulista

Segundo o relatório de agosto, o preço médio do aluguel ficou em R$ 3.463 para os apartamentos de 65 m² e dois quartos, subindo 1,6% em relação ao mês anterior. Em 2022, os valores do aluguel acumularam um incremento de 6,3%, acima da inflação (5,0%), mas abaixo do ajuste do IGP-M (7,6%).

Na análise por região, Zona Oeste é a mais cara para morar de aluguel, com um valor médio mensal de R$ 3.942. Já a Zona Leste é a mais econômica, custando R$ 1.890 por mês.

Valor médio do aluguel nas demais regiões de São Paulo:

RegiãoValor do aluguel (R$)Variação
Mensal
Variação
Anual
Leste1.8902,6%13,6%
Noroeste1.9192,1%10,5%
Nordeste2.0820,5%14,9%
Sul2.3340,5%-1,7%
Sudeste2.3891,7%9,9%
Centro3.0503,0%-2,3%
Centro-Sul3.6862,3%1,9%
Oeste3.9420,9%-2,1%

Rentabilidade

O índice de rentabilidade imobiliária relaciona o preço de venda e valor de locação do imóvel para verificar o tempo necessário para recuperar o dinheiro utilizado na aquisição do imóvel. O relatório de agosto apontou um índice de 5,59% bruto anual, o que significa que são necessários 17,9 anos de aluguel para reembolsar o investimento de compra, 3,2% a menos que um ano atrás.

As regiões periféricas são as que oferecem maior retorno para os investidores: Zonas Leste e Sul acima de 6% anual.

Rentabilidade por região:

RegiãoRentabilidade
Nordeste5,4%
Oeste5,5%
Centro-Sul5,6%
Sudeste5,6%
Centro5,7%
Noroeste5,8%
Sul6,2%
Leste6,5%

Preços dos imóveis em São Paulo aumentam 5%, mas, ajustados pela inflação, tiveram queda real de 4%

Especialistas da Propdo, proptech Israelense, apontam que a inflação e taxa de juros, somados a SELIC, estão fazendo com que, hoje, o mercado passe por uma fase de encolhimento após anos de expansão

Quando se trata de investimentos em imóveis, vários fatores contribuem para o aumento ou diminuição de preços no mercado, a inflação e a taxa de juros são alguns exemplos. De acordo com especialistas da Propdo, proptech israelense que fornece soluções em software para tomada de decisão no mercado imobiliário, a inflação e taxa de juros, somados a SELIC, estão fazendo com que hoje o mercado passe por uma fase de encolhimento, após anos de expansão. Prova disso é uma análise dos preços dos imóveis na cidade. Estudos apontam que os valores de venda subiram 5% em São Paulo, o maior aumento em seis anos, mas, quando ajustados pela inflação, o que se percebe é que, na verdade, os preços caíram 4%.

“É importante dizer que o número de transações em São Paulo, para o primeiro semestre de 2022, permaneceu próximo aos números do ano passado, ainda no auge, enquanto em outras grandes cidades do Brasil já detectamos uma diminuição no número de transações, em comparação com os últimos meses e para o mesmo período do ano passado”, explica Nathan.

Com a baixa na inflação e a maior oferta de crédito sob juros mais baixos, impulsionados pela pandemia, foi possível perceber um crescimento no mercado imobiliário brasileiro entre os anos de 2020 e 2021, principalmente em São Paulo com um elevado número de transações, compras e vendas. Entretanto, com o fim das políticas de apoio e alta da inflação, seguida pela taxa de juros, a proptech acredita que podemos esperar uma retração do mercado até o final de 2022.  

“O grande fator positivo que veio viabilizando a expansão do mercado imobiliário brasileiro foi a constante redução por parte do Governo Federal da taxa SELIC. Esse movimento tem causado, em grande parte, o remanejamento de investimentos de ativos financeiros para ativos imobiliários, especialmente imóveis residenciais. Agora, depois de mais de um ano, a SELIC está crescendo drasticamente, tornando mais difícil para a maioria das pessoas comprar ativos, já que as opções de financiamento não são mais tão atraentes. Enquanto a SELIC permanecer em suas altas taxas, o mercado provavelmente continuará encolhendo”, finaliza.

Gafisa conclui operação de aquisição da Bait e reforça posicionamento no mercado de alta rend

Henrique Blecher é o novo CEO da Companhia

A Gafisa dá mais um passo importante em direção ao mercado de alta renda e reafirma esse direcionamento de negócio, com a conclusão da aquisição da Bait Incorporadora, empresa do Rio de Janeiro. O valor da operação foi de R$ 180 milhões, conforme foi anunciada ao mercado na sexta-feira, dia 16 de setembro de 2022.
 

