A matemática do multi investidor de multipropriedades

Ser dono de vários endereços pelo mundo investindo apenas o proporcional ao tempo de uso do imóvel e reinvestindo seus ganhos em mais frações imobiliárias. Esse é o conceito do multi-multi, investidor que compra frações imobiliárias em empreendimentos no formato multipropriedade. É o caso de Daniel Fonseca, de 48 anos. O engenheiro começou a investir na aquisição de frações de imóveis. Apaixonado pela marca Hard Rock, comprou frações da marca em Fortaleza e Ilha do Sol, no Paraná. “Sempre que viajava à Miami com minha família ficava num Hard Rock Hotel lá. Já pensava em fazer o investimento, quando soube que teríamos o Hard Rock Hotel aqui no Brasil também. Optei por investir aqui. Além do preço mais atraente, a aquisição me abre as portas para usar vários hotéis pelo mundo, inclusive o de Miami”, diz.

Na multipropriedade, o proprietário passa a ser dono de 1/26 do imóvel, investindo muito menos do que o necessário para dar a entrada em um imóvel tradicional. Como proprietário, pode desfrutar de duas semanas por ano em seu imóvel com serviço de hotelaria, pode alugar através do pool do hotel para outros hóspedes ou trocar sua semana de uso por hospedagens em outros destinos. Os custos de condomínio são fracionados com todos os proprietários e o valor pago pelo investimento também.

No Brasil, a VCI SA é quem lidera o modelo em empreendimentos com marcas globais de alto padrão, como o Hard Rock Hotel. Samuel Sicchierolli, presidente da companhia, percebeu um aumento de um perfil parecido com o de Daniel, vendendo diferentes frações para um mesmo comprador. “O investimento em um patrimônio imobiliário através da multipropriedade é uma nova solução de férias que se constrói em dois pilares: investir para o futuro e viver o agora, e assim, como as frações podem ser alugadas, quanto mais frações você compra mais aluguel poderá receber e mais hospedagens de férias você terá“, diz Sicchierolli. “Ao ser dono da escritura, o valor do seu patrimônio cresce junto com o mercado imobiliário e com a demanda do hotel, que é impulsionada por uma marca global de alta atração. Você tira férias com serviços de hotelaria de alto padrão, seu imóvel valoriza e você não tem que se preocupar em fazer a manutenção ou a administração“, explica.

Como funciona

Hoje, milhares de pessoas em todo o mundo compram frações imobiliárias. No Brasil, o mercado cresce em média 26% ao ano. Destaque nas classes A e B, a VCI SA já lançou dois empreendimentos deste tipo e ainda há outros quatro em desenvolvimento. Os números de vendas são impressionantes: em 2020, somente o Hard Rock Hotel Fortaleza foi responsável por 25% de todo o VGV imobiliário do Estado do Ceará.

O consultor de planejamento financeiro, Afrânio Gonçalves, explica em números como o modelo pode ser rentável:

Afrânio ainda explica que algumas pessoas ainda confundem o modelo com o timeshare, mas que são propostas completamente diferentes “Na multipropriedade a pessoa tem a escritura de uma propriedade imobiliária, é como comprar um apartamento, o que não acontece no timeshare“, explica. Segundo ele, estar em posição de investir em um imóvel enquanto aproveita suas férias é um privilégio do modelo, você usufrui de seu investimento enquanto ele se valoriza, e ainda “com a flexibilidade do modelo você pode optar por viajar para outros destinos além das suas próprias propriedades sem pagar nada por isso“, finaliza o especialista.

Casa Vogue reúne referências de arquitetura e decoração no Yearbook 2021

A maior e mais tradicional edição de Casa Vogue do ano, o Yearbook Casa Vogue, chega às bancas de todo o país com 35 projetos dos mais renomados profissionais do universo da arquitetura e decoração. Sig Bergamin, João Armentano, David Bastos, Patricia Anastassiadis, Alex Hanazaki e Mauricio Arruda são alguns dos nomes consagrados a compor a publicação, que este ano chega à sua 30ª edição com projeto gráfico de luxo.

