Aluguel de temporada: cerca de 7 mil pessoas sofrem golpe em 2023, segundo estudo da OLX

 De acordo com um estudo de mercado realizado pela OLX, maior plataforma de compra e venda online no país, a prática de usar anúncios falsos de casas e apartamentos de temporada para golpes segue em alta. No ano de 2023 foram identificados 6,6 mil casos com essas características. Em relação ao mesmo período de 2022, houve uma redução de 72%, mas ainda assim os números são expressivos. Os Estados com mais golpes foram São Paulo (28%), Rio de Janeiro (19%), Minas Gerais (9%), Alagoas, Ceará, Espírito Santos e Rio Grande do Sul com 6% cada, representando juntos 68% das fraudes. A maioria dos incidentes ocorrem em cidades litorâneas, com exceção de Minas Gerais, que tem maior incidência onde estão localizadas as cidades históricas ou com destino tradicionais de festas de Carnaval.

Os fraudadores publicam em maioria localidades com preços mais baixos do que os praticados na região para atrair as vítimas. Ao receberem o contato do interessado, chamam as pessoas para conversarem por aplicativos de mensagens ou e-mail – ambientes menos controlados – e convencem as pessoas a fecharem o aluguel. No entanto, ou os imóveis não existem, ou pertencem a outras pessoas que não estão alugando os imóveis. As vítimas pagam e só descobrem o golpe quando chegam ao local.

“Neste período de alta temporada, é fundamental estar mais atento aos aluguéis de imóveis para temporada e adotar medidas de segurança para não ter dores de cabeça no período de descanso. É importante verificar a real existência do imóvel, não pagar valores antecipados e fazer um contrato de aluguel reconhecido em cartório”, alerta Beatriz Soares, VP de Produto da OLX.

No que diz respeito aos tipos de residência, as casas lideram com 52% seguido de apartamento com 34%, e sítios, fazendas e chácaras com 6%. Houve aumento nas fraudes em apartamentos (de 33% para 34%) e hotel, hostel e pousadas (de 3% para 4%), enquanto que as casas alugadas apresentaram leve queda (de 57% para 52%) em relação ao mesmo período do ano passado. Quarto compartilhado, aparece com 1%, e quarto individual, com 3%, sendo que, em 2022, não foram citados.
 

Quanto aos preços anunciados pelos fraudadores, a maior parte das fraudes tem valor 25% menor que a média de locais similares na mesma região, com preços abaixo de R$ 400 a diária, tendo grande destaque o valor entre R$ 100 e R$ 200 (16%). O que caracteriza preços bem abaixo dos praticados pelo mercado, utilizando o valor mais baixo como forma de atrair mais vítimas. Mas também existem fraudes com preço elevado, acima de R$ 2.000 (8%).

Confira abaixo algumas medidas que devem ser adotadas para que a locação não se transforme em uma roubada:

  • Ao se interessar por um imóvel, verifique valores de imóveis similares na região e preço de diárias de hotel para ter uma referência de preço e identificar se o valor pedido está dentro do praticado na região.
  • Desconfie de ofertas muito atrativas e preços muito abaixo do mercado;
  • Tire todas as dúvidas sempre pelo chat das plataformas, evitando levar a conversa para aplicativos de mensagens, que são ambientes menos seguros;
  • Se possível, agende uma visita ao imóvel antes de fechar qualquer negócio. Essa ação ajuda a confirmar a existência real do imóvel, verifique também informações com o porteiro ou vizinhos;
  • Caso não possa ir até o local, cheque a existência do imóvel por aplicativos de geolocalização, como o Google Maps.
  • Não realize pagamentos antecipados, e sempre solicite um contrato de aluguel temporário registrado em cartório, em nome do proprietário legal do imóvel;
  • Peça também comprovantes que certifiquem que está negociando com o real proprietário do imóvel, como contas de água e luz recentes do imóvel;
  • Caso desconfie de algo durante a negociação, interrompa a conversa e realize a denúncia nas próprias plataformas.