Alta do IGP-M muda a dinâmica dos reajustes nos contratos de aluguel

A alta do IGP-M (Índice Geral de Preços-Mercado), tradicionalmente usado como referência para os reajustes nos contratos de locação, está levando a negociações para tentar adequar o valor à realidade do mercado durante a pandemia. O índice encerrou 2020 com alta acumulada de 23,14%, a maior variação anual desde 2002. Nos últimos 12 meses (entre março de 2020 e fevereiro de 2021), a alta chega a 28,94%.

O aumento exagerado acontece em um momento em que as empresas estão com seus caixas pressionados e em busca de diminuição de custos, considerando, inclusive, a redução ou a devolução dos seus escritórios. Por isso, a negociação tem sido a melhor saída tanto para inquilinos quanto para proprietários, segundo Yara Matsuyama, diretora da Divisão de Escritórios da JLL.

“Os contratos reajustados a partir do último trimestre de 2020 já sentiram o impacto dessa alta. Os inquilinos foram pegos de surpresa no fim do ano, justamente em um momento em que começavam a ficar mais otimistas em relação ao início da vacinação e aos planos de retomada”, diz.

Por que o IGP-M aumentou tanto?

O IGP-M mede a variação de preços e é composto por outros três índices, com pesos diferentes:

–        IPA-M (Índice de Preços por Atacado-Mercado): 60%

–        IPC-M (Índice de Preços ao Consumidor-Mercado): 30%

–        INCC-M (Índice Nacional do Custo da Construção-Mercado): 10%

Segundo Agostinho Pascalicchio, professor de Economia da Universidade Presbiteriana Mackenzie, a alta do IGP-M se deu por três motivos principais. “O IPA-M sofreu os efeitos da desvalorização do real e da alta do dólar, além da falta de matéria-prima para o setor industrial, o que elevou os preços dos insumos. No INCC-M, composto por custos com mão de obra e matéria-prima para construção, também vimos alta em itens como chapas de aço”, analisa.

Por outro lado, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que está ligado aos preços do varejo e é considerado a inflação oficial do país, encerrou 2020 com variação de 4,52%. Essa discrepância entre os índices abre espaço para negociações, de acordo com o professor.

Qual é a saída para o IGP-M alto?

O mercado tem buscado alternativas para conciliar o reajuste dos contratos de locação ao momento econômico delicado, segundo a executiva da JLL. Uma das saídas é utilizar índices substitutos, como o IPCA, mas isso não é uma regra.

“Há casos de proprietários mais resistentes em substituir o IGP-M pelo IPCA, principalmente aqueles que já haviam dado concessões anteriormente, como desconto no valor de aluguel, pois entendem que é uma forma de equilibrar contratos defasados”, alerta Yara.

Outra opção que vem sendo discutida é incluir nos contratos um limite máximo para o reajuste pelo IGP-M. Esse mecanismo de limitação já foi utilizado em outras ocasiões, como quando o índice ficou negativo em 2017, e entrou em cena a cláusula que considera apenas a variação positiva para reajuste.

“O que deve prevalecer é o bom senso. A inflexibilidade dos proprietários pode levar à vacância do imóvel neste momento em que o mercado apresenta muitas opções para os inquilinos”, analisa a diretora da JLL.

Rio de Janeiro é mais afetado

Em alguns lugares, a situação é ainda mais sensível, caso do Rio de Janeiro, que já sofria com a desaceleração do segmento corporativo desde 2017. A cidade fechou 2020 com vacância elevada, de 39% no acumulado do ano, e a recuperação deve ser mais lenta do que em São Paulo, por exemplo.

“O Rio de Janeiro tem suas particularidades. Há um descolamento entre o preço pedido e o preço fechado. Ao acessar o mercado carioca, em um primeiro momento, não fica clara a flexibilidade dos proprietários. É preciso entrar em negociação para encontrar oportunidades”, analisa Yara.

84% das construtoras apontam desabastecimento de aço

Levantamento sobre escassez de insumos foi realizado com 206 construtoras; presidente do Sinduscon-MG alerta para o impacto na atividade da construção


A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) realizou um levantamento com construtoras de todo o país para verificar a real situação do problema da escassez de insumos. Entre as 206 empresas consultadas, 84% disseram que há desabastecimento de aço em suas regiões.

A CBIC também perguntou às empresas quais materiais estão com o prazo de entrega maior que o habitual. Para 82,9% delas, a resposta foi o aço. Questionadas sobre o prazo médio de entrega das usinas em suas regiões, 39,3% das empresas responderam “entre 30 e 60 dias” e 25,7% disseram “entre 60 e 90 dias”.

