Tecnologia no mercado imobiliário: 4 tendências do setor que foram aceleradas pela pandemia e devem permanecer

Acompanhando o desempenho de 2020, o mercado imobiliário nacional continua aquecido impulsionado pelas taxas de juros baixas. Os imóveis adquiridos por meio de financiamento na poupança representaram um crescimento de 43,2% em relação a 2019, de acordo com dados da Associação Brasileira de Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). Em um cenário de pandemia, as startups foram determinantes para contribuir com este crescimento e uma delas que se destacou foi a CrediHome, fintech de crédito imobiliário. 

Por facilitar todo o processo de compra, desde a procura pelo imóvel até a assinatura de contrato com o cartório de forma totalmente digital, a fintech cresceu substancialmente no último ano e destaca alguns exemplos do uso de tecnologia e inovação que foram acelerados pela pandemia e adotados pela empresa, mas que devem permanecer no futuro. 

“A ideia de um mercado imobiliário inflexível, que segue a fórmula simples de apresentação de imóveis, fechamento de contrato e pagamento de comissão, está acabando e vai desaparecer. Isso porque a gestão tem sido mais humanizada e, ao contrário do que muitos pensam, a tecnologia é uma grande aliada para promover esse processo”, explica Bruno Gama, CEO da CrediHome. 

Visitas virtuais

A necessidade do distanciamento social forçou as pessoas a mudarem seus hábitos em diversos aspectos e o consumo foi um deles. Empresas que comercializam produtos tiveram uma adaptação mais simples, visto a tendência de e-commerces já difundida antes da pandemia. Mas no caso de imobiliárias, ficou difícil imaginar  como as pessoas poderiam escolher imóveis sem visitá-los. 

Com isso, as plataformas que ofereceram a modalidade de tour virtual ou 360º saíram na frente ao garantir a experiência do comprador de poder conhecer a casa sem precisar se deslocar até o local. A visita virtual oferece inúmeras vantagens como flexibilidade de horários, onde mais de um cliente pode conhecer o local ao mesmo tempo, além de proporcionar economia para a imobiliária e o próprio comprador. 

Integração com outras startups e empresas

Parcerias com outras empresas e players de segmentos distintos também contribuíram para o fortalecimento do mercado. A CrediHome se uniu em 2020 com empresas do ramo, como o portal imobiliário ImovelWeb, a BeeMob, startup que conecta corretores e imobiliárias e o Mercado Livre, maior marketplace da América Latina.

As parcerias aconteceram por meio de integração dos sistemas. Enquanto cada uma das empresas atua em segmentos específicos e atinge diferentes públicos, a fintech realiza os financiamentos a partir de plataformas personalizadas para cada empresa.

Contratos digitais

De todas as fases que envolvem o financiamento de uma casa, o contrato com os cartórios é talvez uma das mais complexas e morosas. Devido à pandemia, o atendimento deste serviços foi afetado com alguns requerimentos sendo feitos apenas de forma online. Com o objetivo de facilitar os fechamentos de contratos, a CrediHome firmou parceria com cartórios de São Paulo e assim disponibilizou um serviço de assinatura digital , reduzindo o tempo em até 40% de todo o processo. 

Big Data

O gerenciamento e inteligência de dados tem sido utilizado em diversos segmentos econômicos em função da digitalização de processos. Não seria diferente no mercado imobiliário.  

Para o CEO da CrediHome, o uso de dados da forma correta contribui diretamente com a humanização do atendimento. “A tecnologia humanizada abrange os sistemas analíticos, que averiguam os dados sobre clientes e o mercado, utilizando esse conteúdo de maneira segura e responsável. Essas análises são feitas para permitir boas escolhas, pautando-se nas informações recolhidas e interpretadas pela imobiliária. No processo de entender o que é melhor, é necessário unir a percepção humana com as soluções tecnológicas”, esclarece Gama.

