Onde e como seu filho vai viver em 2029?

Por Alexandre Lafer Frankel, CEO da Vitacon

Proponho ao leitor um exercício simples e rápido: voltar no tempo, 10 anos atrás, para 2009, e lembrar o que era o mundo e o Brasil há uma década. Em 2009, o brasileiro mais rico era Eike Batista, o juiz mais famoso era Joaquim Barbosa, o ex-presidente Lula tinha 70% de aprovação, o Orkut era a nossa principal rede social e o Facebook era apenas uma aposta entre os brasileiros, o Uber não tinha estreado como aplicativo no mundo e o Brasil bateu recorde de carros vendidos naquele ano, mais de 3 milhões de unidades.

Só de olhar as referências do passado fica evidente o quanto mudamos e a velocidade que transformamos nossos hábitos e valores. Eike Batista não desfila mais na lista dos mais ricos, Sérgio Moro tomou o posto de juiz mais popular do país, o ex-presidente Lula foi condenado e preso, o Orkut fechou as portas e abriu espaço para o Facebook se tornar a maior rede social do país, o Uber mudou a relação do brasileiro com a mobilidade, e o carro, que era símbolo de status, se tornou símbolo de desperdício.

Acompanho de perto como todas essas transformações também mudaram nossa maneira de morar. Nesses 10 anos, mudamos a nossa relação com o espaço físico e adotamos o lema da escola Bauhaus: menos é mais. Menos trânsito é mais qualidade de vida; menos espaço é mais organização; menos burocracia é mais tempo livre. É por isso que os apartamentos compactos já representam mais da metade dos lançamentos em São Paulo e essa tendência é irreversível. Estamos trocando metro quadrado por qualidade de vida ao quadrado.

Os números não mentem. Dados do Departamento Nacional de Trânsito mostram que, de 2014 a 2017, a emissão da Carteira Nacional de Habilitação para jovens de 18 a 21 anos caiu 20,61%. Essa é uma tendência e ela é fundamental para entender como os jovens da Geração Z vão morar daqui a 10 anos. O roteiro está traçado, e as transformações para o mercado imobiliário são disruptivas.

Em uma década o carro deixou de ser um ativo. Nos próximos 10 anos, nossa aposta é que o imóvel também vai deixar de ser uma poupança para os jovens brasileiros. A ideia do apartamento como reserva de valor está com os dias contados. A economia compartilhada oferece a essa geração uma série de oportunidades para que ela redirecione os seus investimentos futuros.

Não há na cabeça de quem nasceu na década de 1990 para cá a necessidade de ter a segurança ilusória de uma escritura como garantia de estabilidade na vida. Pelo contrário: o jovem quer empreender e arriscar, quer ser livre e independente. A Geração Z respira e vive os veículos autônomos, as casas automatizadas, a inteligência artificial e o compartilhamento.

A economia compartilhada veio para quebrar inúmeros paradigmas. Primeiro foram os automóveis; vieram os bancos digitais; empresas de logística; até vestuário está virando compartilhado. A moradia não foge à regra e talvez seja o exemplo mais bem acabado dos impactos desta revolução. Compartilhamos quartos, cômodos, casas e camas com desconhecidos. A disrupção forçou as redes hoteleiras a se reinventarem. O sonho não é mais da casa própria. O sonho é da independência financeira e da liberdade de transitar, viver e ser feliz.

A Geração Z é mais cautelosa e frugal. Não gasta sem necessidade e não acumula posses. Discos, livros, quadros e documentos estão nas nuvens. Um apartamento pequeno e confortável, com espaço para os gadgets tecnológicos e meia dúzia de peças de roupas é mais prático e confortável do que as enormes e disfuncionais casas de seus pais. Os jovens preferem morar perto e sem carro e buscar independência financeira a ter um carro poluidor e um imóvel próprio financiado.

Pesquisa do instituto Alexandria.ai, encomendada pela Vitacon, mostra que 62,8% das pessoas entre 18 e 44 anos concordam com a frase “o verdadeiro privilégio é ter tempo e não precisar ter carro”. Mais: 40,9% deles rejeitariam uma oferta de trabalho se tivesse que usar o carro todos os dias. Para 38,3% dos entrevistados, ter carro atrapalha mais do que facilita a vida. E 44,4% concordam que o “sonho é não precisar usar o carro no dia a dia”.