Com a conclusão do negócio, a Gafisa anuncia a chegada do executivo Henrique Blecher, como CEO da Incorporadora e Construtora – mudança importante na estrutura organizacional da empresa que há três anos atuava no modelo de cogestão e não tinha um CEO único à frente do negócio.
 

Henrique Blecher foi sócio fundador e CEO da Bait. O executivo possui cases importantes de projetos desenvolvidos com foco na geração de valor, por meio de experiências, em projetos de altíssimo padrão, com foco no público de alto padrão. Sua chegada irá potencializar a operação da Gafisa neste sentido, além de marcar uma gestão com foco na geração de caixa para a empresa daqui para frente.

“Estamos em um momento importante de direcionamento de uma marca muito forte e valiosa e iremos utilizar todas as forças, background e know-how da Gafisa para atuarmos de forma icônica em um segmento exclusivo e de alta complexidade. Para essa transição, implantaremos uma nova cultura financeira na Companhia, focada em lucro sustentável e desenvolvimento de projetos relevantes e de alto valor agregado

para os nossos públicos. Tudo isso, a partir de uma disciplina monástica de geração de caixa e buscando a diretriz de otimização do capital. Estou animado e feliz em fazer parte deste momento que será histórico para a Companhia e, em particular, para a minha carreira com mais este case inspirador, que eu tenho certeza de que será um sucesso”, destaca Blecher.
 

Com foco nos mercados de São Paulo e Rio de Janeiro, as duas sedes da Companhia atuarão de forma independente, porém com reporte direto ao CEO Henrique Blecher. Na cidade de São Paulo, permanecem na estrutura o diretor-executivo de Incorporação, Luiz Fernando Ortiz, agora com responsabilidade de gerir com Blecher a área comercial, e o diretor executivo de Engenharia, Fábio Luis Garbossa. No Rio de Janeiro, Frederico Kessler será o novo diretor-executivo de Incorporação e Cláudio Mazza, diretor executivo de Engenharia. Além disso, Gustavo Nunes assume como CFO, além da área de Relações com Investidores (RI) da companhia, e Sheyla Castro Resende segue como vice-presidente de Gestão e RH.
 

As unidades de negócios Viver Bem e Gafisa Capital passam a fazer parte, como áreas, da estrutura da Gafisa Incorporadora e Construtora. A Gafisa Propriedades, sob a liderança do CEO Guilherme Pesenti, segue, por ora, como unidade de negócios autônoma e com foco na aquisição, desenvolvimento e gestão de ativos imobiliários para geração de renda.

Mitre Realty conclui 2ª emissão de CRIs no valor de R$ 150 milhões

Operação é destinada a investidores institucionais e qualificados, com prazo total de 5 anos e com remuneração correspondente a CDI acrescida de 1,80%.
 

A Mitre Realty (MTRE3) acaba de liquidar a operação de securitização de certificados de recebíveis imobiliários (CRI), ao emitir 150 mil CRIs, com valor nominal de R$ 1.000, totalizando o equivalente a R$ 150 milhões.

A operação, coordenada pela XP, é destinada a investidores institucionais e qualificados, com prazo de cinco anos, três anos de carência e remuneração correspondente a CDI acrescida de 1,80%.
 

“Essa é a segunda emissão de CRI feita pela Mitre e é válido destacar a compressão nos spreads, se comparado a primeira que fizemos, em abril deste ano, no valor de R$ 130 milhões. Entendemos que os investidores estão confortáveis com a operação, uma vez que a companhia tem obtido bons resultados nos últimos anos, com uma ótima estrutura de capital e operação sólida”, afirma Fabricio Mitre, CEO da Mitre Realty.
 

Os recursos captados serão destinados a reforço de caixa e manutenção da estrutura de capital da empresa.
 

“A emissão faz parte da nossa estratégia de ser uma empresa robusta, capitalizada e preparada para os distintos momentos da economia brasileira, que impactam diretamente o setor. Com a captação e dívida líquida quase zero, a companhia fica em situação de liquidez muito confortável e pronta para oportunidades que o mercado ainda pode oferecer”, explica o executivo.