O Yearbook 2021 é dividido em seis capítulos: Moradas Urbanas; Refúgios; Apartamentos acima de 200m²; Apartamentos até 200m²; Projetos Comerciais; e Paisagismo. O formato permite que os leitores encontrem o tipo de projeto que procuram com mais agilidade, e tenham um panorama mais amplo das ideias, soluções e novidades de cada categoria.

O arquiteto Sig Bergamin estrela o capítulo de Moradas Urbanas com um projeto de generosos 1.045 m² em São Paulo, que revela um cenário maximalista – sua marca inconfundível – com um mobiliário de design assinado do mundo todo, além de tecidos e elementos criados para dar singularidade ao décor.

O decorador David Bastos é o destaque dos Refúgios, com projeto em uma residência de férias em um condomínio na Praia do Forte, em Mata de São João, BA, que exalta a paisagem e celebra a vida em contato com o verde.

João Armentano assina o projeto em evidência do capítulo de Apartamentos acima de 200m² e apresenta um imóvel de 812 m² com ambientes integrados e amplos, resguardados por pilares robustos, porém discretos.

Na categoria Apartamentos até 200m², Mauricio Arruda, um dos sócios do escritório Todos Arquitetura, é o destaque com projeto de um apartamento que ganhou vida com tons de preto, caramelo e verde, móveis de design brasileiro, plantas e fotografias contemporâneas.

Patricia Anastassiadis assina o projeto em destaque no capítulo de Projetos Comerciais. Em 1.350 m², a instituição em São Paulo se desvia de estereótipos graças a formas orgânicas e materiais acolhedores. Em Paisagismo, o projeto em evidência tem uma pegada rústica e praiana, trata-se de uma residência de Trancoso, na Bahia, em que o paisagista Alex Hanazaki distribuiu atrações em um jardim de 7 mil m², criando um Oásis Tropical.

O anuário traz ainda a seção Casa Vogue Ama, uma vitrine de produtos de decoração eleitos pela curadoria da equipe da revista para repaginar a sua casa com conforto e elegância. São mais de 15 objetos para os mais variados ambientes e estilos. O Yearbook Casa Vogue 2021 chega às bancas em 12 de fevereiro.

MRV entrega mais de 44 mil unidades residenciais em 2020

Em um ano em que a casa passou a ter uma maior importância para as pessoas, ganhando um novo significado para todos, 44.227 famílias conquistaram um novo lar para chamar de seu. Esse foi o número de chaves entregues em 2020 pela MRV, empresa com 41 anos de mercado e atuação em mais de 160 cidades do país. Com isso, cerca de 145 mil pessoas foram impactadas, um número equivalente a população de cidades, como: Balneário de Camburiu (SC) ou Atibaia (SP).

O grande número de empreendimentos entregues se deve ao modelo integrado de gestão com os processos de produção industrializada, conferindo a padronização dos imóveis e ciclo operacional mais curto. Todos esses aspectos fazem com que a empresa consiga a cada dia entregar um percentual maior de obras. Além disso, toda a linha de produção trabalha com o uso de tecnologia de ponta, ações preventivas e com o gerenciamento correto de mão de obra, fatores que contribuem efetivamente para o sucesso da entrega dos imóveis com qualidade para os clientes.

Para Eduardo Fischer, CEO da MRV&CO, as empresas do grupo já estão preparadas para intensificar suas operações e alcançar o patamar de 80 mil unidades anuais nos próximos anos. “Nosso objetivo não é somente contribuir com a diminuição do déficit habitacional no país, mas ter um imóvel que melhor se adapte ao momento na vida de cada uma das pessoas. Hoje nos posicionamos como uma plataforma de soluções habitacionais e contamos com um land bank total de R$ 64,2 bilhões para que possamos aumentar nossa operação não só para a venda de apartamentos prontos e na planta, mas, também, pela  compra de um terreno em loteamentos urbanizados pela Urba, ou mesmo alugando imóveis especialmente pensados, com inúmeros serviços, pela startup Luggo”, explica.

