Mercado de imóveis usados cresce 84,77% no trimestre no Estado de São Paulo

Dados compilados pelo Kenlo mostram aumento nos contratos de aluguel e venda de usados nos primeiros três meses do ano

Dados compilados pelo PMI (Painel do Mercado Imobiliário), produzido pela Kenlo, revelam que o movimento do mercado de imóveis usados registrado na plataforma apresentou crescimento de 84,77% no estado de São Paulo, no primeiro trimestre deste ano, em relação a igual período de 2020. Em 2021, foram fechados 6.417 negócios, ante 3.473 no primeiro trimestre do ano anterior, entre vendas e locações.

Tanto capital quanto interior apresentaram crescimento alto, tendo no primeiro caso apresentado um crescimento de 86,08%, saltando de 2.674 negócios para 4.976. Já no interior, o crescimento foi de 80,35%, indo de 799 negócios, para 1.441.

Quando isolamos apenas imóveis voltados à habitação, como casas e apartamentos, o quadro se inverte. Nessa situação, verifica-se um crescimento de 74,65% de crescimento no interior, com volume de negócios de 3.992 no primeiro trimestre, ante 2.286 em igual período de 2020, enquanto na capital o crescimento foi de 60,11%, com 1.156 negócios em 2021, contra 722 em 2020. “Isso demonstra que as famílias têm buscado cada vez mais imóveis mais afastados da capital e, com relação a tipologia dos imóveis, a preferência de casas à apartamentos apesar dos valores atraentes destes.”, explica Denise Ghiu, especialista de mercado da área de inteligência do Kenlo.

PMI

O Painel do Mercado Imobiliário (PMI), criado pelo Kenlo, é uma iniciativa pioneira no Brasil e que proporciona o acompanhamento do mercado de imóveis usados com base em dados obtidos em tempo real, a partir de um ecossistema que contempla 7,2 mil imobiliárias e 44 mil corretores conectados à plataforma, de todas as regiões do país e que atendem a mais de um milhão de proprietários de imóveis. O PMI reúne uma amostragem do mercado imobiliário secundário de treze estados brasileiros nas cinco regiões. Mais detalhes sobre o PMI podem ser obtidos no site .

HSI Ativos Financeiros dobra de tamanho após 2ª captação

A Hemisfério Sul Investimentos (HSI) – líder em investimentos e gestão no mercado imobiliário e crédito estruturado – praticamente dobrou o tamanho do HSI Ativos Financeiros – Fundo de Investimento Imobiliário. “A oferta de R$ 70 milhões foi restrita a investidores profissionais e aos cotistas atuais. Devido à forte demanda, aumentamos a oferta em 20% e encerramos a captação com um volume total de R$ 84 milhões”, afirma Fernando Gadelho, diretor responsável pela estratégia.

De acordo com o executivo, este é um motivo de orgulho para a gestora. “Essa captação mostra a confiança dos cotistas e é fruto do resultado do trabalho realizado desde o IPO do fundo”, destaca.

Gadelho também celebra a estratégia da HSI de focar em investidores locais, por meio dos FIIs listados, que se iniciou em 2019. Gestora com larga experiência em Real Estate Private Equity, a HSI realizou primeiro IPO de FII sob gestão da empresa com o HSI Malls.

Já o HSAF, que tem como característica o foco em investimento em CRIs possuindo uma alocação tática também em FIIs, levantou R$ 90 milhões em seu IPO durante o ano passado. Além destes dois fundos, a gestora conta, hoje, com o HSI Logística e o HSI Renda Imobiliária em seu portfólio.

Pesquisa Sinduscon-MG: Custo da construção civil tem maior alta em 26 anos

Pelo décimo mês consecutivo, aumento dos preços dos materiais de construção eleva o custo do setor

Construir em Belo Horizonte ficou 1,64% mais caro no mês de maio, maior aumento para o mês nos últimos 26 anos. É o que aponta a pesquisa referente ao Custo Unitário Básico de Construção (CUB/m² – projeto-padrão R8-N), calculado e divulgado pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG). Pelo décimo mês consecutivo, o gasto com material pressionou fortemente o custo da construção, apresentando alta de 3,54% em maio.

