Associados lotaram o auditório da entidade, no centro de Curitiba, para ouvir a palestra do especialista Rodrigo Dias
O Sindicato da Habitação e Condomínios do Paraná (Secovi-PR) continua em sua missão de facilitar a adesão dos empresários do setor às novas normas da reforma tributária. Para isso, promoveu, na última semana, a palestra Reforma Tributária: O que muda para as imobiliárias e administradoras de condomínios, com o advogado Rodrigo Dias, que está envolvido nas discussões da reforma tributária desde 2019.
Na abertura, o presidente, Ricardo Hirodi Toyofuku lembrou do trabalho realizado pelo setor em todo o país, durante as discussões com os parlamentares em Brasília. As conversas aconteceram para que os itens da reforma fossem menos prejudiciais possíveis, ainda antes da aprovação nas casas legislativas. “Nos dedicamos, saímos das nossas empresas e fomos apresentar as dores do mercado imobiliário aos deputados e senadores”, revelou. “Por isso, hoje temos um cenário menos desfavorável”, acredita.
Em cerca de três horas, Rodrigo Dias apresentou as principais diferenças dos sistemas tributários atual e do que começa a ser implementado gradativamente a partir de 2026. Ele destacou também os pontos que foram equalizados graças às movimentações do setor imobiliário. Para ele, a grande vantagem da reforma é não haver mais cumulatividade de tributação dentro das operações, além de uma transparência maior daquilo que está sendo tributado. “Mas é inegável que vamos entrar em um sistema mais complexo, em especial, na fase de transição”, pondera.
A reforma propõe a substituição de impostos como PIS, COFINS, ICMS, ISS e IPI pelo Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e pela Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS). Essa unificação visa simplificar o sistema tributário, mas pode resultar em alterações na carga tributária para o setor imobiliário, por exemplo, ao gerar um aumento nos custos tributários para algumas operações, como a compra de insumos para a construção e a comercialização de imóveis.
Discussão importante
Embora a implementação da reforma tenha início apenas em 2026, Dias frisou aos empresários presentes que já é o momento de fazer a lição de casa e começar a adaptar as empresas. Ele acredita que ainda haja espaço para melhorar o sistema e que os parlamentares estarão abertos à discussão quando for necessário.
“Quando realmente estiver acontecendo, teremos a necessidade de alguns ajustes que possam trazer maior segurança e eu tenho confiança de que o Congresso vai estar aberto a esse tipo de ajuste porque é para o bem da sociedade”, avalia. O especialista ainda elogiou a iniciativa do Sindicato. Para ele, trazer o assunto à tona é a melhor maneira de criar consciência a respeito.
Toyofuku reforçou o compromisso do Secovi-PR em apoiar os associados durante a transição, garantindo que todos terão acesso às informações e suporte necessários para adaptar suas empresas às novas exigências da reforma tributária.
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