Resultados do 1S22

Em balanço divulgado no último mês, a Mitre Realty reportou o crescimento de suas vendas líquidas em relação a 2021. Com R$ 342,9 milhões no primeiro semestre de 2022, o valor superou em 26,4% o ano anterior, registrando mais um recorde histórico para a companhia.


Os projetos em desenvolvimento ou com estoque disponível já estão 72,3% vendidos e, se considerados os que possuem entrega prevista para este ano, o número salta para 97,9%.

Ao todo, em 2022, a companhia já lançou R$ 900 milhões e, incluindo o próximo empreendimento previsto para outubro, deve atingir R$ 1,4 bi.

Construsummit 2022 reforça a importância da inovação tecnológica para o futuro do setor da construção

A jornada do cliente e as discussões sobre o futuro da construção, que envolvem temas como imóveis como serviço e cidades do futuro foram os pontos centrais do segundo dia do Construsummit 2022, que aconteceu em Florianópolis, Santa Catarina. Realizado pelo Sienge, ecossistema tecnológico para a indústria da construção e pelo CV — Construtor de Vendas, CRM de gestão do mercado imobiliário, o evento reuniu durante os dois dias, 400 pessoas presencialmente e 5 mil participantes on-line.
 

O criador do canal “São Paulo nas Alturas”, Raul Juste Lores, apresentou a plenária Urbanização: a construção da cidade do amanhã, em que expôs possibilidades para o futuro desse tema no Brasil, comparando com projetos vistos no exterior – como Barcelona, Porto, Seul, Pequim e outros.
 

Para o palestrante, um dos passos para engatilhar essa mudança é a discussão das leis brasileiras de otimização de espaço, que privilegia a construção de condomínios fechados em grandes áreas, que poderiam ser utilizadas para convívio social ou agricultura; enquanto áreas pequenas, dentro das cidades, viram estacionamentos ou são inutilizadas por longos períodos. “O planejamento urbano de uma cidade pode trazer diversos benefícios, que vão desde o fim da necessidade de se ter um carro, já que a cidade possui infraestrutura e segurança para andar na rua, até na questão ambiental, com os baixíssimos índices de produção de CO2”, aponta Lores.
 

O CEO da Housi e Presidente do Conselho da Vitacon Alexandre Frankel, apresentou a plenária “Futuro do mercado imobiliário: imóveis como serviço”. Durante a palestra mostrou como um empreendimento pode se tornar mais que um local de moradia, mas também de conveniência, oferecendo serviços como aluguel de carros ou bicicletas, facilidade no recebimento de entregas de alimentos por aplicativos e até mesmo de supermercado. “Por meio de parcerias entre construtoras e incorporadoras com empresas de tecnologia, varejistas e afins, os condomínios residências estão preparados para se tornarem ecossistemas, fazendo com que o local de moradia ofereça mais comodidade, lazer e se tornando um espaço ainda mais agradável”,

A programação ainda contou com temas relevantes como a industrialização pode reduzir prazos em diferentes tipologias de obra e um painel sobre a importância de repensar a construção dos empreendimentos e as obras do futuro.
 

O período da tarde foi dedicado a importância da jornada do cliente dentro do ciclo: pré-venda, venda e pós-venda.
 

Outro destaque do dia foi a importância da jornada do cliente. O CEO do Construtor de Vendas, Fabio Garcez, ressaltou que é preciso olhar para o cliente de maneira diferente, integrando todas as ações para que a sua experiencia seja a melhor possível dentro do processo de venda. “É de fundamental importância que a empresa conheça qual o perfil do cliente que está adquirindo o seu produto, qual a geração que ele pertence e como fazer a abordagem de vendas. É preciso entender o cenário para traçar a jornada e a experiência, pensando sempre na ótica do cliente da incorporadora”, ressalta.
 

O aprofundamento das temáticas que foram apresentadas durante os dois dias do evento passaram pelo cenário macroeconômico da economia, ambiente regulatório, o futuro da construção e inovação.
 

“Sabemos que há muitos desafios para a indústria da construção, e que serão superados com aumento na eficiência e produtividade. O mercado está vivenciando uma nova dinâmica, principalmente com importantes legislações que estão sendo discutidas”, aponta Ionan Fernandes, CEO do Sienge.
 

Ionan ainda ressaltou que a inovação é a grande chave para o futuro. “Imóveis como serviço, blockchain, tokenização, metaverso e outros pontos, são pontos que vão prosperar mediante mudanças culturais, transformando como se compra, vende e utiliza um imóvel. O futuro é aqui”.