O desabastecimento e a insegurança com relação aos custos de vários materiais podem prejudicar a atividade da construção, que, no início do ano, projetava crescer 4% em 2021 e gerar 200 mil novas vagas de empregos. “O aumento do preço de insumos da construção civil impacta o planejamento e o ritmo de obras das construtoras, assim como a manutenção do emprego e renda e o preço dos imóveis. O setor é essencial para o crescimento da economia e estamos atuando com afinco na pacificação dos valores desses insumos”, reforça Geraldo Linhares, presidente do Sinduscon-MG.

Durante reunião no Ministério da Economia com representantes da cadeia produtiva do aço e entidades representativas dos principais compradores do país, a CBIC propôs ao governo a redução do imposto sobre a importação do produto para tentar resolver o problema do desabastecimento. “Precisamos de um choque de oferta para restabelecer o equilíbrio entre a oferta e a demanda. Nossa proposta é a redução imediata do imposto de importação”, disse José Carlos Martins, presidente da entidade.

A CBIC apresentou ao secretário de Produtividade, Emprego e Competitividade, Carlos da Costa, os resultados de pesquisa com empresários mostrando a percepção deles em relação ao desabastecimento. Para Martins, enquanto a oferta e a demanda não forem normalizadas, não será possível estabilizar preços. “Quando a construtora tenta comprar da siderúrgica e não consegue, vai à distribuidora e se depara com um valor muito alto”, disse.

Loft capta US$ 425 milhões em nova rodada de investimento

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O aporte é liderado pelo D1 Capital, fundo norte americano que investe em empresas privadas e listadas em bolsas. A rodada conta com a entrada de grandes investidores globais como Advent International, Altimeter Capital, CPPIB, DST Global, GIC, Silver Lake, Soros, Tarsadia Capital, e Tiger Global além de investidores que já haviam participado das rodadas anteriores como Andreessen Horowitz, Caffeinated Capital, Fifth Wall Ventures, Monashees, QED Investors, Vulcan Capital and Zigg Capital.

Com essa rodada, a Loft se torna a plataforma de compra e venda de apartamentos residenciais de maior tamanho e que mais cresce no mundo, fora dos Estados Unidos e da China. E fica entre as 10 maiores de todo o mundo.

Entre outros objetivos, a série D vai permitir que a Loft intensifique o aumento da densidade da oferta de apartamentos em cada bairro que opera. Mate Pencz, fundador e co-CEO da Loft fala um pouco sobre:

“Quem procura um apartamento num determinado bairro de uma cidade, geralmente considera cerca de 20 imóveis com as mesmas características dentro da mesma área onde pretende morar. Por isso, nossa expansão seguirá focada no aumento da oferta de apartamentos por bairro, para entregar o que o cliente precisa”.

Florian Hagenbuch, também fundador e co-CEO da Loft reforça a importância da densidade:

“Ter mais imóveis por bairro no portfólio é mais importante para o consumidor do que ofertas de poucos imóveis em muitas cidades. Diferente de outros business, em que a territorialidade é o mais importante, o nome do atual jogo imobiliário é densidade”, completa. 

Florian explica que, além do adensamento da oferta de apartamentos nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, onde a empresa já está presente, é possível que a Loft abra operações em mais capitais brasileiras ainda este ano. “Nosso foco principal é quintuplicar o portfólio de apartamentos em São Paulo e Rio, assim como o número de clientes, que hoje gira em 6 mil em dados anualizados de fevereiro de 2021, considerando todos os produtos imobiliários”. 

“Paralelamente, vamos considerar abrir novas cidades, com o mesmo objetivo de oferecer aos consumidores uma boa quantidade de opções de bons apartamentos por bairro e a melhor experiência do mercado em compra e venda de imóveis”, complementa.

Fonte: Loft

Como serão os apartamentos do futuro?

Há algumas décadas, o desenho animado sobre os Jetsons trazia no imaginário das crianças – os adultos de hoje – como seria a vida no futuro: completamente tecnológica, com carros que transitam pelos ares e se transformam em pastas compactas de trabalho, apartamentos que funcionam com simples toques em botões. Mas, quando se atenta aos dias atuais, a rotina espacial do cartoon não condiz com a realidade que sinaliza para o apartamento do futuro, que, aliás, tem traços já muito fincados no presente. Silvio Kozuchowicz, CEO da incorporadora SKR, afirma que o apartamento do presente já dispõe de grande parte do que já se imaginava nos últimos anos em termos de tecnologia. “Ele já atingiu um patamar de digitalização no que diz respeito ao papel do celular, à Inteligência Artificial, Internet das Coisas, entre outros quesitos. A tecnologia é um fio condutor que alinha as tendências, mas o apartamento do futuro vai além disso”.