Atualmente, a Luggo conta com quatro empreendimentos localizados nas cidades de Belo Horizonte, Curitiba e Campinas, que somam ao todo 452 unidades. Este ano, a startup, que administra prédios concebidos especificamente para locação, pretende triplicar seu portfólio, com a entrega de 1.100 novos apartamentos em cidades do Sudeste, Nordeste e Sul.

Já a Urba, empresa especializada em loteamentos da marca, lançou ao longo da sua trajetória mais de 8.500 unidades. Com presença em mais de 19 cidades de cinco estados brasileiros, a loteadora pretende lançar nos próximos meses cerca de 2.000 unidades. 

Sem Parar chega aos condomínios brasileiros

O Sem Parar, empresa do Grupo Fleetcor e líder nos meios de pagamentos automáticos do Brasil, amplia sua linha de atuação e anuncia mais uma grande aposta para o primeiro semestre. É o ‘Sem Parar Condomínios’, mais uma razão de uso para a tag de pagamento automático da empresa. “A partir de agora, entrar e sair, com o carro ficou muito mais fácil, rápido e seguro e não precisa mais de credencial. Estamos em um momento que ser contactless garante não só a saúde, mas respeito a todos. E essa é a nossa missão. Oferecer produtos que atendam as reais necessidades do nosso cliente”, destaca Rogerio Pezelli, Diretor de Desenvolvimento de Negócios do Sem Parar.

Já com uma base de 5.7 milhões de clientes por todo o país, a empresa busca trazer segurança e praticidade para ainda mais brasileiros. A novidade é pioneira entre os players e já está disponível em condomínios estratégicos de São Paulo. A meta é ampliar significativamente, ainda esse ano, a capilaridade no estado e expandir sua atuação a outras regiões e grandes centros urbanos.

A contratação é gratuita e sem mensalidade para quem for utilizar e pode ser feita diretamente com os condomínios. Os clientes, além de utilizar a tag no condomínio, também podem ter acesso aos mais de 3.150 pontos da rede credenciada Sem Parar, adquirindo um plano.

“Já faz tempo que o Sem Parar deixou de ser apenas uma tag para pedágios. Nos últimos anos lançamos opções de pagamento em drive-thrus, estacionamentos, postos de gasolina e lava-rápidos. Agora demos mais um passo em direção ao nosso objetivo de tornar o dia-a-dia dos nossos mais de 5.7 milhões de clientes cada vez mais prático: vamos estar na casa deles, facilitando o acesso aos condomínios “, explica o executivo.

Além de ser pioneiro em incorporar a tecnologia em sua operação, o Sem Parar usa o lançamento para reforçar seu papel de facilitar a vida das pessoas, proporcionando um mundo sem filas e sem paradas através de passagens automáticas, para que elas economizem tempo.

Mercado imobiliário: saiba como funciona a Lei do Distrato

Comprar um apartamento é algo que requer muita atenção e planejamento, afinal, é a compra mais importante da vida de muitas pessoas. Por ter opções de pagamento atrativas, muitos optam por adquirir um imóvel na planta, com mais tempo para saldar os valores. No entanto, imprevistos acontecem, e às vezes, o comprador não consegue cumprir o acordo e quitar as parcelas combinadas. Nesse caso, é possível romper o contrato? O Apto, plataforma que conecta potenciais compradores de imóveis novos a construtoras e empreendimentos em todo o Brasil, explica como funciona a Lei do Distrato e quais são as vantagens e desvantagens de cancelar o negócio.

A Lei do Distrato (13.786/18), sancionada em 27 de novembro de 2018, estabelece que em caso de rescisão do contrato por inadimplência (falta de pagamento) do comprador, a multa contratual pode chegar até a 25% do valor pago, podendo atingir 50%, quando a incorporação estiver submetida ao regime de patrimônio de afetação – que é quando os pagamentos que o cliente efetua ficam vinculados para serem usados exclusivamente no processo de construção do empreendimento. “Além da multa pela rescisão contratual, o valor integral da comissão dos corretores pode ser deduzidos dos valores a serem reembolsados ao comprador, e, na hipótese da pessoa ter morado por algum período no imóvel, o valor é correspondente a 0,5% do atualizado no contrato”, explica Alex Frachetta, CEO do Apto.