Nos primeiro cinco meses do ano, o custo com os insumos básicos registrou elevação de 17,54%. Em maio, os produtos que tiveram o maior aumento em seus preços foram: emulsão asfáltica impermeabilizante (11,43%), aço CA 50 10mm (9,56%), tubo de ferro galvanizado (8,95%), chapa compensado plastificado (7,22%), telha de fibrocimento ondulada 6mm (5,67%) e porta interna semioca para pintura (4,17%). 

No acumulado de 12 meses, encerrados em maio de 2021, o custo com materiais de construção aumentou 38,24%, maior alta para o período de 12 meses, encerrados em maio, desde 1996. Nesse período, alguns materiais registraram aumentos expressivos como o aço CA 50-10mm: 127,76%, o fio de cobre: 108,42% e o cimento 48,52%. Só nos primeiros cinco meses de 2021, o aço CA-50 10mm já aumentou inacreditáveis 54,97%.

O CUB/m² é um importante indicador de custos do setor e acompanha a evolução do preço de material de construção, mão de obra, despesa administrativa e aluguel de equipamentos. É calculado e divulgado mensalmente pelo Sinduscon-MG, de acordo com a Lei Federal 4.591/64 e com a norma técnica NBR 12721:2006 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Avaliação geral

– O aumento do custo com materiais de construção segue registrando recordes. A alta acumulada no período de janeiro a maio/21 (17,54%) demonstra a falta de previsibilidade para a solução desse problema, que tem provocado o menor ritmo de atividades da construção em todo o país.

– O aumento no custo dos insumos tem levado os empresários do mercado imobiliário a adiar lançamentos. Apesar das vendas registrarem tendência de alta, os lançamentos apresentam tendência de queda, o que compromete o mercado, que já possui um estoque disponível para comercialização no menor patamar histórico. Nos últimos 12 meses encerrados em março/21, as cidades de Belo Horizonte e Nova Lima venderam 4.615 apartamentos novos, enquanto os lançamentos totalizaram 3.266 unidades.

– Considerando a média de vendas do 1o trimestre de 2021 (cerca de 400 unidades), o escoamento do estoque será de 6,46 meses. Isso significa que, se os lançamentos não aumentarem de forma consistente nos próximos meses, pode vir a faltar imóvel novo para venda.

– Esse movimento reflete no mercado de trabalho, e contribui para resultados menos expressivos na geração de vagas. A média de geração de 44.327 novos empregos formais na construção civil no Brasil, registrada no primeiro bimestre do ano, caiu para 23.215 nos meses de março e abril. Isso significa que o setor reduziu em quase 50% o ritmo de criação de vagas.

– Em Minas Gerais, o número de geração de novos postos de trabalho com carteira assinada na construção, em abril, foi de 2.340, o menor patamar do ano. Esse também é um reflexo do incremento expressivo no custo dos insumos.

Sinergia e integração em favor da cadeia de valor do cimento e da construção

Em 2020 a indústria brasileira do cimento, através de suas entidades ABCP e SNIC, assinou um convênio histórico com a Universidade de São Paulo (USP) com o objetivo de desenvolvimento de inovações em materiais, processos, produtos e sistemas construtivos.

O Convênio formalizado contempla uma série de atividades: a construção de um laboratório digital, o desenvolvimento de um espaço de coworking para startups e participantes de projetos, cátedra que a cada ano traz um pesquisador internacional para troca de experiências, bolsas para alunos de mestrados e doutorados, além de atividade de ensino.
A iniciativa ocorre em um momento especial do Brasil e do mundo. A necessidade de mudança está sendo impulsionada por variáveis tão diversas como a sustentabilidade, o desenvolvimento de novos materiais, a necessidade de aumentar a competitividade, a inteligência artificial, os novos modelos de negócios, os aplicativos, a indústria 4.0, a busca por cidades melhores.

Com a perspectiva de continuar sendo protagonista da construção, a indústria do cimento avalia essas tendências como oportunidades de reforçar sua liderança na oferta das melhores soluções para os players e clientes do setor.
Desse convênio e parceria foi lançado o HubIC, o hub de Inovação e Construção Digital que, já na partida, congrega cerca de 30 destacadas e importantes empresas da cadeia produtiva da construção que irão trabalhar de forma colaborativa no desenvolvimento de projetos que resolvam as “dores” do setor.

