A busca pela casa própria parece continuar firme na vida dos brasileiros, porém com a atual situação instável na economia do país, principalmente se o foco for recorrer a possíveis empréstimos para comprar o imóvel. Pensando nisso, a Oito Crédito Imobiliário, startup no ramo imobiliário, realizou um comparativo sobre a taxa de juros bancários no período de dezembro de 2021 a julho de 2022. O levantamento mostra que em alguns bancos, os juros podem chegar até 10% ao mês.
O Comitê de Política Monetária (Copom), órgão do Banco Central, define, a cada 45 dias, a taxa básica de juros da economia — a Selic. Os membros responsáveis assistem a apresentações técnicas que tratam da evolução e perspectivas da economia brasileira e mundial. As decisões do Copom são tomadas visando com que a inflação medida pelo IPCA situe-se em linha com a meta definida pelo CMN.
O mapeamento realizado pela Oito Crédito Imobiliário mostrou a situação de cinco bancos e em dezembro de 2021 a taxa efetiva (a.a.+TR) no Banco Itaú, por exemplo, era de 8,30%,e passou a ser de 9,50%, em julho de 2022. Já o Banco do Brasil, foi o que demonstrou maior alta, enquanto em dezembro do ano passado a taxa era de 9,47%, em julho deste ano chegou a 10,52%.
Por outro lado, mesmo com a alta na taxa de juros bancários, a Caixa foi a única instituição financeira que ainda não demonstrou alta. Em dezembro do ano anterior, a taxa efetiva ficou em 8,99% e em julho do ano vigente permaneceu com 8,99%.
Veja abaixo a tabela sobre a taxa efetiva (a.a+TR) e tarifa de avaliação dos bancos que foram apurados pela Oito Crédito Imobiliário, com o comparativo entre dezembro de 2021 e julho de 2022:
DEZEMBRO (2021):
PLAYER | TAXA EFETIVA (a.a + TR) | TARIFA DE AVALIAÇÃO |
ITAÚ (Personalitè + Private) | 8,30% | R$3.420,00 |
ITAÚ (Uniclass) | 8,50% | R$3.420,00 |
ITAÚ (Agências e NCC) | 8,80% | R$3.420,00 |
SANTANDER | 8,99% | R$3.300,00 |
BRADESCO (Prime) | 9,50% | R$3.100,00 |
BRADESCO (Exclusive) | 9,70% | R$3.100,00 |
BRADESCO (Classic) | 9,90% | R$3.100,00 |
CAIXA (Com Relacionamento Plus) | 8,30% | R$3.100,00 |
CAIXA (Sem Relacionamento) | 8,99% | R$3.100,00 |
BANCO DO BRASIL | 9,47% | R$3.100,00 |
JULHO (2022):
PLAYER | TAXA EFETIVA (a.a + TR) | TARIFA DE AVALIAÇÃO |
ITAÚ (Personalitè + Private) | 9,50% | Até R$1.950,00 |
ITAÚ (Uniclass) | 9,70% | Até R$1.950,00 |
ITAÚ (Agências e NCC) | 9,99% | Até R$1.950,00 |
SANTANDER (Bonificada) | 9,49% | Até R$1.850,00 |
BRADESCO (Prime) | 9,50% | Até R$2.115,00 |
BRADESCO (Exclusive) | 9,70% | Até R$2.115,00 |
BRADESCO (Classic) | 9,90% | Até R$2.115,00 |
CAIXA (Com Relacionamento Plus) | 8,70% | Até R$1.893,00 |
CAIXA (Sem Relacionamento) | 8,99% | Até R$1.893,00 |
BANCO DO BRASIL | 10,52% | Até R$1.963,00 |
As taxas de juros são os principais instrumentos dos bancos e são aplicadas a depósitos ou empréstimos solicitados pelos clientes. Os bancos aumentam suas taxas como uma forma de combater uma inflação excessiva, devido a grandes demandas, principalmente no pós pandemia.
Por outro lado, se tratando do setor imobiliário por meio de créditos, mesmo com a alta no juros e na inflação, houve uma grande procura no Brasil. Em maio, a Caixa Econômica Federal disponibilizou R$15,6 bilhões ao setor. E, mesmo com todos os aumentos nas taxas, o mercado de imóveis se manteve estável.