Zukerman Leilões registra crescimento de 13% em vendas em 2020 mesmo com pandemia

A popularidade dos leilões de imóveis aumentou em 2020. A Zukerman Leilões, empresa com mais de três décadas de experiência no setor, registrou crescimento tanto em vendas quanto em volume financeiro em 2020. No total, registrou aumento de 13% na quantidade de imóveis arrematados entre janeiro e dezembro de 2020 em relação ao mesmo período de 2019. Esse aumento de dois dígitos fez com que a movimentação financeira também fosse superior em relação ao ano anterior: 14% no total. Também houve crescimento de 21% de novos usuários cadastrados na plataforma.

A pandemia de covid-19 obrigou as pessoas a ficarem em casa com as medidas de distanciamento social, mas isso não impediu que procurassem novos imóveis em suas vidas. A Zukerman Leilões, empresa com mais de três décadas de experiência no setor, registrou crescimento tanto em vendas quanto em volume financeiro em 2020.

No total, a plataforma de leilões registrou aumento de 13% na quantidade de imóveis arrematados entre janeiro e dezembro de 2020 em relação ao mesmo período de 2019. Esse aumento de dois dígitos fez com que a movimentação financeira também fosse superior em relação ao ano anterior: 14% no total.

Também houve crescimento de 21% de novos usuários cadastrados na plataforma no último ano, reforçando que este modelo de negociação segue em alta. Curiosamente, uma das tendências observadas em 2020 foi a maior procura por imóveis de veraneio, como chácaras, casas na praia e condomínios de alto padrão. Aumentou a busca por propriedades e lotes nesse perfil, assim como no relacionamento do usuário com a empresa nos canais de atendimento e em redes sociais.

“A pandemia de covid-19 reforçou o impacto que um imóvel tem na qualidade de vida das pessoas. Se o trabalho remoto é tendência para o pós-pandemia, espera-se que propriedades que ofereçam mais comodidade, tranquilidade e segurança para as pessoas serão mais visadas – e os leilões surgem como modalidade interessante para encontrar boas ofertas com preços realmente vantajosos”, explica André Zukerman, CEO da Zukerman Leilões.

Com mais de 30 anos no setor, a Zukerman Leilões realiza leilões judiciais (quando a propriedade tem origem em um processo cível, trabalhista, de falência, em execuções fiscais ou dívida de condomínio) e extrajudiciais (de pessoas físicas, jurídicas e instituições bancárias), de forma on-line, presencial e simultânea, para que milhares de pessoas tenham a oportunidade de conquistar o imóvel dos seus sonhos em qualquer lugar do Brasil.    

Bild entrega 2º empreendimento no bairro Quinta da Primavera com loja de conveniência para moradores

A Bild Desenvolvimento Imobiliário entregou no mês de janeiro seu segundo edifício no bairro Quinta da Primavera, em Ribeirão Preto: o Mirage. Este é o primeiro edifício que a construtora entrega em 2021 e apresenta uma novidade aos moradores: uma loja de conveniência exclusiva para os moradores: o B-Market, que fica localizado na área comum do condomínio e funciona com o sistema de autoatendimento.

Com a loja, o morador pode adquirir bebidas, alimentos congelados e produtos de mercearia. Baseado no conceito Honest Market, a loja é de responsabilidade da startup de São Carlos, Onii – Conveniência Autônoma, e oferece todos os produtos necessários para o cotidiano das famílias, disponíveis 24 horas. “Trata-se de um conceito que é tendência em todo o mundo, principalmente em empresas inovadoras, por isso, trouxemos esse projeto para o empreendimento. Nossa proposta é oferecer segurança e comodidade aos moradores e, claro, inovação”, explica o sócio-diretor da Bild em Ribeirão Preto, Thiago Faraco.

As compras no B-Market são feitas através de um aplicativo que utiliza a tecnologia QR Code e o pagamento é feito através de cartão de crédito cadastrado. Com as vendas dos produtos, há a possibilidade de cash back para o condomínio. Além do edifício Mirage, outros empreendimentos da Bild contam com o serviço: o Über Miró (Jardim Botânico), Trend Residence Club (Avenida Leão XIII) Vision Neo Life (Quinta da Primavera) – todos em Ribeirão Preto; Residencial Vivant, em Bauru, e o Atualle, em Araraquara.