FG Empreendimentos apresenta novo empreendimento à beira-mar

Projetos cada vez mais disruptivos e que aliam quesitos de neuroarquitetura e tendências de urbanismo e que apresentam o que há de mais moderno e até inédito, no mercado da construção civil tem como palco Balneário Camboriú, no litoral norte de Santa Catarina. A cidade tem a maior valorização imobiliária do país, com imóveis que alcançam o patamar de 90% de valorização nos últimos 12 meses, recebe o novo empreendimento da FG Empreendimentos, que figura como uma das maiores construtoras do país. É o Titanium Tower, localizado na avenida Atlântica, em frente a ilha das Cabras, com uma linguagem arquitetônica contemporânea, sendo inerte ao seu entorno.

Com 240 metros de altura e 57 pavimentos, sendo 40 unidades, com 35 apartamentos tipo, uma mansão suspensa duplex, três penthouses duplex na cobertura e uma cobertura duplex, com áreas variando de 343,73 metros quadrados a 700 metros quadrados. O empreendimento contará com mais de dois mil metros quadrados de área de lazer.

“Em quesitos arquitetônicos estamos inserindo novas tecnologias no mercado, algumas desenvolvidas internamente na FG, como a utilização de drywall e a fachada de pele de vidro encapsulado. Além disso, a iluminação da fachada está sendo desenvolvida por um escritório de lightdesigner”, destaca o diretor de engenharia da FG, André Bigarella.

O processo de demolição também envolveu um minucioso estudo com a desmobilização das edificações existentes e com demolição manual das estruturas. “Na sequência iniciaremos a preparação do canteiro de obras para a fundação do empreendimento”, completa Bigarella.

Dentre os parceiros, a WSP empresa americana referência em consultorias estruturais, RWDI, empresa Canadense referência em teste de Túnel de vento, BRE, empresa Inglesa responsável pelo teste de Túnel de vento e SCHUCO, empresa Alemã referência em esquadrias. “Um grande diferencial será o investimento em isolamento acústico entre pavimentos, paredes, portas e janelas”, explica o engenheiro.

O VGV estimado é de um bilhão de reais e as unidades na ordem de 19 milhões. “O mercado vem numa crescente e valorização imobiliária vem aquecendo cada vez mais o segmento. A FG vem trazendo ao mercado produtos inéditos e desenvolvendo tecnologias que aceleram a evolução de toda a cadeia produtiva”, destaca Altevir Baron, diretor de mercado da FG.

O economista Guilherme Alano justifica todo o aquecimento do mercado. “Balneário Camboriú já se consolidou como um destino rentável não apenas por seus atributos econômicos, mas também por seus predicados e índices como educação, segurança, sustentabilidade e qualidade de vida. Os investidores — independente do padrão, que buscam um novo estilo de vida ou sejam aqueles que visam novos produtos para aplicar, comparam a rentabilidades e é perceptível o direcionamento de muitos para imóveis, com maior procura para os empreendimentos na planta ou em construção”, explica.

O presidente da FG, o empresário Jean Graciola, corrobora com os dados. “Em nossos empreendimentos registramos em média uma valorização anual de 30% em período de construção. Recentemente, após alargamento e anúncio de novos investimentos na revitalização da orla, em empreendimentos frente mar tivemos valorização superior a 70%. Este ano entregaremos o maior residencial da América Latina, o One Tower, e o mercado já está desenhando uma nova curva acentuada. Desde o lançamento até o momento o residencial alcançou patamar mais de 200% e com o investimento realizado de mais de 1 bilhão de reais”.

O economista ainda reforça que, com o alargamento da orla e o projeto de revitalização que terá assinatura do renomado escritório Indio da Costa, a tendência é de continuidade na escalada de preços dos imóveis. “Balneário Camboriú entrou de vez no radar dos investimentos e a tendência é a manutenção longeva deste posto. Somado a isso, pelo texto aprovado na Câmara sobre cassinos no Brasil, Santa Catarina teria direito a explorar um cassino, e pelo potencial, infraestrutura turística e localização, é grande a possibilidade que ele venha a ser instalado em Balneário Camboriú. Isso acontecendo, a cidade e o litoral norte do estado como um todo devem ser destino de um fluxo grande de investimentos nos próximos anos”.