Na visão de Silvio, esse conceito hoje está mais ligado aos princípios de vida das pessoas do que necessariamente com as questões tecnológicas. “Ele não é aquele imóvel que conta com uma cama que tem um botão que você aperta e se transforma em um sofá. Atualmente, o apartamento do futuro está mais ligado com à sustentabilidade, com a evolução das normas de durabilidade, segurança, conforto acústico e térmico. Ou seja, tudo o que pode melhorar a vida e assegurar a nossa paz”, reflete o CEO da construtora.

O mobiliário do apartamento tem design adequado, mas traz uma grande preocupação de seus moradores quanto à origem de seus materiais e reaproveitamento, assim como com os projetos imobiliários. “As pessoas estão percebendo que existe um custo social no consumo das coisas. Por isso, a unidade terá poucas peças, porém bem trabalhadas, ergonômicas, politicamente corretas e sustentáveis e que conversam entre si”, enfatiza Silvio.

Com os pés no futuro, os empreendimentos dos dias atuais já trazem três aspectos importantes que guiam o morar do futuro: a interação, o compartilhamento e os serviços. Com um forte DNA voltado na busca por mudanças possíveis no modo de vida, a SKR sempre pensou à frente em seus projetos. Nos últimos anos, desenvolveu edifícios que se relacionam com a cidade de forma mais aberta, criando áreas privativas, mas também públicas e semi-públicas. “Nós passamos a fazer prédios menos engaiolados, com acessos mais fluidos, mas isso não quer dizer que não sejam seguros”, diz Silvio.

Um dos grandes exemplos de “pé no futuro” da SKR é o empreendimento MOOU, que está sendo entregue pela incorporadora, com apartamentos de 1 e 2 dormitórios. O local se destaca em vários pontos, como a integração das áreas comuns, com pés direito alto e altamente equipadas, além da presença de uma praça e comércio local. “Nós nos preocupamos em criar ambientes de alta qualidade, com espaços integrados multiuso, nos quais as pessoas podem ficar trabalhando, batendo papo ou passeando”, explica o CEO. “Não adianta ter o apartamento do futuro sem ter o condomínio do futuro”, complementa.

Essas áreas possibilitam ao morador fazer delas a extensão da sua casa no seu dia a dia. “Não entregamos somente uma sala de ginástica. Equipamos o espaço com aparelhos de última geração, pesos com design ergonômico, som ambiente de acordo com a playlist do morador, além de elementos que permitam às pessoas terem aulas virtuais. Há acesso direto para o jardim, com mesas nas quais elas podem colocar seu notebook e trabalhar, com serviço de wi-fi liberado para uso”, ressalta Silvio.

Já nos espaços privativos -nas unidades – a integração dos espaços é um dos destaques, com a criação de cozinhas abertas que fazem parte do living e a criação de divisórias – como portas de correr, por exemplo – que separam os ambientes, tornando-os compartimentados quando necessário. “O design já sendo implementado não somente pelo mobiliário, mas pelas características dos apartamentos que são multiuso”, reforça Silvio.

Outro aspecto importante que traduz o condomínio do presente/futuro é o edifício como núcleo de recepção e expedição de produtos. A Construtora instala, nos empreendimentos, pontos de consumo de conveniência para que os moradores, através das ferramentas de tecnologia, inseridos na entrega do empreendimento (Compass), possam fazer compras básicas dentro do próprio condomínio (como se fosse uma loja de conveniência mesmo). “O local tem um preparo específico para os moradores receberem o delivery, suas encomendas e seus prestadores de serviço sem precisar sair de casa. Ou ele pode descer na área comum e consumir um refrigerante, por exemplo, que estará disponível na escala certa”, aponta o CEO.

O MOOU conta com diversos serviços como diferenciais como a presença de lockers na recepção, serviço de locação de bikes elétricas, aluguel de carro compartilhado, lavanderia profissional, ponto de abastecimento para carros elétricos em cada unidade de garagem, link de internet de alta velocidade no edifício, aquecimento das piscinas, projeto de sustentabilidade customizado específico já implementado no condomínio para lixo, recicláveis e compostagem, entre outros. “Faremos palestras sobre como operacionalizar esse projeto de sustentabilidade para que o prédio possa acontecer conforme o planejado”, conclui Silvio.

