Interesse maior em reforma residencial gera oportunidades para investidores

Readequar imóvel para atender à demanda gerada por home office pode ser rentável, mas exige boa estratégia. Investir em plataformas especializadas é uma das possibilidades de retorno com risco menor

A pandemia mudou a forma como o brasileiro se relaciona com sua casa. A combinação do isolamento social com a retomada do ciclo da construção civil, trouxe uma consequência inesperada na dinâmica de contratação de projetos de interiores no Brasil. Além do aumento da demanda, houve uma grande valorização da arquitetura e do design como ferramenta comercial para a monetização de imóveis. Se antes víamos apenas de 5% a 15% das contratações de projetos sendo feitas diretamente por construtoras e imobiliárias, hoje esse percentual pode chegar a 70% no caso de studios e lofts, por exemplo, já que os investidores e locatários estão cada vez mais exigentes em relação aos projetos, com o aumento da exposição de casas, apartamentos e projetos de interiores pelas redes sociais, elevando as expectativas dos consumidores.

O estudo “O impacto comercial da COVID-19 para Arquitetos e Designers de Interiores”, feito pela Archademy, maior Market Network de Arquitetura e Design de Interiores do Brasil, revela que 44,3% dos escritórios receberam demandas diferentes das tradicionais, com propostas de adequação de ambientes à nova realidade em consequência dos reflexos da pandemia. No segmento residencial, 59,5% das propostas pediam reformas no layout geral da casa. Na análise de Raphael Tristão, CEO da Archademy, a casa deixou de ser um ambiente de passagem para voltar a ser um ambiente de permanência, o que explica o fenômeno.

“Pensando nisso, estruturamos a Archademy Real State, que já foi contratada por empresas como Cyrela e Vitacon e usa os escritórios homologados da nossa rede para desenvolverem opções de projetos para os empreendimentos novos ou em estoque, aumentando em até 38% a velocidade da venda ou locação, segundo estudo que fizemos da nossa parceria com a Apolar Concept, maior imobiliária do sul do Brasil”, disse Raphael Tristão.

No caso de imóveis majoritariamente destinados a clientes finais para uso residencial, o próprio cliente realiza a contratação do escritório responsável por uma das mais de dez opções de projetos apresentados. “Hoje os clientes querem fazer suas próprias customizações e não aceitam mais os projetos pasteurizados de empresas de reforma padronizada”, explica o executivo. O percentual de clientes finais que contratam arquitetos para imóveis de um quarto é de 15%, enquanto que para imóveis de 3 quartos ou mais, chega a 95%.

INVESTIMENTO

Essa movimentação redirecionou, em parte, o foco dos investidores, que enxergam no mercado imobiliário residencial possibilidades maiores de retorno financeiro do que o segmento comercial na atualidade. A onda de reformas e adequação de casas e apartamentos fortaleceu uma estratégia conhecida no mercado pelo nome de house flipping. Em bom português é uma estratégia de comprar imóveis usados, em muitos casos desvalorizados, a preços baixos para reformá-los e revendê-los a um preço bem maior.

Segundo Giuliano Milano, CEO da VGV S.A., empresa especializada no desenvolvimento de processos de gestão profissional para incorporadores e loteadores, esse modelo oferece ótimas oportunidades de ganhos desde que a estratégia de negócio seja muito bem elaborada. “É preciso fazer uma avaliação muito rigorosa do preço de compra e do valor de venda para saber até que ponto vale a pena essa reforma ou adequação. Em resumo, é uma excelente oportunidade, mas tem de ter todo um cuidado para atuar nesse segmento”, explica Milano.

Dados da parceria da Archademy com a Apolar Concept (maior imobiliária do sul do Brasil), em um piloto de desenvolvimento de projetos de reforma para apartamentos a venda, o principal benefício de reformar um apartamento para venda é o aumento da velocidade de venda, já que os apartamentos reformados na parceria tiveram uma média de venda 38% mais rápida. Além disso, os apartamentos tiveram um desconto 78% menor em relação ao preço inicial de venda, comparado aos não reformados.