O empreendimento conta com 150 apartamentos de 90 e 93 m², com opções de dois ou três dormitórios (com suíte), varanda gourmet e duas vagas na garagem, além da área de lazer com mais de 20 itens – todos equipados e decorados.

O edifício Mirage apresenta também alguns diferenciais sustentáveis, entre eles, a geração de energia (limpa) em parte das áreas comuns, produzida através de painéis solares fotovoltaicos instalados na cobertura do prédio. Outro serviço sustentável é o sistema de reuso de água das máquinas de lavar roupa ou dos chuveiros que irá alimentar as bacias sanitárias, diminuindo também os valores de consumo de água do condomínio.

O Mirage fica na Rua Oscar Barbosa, 1635, no bairro Quinta da Primavera, em Ribeirão Preto (SP)

Vendas de imóveis caíram 6,5% em Belo Horizonte no ano passado, aponta levantamento do instituto Data Secovi

Recuperação do setor ocorreu no segundo semestre, quando comercialização cresceu 9% em relação ao mesmo período de 2019 e superou em 52% a quantidade de imóveis vendidos no primeiro semestre de 2020



O Instituto Data Secovi, da CMI/Secovi-MG (Câmara do Mercado Imobiliário e Sindicato das Empresas do Mercado Imobiliário de Minas Gerais), divulgou os resultados do mercado imobiliário no ano passado. Segundo o levantamento, em 2020, houve queda de 6,5% na quantidade de imóveis comercializados na comparação com 2019: 20.992 contra 19.718 unidades. No entanto, apesar dos reflexos negativos da pandemia de Covid-19 em diversos setores, o segundo semestre foi marcado pela recuperação do setor, que cresceu 9% em relação ao mesmo período de 2019 e superou em 52% a quantidade de imóveis vendidos no primeiro semestre de 2020.       

Conforme explica Leonardo Matos, diretor da CMI/Secovi-MG e responsável pelo Instituto Data Secovi, o resultado geral do ano passado foi negativo em função da queda acentuada no primeiro semestre, principalmente no início da pandemia. “Em março, abril, maio e junho, as quedas nas vendas de imóveis foram superiores a 25%, com destaque para abril e maio, que apresentaram retração de mais de 50%”, pontua.

Ao analisar os tipos imobiliários, classificados por não residencial, residencial e territorial, os segmentos não residencial (imóveis destinados a fins comerciais, como salas e lojas) e territorial (lotes) tiveram queda acentuada no ano passado: -33,8% e -38,3%, respectivamente.   

O levantamento aponta que a queda apresentada pelo residencial —composto por casas, apartamentos e barracões— foi bem menor que a média geral: -1,8%. Considerando apenas o segmento de apartamento residencial, que, em 2020, representou 73,7% dos imóveis comercializados, houve crescimento de 0,6% em relação a 2019. Além disso, o market share desse tipo imobiliário foi maior no ano passado, crescendo 7,1% na comparação com o ano anterior. “O apartamento residencial ganhou maior representatividade entre os imóveis comercializados em 2020, muito em função da pandemia, que ressignificou as relações entre o morador e sua casa. Esse dado mostra um movimento das pessoas em busca de uma moradia que resolva as questões percebidas durante o isolamento social, como espaço para home office e lazer em casa, por exemplo”, declara Matos.        

Na avaliação dele, outros fatores também impulsionaram o segmento residencial, como a baixa taxa de juros —menor patamar da história—, que fez com que o financiamento imobiliário batesse recorde no país, com destaque para Minas Gerais. Segundo dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), o estado apresentou crescimento de 79% no crédito imobiliário com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). “Vale também destacar o movimento de investidores, que passaram a adquirir imóveis para atuar no mercado de locação, uma vez que a rentabilidade do aluguel supera, e muito, aplicações financeiras conservadoras, como o CDI”, analisa.