No começo deste artigo pedi ao leitor para voltar a 2009 e ver como mudamos em 10 anos. Agora, vamos voltar a 1565, data da fundação do primeiro cartório do Brasil. Arrisco em dizer que a Geração Z vai enterrar de vez a burocracia e a cultura cartorial do país. Vamos viver com menos burocracia e espaços menores, mas viveremos com mais qualidade de vida e seremos uma sociedade mais rica e justa.

Abrainc promove Fórum Internacional de Liderança e Inovação em São Paulo

A ABRAINC (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias) realiza, no dia 25 de junho, o primeiro Fórum Internacional de Liderança e Inovação – FILI 2040. A proposta do evento é trazer experiências concretas de iniciativas presentes mundialmente sobre como viabilizar o negócio da cadeia da incorporação imobiliária no contexto de liderança, gestão e inovação, sempre com os preceitos de sustentabilidade.

“A indústria da incorporação está mudando, embora não seja rápida devido a sua complexidade. Tecnologias como Big Data, Inteligência Artificial, Smart Mobility, Blockchain, Realidade Aumentada e Virtual, Chatbots, Pear-to-peer e novas formas de conectar as pessoas já estão presentes no setor, e terão um enorme impacto no futuro do mercado imobiliário. Além disso, inovações sociais (trabalho mais inteligentes, gestão dinâmica e organização flexível), mentalidade e cultura serão grandes desafios para as organizações”, afirma Luiz França, presidente da ABRAINC.

No evento, a ABRAINC irá lançar e debater uma pesquisa inédita sobre ‘Tendência do consumidor imobiliário em 2040’, realizada em parceria com a Deloitte.

Palestras

O FILI 2040 abordará pontos essenciais para a inovação e tecnologia na área da incorporação imobiliária. Temas como a importância na formação de recursos humanos qualificados, apoio às empresas na inserção da inovação e ajuda para a regulação por meio de arranjos jurídicos – institucionais adequados, aprimorar o marco legal à inovação, com ajustes que tornem mais efetivos os regimes de incentivos existentes –, serão debatidos no Fórum. Além disso, a necessidade da criação de programas setoriais de inovação efetivos, que definam metas e objetivos pactuados entre o governo e o setor privado será discutida.

O programa do Fórum reunirá conceituados palestrantes do setor, além da realização de sessões interativas, com a participação de empresas como MRV, Deloitte, Tegra, Cyrella, OLX, entre outras. Além da SecretariaEspecial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, e os sindicatos do setor, SindusCon-SP e SECOVI-SP.

Serviço:

Data: 25/06, terça-feira 
Horário: das 08h às 18h30 
Local: Centro de Convenções Grand Mercure | Rua das Olmpíadas, 205 – Vila Olímpia (SP) 
Inscrições: Pelo site www.eventbrite.com.br/e/fili-2040-forum-internacional-de-lideranca-e-inovacao-tickets-60129407677#tickets

Construtora de Curitiba se destaca em projetos personalizados de casas em condomínio

A construção de casas com arquitetura moderna e funcional e o uso de materiais e tecnologia de ponta em cada obra são algumas das características que têm levado a Bidese Construtora a ganhar mercado na capital paranaense. Com 10 anos de experiência, a empresa vem se destacando com novos projetos em parceria com grandes arquitetos da cena local e nacional voltados para construção de casas personalizadas em condomínio.

“Construímos residências acima de 250 m², utilizando mão de obra qualificada os materiais de grande qualidade e melhor tecnologia do mercado. Também contamos com a parceria dos mais renomados escritórios de arquitetura, prezando pelo design inovador e singular de cada projeto. Nossa assessoria é exclusiva e completa, auxiliando desde a escolha do terreno. A personalização de nossas casas é feita de acordo com o gosto, estilo do projeto e viabilidade financeira de cada cliente”, aponta o diretor do Grupo Bidese, Thiago Bidese, ao comentar sobre os diferenciais da construtora.