Nos Estados Unidos esse mercado é bem mais desenvolvido. Há várias empresas especializadas em comprar casas em más condições de conservação a preços muito baixos para reformar e transformar em residências adequadas para um determinado público-alvo. No Brasil, plataformas de investimentos como a Hurst, especializada em ativos alternativos, fecha parcerias com incorporadores locais e transforma o que seria um simples processo de compra, reforma e venda em oportunidades de investimentos para investidores pessoa física.

Leonardo Canellas Vianna, sócio fundador da Hurst, explica que a estratégia de investimentos imobiliários da empresa tem se concentrado no segmento residencial. Isso porque a pandemia gerou muitas incertezas sobre o volume de demanda, taxa de ocupação e preço de locação e/ou venda por metro quadrado nos imóveis comerciais como as lajes corporativas e shopping centers, por exemplo. A Hurst possibilita que pessoas físicas invistam diretamente na incorporação de empreendimentos residenciais e de uso misto nos mercados mais aquecidos do país. Antigamente, esse tipo de investimento era disponível apenas para pessoas de alta renda, mas agora é possível participar a partir de R$ 10 mil, o que ampliou muito o acesso às pessoas físicas.

“O investidor pessoa física tem a oportunidade de entrar a um custo por metro quadrado próximo ao preço de custo, o que reduz o risco e aumenta a rentabilidade do investimento. Ele passa a estar do lado dos incorporadores, que são especialistas nesse mercado. Também não precisa se preocupar com a gestão operacional, apenas acompanhar os relatórios disponíveis pelo aplicativo da Hurst, pois há profissionais cuidando de tudo para o sucesso do empreendimento. E, por fim, a outra grande vantagem é a possibilidade de construir um portfólio diversificado de empreendimentos de alta qualidade com uma fração do valor que antes ele teria que investir para comprar um único apartamento.”, explica Vianna.

Preço do aluguel em São Paulo tem queda de 0,5% em maio, segundo Imovelweb

O relatório mensal do Imovelweb, um dos maiores portais imobiliários do País, mostra que o valor médio mensal do aluguel em São Paulo é de R$ 3.476 para um imóvel padrão (65 m², dois quartos e uma vaga na garagem). O preço de locação teve uma queda de 0,5% em relação ao mês anterior. Em 2021, o preço apresenta um aumento de 0,6%, valor que é abaixo dos 3,3% da Inflação (IPCA-15) e muito abaixo do IGP-M, que está em 12,5%.

Nos últimos 12 meses, o valor do aluguel subiu 2,4% em São Paulo. No mesmo período, os bairros que mais se valorizaram foram Jardim Ângela (R$ 1.742/mês, +19,3%), Lajeado (R$ 1.360/mês, +19,4%) e Jaguara (R$ 1.608/mês, +19,6%). Os bairros que mais registraram queda no preço do aluguel foram Pedreira (R$ 1.306/mês, -18,6%), Grajaú (R$ 1.600/mês, -10,2%) e Pinheiros (R$ 4.242/mês, -9,2%).

Confira a tabela com os bairros com aluguel mais barato e mais caro em São Paulo:

Menor Preço (R$/mês)Variação MensalVariação Anual
Cidade Tiradentes (Leste)1.060-2,81%12,05%
Pedreira (Sul)1.306S/D-18,61%
Lajeado (Leste)1.3601,65%19,37%
Maior Preço (R$/mês)Variação MensalVariação Anual
Moema (centro sul)4.2340,02%5,66%
Pinheiros (oeste)4.242-1,61%-9,16%
Itaim bibi (oeste)4.866-0,94%-0,68%

Pequeno aumento no preço do m²

Os dados do Imovelweb mostram que o preço médio do m² subiu 0,3% em maio, chegando a R$ 9.329. No ano, o aumento foi de 1,9% e nos últimos 12 meses houve um crescimento de 4,4% Ainda segundo o relatório, um imóvel padrão na capital paulista custa, em média, R$ 589 mil.

Em 12 meses, os bairros do Pari (R$ 6.575  /m²), Cidade Dutra (R$ 4.972/m²) e São Rafael (R$ 5.622/m²) foram os que mais registraram queda nos preços dos imóveis, com -10,3%, -4,5% e -3,2%, respectivamente. Já as maiores altas ocorrem em  Santo Amaro (R$ 9.483/m², +10,1%), São Miguel Paulista (R$ 4.726/m², +11,6%) e Jardim Helena (R$ 4.533/m², +20,6%).