Valor médio do imóvel comercializado

O valor médio do imóvel comercializado no ano passado subiu 1,3% comparado a 2019 (R$ 485.309,39 contra R$ 491.902,37), enquanto o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) chegou a 4,52% em 2020. “Como a pesquisa do Instituto Data Secovi leva em consideração somente imóveis prontos, o valor ficou abaixo da inflação. No entanto, em relação aos empreendimentos em construção ou lançamentos, a correção foi maior, muito em função das altas dos preços das commodities. A tendência para este ano é de aumento nos valores dos imóveis usados, que serão corrigidos para acompanhar as altas dos valores de empreendimentos lançados e em obras”, acrescenta Matos.

Preço médio do m² passa dos R$ 10 mil em Brasília, segundo Wimoveis

Wimoveis, maior portal imobiliário do Distrito Federal, aponta em seu relatório de janeiro que o valor médio para comprar um imóvel em Brasília é R$ 10.068/m², o que corresponde a um aumento de 0,9% em relação ao mês anterior. Dessa forma, um imóvel padrão (65m², 2 dormitórios e 1 vaga de garagem) em Brasília custa R$ 654,55 mil

Em um ano, o preço médio dos imóveis em Brasília subiu 6%, valor acima dos 4,3% registrados pela inflação (IPCA-15), mas em alguns bairros o crescimento foi ainda mais significativo. Na região administrativa de Águas Claras, por exemplo, houve um aumento de 18% em Águas Sul, 17% em Águas Norte e 16% no Centro.

No Setor Hoteleiro Norte de Brasília, em Riacho Fundo e no Centro de Guará houve uma queda de 18%, 13% e 11%, respectivamente, nos valores de compra de imóveis.

A tabela mostra os locais mais baratos e mais caros para comprar um imóvel no Distrito Federal:

Mais baratos (m²)Variação mensalVariação Anual
Setor Habitacional Contagem (Sobradinho)R$ 2.262-1,3%6,4%
Grande Colorado (Sobradinho)R$ 2.5282,3%3,6%
Setor Total Ville (Santa Maria)R$ 2.5922,5%5,1%
Mais caros (m²)Variação mensalVariação Anual
Superquadra Noroeste (Brasília)R$ 12.3340,6%14,9%
Superquadra Sudoeste (Brasília)R$ 12.489-1,0%S/D
Setor De Clubes Esportivos Sul (Brasília)R$ 12.990-1,9%7,9%

Aluguel sobe 0,7%
O relatório do Wimoveis mostra também que o preço de locação teve um aumento de 0,7% em janeiro, chegando ao patamar de R$ 2.661/mês. No entanto, nos últimos 12 meses houve uma queda de 2,1% no valor médio do aluguel em Brasília.

Os locais onde o preço de locação mais caiu em um ano foram o Centro de Taguatinga (-12%), Núcleo Bandeirante (-10%) e Sobradinho (-6%). As maiores valorizações ocorreram em Guará II (+18%), Vicente Pires (+19%) e no Centro de Guará (+20%).

A tabela abaixo mostra as regiões administrativas com valor de locação mensal mais barato e mais caro do Distrito Federal:

Mais baratos (mensal)Variação mensalVariação Anual
Centro (Taguatinga)R$ 1.066-0,8%-12,3%
Samambaia Norte (Samambaia)R$ 1.0710,2%4,5%
Ceilandia Norte (Ceilândia)R$ 1.0852,3%10,3%
Mais caros (mensal)Variação mensalVariação Anual
Noroeste (Brasília)R$ 3.3233,3%12,4%
Setor de Hotéis e Turismo Norte (Brasília)R$ 4.9631,3%S/D
Setor Hoteleiro Norte (Brasília)R$ 4.9901,9%S/D

Rentabilidade

O índice de rentabilidade imobiliária relaciona o preço de venda e valor de locação do imóvel para verificar o tempo necessário para recuperar o dinheiro utilizado na aquisição do imóvel. No relatório de janeiro, o índice se manteve em 4,4%. Dessa forma, são necessários 22,6 anos de aluguel para obter o valor investido na compra do imóvel, 8% a mais que há um ano.