Casa do Construtor cresce 45,6% apenas no 1º semestre, acelera expansão e chega a 500ª unidade

Altino Cristofoletti Junior e Expedito Arena realizaram o sonho de juventude que era criar um negócio de sucesso e com propósito

A Casa do Construtor — maior rede franqueadora de locação de equipamentos para construção civil e soluções para o dia a dia da América Latina — acelerou seu plano de expansão nacional e internacional e chega a um marco importante: a sua 500ª unidade, inaugurada em Piracicaba, interior de São Paulo. A expansão geográfica foi acompanhada do crescimento do faturamento no primeiro semestre que alcançou R$ 319,6 milhões, 45,6% a mais do que no mesmo período de 2021. Apenas em 2022, foram abertas 90 unidades (sendo duas no Paraguai) e até o fim do ano devem ser inauguradas mais 110, incluindo a primeira unidade no Uruguai. Com isso, a rede projeta fechar o ano com um faturamento de cerca de R$ 750 milhões.

“Nos últimos três anos, aceleramos a abertura de lojas, mesmo durante a pandemia, o que mostra a força e resiliência do mercado de construção civil. Desta forma, seguimos firme em nosso plano de superar as mil unidades em 2025. Para isso, temos adensado nossa presença em mercados chave como o interior paulista, buscado parceiros no Sul e Norte do nosso País e demos mais corpo a expansão internacional, que deve fechar o ano com cinco unidades na América do Sul. É importante ressaltar também que este desempenho foi obtido sobre uma base já bastante robusta de 2021”, afirma o presidente da Casa do Construtor, Altino Cristofoletti Jr.

O executivo explica que o crescimento da rede está sendo alavancado por três fatores principais. “Apesar de alguns indicadores terem arrefecido, o mercado de construção civil continua aquecido, o que acaba gerando oportunidades em várias áreas. Em paralelo, reformas, melhorias e pequenas obras mantém sua resiliência. Por fim, os consumidores e empresas tem entendido cada vez mais as vantagens da economia compartilhada, preferindo alugar equipamentos com suas facilidades associadas em vez de imobilizar capital com aquisições”, explica.

Nesse sentido, um estudo da Casa do Construtor e AGP apontou que 60% dos brasileiros fizeram algum tipo de melhoria em suas casas durante a pandemia e que outros 70% tinham planos para algum tipo de obra ou melhoria. Dados da ABF (Associação Brasileira de Franchising) mostram que as franquias de casa e construção também mantém uma trajetória de ascensão, com um crescimento de 17,4% no 2º trimestre de 2022.

A Casa do Construtor oferece uma ampla gama de equipamentos para locação, abrangendo todas as fases da obra: demolição, preparação do terreno, concretagem, estrutura, elétrica, encanamento, acabamento e limpeza pós-obra. São mais de 90 itens como container, andaime, betoneira, rompedor, misturador, compactador de solo, gerador e itens mais leves como furadeiras e serras.

A 500ª unidade será inaugurada em 31 de agosto no bairro Santa Terezinha, em Piracicaba. Será a quarta unidade da rede na cidade e recebeu um investimento R$ 1 milhão. A loja será no modelo completo da rede, com mais de 90 equipamentos para locação.

“Com a retomada mais forte da economia e das atividades presenciais, temos buscado consolidar nossa presença em mercados chave a fim de estarmos mais próximos de potenciais consumidores, facilitando assim seu acesso aos equipamentos e reforçando nossa presença de marca. Fizemos isso em outras regiões com bons resultados”, ressalta o presidente da Casa do Construtor.

Piracicaba tem grande potencial a ser explorado, com uma população de mais de 400 mil e economia diversificada. “Nossas outras unidades na cidade têm performado bem, o que também nos estimulou a expandir nossas operações na região. Além disso, é próxima de nossa sede em Rio Claro. A inauguração será um marco em nossa história e Piracicaba fará parte disso”, conclui Altino Cristofoletti Jr.

Pesquisa revela que 2,51% das empresas consultadas se consideram no nível de integração de maturidade BIM no Brasil

Pesquisa de maturidade BIM (Building Information Modeling) contou com a participação de 478 profissionais da indústria da construção brasileira de todos o País

O Sienge, maior ecossistema tecnológico da indústria da construção no Brasil; a Grant Thornton, uma das maiores empresas globais de auditoria, consultoria e tributos; e a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) acabam de realizar a segunda edição da pesquisa de maturidade BIM (Building Information Modeling), com o objetivo de verificar se houve incremento na utilização dessa metodologia pelas companhias brasileiras.
 