Confira os bairros mais baratos e mais caros para comprar imóveis em São Paulo:


Menor Preço (R$/m²)
Variação MensalVariação Anual
Cidade Tiradentes (Leste)2.655-0,17%5,40%
Lajeado (Leste)3.808-0,21%3,18%
Guaianasés (Leste)3.9680,43%4,35%
Maior Preço (R$/m²)Variação MensalVariação Anual
Moema (Centro-Sul)13.3690,51%4,64%
Itaim Bibi (Oeste)13.9170,29%7,45%
Pinheiros  (Oeste)14.2720,39%7,19%

Rentabilidade

O índice de rentabilidade imobiliária relaciona o preço de venda e valor de locação do imóvel para verificar o tempo necessário para recuperar o dinheiro utilizado na aquisição do imóvel. No relatório de maio, o índice foi de 5,86% bruto anual. Dessa forma, são necessários 17,1 anos de aluguel para obter o valor investido no imóvel, 1,9% a mais que há um ano.

Confira a rentabilidade por região em São Paulo:


Região
Rentabilidade
Nordeste4,9%
Sudeste5,4%
Noroeste5,5%
Centro-Sul5,8%
Oeste6,0%
Leste6,0%
Centro6,2%
Sul6,6%

Exto investe em lazer para pets

Com pet plays e espaços agility, construtora dedica áreas de lazer em seus empreendimentos para qualidade de vida dos animais e moradores

O Brasil é o segundo maior mercado do mundo no setor Pet, o terceiro colocado no número total de animais de estimação e, no último ano, as adoções de cães e gatos cresceram mais de 50%, de acordo com dados da ABINPet (Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação). O que já era tendência, se consolidou como um comportamento praticamente “oficial” do brasileiro: os pets são parte da família. E pensando nesta relação e bem-estar dos animais, a EXTO Incorporação e Construção investe há anos em áreas de lazer como petplays e espaços de agility que contam com brinquedos, circuitos e áreas de descanso.

Consolidada em residenciais de alto padrão de qualidade em São Paulo, a empresa sempre traz em seus projetos opções de lazer completas com piscinas, academias, salões de festa e, na última década, tornou obrigatória a presença de áreas dedicadas aos animais para que seus tutores pudessem desfrutar de uma área verde, segura e com equipamentos apropriados para brincar e interagir com os pets. Mais do que isso, no Morumbi, onde tem forte atuação, a Exto adotou a chamada “Praça dos Cachorros” há alguns anos, onde fez melhorias e manutenção no espaço.

“Com as restrições de funcionamento dos parques e áreas públicas desde o ano passado, o consumidor está procurando empreendimentos com áreas de lazer cada vez mais completas. Muitos já trazem a demanda como primeira pergunta ao chegar no estande de vendas.”, comenta Flávia Matos, diretora de marketing da empresa.

Os últimos lançamentos da construtora, os residenciais Mondo no Morumbi e Upper West em Perdizes, serão entregues com Espaços Pet e equipamentos próprios para o Agility, em um percurso de obstáculos com diferentes níveis de dificuldade para a prática entre o tutor e o pet. “Queremos que o morador possa desfrutar e também ter um momento de distração com seus animais, além das áreas já dedicadas à família.”, completa Flávia.

Caixa possibilita pausa em pagamento de crédito imobilário e redução no valor de parcelas

A CAIXA, líder na concessão de financiamentos habitacionais no país, alcançou, em maio deste ano, R$ 523,1 bilhões na sua carteira de crédito imobiliário, com 5,76 milhões de contratos. O banco segue como maior financiador da casa própria no país, com 68,0% de participação de mercado.

De janeiro a maio de 2021, a CAIXA atingiu R$ 52,4 bilhões em concessão de crédito, crescimento de 41,4% em relação ao mesmo período de 2020. O banco celebrou 240,6 mil novos contratos, beneficiando mais de 962 mil brasileiros.

As contratações com recursos da poupança (SBPE) totalizaram R$ 29,6 bilhões, um crescimento de 112,9% em relação ao período de janeiro a maio de 2020, e de 678,9%, se comparado ao mesmo período de 2018.