O objeto de trabalho do HubIC é a inovação hard tech, ou seja, inovações que demandam laboratório, engenharia, indústria e arquitetura. A percepção é que o potencial desse tipo de inovação praticamente ainda não foi explorado no Brasil e que as competências dos profissionais e empresas envolvidos potencializam resultados significativos para nosso setor.

A meta para este ano de 2021 é que os primeiros trabalhos com as empresas que aderiram ao HubIC permitam a construção de uma carteira de projetos colaborativos capazes de impactar o mercado.

Brasil é o 5º país do mundo com maior número de certificações de edifícios sustentáveis

Gestão de recursos naturais e tecnologias que se conectam com a natureza se tornou tendência e estão mais presentes nas casas dos brasileiros

Não é de hoje que o tema sustentabilidade aparece em alta no mercado da construção civil. As mudanças de padrões, aliadas a um público mais exigente e informado, vem transformando o setor e promovendo uma melhora construtiva na busca por práticas e ações que aproveitam melhor os recursos naturais e preservam o ecossistema.

Dados de 2020 do United States Green Building Council (USGBC), criador do sistema LEED (Liderança em Energia e Design Ambiental, em português) de classificação de edifícios sustentáveis, afirmam que o Brasil ocupa a 5ª posição no ranking mundial de sustentabilidade, do qual fazem parte 180 países. Atualmente o Brasil possui mais de 1.500 construções sustentáveis, sendo que 641 são certificadas e 50 milhões de metros quadrados ainda buscam a certificação Green Building Council Brasil.

A Certificação GBC Brasil Condomínio® foi desenvolvida pelo Green Building Council Brasil, com intenção de fornecer ferramentas necessárias para projetar, construir e operar condomínios residenciais que possuam alto desempenho e práticas sustentáveis. Busca-se fomentar o setor industrial em prol da sustentabilidade e transformação do ambiente construído, através da educação e disseminação das práticas necessárias para que a construção seja, de fato, sustentável.

Segundo Raul Penteado, Presidente do Green Bouilding Council Brasil, em editorial publicado no Anuário GBC Brasil 2020, o valor total de vendas das unidades familiares em edificações registradas ou certificadas GBC Casa&Condomínio somavam 4 bilhões em 2020. “Esses empreendimentos aliam desenvolvimento econômico com a redução média de 25% em energia, 40% a 60% em água, desviam mais de 80% dos resíduos de aterros sanitários e impactam positivamente a saúde e o bem-estar das pessoas”.

De acordo com o caderno Construção Verde: Desenvolvimento com Sustentabilidade, publicado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), a expansão urbana do país é inevitável no cenário de crescimento populacional e de acesso à moradia, por isso, deve ser delineada sob o primado da sustentabilidade. As necessidades habitacionais do Brasil projetam a construção de quase 24 milhões de novas moradias entre 2009 e 2022. Considerando residências com 60 m² de área privativa em média, esse volume de edificações acarreta a construção de 2,1 bilhões de m². Por esse alto volume, a ocupação de novos espaços e a preservação ambiental devem ser harmonizadas, pautadas pelo equilíbrio entre as necessidades do homem e a natureza.

Segundo João Vitor Gallo, sócio da Petinelli Consultoria e Engenharia – empresa especializada em Green Building e 1ª empresa do mundo com o selo LEED Zero, da U.S. Green Building Council (USGBC)– o futuro das construções sustentáveis é muito promissor e nem um pouco distante da realidade atual. “Estamos numa era onde os recursos naturais estão cada vez mais escassos e a demanda por energia só cresce, contribuindo para o aumento do custo ao usuário final. Nesse cenário, construir melhor, gastando menos recursos, economizando dinheiro do usuário e trazendo um espaço mais saudável é um caminho sem volta. Em alguns estados norte americanos já é lei certificar prédios públicos e no Brasil isso está se tornando um padrão de mercado. Assim como os selos que encontramos em equipamentos eletroeletrônicos, a certificação de edifícios sustentáveis torna-se, cada vez mais, um requisito obrigatório para o comprador”, explica.