Segundo o diretor, o fato de a construtora, além de casas, construir edifícios também tem elevado o nível de confiança junto aos clientes. “Formamos uma empresa capaz de cuidar de todos os detalhes arquitetônicos e que tem como característica de seu grupo societário a solidez e a seriedade que todo aquele que deseja construir uma casa precisa”, destaca Thiago Bidese.

Novas obras foram confirmadas e estão na fase de planejamento. Outras casas estão em execução, além de um empreendimento vertical que também está em construção e um novo prédio em fase de projeto.

Além da atuação em um segmento que atende clientes que valorizam inovação e modernidade, a tranquilidade de ter uma construtora especializada fazendo o acompanhamento global da obra também é um atrativo. “Nossos clientes passam a contar com um corpo técnico especializado em construção civil com a segurança de que, independentemente das oscilações do mercado, a obra será realizada com qualidade com cada detalhe previsto no projeto”, explica o diretor de obras da Bidese Construtora, Rafael Depiné.

Acabamentos personalizados

Uma casa de Alto Padrão é reconhecida principalmente pelos acabamentos de luxo. Por isso, a variedade de materiais e marcas permite que cada obra tenha as características desejadas pelo cliente. “Contamos com o apoio das melhores empresas parceiras para buscar materiais únicos e de qualidade. Assim também temos a garantia do produto. Estamos sempre antenados ao que o mercado oferece de novo para mostrar ao cliente e definir um diferencial para o acabamento da casa”, conta a arquiteta Paula Moreira, responsável pelo Relacionamento com o Cliente da Bidese Construtora.

Segundo a arquiteta, essa assessoria para definição dos materiais e acabamentos proporciona um padrão estético, mas também opções que tragam praticidade e funcionalidades para o dia a dia do futuro morador da residência. “Sempre pensamos no custo-benefício que o cliente quer e, com isso, vamos em busca dos materiais solicitados e também similares que possam garantir um resultado ainda maior do que o esperado pelo cliente”, complementa Paula Moreira, da Bidese Construtora.

Mercado Imobiliário inova em formas de pagamento

O comportamento do consumidor está em constante mudança e busca por praticidade. Ao mesmo tempo, pagar o aluguel e economizar para adquirir a casa própria é um desafio para muitas pessoas.  O mercado imobiliário tem acompanhado essa movimentação e observou a necessidade de inovar na forma de pagamento dos imóveis, com o objetivo de aumentar o interesse dos clientes em realizar um investimento para a vida toda.

Ao notar essa realidade de mercado, a MPD Engenharia desenvolveu um formato de venda que facilita a aquisição sem que o proprietário precise tomar a decisão de compra e necessite fazer um investimento de imediato.

Com o Invista Seu Aluguel é possível pagar um aluguel em parcelas fixas durante 30 meses e, após o período, ter o valor pago revertido como entrada para a futura aquisição da unidade. É uma nova forma de comercialização válida para todos os empreendimentos prontos da construtora, seja ele residencial ou comercial, o formato traz mais facilidade e segurança ao cliente.

O modelo tem conquistado casais como o Cristiano e Kathy Cruz. Casados há um ano, eles encontraram no Invista Seu Aluguel o benefício de reverter o valor pago no aluguel em entrada para adquirir o tão sonhado imóvel, uma vez que para comprá-lo seria necessário ter 25% do valor do imóvel disponível. A campanha da MPD possibilitou a realização do sonho do casal, que já adquiriu sua unidade no Resort Bethaville, em Barueri. “Não só assinamos o Contrato de Aluguel como também o de Intenção de Compra. Nosso apartamento está em reforma e adoramos acompanhar cada etapa. Já até fizemos amizade com alguns vizinhos”, conta Cristiano.

Importante lembrar que é válido também para unidades comerciais. Um exemplo disso é o casal de cirurgiões-dentistas Bianca e Humberto, que escolheram o Office Bethaville para abrir o consultório odontológico. “A ideia de financiamento, naquele momento, não agradava. Foi aí que a corretora sugeriu o Invista seu Aluguel. Gostamos da proposta, principalmente por não precisar desembolsar um valor alto de entrada”, explica Bianca, de 26 anos.