Veja onde encontrar os índices de rentabilidade mais altos e baixos: 

Mais rentáveis%
Setor Hoteleiro Norte10%
Setor de Hotéis e Turismo Norte9%
Vicente Pires7,8%
Menos rentáveis%
Guara II4,5%
Sudoeste4,3%
Octogonal4,2%

Cobrança de ITBI só é possível após transferência efetiva do imóvel

Por unanimidade, o Supremo Tribunal Federal (STF) reafirmou sua jurisprudência dominante de que o Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) só é devido a partir da transferência da propriedade imobiliária, efetivada mediante o registro em cartório. A questão foi analisada no Recurso Extraordinário com Agravo (ARE) 1294969, com repercussão geral (Tema 1124), em sessão do Plenário Virtual encerrada na sexta-feira (12).

O recurso foi interposto pelo Município de São Paulo (SP) contra decisão do Tribunal de Justiça estadual (TJ-SP) que considerou ilegal a cobrança do ITBI tendo como fato gerador a cessão de direitos decorrentes de compromisso de compra e venda de imóvel firmado entre particulares. O município alega que o compromisso de compra e venda é um negócio intermediário entre a celebração do compromisso em si (negócio originário) e a venda a terceiro comprador (negócio posterior) e que, de acordo com a Constituição Federal (artigo 156, inciso II), o registro em cartório é irrelevante para a incidência do imposto.

Transferência efetiva

Em seu voto, o presidente do STF, ministro Luiz Fux (relator), observou que o entendimento do TJ-SP está em sintonia com a jurisprudência do Supremo. Ele apontou diversas decisões, colegiadas e monocráticas, no sentido de que a exigência do ITBI ocorre com a transferência efetiva da propriedade, que se dá com o registro imobiliário, e não na cessão de direitos, pois não se admite a incidência do tributo sobre bens que não tenham sido transmitidos.

Sistema de precedentes

O ministro salientou que, apesar de a questão constitucional já estar pacificada, é necessário reafirmar a jurisprudência e fixar tese de repercussão geral, em razão do potencial impacto em outros casos e dos múltiplos recursos sobre o tema que continuam a chegar ao Supremo. Fux ressaltou a necessidade de atribuir racionalidade ao sistema de precedentes qualificados, para assegurar o papel do Supremo como Corte Constitucional e garantir segurança jurídica aos jurisdicionados. A medida, a seu ver, previne tanto o recebimento de novos recursos extraordinários como a prolação desnecessária de múltiplas decisões sobre controvérsia idêntica.

Tese

A tese de repercussão geral fixada foi a seguinte: “O fato gerador do imposto sobre transmissão inter vivos de bens imóveis (ITBI) somente ocorre com a efetiva transferência da propriedade imobiliária, que se dá mediante o registro”.

Fonte: Supremo Tribunal Federal

Conheça as casas mais ‘instagramáveis’ do Airbnb

A pandemia transformou profundamente o comportamento das pessoas em diversos aspectos em 2020, inclusive a forma de viajar, e essas mudanças deverão continuar a ser percebidas em 2021.

Segundo pesquisa do Airbnb nos Estados Unidos, viajar é a atividade ao ar livre da qual as pessoas mais sentem falta na pandemia. E com tanta gente relembrando viagens marcantes, sonhando revisitar lugares e conhecer outros destinos assim que seja possível, fotos inspiradoras de viagens feitas no passado e publicadas na conta oficial do Airbnb no Instagram têm recebido milhares de visitas.

Veja a seguir quais foram as 10 mais curtidas em 2020. Entre os destaques, uma casa flutuante em Joanópolis, em São Paulo, além de outras na Itália, na França e nos Estados Unidos.

– Joanópolis, São Paulo, Brasil
– Idyllwild-Pine Cove, Estados Unidos
– Florença, Itália
– Pond Eddy, Estados Unidos
– Kingston, Estados Unidos
– Pioneertown, Estados Unidos
– Brookline, Estados Unidos
– San Marcos La Laguna, Guatemala
– Casablanca, Chile
– Saint Victor la Coste, França

Protocolo de Higienização

Aspectos de limpeza e higienização ganharam mais relevância na decisão dos viajantes em relação à estadia. Locais com menor fluxo de pessoas, como casas de campo e em cidades menores de praia, ganharam a preferência dos hóspedes, longe de multidões ou alta rotatividade. E a maior presença do trabalho remoto e da educação à distância contribuem para deixar menos clara a divisão entre trabalhar e viajar a lazer.