Igor Freire assume como novo CRO da scale-up Resale

Proptech, acelerada pelo BTG, contrata ex-Lello com vasta experiência em Real Estate como C-level para ampliar suas operações de geração de renda

Como mais uma etapa de seu constante crescimento a Resale, outlet de imóveis que desenvolve soluções para gestão e venda de imóveis que retornam ao mercado provenientes das instituições financeiras, grandes empresas e Governo, anuncia a chegada de um grande especialista no mercado de imóveis para seu quadro de C-levels, que já conta com o CEO Marcelo Prata e o CTO Paulo Nascimento, ambos fundadores. Igor Freire assumirá o posto de CRO (Chief Revenue Officer, diretor de receitas) com o objetivo de alavancar toda estratégia de geração de receita da proptech.

Com mais de 12 anos no mercado de imóveis, e com pós-graduação pelo MTI em Inovação e Design Thinking e também em Marketing Digital pelo Esade, na Espanha, Igor já atuou em empresas como Ambev, HP (Hewlett Packard ), Lopes, Tenda, Direcional Lello – sua última experiência, onde era diretor nacional de vendas. “Fui convidado pelos cofundadores e pelo BTG para assumir essa nova diretoria, focada na geração de receita. Passei por todos os setores do mercado imobiliário, mas ainda não havia atuado numa scale-up. Apesar do crescimento exponencial que já existe na Resale, meu objetivo é focar na gestão dos setores que lidam com a geração de receita, seja na atração de usuários, prospecção ou no pós – venda com o cliente”, explica Freire.

A tecnologia da Resale cria marketplaces para instituições como Banco do Brasil, BTG Pactual e a Empresa Gestora de Ativos do Governo (Emgea) para terem mais agilidade na venda de sua base de imóveis. Além de conectar essa base com mais de 40 leiloeiros em todo o Brasil e milhares corretores de imóveis e imobiliárias É uma solução com interface intuitiva, pela qual o comprador faz a triagem dos imóveis por cidade, valor, tipo de compra (leilão ou venda direta), entre outros fatores. 

“O Marcelo e o Paulo (cofundadores) fizeram um trabalho incrível até aqui, trazendo a empresa do zero até o ponto dela ter como sócio, o maior banco de investimentos da América Latina, o BTG Pactual. É nesse momento que eu chego com o desafio de trazer inovação e novos processos na área comercial, criando uma relação incrível com nossos clientes e olhando toda a jornada de compra, tornando o digital cada vez mais humanizado e focado nos seus desejos e necessidades”, finaliza o novo CRO. 

Conheça 3 pontos fundamentais para uma gestão de obras mais eficiente

Com o mercado em alta, o engenheiro Fabrício Rossi, criador do site “Pedreirão”, traz dicas para otimizar processos e garantir produtividade e maior margem de lucro

As reformas iniciadas e as obras que não foram interrompidas na pandemia aqueceram o mercado de construção civil e a previsão para 2021 é de um crescimento de 4%, o maior nos últimos oito anos, segundo estimativa da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). Em meio ao cenário positivo, muitas empresas estão se adaptando para entregar projetos de qualidade dentro do prazo previsto. Independentemente do tamanho da construção, um dos principais segredos para o sucesso é o gerenciamento do projeto.

Em conversa com a gerente de produto da Feicon, Lúcia Mourad, o engenheiro civil e arquiteto, arquiteto e urbanista, Fabrício Rossi, do site “Pedreirão”, aponta algumas dicas para ajudar profissionais do setor no aperfeiçoamento de seus processos produtivos. Segundo ele, um gerente bem avaliado deve ter bom conhecimento técnico (essência da engenharia e da arquitetura), saber fazer a gestão dos envolvidos e cuidar da parte financeira.

“A administração de toda obra é feita da mesma maneira. Se você é responsável por uma casa, um prédio, um viaduto, um loteamento, o jeito de gerenciar é o mesmo porque você lida com três grandezas fundamentais. Primeiro, você não faz uma obra sem conhecimento técnico. Segundo, não executa um projeto sem pessoas e, terceiro, você precisa saber lidar com dinheiro e com o fluxo de caixa para garantir que a obra esteja dentro do custo e dê lucro no final”, disse.

Gestão de pessoas

                Segundo o engenheiro, com base nas experiências profissionais, em média 80% do tempo em obras está concentrado no gerenciamento das pessoas e 20% na aplicação da engenharia e da arquitetura, por isso, ele defende a importância da habilidade em lidar com os colaboradores, fornecedores, fiscais e vizinhos com clareza, objetividade e respeito. “Em 2021, não cabe mais gerentes de obras estressados e que deixam o ambiente pesado. É preciso saber se comunicar com a equipe, mostrar o caminho para os funcionários e a importância de todos atuarem no cumprimento de cada etapa. É fundamental o profissional prestar atenção em como ele tem feito a gestão de pessoas na construção, no escritório, no ambiente de trabalho”.  