Segundo Débora Bertini, Diretora de Incorporações da MPD, o modelo idealizado pela companhia é uma oportunidade ímpar. “O formato de pagamento é uma oportunidade para muitas pessoas realizarem o sonho de ter seu imóvel sem precisar tomar a decisão de compra e fazer o investimento imediato para ocupar o imóvel”.

Imóveis em leilão da Caixa poderão ser adquiridos com recursos do FGTS e financiamento

A Caixa Econômica Federal realizará, nos dias 13 e 26 de junho, um leilão de 60 imóveis populares e de alto padrão no estado de São Paulo. O grande diferencial deste pregão, organizado em duas fases pela Frazão Leilões, é que os lances poderão ser quitados com recursos do FGTS, além de serem financiados. Casas, apartamentos, terrenos e lojas poderão ser adquiridos por valores a partir de 25% do seu preço de mercado.

É o caso, por exemplo, de um apartamento de dois dormitórios em Taboão da Serra, cujo lance mínimo previsto para o segundo leilão, no dia 26 de junho, é de cerca de R$ 32 mil, valor correspondente a um quarto do preço original de mercado. Há ainda oportunidades de negócios na capital e em municípios como Cotia, Guarulhos, Itapecerica da Serra, Mogi das Cruzes e Mauá.

“Esse leilão é uma grande oportunidade, já que normalmente os recursos do FGTS só podem ser utilizados para a compra de imóveis novos. Tal facilidade de pagamento abre muitas oportunidades”, destaca Claudia Frazão, Leiloeira à frente da Frazão Leilões. Ela explica que os interessados em utilizar o FGTS para dar um lance, devem visitar uma agência da Caixa antes do pregão para verificar seu saldo do FGTS e condições de parcelamento, se desejar financiar.

Os interessados poderão participar do leilão presencialmente ou pela internet. As informações sobre todos os imóveis estão disponíveis no link www.frazaoleiloes.com.br/leilao/4846.

Caixa reduz taxas do crédito imobiliário

A CAIXA anunciou, nesta quarta-feira (5) a redução das taxas de juros para financiamentos habitacionais. A medida foi anunciada em coletiva de imprensa realizada no Edifício Matriz da Caixa em Brasília, e promete reaquecer o mercado imobiliário.

A taxa mínima para imóveis residenciais enquadrados no Sistema Financeiro de Habitação (SFH) e Sistema Financeiro Imobiliário (SFI) será de 8,5% a.a. e a máxima de 9,75% a.a. As novas taxas já começam a valer na próxima segunda-feira, 10 de junho. “A taxa mínima estava a 9,75% pelo SFI e 11% na taxa balcão, e a Caixa vinha perdendo mercado, e nós estamos corrigindo essa defasagem”, observou o presidente Pedro Guimarães.

A grande mensagem é que nós estamos eliminando as distorções, para não ter o tratamento diferenciado em categorias de renda”, destacou o presidente. A partir de 10 de junho, tanto para o SFH, que tem a utilização do FGTS pelo tomador, quanto no financiamento pelo SFI, a taxa mínima será de 8,5 % + TR.

Novas medidas para as próximas semanas

Na coletiva para os jornalistas, o presidente ainda anunciou duas novidades para o crédito imobiliário, previstas para entrar em prática de duas a três semanas: a opção de escolha pelos tomadores entre a indexação pela TR ou IPCA e a opção de financiar pela SAC ou Price.

Até o momento, a CAIXA apenas trabalha com a indexação por TR, que é determinada pelo Ministério da Economia, portanto volúvel quando se trata de um financiamento a longo prazo como é o habitacional, explicou Pedro Guimarães.

Quanto a opção de financiar pela tabela Price, estará disponível conforme avaliação de crédito. A vantagem da tabela Price é começar a pagar prestações menores, que vão subindo gradativamente. Essa medida visa atender a uma expectativa de aumento de renda do cliente no decorrer dos anos. “Isso é uma demanda dos construtores, que nós percebemos ao ouvir vários empresários com as visitas do CAIXA Mais Brasil, é uma demanda importante, do mercado”.

Na ocasião, o presidente reafirmou o compromisso com a continuidade dos programas habitacionais para a classe baixa. “A Caixa Econômica Federal vai continuar com foco na classe baixa. Não existe descontinuidade do Minha Casa Minha Vida”, afirmou.