Garantias de sustentabilidade

Seguindo essa premissa, um conjunto de ações apoiam o desenvolvimento sustentável na construção civil, entre eles as certificações ambientais para edificações fornecidas pelo Green Building Council Brasil e divididas nas categorias Verde, Prata, Ouro e Platina. Eles determinam parâmetros para avalizar o impacto ambiental dos edifícios, tanto na sua construção quando no seu uso. Inspirada nessa condição, a GT Building, uma das principais incorporadoras imobiliárias do Paraná, é consciente sobre a limitação dos recursos do planeta e, por isso, criou um Conceito de Sustentabilidade que já está sendo adotado em boa parte de seus empreendimentos.

Para adequar seus empreendimentos a padrões internacionais de sustentabilidade a incorporadora conta com a expertise da Petinelli Consultoria e Engenharia. “Trabalhamos em parceria com a GT Building sugerindo novas possibilidades para edifícios mais sustentáveis, com o objetivo de conquistar certificações ambientais nacionais e internacionais. Nossa consultoria para a incorporadora é muito focada em estar em linha com as inovações do mercado e conceitos de sustentabilidade, validados por softwares especializados em entregar uma visualização assertiva do resultado final dos projetos antes do início da obra, facilitando a adequação dos empreendimentos desde a sua concepção”, afirma Gallo.

Trabalhar com práticas sustentáveis tem o objetivo de demonstrar à sociedade a preocupação com o meio ambiente, assim como valorizar a moradia e bem-estar dos condôminos. “A ideia de sustentabilidade impulsiona a inovação e estimula a busca por novas tecnologias. É por isso que a GT trabalha com extrema preocupação com a eficiência energética, uso racional da água, segurança e saúde de seus operários, pontos de carregamento de carros elétricos, tratamento de ruídos, utilização de materiais de fornecedores certificados, além dos estudos de viabilidade e cuidados com a vizinhança e com o bairro. Isso é importante para o planeta como um todo, mas também para os moradores, que enxergam valor nessas ações e ainda vivem em um ambiente sustentável e saudável. Tudo isso valida o Conceito em nossos empreendimentos”, afirma João Thomé, diretor da GT Building.

Os certificados ambientais são uma chancela de qualidade para os edifícios sustentáveis, que por seguirem padrões internacionais de qualidade também são mais confortáveis, uma vez que tem melhor aproveitamento térmico e utilizam de forma mais inteligente a iluminação natural. “Os edifícios da GT Building são edifícios sustentáveis chancelados por uma certificação nacional que confirma o uso adequado e racional dos recursos naturais”, conclui Gallo.

Curitiba em destaque

Para o especialista, Curitiba é uma cidade que há muito tempo se destaca na questão de sustentabilidade no Brasil e o mercado da cidade adotou a certificação como padrão de referência, o que tem sido confirmado com os novos lançamentos na capital. “Essa vanguarda é comprovada pelo pioneirismo em várias áreas como a coleta seletiva de lixo e a implantação de áreas verdes que recebem a drenagem de chuva da cidade. Quando analisamos o m² construído de novos edifícios, comparando Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro, a capital paranaense tem, proporcionalmente, mais m² quadrados certificados do que as outras grandes cidades do Brasil”, compara.

Bosco Centrale, lançamento da GT Building em parceria com a Gadens Incorporadora e a Teig Empreendimentos Imobiliários, carrega em seu nome aquilo que realmente é: o primeiro edifício com bosque vertical em Curitiba, que ficará localizado no Centro, e onde todos os moradores podem usufruir da vista verde na fachada. Todo o projeto foi pensado e desenvolvido para que este seja um edifício verde e sustentável, desde a construção com o uso de materiais recicláveis até o aproveitamento de recursos naturais. Além da etiqueta própria, a empresa busca a certificação GBC Condomínio, que atesta a sustentabilidade do Bosco Centrale.