No segmento pessoa jurídica, foram contratados 987 empreendimentos, para produção de 121,5 mil novas unidades habitacionais, gerando 367,6 mil empregos diretos e indiretos. Na comparação com o mesmo período de 2020, houve crescimento de 38,6% nas contratações.

A linha de financiamento Poupança CAIXA, lançada em março, já representa mais de 40% de todas as contratações imobiliárias do banco com recursos do SBPE e tem as melhores condições do mercado, com taxas a partir de 3,35% a.a, somadas à remuneração da poupança. O saldo devedor é atualizado mensalmente pela TR.

Os números recordes foram anunciados pelo presidente do banco, Pedro Guimarães, em live com os jornalistas nesta segunda-feira (07/06), quando também foram divulgadas novas medidas de negociação para contratos de crédito imobiliário e o Feirão CAIXA da Casa Própria, que ocorrerá, como novidade, no formato digital.

Você no Azul 2021

A CAIXA divulgou alternativas negociais para a regularização dos contratos habitacionais nas modalidades FGTS ou SBPE, como o pagamento parcial ou a pausa nas prestações. Essas medidas proporcionam às famílias a possibilidade de se reorganizarem para voltar a pagar integralmente a prestação mensal.

Os valores não pagos durante a vigência da negociação por pausa ou pagamento parcial, de acordo com o percentual escolhido, serão incorporados ao saldo devedor do contrato e diluídos no prazo remanescente. O contrato não está isento da incidência de juros remuneratórios, seguros e taxas. A taxa de juros e o prazo contratados inicialmente não sofrem alteração.

O pagamento parcial das prestações está disponível nas seguintes condições:

  • Os clientes poderão, por até 6 meses, reduzir o valor da sua prestação em até 25%;
  • Aqueles que optarem por reduzir entre 25% e 74,99% da prestação poderão fazê-lo por até 3 meses, devendo, para isso, apresentar autodeclaração de perda de renda;
  • Os clientes que necessitem de redução acima de 75% do valor da prestação devem apresentar comprovação documental da perda de renda para avaliação pela CAIXA;
  • A solicitação pode ser feita pelo App Habitação CAIXA.

Já a pausa no pagamento das prestações está disponível pelo prazo de até 6 meses, para beneficiários do Auxílio Emergencial 2021 ou clientes que estejam recebendo Seguro Desemprego. A solicitação pode ser feita pelo App Habitação CAIXA ou pelo 0800 104 0104.

Feirão Digital CAIXA da Casa Própria

O 1º Feirão Digital CAIXA da Casa Própria será realizado de 25 de junho a 4 de julho. Serão ofertados cerca de 180 mil imóveis em todo o país, com a participação de mais de 600 construtoras. Também estarão disponíveis mais de 6 mil imóveis CAIXA com condições especiais de financiamento.

O Feirão possibilitará que o cliente faça a escolha do imóvel na plataforma do evento (disponível a partir de 25 de junho, no endereço http://www.caixa.gov.br/feirao), realize a simulação do financiamento e seja atendido por correspondentes do banco via chat. O novo modelo de formato totalmente virtual atende às novas necessidades do cliente e do mercado.

Fonte: CAIXA

FipeZap acelera e registra alta de 0,48% no preço de venda dos imóveis residenciais em maio

Com o resultado, o índice acumula um aumento de 1,59% em 2021 e de 4,36%, nos últimos 12 meses
■ Análise do último mês: o Índice FipeZap, que acompanha o comportamento do preço médio de venda de imóveis residenciais em 50 cidades brasileiras, apresentou alta nominal de 0,48% em maio, após avançar 0,30% em abril e 0,18%, em março. Comparativamente, a variação mensal do índice é inferior ao comportamento esperado do IPCA/IBGE para mesmo mês (+0,68%), segundo expectativa publicada no último Boletim Focus do Banco Central do Brasil*. Uma vez confirmada essa variação dos preços ao consumidor, o preço médio de venda residencial encerrará maio com queda em termos reais (-0,19%). Individualmente, 15 das 16 capitais monitoradas apresentaram elevação nominal no preço médio no mês, destacando-se: Manaus (2,18%), Vitória (1,63%), Goiânia (+1,40%), Florianópolis (+1,38%), Curitiba (+1,09%), Maceió (+0,91%) e Salvador (+0,86%). A única exceção entre as capitais acompanhadas pelo Índice FipeZap foi Campo Grande, onde foi registrada uma variação mensal de -0,21%. Com respeito às duas cidades de maior representatividade na composição do Índice FipeZap, São Paulo registrou alta de 0,29% no preço médio, superando o avanço observado entre imóveis residenciais no Rio de Janeiro (+0,13%).