Fonte: CAIXA


Loft indica Emil Michael para seu conselho

A Loft, plataforma digital que utiliza a tecnologia para simplificar a compra e venda de apartamentos, anuncia que Emil Michael passa a fazer parte de seu conselho. Antigo Vice-Presidente da Uber e com passagem por outras companhias como Goldman Sachs, Gemini Consulting e Klout, o executivo passa a ocupar uma cadeira no conselho da Loft, primeira empresa da América Latina a contar com a sua expertise.

Michael fez parte da equipe liderada por Travis Kalanick, responsável por viabilizar o crescimento exponencial e a rápida expansão geográfica da Uber. O executivo é natural do Egito, mas se mudou para os Estados Unidos na década de 1970, onde cursou a graduação na universidade de Harvard e, posteriormente, Direito na universidade de Stanford.

Com a chegada do executivo ao conselho da Loft, a empresa soma ainda mais credibilidade à sua estrutura, construindo uma fundação sólida para seu crescimento e consolidação no mercado brasileiro. O conselho também é formado pelos fundadores Mate Pencz e Florian Hagenbuch, e pelos investidores Alex Rampell, do fundo Andreessen Harowitz, e Brandon Wallace, do fundo Fifth Wall. No portfólio da Andreesen Harowitz estão empresas como AirbnB, Lyft e Rappi. Já o fundo Fifth Wall investiu na Loggi, OpenDoor e Lime.

A Loft chegou ao mercado com o apoio financeiro de renomadas firmas globais de venture capital. A empresa já soma a captação de R$ 340 milhões em aportes financeiros de fundos da Canary, Andreessen Horowitz, Thrive Capital, Monashees, QED Investors, Fifth Wall, além de vários investidores anjos globais.

Como os dados ajudam a entender o novo estilo de morar

O consumo de produtos vive um grande momento de transformação atualmente, impulsionada principalmente pela geração Z – pessoas nascidas entre 1994 e 2009 – que praticam novos valores em sua relação com produtos e serviços. De acordo com oestudo True Gen: Generation Z and its implications for companies, produzido pela McKinsey, eles valorizam princípios como a singularidade, ética, liberdade e a verdade, além da prática da economia compartilhada. A influência desses aspectos, segundo o levantamento, estão se expandindo e impactando o estilo de vida das pessoas, incluindo o de morar.

Com a ajuda da tecnologia – aplicação de algoritmos – hoje é possível desvendar uma série de pontos que ajudam as empresas do setor imobiliário a atender às necessidades dessa nova demanda, fornecendo informações sobre os melhores locais para se construir empreendimentos, metragens adequadas das unidades, equipamentos presentes na área comum e até mesmo a aplicação do melhor preço. A velocidade das mudanças trouxe algumas incertezas sobre os melhores caminhos para ofertar os melhores produtos e soluções para esse público. “Esse conhecimento é fundamental para ajudar as empresas do setor a obter um alto VGV, velocidade de venda e rentabilidade de seu negócio”, explica Marcus Araujo, presidente fundador da Datastore, empresa especializada em pesquisas para o setor imobiliário.

Para obter assertividade com os dados imobiliários, Araujo conta que é preciso trabalhar o processo estatístico de forma ampla. “Quando eu realizo uma nova pesquisa, coloco os dados dentro da minha nuvem de série histórica e, a partir dessa análise comparativa, consigo ter uma margem de acerto maior. A estatística é sempre preditiva”, explica.

Essa mudança de consumo trazida pelos Millenials e continuada pela geração Z ocasionou uma grande mudança no estilo de morar. Os bairros mais bem localizados estão abrindo espaço para empreendimentos – que antes eram caracterizados por alto luxo e grandes metragens – com unidades de tamanhos reduzidos, chegando a menos de 20 m². “Alguém imaginaria que a expectativa por m² cairia pela metade nos últimos dez anos?”, indaga Araujo. “São apartamentos menores, porém bem resolvidos e práticos em termos de espaço, onde o morador coloca a sua identidade”, complementa.