Já o edifício Casa Milano, alia luxo e sustentabilidade e também busca a certificação GBC Condomínio com diferenciais adotados desde a sua concepção como: placas solares para geração de energia atendendo uma demanda de até 20% do consumo das áreas comuns, sistema de ventilação das garagens (DVC) controlado pela leitura de CO2, utilização de água pluvial para alimentar a área comum, sistema de irrigação eficiente com sensor de umidade, utilização de materiais certificados de acordo com a ISO 14024 (Selo Verde), reuso de água nos vasos sanitários das áreas comuns e utilização de materiais de baixo impacto ambiental, social e econômico visando reduzir as emissões de CO2 e a extração de recursos naturais não renováveis.

Em processo de certificação pelo selo GBG Brasil Condomínio, o Denmark também abraça o meio ambiente. Cada detalhe deste empreendimento foi pensado para priorizar o conforto dos moradores, inspirado no Hygge Dinamarquês trazendo para o Brasil o conceito Hug House, ou casa que abraça, ao mesmo tempo que garante a sustentabilidade do planeta.

O projeto conta com aproveitamento inteligente de luz natural, reaproveitamento de água pluvial, redução de resíduos com correta destinação e utilização de materiais locais e recicláveis.

Fórum Econômico Mundial desenvolve cenário para o futuro do real estate

Por Christian Ulbrich

Há anos, muitos de nós, da comunidade imobiliária, reconhecemos a necessidade urgente de mudança. A pandemia de COVID-19 acelerou certas tendências e afetou muitos dos motores de demanda subjacentes da indústria.

A convergência de múltiplas crises – saúde pública, social, econômica e planetária – tem servido para levar para casa a urgência de nossos esforços em identificar alguns imperativos simples e criar um conjunto de placas de sinalização que poderiam ajudar a indústria a se “reconstruir da melhor forma”.

Em nosso relatório – A Framework for the Future of Real Estate (conteúdo em inglês) – desenvolvemos uma visão para um futuro no qual os edifícios nos proporcionam conforto, são equipados para os mais inéditos eventos, sustentam nossa saúde e o planeta e são acessíveis e de baixo custo para toda a sociedade.Decidimos que os imóveis devem ser habitáveis, criando habitats adequados para uma existência rica e culturalmente vibrante.

Normalmente, nas principais cidades do mundo, as pessoas passam cerca de 90% do dia dentro de casa, o que torna os edifícios fundamentais para garantir a habitabilidade. Uma combinação de fatores contribui para uma boa qualidade de vida, incluindo edifícios bem desenvolvidos e design centrado no ser humano, de maneira inclusiva.

Chegamos à conclusão de que os imóveis devem ser sustentáveis, otimizados para a produção zero de carbono em todos os aspectos, desde a construção até as operações. O impacto ambiental dos ativos imobiliários é destacado pelo fato de que os edifícios são responsáveis por 40% das emissões globais de gases de efeito estufa, 50% do consumo mundial de energia e 40% das matérias-primas.

Se quisermos cumprir metas líquidas de carbono zero, precisamos acelerar a ação; ação que exigirá retrofits energéticos em larga escala de edifícios existentes mais antigos e, crucialmente, a reforma ou a redefinição de edifícios em vez de demolição.Os imóveis também devem ser resilientes, capazes de se adaptar a quaisquer exigências que possam surgir, mitigando os efeitos de eventos naturais e causados pelo homem, como clima, crises financeiras e de saúde, e para preservar a identidade cultural das comunidades.

Os ativos precisam suportar uma variedade de choques imprevisíveis e serem flexíveis para se adaptar às mudanças de padrões de trabalho e vida ao longo de todo o seu ciclo de vida.E os imóveis devem ser acessíveis, com habitação, transporte e serviços essenciais disponíveis para todos. A oferta de acesso justo ao espaço de qualidade para viver e fazer negócios é essencial para a saúde geral da sociedade.