Gestão de prazo

                Muitos profissionais se atentam à data de conclusão da obra desde o início do projeto, isso porque tempo e dinheiro estão muito atrelados na construção civil. O atraso significa diminuição do lucro e, logo, prejuízo. “O prazo é como subir uma escada, tem que seguir degrau por degrau. Não adianta apenas fixar a data final de entrega. O ideal é considerar todas as etapas para atingir o objetivo final sem atraso. Se atrasar um mês, o gasto é maior. Quanto custa um mês a mais da equipe? Esse custo vai sair da margem de lucro”, alerta Rossi. 

Gestão financeira

                Não cabe ao gestor apenas saber administrar o valor destinado à obra e ter em mente a necessidade de evitar atrasos (o que compromete o orçamento). É importante fazer um levantamento dos materiais e produtos que fazem parte da construção, levando em consideração evitar desperdícios e compras desnecessárias. “Se você tem um bom projeto, consegue fazer um bom levantamento de quantitativos. É preciso ter cuidado no cálculo a mais. Isso não pode ser feito de uma forma deliberada. É preciso estar atento ao sobreconsumo”.

                O engenheiro chama a atenção, ainda, para a administração em projetos de pequeno porte como, por exemplo, residências. Nessas construções ou reformas, a margem para orçamento é menor, o que não dá espaço para compras de materiais além do estimado. Por isso a necessidade de um planejamento de qualidade. “Toda decisão em obra, seja durante a viabilidade ou execução, é técnica e financeira”, finaliza Rossi.

live sobre Gestão de obras mais eficientes com o “Pedreirão”, está disponível de forma gratuita, no canal Feiconoficial do Instagram. O episódio tem aproximadamente 42 minutos.

Comportamento dos preços do segmento em capitais como Curitiba, Salvador e São Paulo sustentaram a leve alta no índice

■Análise do último mês: o preço médio de venda de salas e conjuntos comerciais de até 200 m² apresentou alta de 0,12% em fevereiro de 2021, mesmo resultado registrado para o preço médio de locação. Como resultado, as variações de preço registrados para o segmento comercial foram inferiores às variações do IPCA/IBGE (+0,86%) e do IGP-M/FGV (+2,53%) no período. No caso específico do preço médio de venda, os aumentos observados em cidades como Curitiba (+1,30%), Salvador (+0,61%), São Paulo (+0,21%), Florianópolis (+0,20%) e Campinas (+0,15%) contrastaram com os recuos registrados em outras localidades, como Brasília (-1,79%), Niterói (-0,71%), Belo Horizonte (-0,22%), Porto Alegre (-0,20%) e Rio de Janeiro (-0,03%). Já no caso do preço médio de locação, Curitiba (+1,52%), Salvador (+1,44%), Belo Horizonte (+0,63%), São Paulo (+0,10%) e Campinas (+0,03%) registraram variações positivadas, ao passo que as demais cidades monitoradas apresentaram queda no preço médio no mesmo período: Rio de Janeiro (-0,76%), Florianópolis (-0,37%), Brasília (-0,15%), Niterói (-0,11%) e Porto Alegre (-0,07%).

■ Análise do acumulado em 12 meses: o preço médio de venda comercial acumula queda nominal de 1,21% nos últimos 12 meses, enquanto o preço médio de locação desse segmento exibe recuo de 1,08%. Comparativamente, ambos resultados são inferiores às variações acumuladas pelo IPCA/IBGE (+5,20%) e pelo IGP-M/FGV (+28,94%) para esse recorte temporal. Entre as cidades monitoradas, as maiores quedas envolvendo o preço médio de venda comercial foram registradas em: Brasília (-11,64%), Belo Horizonte (-3,75%), Niterói (-3,27%), Rio de Janeiro (-3,18%) e Porto Alegre (-3,14%). Quanto ao preço médio de locação, as cidades que apresentam as maiores quedas nos últimos 12 meses foram: Rio de Janeiro (-7,06%), Curitiba (-3,44%), Brasília (-2,12%), Florianópolis (-0,61%) e Belo Horizonte (-0,28%).

■ Preço médio de venda e locação: em fevereiro de 2021, o valor médio do m2 de imóveis comerciais nas cidades monitoradas pelo Índice FipeZap Comercial foi de R﹩ 8.423/m2 , no caso de imóveis comerciais anunciados para venda, e de R﹩ 37,10/m2 , entre aqueles destinados para locação. Entre todas as 10 cidades monitoradas pelo Índice FipeZap Comercial, a cidade de São Paulo se destacou com o maior valor médio tanto para venda de salas e conjuntos comerciais de até 200 m² (R﹩ 9.635/m2 ), quanto para locação de imóveis do mesmo segmento (R﹩ 44,16/m2 ). Comparativamente, no Rio de Janeiro, os preços médios de venda e de locação de salas e conjuntos comerciais anunciados foram de R﹩ 9.273/m² e R﹩ 36,82/m², respectivamente.