Os dados também ajudam inclusive a entender o perfil desses moradores. “É um público que não pretende ter carro, quer trabalhar perto de casa e para isso utiliza o transporte público, bicicleta ou o Uber. Se trabalha em casa, utiliza o coworking do condomínio. Pede comida pelo aplicativo, utiliza a lavanderia coletiva do prédio, faz ginástica na academia. Faz a sua vida girar em torno da sua casa”, diz o presidente da Datastore”

As gerações mais antigas também estão sendo influenciadas pelos hábitos de consumo da geração Z, o que pedeum conhecimento ainda maior sobre os públicos a serem atingidos no empreendimento. “As pessoas perderam poder aquisitivo por conta da diminuição da renda. A mulher foi para o mercado de trabalho, as famílias optaram por ter somente um filho, as pessoas vivem conectadas na internet por até nove horas por dia. Não contam mais com a ajuda de uma empregada doméstica para os afazeres da casa. Ou seja, tudo isso pede um apartamento menor e com projeto mais bem resolvido”, salienta.

Com a economia em marcha lenta, Marcus acredita que essa tendência deve perdurar nos próximos anos. “Acredito que esse mercado deve continuar se consolidando. Porém, as empresas devem continuar alertas e se amparando nos dados para tomar suas decisões, pois não está sobrando dinheiro para sair perdendo em empreendimentos com baixa velocidade de vendas”, conclui.

Casafy anuncia novo CTO

A Casafy, portal global de venda e aluguel de imóveis, antiga Properati Brasil, anuncia a contratação de Jonas Palmeira como o novo CTO da empresa. Formado em Administração de Empresas pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, o executivo conta com experiência de mais de 18 anos atuando em organizações do segmento de tecnologia e inovação, além de passagens por empresas do setor imobiliário.

Ex-Imovelweb e Sua House, o novo Chief Technology Officer da Casafy será responsável por coordenar toda a operação técnica e manutenção de TI do portal, além de criar e contratar novas tecnologias e ferramentas para melhorar a eficiência do sistema da Casafy.

Renato Orfaly, CEO da Casafy, explica que a chegada do novo executivo irá contribuir para que a rápida expansão prevista para a empresa, no Brasil, seja ancorada por uma sólida base tecnológica.

São Paulo: aluguel residencial custa em média R$ 3,5 mil no Itaim e R$ 1,9 mil em Santana

Um levantamento da administradora e imobiliária Lello com base nos novos contratos de locação de imóveis residenciais firmados no primeiro quadrimestre de 2019, em diferentes bairros da capital paulista, mostrou que os bairros de Pinheiros e do Itaim possuem valores mais altos de aluguéis, com média de R$ 3,5 mil mensais.

Já em Santana o valor da locação fica em torno de R$ 1,9 mil, em média. Nos Jardins o aluguel médio, conforme os contratos firmados nos quatro meses iniciais deste ano, é de R$ 3,2 mil mensais, enquanto na Vila Nova Conceição o valor gira em torno de R$ 3,8 mil.

Os valores médios dos novos aluguéis firmados na região de Perdizes são de 2,5 mil e também de R$ 2,5 mil na Vila Mariana. No Tatuapé e na Mooca o custo da locação é de R$ 2,1 mil, em média. O levantamento também incluiu a região do ABC, onde a imobiliária também atua. Lá o valor médio dos alugueis firmados entre janeiro e abril deste ano foram de R$ 1,7 mil por mês.

Do total de novos contratos firmados nos quatro primeiros meses de 2019, 84% foram de apartamentos e 16%, de casas residenciais. O valor médio total das novas locações na cidade de São Paulo ficou em R$ 2,2 mil, o mesmo verificado no mesmo período de 2018.

“Os valores das novas locações variam conforme três fatores principais: a relação entre a oferta e a procura, a localização e a conservação dos imóveis”, diz Roseli Hernandes, diretora de Locação da Lello Imóveis.

Segundo ela, no primeiro quadrimestre de 2019 os tipos de imóveis mais procurados foram apartamentos de dois dormitórios situados em prédios com ao menos uma vaga na garagem e áreas de lazer, preferencialmente próximos de estações de metrô.

O levantamento apontou ainda que o fiador foi usado como garantia em 52% dos novos contratos de locação. Já a caução (depósito de três aluguéis) respondeu por 24%, e o seguro-fiança, 16%. Títulos de capitalização foram usados como garantia em 6% dos novos contratos.