A acessibilidade deve incluir tanto o acesso financeiro (aluguéis acessíveis, baixas barreiras à propriedade residencial), quanto o acesso ao padrão adequado de ativos em termos de espaço, saúde, localização e a serviços básicos.
Perceber essa visão e entregar edifícios que sejam habitáveis, sustentáveis, resilientes e acessíveis exigirão o uso de cinco facilitadores críticos:Digitalização e inovaçãoMarcos regulatórios robustosTalento e conhecimentoProva de valorEngajamento das partes interessadas

pilares chave

Um cenário para a mudança

Estamos convictos de que a visão apresentada em A Framework for the Future of Real Estate (conteúdo em inglês) é do interesse de todos os stakeholders. Nossa indústria tem que se concentrar em abordagens ganha-ganha. Por todo o seu escopo e detalhe, só será acionável uma vez que tenha alcançado todos os decisores políticos, representantes eleitos e líderes corporativos que estão melhor posicionados para dar vida às suas propostas.Essa é uma oportunidade única e um mandato claro para a indústria fazer a transição para um futuro onde os edifícios sejam habitáveis, sustentáveis, resilientes e acessíveis.

Adaptado de um artigo de Christian Ulbrich publicado pela primeira vez no blog Agenda do Fórum Econômico Mundial em 23 de abril de 2021.
Christian Ulbrich, CEO Global da JLL, co-presidente da comunidade do setor imobiliário do Fórum Econômico Mundial e um dos principais contribuintes para “Uma Estrutura para o Futuro dos Imóveis”, produzido pelo Fórum Econômico Mundial.

A tecnologia BIM como aliada da construção civil

Projetos estão mais ágeis, assertivos e econômicos

A utilização do BIM (sigla em inglês para Building Information Modeling) está cada vez mais presente no setor da construção civil. A tecnologia reúne informações, especificações e todos os atributos dos projetos de uma construção de forma integrada e organizada e permite criar, por meio de softwares baseados no BIM, um modelo em 3D da obra, muito mais detalhado e próximo do resultado final. Além de tornar os projetos mais eficientes evitando os problemas nos canteiros de obras, como erros na execução do projeto e no pós-obra.

O uso do BIM reduz custos, otimiza o ROI (retorno sobre o investimento) e agiliza todo o processo aumentando a qualidade dos empreendimentos.

Para Mauro Rego, Diretor de Engenharia da Seed Incorp, incorporadora e construtora especializada em condomínios residenciais de alto padrão na capital paulista afirma que, “a modelagem com o conceito BIM trabalha com modelos 3D mais fáceis de assimilar e mais fiéis ao produto final. Nossos projetos realizados por meio dessa tecnologia agregam todas as áreas envolvidas no planejamento das nossas construções, além de fornecer informações aprofundadas sobre cada detalhe da obra”, diz.

A Tecnologia da Informação aliada à construção civil é um dos maiores benefícios ao setor. Os processos que envolvem uma obra permitem o trabalho de forma integrada e ágil otimizando tempo, trazendo uma maior assertividade em todas as etapas e também promovendo a redução de custos, já que o desperdício de material é evitado. “A adoção dessa tecnologia tem reduzido o tempo de elaboração de projetos de 10 a 15%, o que representa racionalização de equipes e redução de custos indiretos. Na arquitetura, por exemplo, essa redução pode chegar a 40%.”, completa o diretor da Soul Tech.

A integração entre os envolvidos em um projeto é de suma importância. A boa comunicação, além de evitar erros e retrabalhos, traz agilidade nos processos além de reduzir o tempo da obra.

Mauro destaca que, “trabalhar de forma integrada e usando a inovação sempre ao nosso favor é o modelo de trabalho ideal das construtoras e aqui na Seed promovemos a disrupção no setor imobiliário utilizando todas as ferramentas tecnológicas para aprimorar cada vez mais nossos empreendimentos”.

Planalto pretende investir R$ 1 bilhão até 2025 em empreendimentos imobiliários voltados para a tendência de êxodo das grandes cidades

Pós-pandemia motiva busca com lugares mais tranquilos, que ofereçam contato com a natureza, lazer e comodidade

Com seis etapas sucessivas de vendas esgotadas de seu condomínio de chácaras em Trindade, Goiás, a Planalto, empresa cuja missão é a gestão e desenvolvimento de empreendimentos imobiliários com soluções para uma vida melhor, vai se lançar no mercado nacional de empreendimentos imobiliários com cinco novas Cidades do Lazer, baseadas no modelo de moradia e lazer de Orlando, EUA. A empresa pretende investir R$ 1 bilhão até 2025 em projetos nos arredores de São Paulo, Campo Grande, Cuiabá, Belo Horizonte e Brasília.