Um dos principais resultados apurados diz respeito à autoavaliação sobre o nível de maturidade na utilização do BIM. A maioria dos pesquisados se classificou nos níveis iniciais de maturidade, totalizando 59,42% nos níveis 0 e 1, nos quais a informação é produzida basicamente com desenhos CAD 2D e 3D e os arquivos de projetos são compartilhados digitalmente, no entanto, não há um modelo unificado para o gerenciamento de informações.

No nível 2, que significa utilizar e compartilhar modelos BIM de maneira unificada por meio de um ambiente integrado, com informações 4D e 5D disponíveis, encontram-se 21,55% das empresas e apenas 2,51% das respondentes se colocam no nível 3, o mais avançado no processo de integração total, que inclui também a aplicação e o gerenciamento de informações relacionadas ao ciclo de vida do ativo.
 

Com relação às dificuldades para utilização do BIM, os principais temas apontados foram a falta de capacitação dos profissionais (48,1%), seguida pela inexistência de processos adequados para adoção da metodologia (45,4%) e pela falta de incentivos financeiros para a capacitação dos funcionários (33,5%). São as mesmas barreiras identificadas na primeira edição da pesquisa em 2020.
 

Vale ressaltar, ainda, que um número considerável de respondentes (17,2%) afirma que a falta de interesse por parte da alta gestão da organização é uma barreira importante na implementação BIM.
 

No que se refere à qualificação profissional, ou seja, se existem pessoas aptas a trabalhar com ferramentas BIM na organização, 58,16% afirmaram que apenas alguns funcionários possuem os conhecimentos necessários e 26,57% responderam que não dispõem de pessoas qualificadas para o uso das ferramentas BIM. Esses índices mostram que o conhecimento ainda é pouco difundido entre todos os profissionais envolvidos no processo, fato que se contrapõe à natureza colaborativa da metodologia BIM.
 

Software e Hardware

A aplicação da tecnologia foi outra questão abordada na pesquisa, cujos resultados mostram que os softwares para modelagem 3D e compatibilização/detecção de conflitos das disciplinas de projeto são os mais utilizados no segmento, confirmando o estágio inicial do nível de maturidade indicado pela maioria dos respondentes.
 

“A indústria da construção no Brasil ainda atua de forma muito analógica, o que dificulta o impulsionamento do setor. Mais importante do que reconhecer a necessidade de usar softwares, é entender a integração entre eles. É essa conexão que potencializa uma atuação assertiva e apoia empresas e profissionais para que saiam do nível inicial de maturidade para patamares mais elevados”, argumenta Guilherme Quandt, diretor de Marketing e Estratégia do Sienge.
 

No componente hardware, a grande maioria das organizações (63,6%) declara que está preparada com os equipamentos necessários à utilização de softwares BIM. Quase 20% afirmam que a organização possui poucos ou nenhum equipamento adequado e 9,4% dos entrevistados dizem não ter equipamentos com configurações de hardwares apropriadas, mas que há perspectiva de implementação em até 1 ano, enquanto 7,53% indicam não possuir equipamentos adequados, mas que há perspectiva de implementação de 1 a 3 anos.
 

Pessoas

A principal barreira apontada pelos pesquisados — falta de capacitação dos profissionais (48,1%) — diz respeito à falta de treinamento ou incentivo a cursos por parte das organizações, representada por 44,3%. Apenas 17,45% afirmam que as organizações promovem treinamentos/workshops internos e ainda apoiam/financiam cursos para seus funcionários. Além disso, é interessante destacar que, das 44,3% das organizações que não oferecem treinamentos ou incentivos aos funcionários, 84,6% não avaliam internamente proficiência dos funcionários sobre BIM.
 

Processos

Sobre a existência de um ambiente comum de dados (CDE) que possibilite o trabalho colaborativo, com interoperabilidade de dados, 46,23% responderam que ainda não utilizam qualquer CDE na empresa e 21,55% afirmaram ter um CDE, mas sem interoperabilidade de dados e sem gestão entre os modelos. Somadas, estas porcentagens ultrapassam os 67% dos pesquisados que não usam efetivamente um CDE, que é considerado o coração de uma implantação bem-sucedida do BIM, capaz de gerar grande valor de fato no processo construtivo.
 

“As empresas adotaram um roadmap de implementação do BIM mais orientado à utilização de tecnologia, capacitando de forma pontual o nível de coordenação, com baixo índice de estruturação, tanto no planejamento da implementação com metas, objetivos e benefícios esperados — identificados de forma clara e mensurável –, quanto nos processos necessários para o BIM. Haja vista que somente 2,51% das organizações se classificaram como nível 3 de maturidade, que indica consolidação da colaboração, uso do 4D e do 5D”, avalia Erico Giovannetti, sócio de Consultoria Empresarial da Grant Thornton Brasil.
 