No Brasil, desde maio de 2020, observamos no Airbnb um aumento na procura por casas inteiras no campo e em cidades menores de praia, a até 300 km dos centros urbanos, para ir de carro com a família, sem abrir mão do isolamento. Em muitos casos, são famílias em busca de um refúgio fora da cidade grande, mais perto da natureza, e, ao mesmo tempo, com boa infraestrutura (como conexão à internet, etc), para conciliar férias com a família e trabalho em home-office.

Na retomada das viagens de turismo, aspectos de limpeza ganharam uma importância ainda maior para os hóspedes, e o Airbnb foi pioneiro no setor de compartilhamento de acomodações nesse sentido. A plataforma lançou seu Protocolo Avançado de Higienização, incluindo o primeiro guia padronizado e abrangente de higienização no segmento. Esse Protocolo, desenvolvido com orientação de autoridades sanitárias e especialistas internacionais, como o CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças), nos EUA, que é referência nos esforços de combate à COVID-19, inclui especificações sobre como higienizar todos os cômodos de uma casa, um selo para as acomodações e é solicitado a todos os anfitriões.

Tendências mundiais

Viagens com um significado mais pessoal, que levem de volta às raízes, para se reconectar e criar memórias com família e amigos serão as preferências pós-pandemia.

Segundo pesquisa do Airbnb nos Estados Unidos, o desejo de reencontrar pessoas queridas e viajar são os principais motivos para se vacinar. Os entrevistados afirmam que a prioridade para viagens no curto prazo é passar tempo com a família e amigos em ambientes confortáveis, aconchegantes e seguros:

• 56% preferem um destino doméstico ou local e apenas 21% desejam visitar algum lugar internacional e mais distante.
• Um em cada cinco deseja que seu destino esteja perto de casa. Viajar de carro é o único meio de transporte que atrai o interesse da maioria, superando o transporte aéreo por 17 pontos.
• Essas percepções reforçam a mudança no uso do Airbnb observado no segundo semestre de 2019, quando as distâncias de viagem acima de 4.500km eram mais populares, para junho de 2020, quando viagens entre 80km e 80 km voltaram a crescer na comparação anual.
• Viajar para se conectar com a família e amigos também cresceu em importância à medida que as pessoas se planejam para o pós-pandemia: 41% dizem que esse tipo viagem se tornou “muito mais” importante para elas, quase o dobro do percentual dos que mencionam viagens para alcançar metas pessoais (22%).
• A possibilidade de se reconectar com amigos e familiares (37%) e de se sentir seguro durante a viagem (32%) são as principais motivações para se vacinar.
• Um atributo específico da primeira viagem pós-pandemia é que as pessoas buscam tranquilidade e segurança. As principais sensações que desejam ter na primeira viagem são “relaxamento” (44%), “conforto” (34%) e “segurança” (33%).
• Olhando para além da primeira viagem, os entrevistados priorizam sair de casa para estar perto da família (32%), mas também desejam uma nova experiência ou destino (31%), de preferência perto de casa. Em seguida, aparece a vontade de retornar a um destino preferido (25%).
• Além disso, a sustentabilidade se tornará mais importante nas escolhas de viagens, à medida que novas gerações surgirem como formadoras de opinião. Atualmente, mais da metade dos americanos (51%) afirma considerar, sempre ou frequentemente, o meio ambiente e a sustentabilidade, ao fazer escolhas sobre acomodações e destinos de viagem.
• 56% das pessoas com menos de 50 anos dizem que teriam “com certeza” ou “provavelmente” usariam uma plataforma online que oferece a capacidade de pesquisar opções de energia alternativa e acomodações verdes. Apenas 28% das pessoas com mais de 50 anos dizem o mesmo.