Os estudos já estão avançados e com áreas devidamente mapeadas. Em Goiás, o Terra Santa Cidade do Lazer inaugurado em 2015 tem como âncora o Arca Parque, que já recebe 65 mil pessoas/ano e vai ser o maior parque aquático temático da região, rodeado por 1.835 chácaras em uma área total de 7 milhões de m².

“O produto foi concebido como opção de second place, mas hoje 50% dos condôminos querem morar no local”, afirma José Roberto Nunes, CEO da Planalto e especialista no setor imobiliário com real estate.

A Planalto aposta nessa tendência, confirmada por uma pesquisa divulgada este mês pela Febraban e Ipespe. O levantamento revela que 30% dos brasileiros gostariam de se mudar para um lugar mais tranquilo com a pandemia. Na região Sudeste, esse desejo é ainda maior, atingindo 35% dos entrevistados.

IGP-M sobe 4,10% em maio

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) subiu 4,10% em maio, contra 1,51 no mês anterior. Com este resultado o índice acumula alta de 14,39% no ano e de 37,04% em 12 meses. Em maio de 2020, o índice havia subido 0,28% e acumulava alta de 6,51% em 12 meses.

“Os preços de commodities importantes voltaram a pressionar a inflação ao produtor. Em maio, o IPA avançou 5,23%, sob forte influência dos aumentos registrados para minério de ferro (de -1,23% para 20,64%), cana-de-açúcar (de 3,43% para 18,65%) e milho (de 8,70% para 10,48%). Essas três commodities responderam por 62,9% do resultado do IPA, cuja taxa foi de 5,23%”, afirma André Braz, Coordenador dos Índices de Preços.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 5,23% em maio, ante 1,84% em abril. Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais variou 1,59% em maio. No mês anterior, o índice havia registrado taxa de 1,11%. A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de 2,03% para 2,98%, no mesmo período. O índice relativo a Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, subiu 2,08% em maio, ante 1,83% no mês anterior.

A taxa do grupo Bens Intermediários passou de 3,16% em abril para 2,59% em maio. O principal responsável por este movimento foi o subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cujo percentual passou de 5,08% para 0,06%. O índice de Bens Intermediários (ex), obtido após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, subiu 3,00% em maio, contra 2,86% em abril.

O estágio das Matérias-Primas Brutas subiu 10,15% em maio, após variar 1,28% em abril. Contribuíram para o avanço da taxa do grupo os seguintes itens: minério de ferro (-1,23% para 20,64%), cana-de-açúcar (3,43% para 18,65%) e soja em grão (1,23% para 3,74%). Em sentido oposto, destacam-se os itens bovinos (3,09% para 0,41%), leite in natura (2,08% para 1,24%) e laranja (-1,78% para -4,16%).

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,61% em maio, ante 0,44% em abril. Cinco das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação. A principal contribuição partiu do grupo Habitação (0,39% para 1,16%). Nesta classe de despesa, vale citar o comportamento do item tarifa de eletricidade residencial, cuja taxa passou de 0,06% em abril para 4,38% em maio.

Também apresentaram acréscimo em suas taxas de variação os grupos Vestuário (-0,03% para 0,45%), Educação, Leitura e Recreação (-0,76% para -0,59%), Alimentação (0,19% para 0,31%) e Comunicação (0,36% para 0,67%). Nestas classes de despesa, vale mencionar os seguintes itens: roupas (0,01% para 0,57%), boneca (-0,30% para 1,40%), hortaliças e legumes (-4,29% para 0,43%) e combo de telefonia, internet e TV por assinatura (0,72% para 1,35%).

Em contrapartida, os grupos Transportes (1,03% para 0,75%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,99% para 0,89%) e Despesas Diversas (0,37% para 0,19%) registraram decréscimo em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, destacam-se os seguintes itens: gasolina (3,03% para 1,03%), artigos de higiene e cuidado pessoal (1,33% para 0,09%) e serviços bancários (0,36% para 0,10%).