A respeito da compatibilização de projetos, 33,6% afirmam não fazer ou acompanhar os processos de detecção de conflitos e/ou interferência no modelo BIM; mais de 24% dizem que esses processos são feitos ou acompanhados regularmente e apenas 6,7% dizem não utilizar tais processos por não serem necessários para o tipo de serviço prestado com BIM pela organização.
 

Sobre a existência de bibliotecas BIM na organização, a maioria (37,6%) diz não haver uma biblioteca disponível para uso interno. Quase 30% afirmam ter uma biblioteca BIM, mas que não está alinhada aos padrões internos de qualidade. Apenas 19% dizem possuir uma biblioteca com muitos templates e padrões adequados aos processos internos. “Vale ressaltar que a existência de bibliotecas BIM é uma importante característica do nível de maturidade do ecossistema e aumenta significativamente a produtividade no desenvolvimento e modelagem de informações”, afirma Leonardo Santana, analista de inovação e produtividade da ABDI.
 

Quanto aos procedimentos relacionados ao BIM, 27,8% dizem não haver processos específicos para BIM em suas organizações. Parcela similar (26,9%) afirma que nem todos os funcionários detêm conhecimento e acesso aos processos existentes e quase 12% declaram que todos os funcionários têm conhecimento e acesso aos processos BIM, e os utilizam no dia a dia.
 

Com relação ao Plano de Implementação BIM (BIP), a pesquisa mostra que apenas 15,48% das organizações já possuem o BIP estruturado e que 56,28% não têm o BIP e tampouco um prazo para sua estruturação. Outros 24,26% dos respondentes trabalham com uma previsão de estruturação: 12,97% com expectativa de estruturação em até 1 ano; 9,41%, de 1 a 3 anos, e 1,88%, com expectativa acima de 3 anos. Essa falta do BIP nas empresas, que demonstra a dificuldade na implementação do BIM, pode também refletir a ausência ou insuficiência de planos de negócios ou business cases, que demonstrem viabilidade financeira de forma sustentável para utilização do BIM.
 

Digitalização

Questionados sobre como a organização enxerga a interação do BIM com outras soluções tecnológicas da construção civil nos próximos anos, 70,25% dizem que se veem trabalhando com BIM, dos quais 37,2% afirmam não visualizar a integração do BIM com outras ferramentas da construção 4.0 (RA, RV, IA, IoT etc.) e 33% acreditam nessa integrarão BIM com outras tecnologias.
 

“Tais resultados corroboram a dificuldade de se criar planos de negócios que englobem tecnologias, sistemas e processos inéditos ou não testados em grande escala no cenário brasileiro. Por outro lado, também abrem janelas de oportunidades para que as organizações do setor adotem processos e metodologias ágeis para explorar as possibilidades de inovação” pondera Giovannetti.
 

Para o diretor do Sienge, o conceito de ecossistema é o caminho para levar a indústria da construção como um todo a outro patamar. “O BIM garante assertividade e previsibilidade, características essenciais para o desenvolvimento do setor. A partir do momento em que ele está conectado a um ecossistema tecnológico, é possível ter projeções claras e seguras sobre cada projeto, que se integram com diversos outros softwares especializados nas várias jornadas na construção. Isso pode gerar um crescimento exponencial sem precedentes no cenário brasileiro”, explica Quandt.
 

“As companhias precisam avançar de forma estruturada, buscando sempre a proporcionalidade entre gastos e benefícios esperados, com a simplicidade e a praticidade norteando o planejamento. Isto porque a utilização do BIM, cada vez mais, tem se mostrado um caminho sem volta”, finaliza Giovannetti.
 

Amostragem

Dos 478 pesquisados, 73,23% dos respondentes estão localizados nas regiões Sul e Sudeste do País: 34,94% em São Paulo, 10,04% em Minas Gerais, 9% em Santa Catarina, 8,58% no Rio Grande do Sul, 5,86% no Rio de Janeiro e 4,81 no Paraná. No Nordeste, Pernambuco foi o estado com maior número de respondentes (4,39%) e no Centro-Oeste, o Distrito Federal (2,72%).
 