BV coordena emissão de debêntures da BR Properties no valor de R$ 400 milhões

O BV, um dos maiores bancos do país, foi o coordenador exclusivo na estruturação e distribuição de Debêntures emitidas pela BR Properties S.A., uma das principais empresas de investimento em imóveis comerciais de renda do Brasil. A operação, no valor de R$ 400 milhões, visa alavancar os investimentos da BR Properties no setor de logística. A iniciativa reforça a posição do banco de incentivar o crescimento do mercado de real estate.

Hospedagem Inovadora: Parador lança conceito de acomodação em formato de Casulo

© sergioazevedo2020

Concebidas pelos proprietários da Coleção Casa Hotéis, as novas acomodações do Parador, em Cambará do Sul, têm um projeto arquitetônico arrojado, cheio de glamour e totalmente integrado à natureza.

O Parador inova mais uma vez! Depois de ser o primeiro hotel no Brasil a implementar o glamping (acomodação que une o conceito de acampamento com glamour), ele inaugura, a partir de março, novo tipo de acomodação: barracas em formato de casulo.

O projeto concebido pelos próprios proprietários do Parador, e desenvolvido pela Construtora Casa da Montanha ao longo dos últimos dois anos, tem um design arrojado, mesclando linhas contemporâneas com detalhes rústicos, valorizando elementos da região e a natureza do entorno em sua arquitetura.

As barracas foram construídas com estrutura de madeira de reflorestamento tratada, em curvas, o que trouxe um desafio maior para a implementação do projeto, mas o resultado é surpreendente. O glamour fica por conta do design de interiores, que traz elementos naturais, como galhos de árvores na cabeceira da cama e itens de decoração em madeira, palha, com destaque para uma luminária pendente feita em lã de ovelha pela artista Inês Schertel.

O nome “casulo”, inclusive, é uma metáfora de transformação, já que ele é um lugar onde os hóspedes poderão se isolar e se integrar totalmente ao ambiente. Não é à toa que o tema da sua campanha de lançamento é “conecte-se com a sua natureza”.

Ao todo, são 7 casulos (por enquanto), que foram batizados com nomes de abelhas nativas – como Mandaçaia, Jataí e Guaraipo -, já que na essas abelhas normalmente armazenam o mel envolto em uma cera que lembra esse design.

© sergioazevedo2020

Os novos casulos do Parador têm capacidade para até duas pessoas, possuem 24m2 e são totalmente equipados para dar o máximo de conforto ao hóspede, com deck privativo com banheira de hidromassagem e uma lareira ecológica para contemplar a bela vista dos Campos de Cima da Serra. Todas as barracas possuem ar condicionado, lençóis térmicos, banheiro completo com amenities by L´Occitane e minibar com mimos cortesia para recepcionar os hóspedes.

“Colocamos toda a nossa criatividade neste projeto, e ficamos felizes com o resultado e a possibilidade de oferecer uma experiência diferente aos nossos visitantes”, comenta Rafael Peccin, diretor de marketing da Casa Hotéis. “Trabalhamos com o conceito de unique stays, ou seja, tipos de hospedagem que só se encontra em lugares exclusivos, combinando o melhor de sofisticação e imersão junto à natureza”, completa.

Quem se hospedar nos casulos vai poder usufruir de todas a infraestrutura do Parador e dos serviços prestados pelo hotel, como a área social com sala de estar, lareira de pedras, bar, mesa de bilhar; um espaço de bem-estar com sala de massagens e tratamentos de beleza assinada pela grife francesa L´Occitane em Provence, único no Rio Grande do Sul.

A gastronomia é o ponto alto do hotel. Comandado pelo chef Rodrigo Bellora, o restaurante Alma RS – Cozinha, Natureza & Fogo valoriza a gastronomia da região e traz o que há de melhor em cada estação, com ingredientes frescos da terra, do ar e da água.

Às quartas e sábados, o hotel oferece um tradicional churrasco preparado no fogo de chão com cortes nobres acompanhado de delícias preparadas na brasa. E, aos domingos, um almoço campeiro com pratos típicos da gastronomia gaúcha.