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 1,80% em maio, ante 0,95% no mês anterior. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de abril para maio: Materiais e Equipamentos (2,17% para 2,93%), Serviços (0,52% para 0,95%) e Mão de Obra (0,01% para 0,99%).

Valor do m² no Distrito Federal sobe 1,4% no mês, segundo Wimoveis

Em abril, o valor médio do m² em Brasília era R$ 10.453, de forma que umimóvel padrão (65 m², dois quartos e 1 vaga de garagem) custa em torno de R$ 679.250. As informações são do relatório mensal do Wimóveis, maior portal imobiliário do Distrito Federal, que mostra um aumento de 1,4% nos preços de venda em relação ao mês anterior, de 4,3% ao longo de 2021 e de 9,1% nos últimos 12 meses. 

Entre abril de 2020 e abril de 2021, os pontos do Distrito Federal onde o preço dos imóveis mais tiveram queda foram Centro de Guará (R$ 4.742/m², -16%), Riacho Fundo         (R$ 3.694/m²,  -11%) e Riacho Fundo I (R$ 3.633/m², -6%). Por outro lado, as maiores altas ocorreram em Taguatinga Norte (R$ 4.099/m², +19%), Setor Total Ville (R$ 3.027/m², 19%) e o Centro de Taguatinga (R$ 4.062/m², +19,4%).

No mês de abril, os pontos do Distrito Federal onde o preço do m² foi mais barato e mais caro foram os seguintes:

Mais baratos (R$/m²)Variação mensalVariação anual
Setor Habitacional Contagem (Sobradinho)2.2802,3%1,4%
Área de Desenvolvimento Econômico (Águas Claras)2.659-0,7%S/D
Riacho Fundo II (Riacho Fundo)2.7352,6%17,2%
Mais caros  (R$/m²)Variação mensalVariação anual
Setor De Clubes Esportivos Sul (Brasília)13.1995,2%2,0%
Lago Sul (Brasília)13.6023,3%S/D
Superquadra Sudoeste (Brasília)14.1441,7%S/D

Aluguel se mantem no mesmo nível de abril de 2020

O relatório do mês de abril mostra que o preço médio do aluguel no Distrito Federal é de R$ 2.729/mês, 0,7% a mais do que o mês de março e 3,3% a mais que o início do ano. Quando se compara o valor de abril com o registrado no mesmo mês de 2020, houve estabilidade no preço do aluguel.

Nos últimos 12 meses, as regiões onde o preço de locação ficou mais barato foram Riacho Fundo I (R$ 1.154/mês, -10%), Zona Industrial (R$ 3.014/ mês, -7%), Asa Sul (R$ 2.589/mês, -2%). As maiores altas aconteceram em Samambaia Sul (R$ 1.238/ mês, +15%), Samambaia Norte (R$ 1.213/mês, +19%) e Vicente Pires (R$ 1.247/mês, +19%).


Na tabela estão os locais onde o aluguel é mais barato e mais caro:

Mais baratos (R$/mês)Variação mensalVariação anual
Centro (Taguatinga)1.052-2,0%-1,2%
Ceilândia Sul (Ceilândia)1.0841,4%0,3%
Ceilândia Norte (Ceilândia)1.099-3,1%6,7%
Mais caros (R$/mês)Variação mensalVariação anual
Noroeste (Brasília)3.497Estabilidade10,2%
Setor de Hotéis e Turismo Norte (Brasília)4.510-4,3%3,6%
Setor Hoteleiro Norte  (Brasília)5.159-0,7%S/D

Rentabilidade

O índice de rentabilidade imobiliária relaciona o preço de venda e valor de locação do imóvel para verificar o tempo necessário para recuperar o dinheiro utilizado na aquisição do imóvel. No relatório de abril, o índice se manteve em 4,3%. Dessa forma, são necessários 23,1 anos de aluguel para obter o valor investido na compra do imóvel, 9,8% a mais que há um ano.

Veja onde encontrar os índices de rentabilidade mais altos e baixos: 

Mais rentáveis%
Setor Hoteleiro Norte10,4%
Setor de Hotéis e Turismo Norte8,1%
Vicente Pires7,1%
Menos rentáveis%
Guara II4,7%
Octogonal4,6%
Sudoeste4,3%