■ Balanço parcial de 2021: no ano, o Índice FipeZap acumula alta nominal de 1,59%, variação inferior à inflação acumulada de 3,06% no mesmo período, segundo comportamento observado e esperado do IPCA/IBGE*. Caso essa expectativa se confirme, a relação entre a variação acumulada do Índice FipeZap e da inflação ao consumidor apurada pelo IBGE resultará em um recuo de 1,43% no preço médio de venda dos imóveis residenciais, em termos reais. Nesse recorte temporal, a alta no índice é impulsionada pelas variações de preço registradas em quase todas as capitais monitoradas, com destaque para: Maceió (+7,29%), Vitória (+5,49%), Florianópolis (+5,22%), Curitiba (+4,56%), João Pessoa (+3,67%), Goiânia (+3,52%) e Manaus (+3,36%).

■ Análise dos últimos 12 meses: nesse horizonte mais amplo, o Índice FipeZap acumula um avanço nominal de 4,36%. Na comparação com a inflação acumulada (+7,90%), apurada pelo IPCA/IBGE*, o Índice FipeZap apresenta queda de 3,27%, em termos reais. Vale notar que todas as 16 capitais monitoradas pelo índice registraram alta no preço médio em 12 meses, com destaque para os comportamentos registrados em: Maceió (+14,02%), Manaus (+11,60%), Vitória (+11,44%), Curitiba (+10,03%), Brasília (+9,55%), João Pessoa (+8,89%), Florianópolis (+8,62%) e Goiânia (+8,01%). Em São Paulo e no Rio de Janeiro, por sua vez, as altas acumuladas nos últimos 12 meses foram de 4,31% e 2,06%, respectivamente.

■ Preço médio de venda residencial: tendo como base a amostra de imóveis residenciais anunciados para venda em maio de 2021, o preço médio calculado foi de R$ 7.615/m² entre as 50 cidades monitoradas pelo Índice FipeZap. Dentre as 16 capitais monitoradas, Rio de Janeiro apresentou o preço médio de venda mais elevado em maio (R$ 9.530/m²), seguida por São Paulo (R$ 9.491/m²) e Brasília (R$ 8.214/m²). Já entre as capitais monitoradas com menor valor médio de venda residencial, incluem-se: Campo Grande (R$ 4.368/m²), Goiânia (R$ 4.656/m²) e João Pessoa (R$ 4.678/m²).

Nota: (*) informação publicada no Boletim Focus do Banco Central do Brasil em 31/05/21. A variação real efetiva será conhecida apenas após a divulgação do IPCA efetivo de maio pelo IBGE.

Descolamento entre preço de anúncio e contrato fechado é o maior em SP desde junho de 2019, mostra Índice QuintoAndar

O Índice QuintoAndar de Aluguel, que acompanha dados efetivamente usados em contratos de aluguel residencial de SP e RJ, registrou que a diferença entre preço médio do m² para aluguel em anúncios e contratos fechados se manteve acima de 13% em maio. Em São Paulo, a diferença voltou a aumentar e ficou em 13,37%, a maior desde junho de 2019. No Rio de Janeiro, a diferença foi de 14,3%, praticamente estável em relação ao mês anterior.

O Índice QuintoAndar registrou também a queda de 1,70% no valor médio do aluguel por m² em São Paulo, ante abril de 2021. Já no Rio de Janeiro, houve estabilização de 0,23% no mês, mantendo tendência de recuperação que vem desde fevereiro. No acumulado de 12 meses, o indicador segue em queda de 6,97% em SP e aumento de 1,18% no RJ.

Dados de São Paulo

Em São Paulo, o bairro que mais se valorizou nos últimos seis meses foi o Real Parque, seguido por Vl. Mazzei (na zona norte da capital) e Jd. Ester Yolanda. Já as maiores quedas nesse intervalo foram Belém, Sumaré e Vl. Mascote. Entre os bairros com metro quadrado de aluguel mais caro na cidade estão, Vila Nova Conceição, Vila Olímpia e Real Parque.