Para quem quer desbravar a região, há vários passeios por terra, água e ar. Eles podem ser adquiridos no momento da reserva ou diretamente no hotel. As opções incluem visitas aos Parques Nacionais e cachoeiras da região, cavalgadas na fazenda, passeio de quadriciclo, bicicleta e voos de balão, além de passeios panorâmicos de helicóptero sobre os cânions Fortaleza e Itaimbezinho.

Serviço

Parador Cambará do Sul

Acomodação em casulo: diária a partir de R$ 1.400, inclui café da manhã, chá da tarde e welcome mini bar.

Estrada do Faxinal, s/n° – Morro Agudo – Cambará do Sul/RS

(54) 3295-7575

parador@casahoteis.com.br – reservas@casahoteis.com.br

A nova Wall Street South

Os estrangeiros, de maneira geral, preferem os Estados Unidos como destino principal para investimentos e moradia. Entre os principais motivos, destaca-se a infraestrutura consolidada e sempre atualizada, tais como: Segurança pública, limpeza, organização da sociedade, escolas, universidades de reconhecimento internacional, medicina e hospitais modernos, entre outras.

Recentemente, Miami foi cogitada, por investidores, como a mais nova possibilidade para se tornar um novo centro tecnológico. Afinal, essa cidade sempre se apresentou como uma região rica em oportunidades para grandes negócios e novos investimentos. Muitas empresas, principalmente, na área de finanças, têm transferidos escritórios, ou mesmo, notado que muitos de seus funcionários, em home office, estão se mudando para Miami e promovendo um surpreendente crescimento. A projeção para até 2028, é de aumento das oportunidades de empregos, na casa de 5,7%. Essas projeções, em partes se comprovam nas áreas sensíveis a migração, ou seja, escolas particulares, incorporadoras, imobiliárias, fornecedoras de carros de luxos (concessionárias), etc., registrando aumento na procura.

Contudo, para que percentuais da economia mundial melhorem, é notória a corrida, entre países, para a vacinação de suas populações. Isso marca, o começo de 2021, com boas perspectivas e possíveis resultados favoráveis. Atualmente, cerca de 12% da população americana, recebeu a primeira dose da vacina, contra a covid-19. O governo americano espera conseguir imunizar 100 milhões de pessoas, antes do fim do primeiro trimestre de 2021. Com isso, o país começa a se preparar para o novo cenário pós-pandemia, a partir da melhora dos indicadores epidemiológicos.

Daniel Ickowicz, da Elite International Realty

O diretor de vendas da Elite International Realty, Daniel Ickowicz, acompanha há anos a economia e o mercado imobiliário americano. Entre suas principais funções, está a de avaliar e planejar estratégias de vendas, assegurar o cumprimento das metas, estimar e implementar as melhores práticas de mercado.

De acordo com Daniel Ickowicz, a economia americana está retomando aos poucos o seu crescimento. “A taxa de desemprego no país chegou a quase 15% em abril de 2020 e fechou o ano de 2020 em 6.7%. A vacinação tem avançado a um passo aceitável, porém ainda é algo que deve durar meses. Os setores mais impactados foram o de hotelaria e varejo, que aos poucos tem se recuperado. O setor imobiliário americano reagiu de forma surpreendente, batendo recordes. Em 2020, mesmo com fechamentos e lockdowns, foram vendidos 18% a mais de imóveis que em 2019. Principais fatores: juros historicamente baixos, mudanças de cidades na busca de clima melhor, menos densidade etc.”, explica.

Na maioria dos casos, os imóveis comprados pelos estrangeiros são com interesse em revenda, locação, mas há aqueles que serão para uso próprio. Os consumidores buscam uma diversificação de capital e câmbio. Alguns optam por alugar, outros usam apenas para férias, mas deixam seu patrimônio blindado em dólares, protegido, diversificando parte do seu patrimônio de reais para dólares.

Ickowicz, afirma que há grandes expectativas e otimismo para o setor imobiliário. “O ano de 2020 foi o ano dos imóveis, chamados de single-family homes. Devido o recorde de vendas no ano passado, houve redução de oferta nesse tipo de imóvel, forçando o deslocamento desses investidores para apartamentos. A tendência é de que a economia continuará a reagir, a curto e médio prazo e os juros devem se manter baixos”, finaliza.