A pesquisa confirmou uma grande concentração da utilização do BIM na indústria da construção civil, especialmente em empresas que prestam serviços de engenharia, arquitetura, construção e gerenciamento, com destaque para mais de 60% de escritórios de projetos. As microempresas formam a maioria dos respondentes, que representam as lideranças das organizações.

Proptech Up Estate inaugura rodada de R$ 3 milhões com aporte do BR Angels

Criada para levar inovação às imobiliárias e desburocratizar o aluguel para inquilinos, a proptech Up Estate acaba de receber um aporte de R$ 1,5 milhão da associação de investimento-anjo BR Angels. O grupo lidera uma rodada ainda em curso de R$ 3 milhões. 

O capital será destinado para a otimização da tecnologia, que abrange desde a análise de crédito até a gestão de cobranças, reduzindo assim o tempo para a locação dos imóveis. Fundada em 2017, em Minas Gerais, a Up Estate já expandiu sua presença para 10 estados brasileiros – onde conta com imobiliárias parceiras – e pretende atingir a marca de R$ 1 bilhão de ativos sob gestão até o final deste ano.

De acordo com o fundador e CEO da startup, Matheus Penna Santos, o aporte financeiro chega em um momento importante para o negócio, mas o principal ativo é o capital intelectual do investidor. 

“Nós atingimos o break even e estamos em ritmo acelerado de crescimento. Com o aprimoramento da nossa tecnologia, vamos lançar novas soluções para as imobiliárias, sempre com o objetivo de ajudá-las a melhorarem o processo de gestão e os serviços prestados junto aos inquilinos e proprietários. Para auxiliar nessa jornada, buscamos o BR Angels, que bem mais que dinheiro, sabemos que emprega a expertise dos investidores para o sucesso do negócio. E eles podem esperar uma gestão eficiente dos recursos e dedicação total dos sócios e colaboradores da Up Estate, pois todos estão muito alinhados com a missão de transformar o mercado imobiliário”, diz Penna Santos.

Para Orlando Cintra, fundador e CEO do BR Angels, que reúne um time de mais de 250 executivos de alto escalão e empreendedores de importantes empresas, a combinação de inovação para o mercado imobiliário com excelência no atendimento é promissora.

“Sabemos que o setor imobiliário sofre com processos engessados e falta de sincronia entre todas as partes envolvidas. O forte propósito da Up Estate de mudar esse cenário foi o que chamou a nossa atenção, assim como os resultados nesses cinco anos de atuação. Acreditamos que também podemos somar muito com o nosso Smart Money, já que a startup terá mais de 250 associados, todos profissionais de destaque em áreas como tecnologia, vendas, marketing, entre outras, para consultar, fazer network e eventualmente ter as portas abertas com futuros clientes, parceiros e demais stakeholders”, afirma Cintra.

Modernização de um mercado tradicional

No período pré-pandemia, os imóveis alugados representavam 18% das moradias no Brasil, de acordo com a última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua – IBGE). De lá pra cá, o setor continuou se desenvolvendo e teve, inclusive, um salto no número de imobiliárias, que foi de 47 mil para 56 mil, segundo o Conselho Federal de Corretores de Imóveis (Cofeci). Atenta a esse crescimento e à necessidade de digitalização dos negócios, a Up Estate oferece uma solução completa que beneficia todos os lados da operação: imobiliárias, proprietários e inquilinos. 

Com tecnologia exclusiva, a startup disponibiliza um sistema de locação gratuito com análise cadastral, confecção de contratos e aditivos, assinatura eletrônica de documentos, emissão e envio de boletos, como também eventuais cobranças extrajudiciais, judiciais e ações de despejo. As imobiliárias ainda contam com uma equipe financeira sem custos fixos, que permite que foquem no atendimento aos clientes. Já os proprietários dos imóveis têm a garantia do recebimento regular do aluguel durante todo o contrato, mas sem abrir mão do atendimento humano personalizado. Por fim, os inquilinos podem alugar com análise de crédito em 30 segundos, sem necessidade de fiador, caução ou cartão de crédito.

“Nós acreditamos que as imobiliárias continuarão tendo um papel relevante no mercado por muitos anos. Isso porque, ao contrário do que muitos outros negócios do setor pregam, enxergamos que a tecnologia não vai substituir os corretores, mas que os profissionais, munidos com tecnologia de excelência, estarão preparados para o futuro. Nosso objetivo é fortalecer todos os lados dessa relação e, como consequência, fortalecer o mercado em si”, finaliza o co-fundador e Coordenador de Expansão da startup, Roney Guimarães.