Em relação ao tamanho, o preço do aluguel por metro quadrado dos imóveis de um quarto caiu 3,2% em maio, ante abril. No mesmo período, houve queda de 0,30% nos imóveis de dois quartos e 0,35% nos imóveis de 3 quartos.

Dados do Rio de Janeiro

A maior alta de aluguel por metro quadrado no Rio foi Lagoa, seguido por Ipanema e Jd. Oceânico. Já as maiores retrações vieram do Centro, Maracanã e Taquara. Ipanema, Leblon e Lagoa são os bairros mais caros da capital fluminense.

Os imóveis de até 1 dormitório tiveram leve aumento no preço do metro quadrado de 1,7% em maio, comparado com abril. Os dois quartos tiveram aumento de 1,26%. Já os imóveis de três dormitórios registraram a maior queda do período, de 4,74%.

“Além da tendência de estabilização do m² no Rio de Janeiro, o que chama atenção é o alto descolamento entre preço de anúncio vs. valor dos contratos efetivamente fechados, em São Paulo”, diz Fernando Paiva, head de dados do QuintoAndar. “Esse movimento indica maior negociação entre inquilinos e proprietários. Além da crise econômica e aumento do desemprego, o salto dos índices de preço que reajustam os contratos de aluguéis pode ser motivo para maior negociação”.

Quatá Imob aproveita baixa nos preços dos FIIs para crescer com Fundo de Fundos

A gestora de recursos Quatá Investimentos apresenta sua nova unidade de negócios, a Quatá Imob – o novo braço da asset para cuidar da seleção dos melhores ativos imobiliários do mercado de capitais. Neste primeiro momento, a nova unidade tem a missão avaliar boas oportunidades nesse segmento, no papel de uma consultoria especializada, a fim de indicá-los para compor os portfólios dos atuais e novos FIIs sob sua gestão.

Para essa empreitada, a Quatá Imob conta com os sócios Beatriz Degani, Felipe Ribeiro, Marcos Onodera e Nayla Khaznadar. “Cada um contribui com sua experiência específica em análise, negociação, gestão de portfólio, estruturação de recebíveis e outras operações comuns no universo de fundos imobiliários listados em bolsa”, explica Ribeiro, novo Head da área de FIIs.

Além de colaborador na regulamentação dessa indústria no Brasil, Felipe Ribeiro tem passagens pelas instituições: Banco Indusval (desenvolveu o primeiro research de CRI do mercado), Gaia Sec (relação com investidores e gestão de CRIs e CRAs), Fator VRTA11 (um dos mais antigos FII de CRI do mercado, fez diversas melhorias na transparência do FII e também de automação dos processos de gestão), Santander (securitização de ativos internos) e RB Securitizadora (Head da área estruturação). 

A primeira demanda da Quatá Imob será avaliar potenciais candidatos à carteira do Fundo de Fundos Imobiliários, criado pela Quatá Investimentos no ano passado. O FoF chegou a fazer, em junho de 2020, uma oferta restrita ao mercado, alcançando resultados expressivos. 

No mês passado (abril 2021), foram distribuídos  R$0,75/cota, o que representa 9,49% a.a. de dividend yield em relação a cota patrimonial. (O resultado completo  do FoF Quatá Imob em abril segue em anexo).

Neste momento, ocorre uma segunda oferta pública (Follow-On), desta vez, por meio da emissão de mais de 1 milhão de cotas, nos termos da Instrução nº 400 da Comissão de Valores Mobiliários, totalizando um valor aproximado de R$ 100 milhões. A corretora Genial Investidores foi a escolhida para coordenar a oferta do Quatá Imob Fundo de Fundos. Já a administração é feita pela BRL TRUST.

De maneira complementar aos FIIs, a carteira também poderá ser composta de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) em até 30% do seu PL.

As informações completas sobre a constituição do Fundo, seu objetivo, fatores de risco e outros temas estão no Prospecto da Oferta no site da CVM.

Apesar de ser o primeiro fundo de investimento com ativos exclusivamente oriundos do mercado imobiliário, a Quatá Asset acumula mais de 13 anos de experiência na gestão de recursos e operações de securitização no segmento de crédito privado.