■ Rentabilidade do aluguel comercial*: pela razão entre o preço médio de locação e o preço médio de venda dos imóveis comerciais, é possível obter uma medida da rentabilidade para o investidor que opta por investir no imóvel com a finalidade de obter renda com aluguel (rental yield). O indicador pode ser utilizado para avaliar a atratividade de salas e conjuntos comerciais em relação a outras opções de investimento disponíveis (como, por exemplo, investimento em imóveis residenciais para obtenção de aluguel e aplicações financeiras). Em fevereiro de 2021, o retorno médio do aluguel comercial (anualizado) foi calculado em 5,43% ao ano, superando a rentabilidade do aluguel do segmento residencial (4,69% ao ano), bem como o retorno médio real de aplicações financeiras de referência. DESTAQUESDO MÊS Preços de venda e locação de imóveis comerciais avançam 0,12% em fevereiro Comportamento dos preços do segmento em capitais como Curitiba, Salvador e São Paulo sustentaram a leve alta no índice.

Os preços considerados no indicador incluem apenas aqueles veiculados em anúncios para novos aluguéis. O Índice FipeZap não incorpora em seu cálculo a correção dos aluguéis vigentes, cujos valores são reajustados periodicamente de acordo com o especificado em contrato. Como resultado, capta-se de forma mais dinâmica a evolução da oferta e da demanda pelo aluguel de espaços comerciais ao longo do tempo.

Preço do m² sobe 1,8% em 2021 no Distrito Federal, segundo Wimoveis, do grupo Imovelweb

Seguindo a tendência de alta, o preço médio do m² no Distrito Federal chegou a R$ 10.202 em fevereiro, de acordo com relatório do Wimoveis, maior portal imobiliário do Distrito Federal. Em relação a janeiro, o preço médio de venda na região registrou um incremento de 0,9%, de forma que no ano o crescimento chegou a 1,8%. Considerando os últimos 12 meses, o aumento foi de 7,2%.

Das regiões avaliadas pelo Wimoveis, entre fevereiro de 2020 e fevereiro de 2021, as que mais tiveram queda nos preços do m² foram Riacho Fundo (R$ 3.751/m²,  -14%), Setor de Hotéis e Turismo Norte (R$ 10.099/m², -9%) e Setor Habitacional Jardim Botânico (R$ 3.914/m², -8%). Por outro lado, as maiores valorizações ocorreram em Águas Norte (R$ 6.801/m², +19%), Centro de Águas Claras (R$ 6.571/m², +20%) e Águas Sul (R$ 6.958/m², 20%).
A tabela abaixo mostra onde o preço do m² é mais caro e mais barato no Distrito Federal:

Mais baratos (R$/m²)Variação mensalVariação anual
Setor Habitacional Contagem (Sobradinho)2.233-1,3%4,1%
Riacho Fundo II (Riacho Fundo)2.6140,2%11,5%
Grande Colorado (Sobradinho)2.6324,1%5,8%
Mais caros (R$/m²)Variação mensalVariação anual
Superquadra Noroeste (Brasília)12.5551,8%17,6%
Lago Sul (Brasília)12.8018,3%S/D
Superquadra Sudoeste (Brasília)13.1555,3%S/D

Aluguel sobe 0,9% em fevereiro

O preço do aluguel em Brasília caiu 2,3% entre fevereiro de 2020 e fevereiro de 2021. Nos dois primeiros meses de 2021, no entanto, o aumento já é de 1,6%. Dessa forma, para alugar um imóvel padrão (65m², 2 quartos e 1 vaga) no Distrito Federal é preciso em média R$ 2.684/mês0,9% a mais do que o mês anterior.

Centro de Taguatinga (R$ 1.037/mês) foi a região que mais se desvalorizou em 12 meses com queda de 19%, seguido do Riacho Fundo (R$ 1.134/mês) e Núcleo Bandeirante (R$ 1.081/mês), ambos com queda de 10%. As maiores altas aconteceram em Quadras Econômicas Lucio Costa (R$ 1.567/mês, +16%), Centro de Guará (R$ 1.541/mês, +18%) e Setor de Hotéis e Turismo Norte (R$ 4.963/mês, +18%).