A asset mantém sob gestão diversos Fundos de Direitos Creditórios (FIDCs), Fundos de Renda Fixa de Crédito Privado, Fundos Multimercado de Crédito Privado e outros – o que comprova seu conhecimento em ativos de crédito brasileiro.

Gafisa lançará plataforma completa de compra, venda, aluguel, financiamentos e reforma de imóveis e inaugura sede tecnológica

Plataforma Gafisa Viver Bem vai concentrar oferta de produtos e serviços para facilitar a aquisição de imóveis para clientes e investidores; hub físico em São Paulo vai apresentar novidades tecnológicas ao público e materializar a casa do futuro

A transformação da Gafisa para se tornar uma plataforma completa de produtos e serviços imobiliários, transcendendo o seu core business de construção e incorporação, caminha a passos largos com o lançamento da plataforma Gafisa Viver Bem, subsidiária da Gafisa S.A.

Além de trabalhar a compra e a venda de unidades, a plataforma reunirá os serviços de personalização, reforma, decoração, clube de compras e administração condominial, assim como atuará na concessão de seguros em geral para o imóvel e financiamento dos imóveis. A empresa já oferece também soluções de locação para investidores, cujo primeiro empreendimento a receber esta funcionalidade é o Moov Brás, em parceria com a startup NOMAH.

O CEO da Gafisa Viver Bem, Fabio Romano, explica que a ideia da plataforma é que o consumidor – seja ele investidor ou público final – encontre em um só local a solução para todas as suas necessidades. “Se a pessoa quer comprar um novo apartamento, por exemplo, mas ela está na dependência de vender o seu antigo para concretizar o seu desejo, nós podemos alienar o seu imóvel e custeamos a entrada do novo”, exemplifica o executivo.

A Gafisa Viver Bem também mira atingir a todos os clientes de sua carteira que já compraram unidades nestes 66 anos de atuação da Gafisa. “Para estes casos, podemos realizar um retrofit nos prédios, reformar os apartamentos e efetuar a administração condominial. Se o morador quiser vender e comprar um novo imóvel, também o apoiaremos neste processo”, completa Romano.

Como passo seguinte, a Gafisa Viver Bem pretende não só incluir na plataforma imóveis de dentro de casa, como também atuar com imóveis de terceiros. “Queremos deixar de ser a empresa de táxi imobiliário para nos tornarmos a Uber do setor”, sinaliza o CEO.

O objetivo é que todas as funcionalidades da plataforma estejam ativas até o fim de 2022.

Preço médio do aluguel ultrapassa R$ 1,4 mil em Curitiba, segundo Imovelweb

O relatório do Imovelweb, um dos maiores portais imobiliários do País, mostra que em abril o preço médio do aluguel de um apartamento padrão (65 m², 2 quartos e 1 vaga na garagem) em Curitiba chegou a R$ 1.406/mês, ultrapassando pela primeira vez a marca dos R$ 1,4 mil na capital paranaense. No mês, o preço de locação valorizou 0,9% e acumula uma alta de 6,9% em um ano.

Em algumas regiões da cidade o preço do aluguel aumentou de forma mais acentuada entre abril de 2020 e abril de 2021. Este é o caso de Santa Cândida (R$ 1.225/mês), Santa Felicidade (R$ 1.299/mês) e Seminário (R$ 1.267/mês), onde o valor de locação subiu 18,3%, 19,4% e 19,5%, respectivamente.

Por outro lado, também houve queda mais significativa nos preços dos aluguéis em São Braz (R$ 1.342/mês), Pilarzinho (R$ 959/mês) e Campina Siqueira (R$ 1.395/mês), com -8,6%, -11,3% e -13,4% no valor.

A tabela abaixo mostra os bairros de Curitiba com os maiores e menores valores de aluguel:      

Mais baratos (R$/mês)Variação MensalVariação Anual
Campo de Santana (Pinheirinho)843-1,34%5,70%
Pilarzinho (Boa Vista)959-8,33%-11,29%
Tatuquara (Pinheirinho)9642,68%-5,95%
Mais caros (R$/mês)Variação MensalVariação Anual
Tarumã (Boa Vista)2.1593,91%S/D
Hugo Lange (Matriz)2.171S/D4,55%
Santo Inácio (Santa Felicidade)2.2949,28%S/D

M² sobe mais de 10% em um ano

O relatório de abril do Imovelweb também mostra que o m² na capital paranaense está em torno de R$ 6.938, o que representa um aumento de 1,1% no mês e de 10,1% nos últimos 12 meses. Com esse valor, um apartamento padrão (65 m², 2 quartos e 1 vaga na garagem) na cidade custa, em média, R$ 430.923.