Na tabela estão os locais onde o aluguel é mais barato e mais caro:

Mais baratos (R$/mês)Variação mensalVariação anual
Centro (Taguatinga)1.037-2,7%-19,2%
Ceilandia Sul (Ceilândia)1.075-1,4%1,0%
Nucleo Bandeirante (Núcleo Bandeirante)1.081-1,3%-9,7%
Mais caros  (R$/mês)Variação mensalVariação anual
Noroeste (Brasília)3.4574,0%15,2%
Setor de Hotéis e Turismo Norte (Brasília)4.963Estabilidade18,0%
Setor Hoteleiro Norte (Brasília)5.1112,4%S/D

Rentabilidade

O índice de rentabilidade imobiliária relaciona o preço de venda e valor de locação do imóvel para verificar o tempo necessário para recuperar o dinheiro utilizado na aquisição do imóvel. No relatório de fevereiro, o índice se manteve em 4,4%. Dessa forma, são necessários 22,8 anos de aluguel para obter o valor investido na compra do imóvel, 11% a mais que há um ano.

Veja onde encontrar os índices de rentabilidade mais altos e baixos: 

Mais rentáveis%
Setor Hoteleiro Norte10,4%
Setor de Hotéis e Turismo Norte9,1%
Vicente Pires7,3%
Menos rentáveis%
Guara II4,5%
Octogonal4,3%
Sudoeste4,3%

AD Shopping lança plataforma digital de vendas em parceria com a Delivery Center

A AD Shopping, maior administradora independente de shopping centers do País, acaba de anunciar o lançamento de sua plataforma digital de vendas, que será implementada em parceria com a Delivery Center, com a melhor tecnologia em soluções omnichannel, que integra lojas físicas, marketplaces e uma ampla gama de parceiros com shopping centers.

A plataforma chega com o objetivo de trazer para o ambiente digital o mix de produtos de seus 40 empreendimentos, combinado à agilidade e à experiência logística do parceiro no varejo eletrônico, o que resultará em novas oportunidades de negócios para lojistas e conveniência para os clientes. O formato vai muito além de um ambiente em um único marketplace, pois dará a possibilidade aos lojistas estarem integrados aos principais players do comércio eletrônico, como: B2W, Mercado Livre, Rappi, iFood, Uber Eats, Banco Inter, Google entre outros canais conectados no ecossistema da Delivery Center.

“As transformações no comportamento de consumo demandam cada vez mais uma estratégia com atuação omnichannel, especialmente neste cenário em que o setor varejista começa a retomar o crescimento nas vendas, após período de forte crise. Acreditamos e apostamos na conexão do físico com o digital, e algumas análises dessa integração sinalizam que a venda virtual representa entre 10% a 20% do que se vende em uma loja física; com isso, buscamos uma plataforma na qual nossos lojistas poderão impulsionar suas vendas e estabelecer uma nova experiência de relacionamento com os consumidores”, afirma Christian Magalhães, Head de Marketing Corporativo da AD Shopping.

Com uma rede de shoppings que compreende 40 empreendimentos administrados em todo o território nacional, a AD Shopping aposta na aderência de pequenos e médios lojistas, e também no ingresso de grandes redes, já que muitos de seus espaços podem contribuir e facilitar a estratégia logística, como é o caso do Complexo Tatuapé, formado pelos shoppings Metrô Tatuapé e Metrô Boulevard Tatuapé, que está localizado em uma região de fácil acesso e que possui interligação com estações do metrô e da CPTM em São Paulo.

Na fase inicial a plataforma digital será implementada em nove empreendimentos da administradora, sendo no estado de São Paulo no Shopping ABC, Bauru Shopping, Complexo Tatuapé, Shopping Penha, Shopping Praça da Moça e Taubaté Shopping. Em Minas Gerais, o Minas Shopping e no Pará o Shopping Pátio Belém, também são contemplados pelo projeto já nesta primeira fase.   

Esses locais vão contar com um centro de logística presencial da Delivery Center que será o responsável pela gestão e distribuição dos produtos. Para alimentação, o tempo máximo de entrega será de 30 minutos. Já para outros produtos, a entrega será no mesmo dia para compras efetuadas até 17h. 

“Temos como missão transformar o varejo por meio do nosso ecossistema e essa parceria chega para reforçar nosso objetivo e expandir nosso negócio no país. A partir de agora, os lojistas da AD Shopping terão mais de 15 canais digitais diferentes para poderem vender online, proporcionando maiores ganhos e liberdade de escolha. Entendemos que o varejo precisa de soluções que auxiliem na digitalização de lojistas e na conexão com múltiplos canais de vendas e camada logística, e é isso que queremos oferecer”, afirma o Co-fundador e CEO do Delivery Center, Saulo Brazil.

A expectativa é de conectar em sua plataforma, ainda no primeiro ano, mais de 30% de lojistas dos shoppings, de forma a reunir um conjunto de produtos e serviços variados no ambiente digital. Os próximos passos da AD Shopping são expandir o modelo para outros empreendimentos do portfólio da administradora. 

MITHUB + Cyrela Challenge abre chamada para encontrar soluções inovadoras para a vida em condomínio

O desafio sob curadoria da Cyrela e MITHUB está com inscrições abertas e busca projetos que facilitem a vida dos moradores

Usar a tecnologia para facilitar a vida da população é o grande objetivo da transformação digital. E quando o assunto é o lugar onde essas pessoas vivem  não dá para não pensar em segurança, conforto e praticidade. É por isso que a próxima edição do MITHUB Challenge Cyrela irá priorizar projetos de startups e  empresas que desenvolvam soluções inovadoras para proporcionar uma maior qualidade de vida dentro dos condomínios. A iniciativa é do MITHUB em parceria com a Cyrela – maior ecossistema de inovação do setor construtivo e imobiliário no Brasil -, que surgiu a partir da união de empresas como Cyrela, Zap+, Duratex, Sienge/Softplan, B3, Gerdau, Superlógica, APSA, entre outras, e tem a Terracotta Ventures como operadora.

De 22 de março até 8 de abril, as startups e empresas que tiverem uma ideia ou modelo de negócio focado neste nicho específico poderão se inscrever gratuitamente no site. O resultado final será divulgado no dia 29 de abril. 

O desafio busca soluções que atendam às áreas de interesses e correlatas abaixo:

  1. Comunidade: Soluções que potencializam a conexão e interação entre os moradores, por meio virtual ou outros canais. Aqui inclui-se redes sociais exclusivas, plataformas de comunicação, entre outros.
  2. Comodidade: Soluções que apresentem facilidades na experiência de morar, contemplando espaços compartilhados, serviços disponíveis no condomínio, áreas específicas para crianças, idosos ou até para trabalho, entre outros.
  3. Segurança: Tecnologias que melhorem a segurança dos moradores e do condomínio, diminuindo os riscos de falhas humanas. Exemplos dessa área de solução são as chaves inteligentes, sensores automatizados para temperatura ou movimento, câmeras tecnológicas e demais soluções.
  4. Serviços: Marketplaces de serviços para condomínios, contemplando serviços ou produtos acessíveis aos moradores por meio de plataformas digitais.
  5. Sustentabilidade: Soluções que impulsionam economia ou reutilização de diferentes recursos, como a economia compartilhada, energia limpa, reciclagem, entre outros.
  6. Smart Homes:  Soluções e tecnologias que controlem, automatizem e otimizem funções residenciais.

“Por meio de nossa plataforma de inovação Next Floor, a Cyrela tem ampliado seus esforços de modernizar e acelerar soluções dentro do mercado imobiliário. O Challenge MITHUB é mais um avanço da companhia em trazer desafios que impactem diretamente nossos clientes a terem uma experiência cada melhor dentro do condomínio e com certeza será um desafio que estimulará novas reflexões sobre o comportamento das pessoas na vida em condomínio”, destaca Guilherme Sawaya, diretor de transformação digital da Cyrela.

A empresa vencedora ganhará um ano de digital membership no MITHUB; o segundo e terceiro colocados ganharão seis meses; e o quarto e quinto colocados três meses de digital membership. As melhores soluções também terão a oportunidade de aplicar seus projetos dentro dos empreendimentos da Cyrela. Os associados do MITHUB recebem feedbacks com executivos e especialistas das áreas técnicas dos grandes players participantes, podem participar do programa de aceleração Equity Free e também de eventos na agenda da comunidade para um vasto networking com a cadeia da construção e mercado imobiliário.

Segundo Marcus Anselmo, Managing Partner da Terracotta Ventures, no Brasil é muito comum ter o condomínio como um mediador de problemas, especialmente por conta do modelo imobiliário. “O condomínio é um conglomerado de proprietários e inquilinos – com interesses divergentes – onde a experiência de morar sempre ficou em segundo plano”.

Para o executivo, a sociedade, hoje, tem uma demanda por experiência. Consumo de vídeo streaming, delivery por aplicativo, compras em marketplace acostumaram o público a facilidade de acesso. Esse modelo de experiência vai chegar ao modelo de moradia. “O condomínio do futuro será uma plataforma que integrará, através da tecnologia, fornecedores e produtos de comodidade, convivência e conveniência, mudando a experiência de se morar. A mesma tecnologia garantirá que essas experiências ocorram em um ambiente seguro para os moradores, e conectará o mundo virtual (de redes sociais) e o físico (de vizinhos), aproximando as pessoas”, finaliza Marcus Anselmo.