Nos últimos 12 meses, os bairros que mais registraram queda no preço do imóvel foram Bom Retiro (R$ 4.907/m², -11,7%), São João (R$ 4.428/m², -8,9%) e Novo Mundo (R$ 5.327/m², -7,5%). Já os maiores aumentos ocorreram em Capão da Imbuia (R$ 5.035/m², +17,2%), Tarumã (R$ 5.513/m², +17,6%) e Boqueirão (R$ 4.785/m², +18,0%).
Confira a tabela com os bairros mais baratos e mais caros para comprar um imóvel em Curitiba:

Mais baratos (R$/m²)Variação MensalVariação Anual
Campo de Santana (Pinheirinho)2.943-0,26%0,80%
Cachoeira (Boa Vista)2.9520,40%4,01%
Augusta (Cidade Industrial de Curitiba)2.996Estabilidade4,10%
Mais baratos (R$/m²)Variação MensalVariação Anual
Juvevê (Matriz)8.9682,39%9,16%
Campina do Siqueira (Santa Felicidade)9.3613,94%S/D
Batel (Matriz)10.1150,02%2,91%

Rentabilidade

O índice de rentabilidade imobiliária relaciona o preço de venda e valor de locação do imóvel para verificar o tempo necessário para recuperar o dinheiro utilizado na aquisição do imóvel. No relatório de abril, o índice foi de 4,18% bruto anual. Dessa forma, são necessários 24 anos de aluguel para obter o valor investido no imóvel, 2,6% a menos que há um ano.


Confira os bairros mais rentáveis e menos rentáveis de Curitiba:

Menos rentáveis
Ahu2,6%
Pilarzinho2,6%
Cabral2,7%
Mais rentáveis
Santa Cândida6,5%
Tarumã7,2%
Lindia7,7%

Cresce a procura por imóveis no interior paulista

De acordo com o Painel do Mercado Imobiliário (PMI) a venda de imóveis usados cresceu 84,77% no primeiro trimestre do ano no Estado de São Paulo, em relação ao mesmo período do ano passado. Em 2021, foram fechados 6.417 novos negócios, diante de 3.473 no primeiro trimestre do ano anterior, entre vendas e locações.

No interior paulista, por exemplo, as vendas no setor tiveram um aumento de 80,35%, partindo de 799 negócios, para 1.441. Nos empreendimentos residenciais, o levantamento apontou um crescimento de 74,65% na preferência do consumidor por imóveis localizados no interior paulista. De acordo com os dados, as pessoas estão buscando viver em locais mais afastados dos grandes centros urbanos em busca de melhor qualidade de vida.

A pandemia trouxe uma necessidade para o consumidor que está em busca de mais conforto e tranquilidade, por isso as cidades do interior estão no topo das escolhas na hora de procurar um imóvel. E pensando nisso, a Danpris construtora da grande São Paulo, oferece um condomínio clube no município de Itu, cidade a 50 km da capital.

O empreendimento Maxim Home Club possui mais de 18 mil m², oito torres e um total de 752 unidades com metragens que variam entre 45 m² e 56 m². As áreas comuns totalizando cinco quadras de esportes multimodalidades, pista de cooper e de bicicleta, piscinas – aquecida coberta e descoberta com toboágua – salão de festas equipado, churrasqueira, coworking, pet place, bicicletário, salão de jogos, espaço zen, e com a vantagem de estar enquadrado no Programa Casa Verde e Amarela.

“Morar próximo a São Paulo é um motivador para quem quer viver numa cidade mais calma e precisa trabalhar na capital. Itu oferece segurança e a tranquilidade que muita gente busca. A Danpris oferece empreendimentos enquadrados no Casa Verde e Amarela com condições e descontos especiais” – explica Dante Seferian, CEO da Construtora.
As obras já começaram e a entrega está prevista para 2025.