A Lei veio para trazer segurança para os compradores, para que tenham um suporte legislativo que garanta a devolução de parte do valor já gasto. Mas, é claro que traz segurança também para as construtoras. “Uma pesquisa realizada pela Abrainc apontou que a maior parte dos distratos são realizados por investidores, que compram diversas unidades, desistem da compra, exigem grande parte do valor de volta e comprometem a capacidade da incorporadora em dar continuidade às obras”, analisa o CEO.

Também segundo a legislação, as construtoras têm o direito de atrasar as obras em até 6 meses, do prazo estipulado no contrato, caso a entrega do imóvel supere esse prazo, o comprador poderá rescindir o contrato, por culpa da construtora, e neste caso, ela deve devolver integralmente os valores pagos pelo cliente. “Se as obras atrasarem além do prazo estipulado e o comprador desejar continuar com a compra, a incorporadora deverá pagar uma indenização de 1%, para cada mês de atraso adicional, sobre todo o valor pago”, ressalta o executivo.

Alguns juristas questionam a lei, reforçando que ela entra em conflito com o Código de Defesa do Consumidor e impõe uma multa abusiva sobre o consumidor. “É preciso perceber que a Lei já auxiliou muitas famílias e empreendimentos, e cumpre um papel fundamental. No entanto, como tudo que mexe no nosso bolso é delicado, precisamos acompanhar a evolução desta lei e se ela precisa de adaptações”, finaliza o CEO.

Mobly faz seu IPO no Novo Mercado da B3

A Mobly (ticker MBLY3), companhia referência em varejo do setor de móveis e decoração companhia, fundada em 2011 por Marcelo Marques, Mario Fernandes e Victor Noda, celebrou nesta sexta-feira (5) a sua oferta pública inicial (IPO) e o início da negociação de suas ações no segmento de Novo Mercado da B3.

Transmitido ao vivo e atendendo às medidas de distanciamento social impostas pela pandemia, o evento comemorou a abertura de capital da Mobly, que se tornou a 169ª empresa listada no Novo Mercado, segmento de listagem da B3 com os mais elevados padrões de governança corporativa. O evento contou com a participação do presidente da B3, Gilson Finkelsztain, e dos fundadores da companhia.

Os preparativos para o IPO da Mobly se iniciaram há cinco meses. A intenção da companhia é utilizar os recursos da oferta primária para fortalecimento do capital de giro e estrutura financeira, investimento em marketing e publicidade, e investimento em bens de capitais, incluindo a expansão de novas lojas físicas, centros de distribuições e desenvolvimento de tecnologia da informação interna.

O IPO foi registrado nos termos da ICVM 400 e conta com Morgan Stanley, Bradesco BBI, Itaú BBA e Goldman Sachs como Coordenadores. O IPO, que já levantou R$ 812 milhões, poderá chegar a R$ 933 milhões caso ocorra a colocação integral do Lote Suplementar.

“Tomamos um grande passo para o fortalecimento do nosso negócio. Vamos continuar trabalhando duro, seguindo a nossa estratégia de trazer resultados ainda mais relevantes. E, para isso, neste momento, trabalhar a comunicação com o mercado é crucial para atingir esses objetivos”, afirma Marcelo Marques, Diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Mobly.

“Se antes a bolsa brasileira era conhecida pela concentração em setores mais ‘tradicionais’, agora essa realidade está mudando. Em 2020, vimos chegar companhias de diversos setores novos para a B3, como a Mobly. Com o IPO, a Mobly amplia a oferta de varejistas com foco no e-commerce que estão chegando ao mercado de capitais”, destacou Gilson Finkelsztain, presidente da B3 durante o evento do IPO.

Acesse aqui para conferir as estatísticas e histórico de Ofertas Públicas e IPOs da B3. 

Vedacit realizou segunda edição do Vedacit Labs e cria conexões e novos negócios entre a indústria da construção e startups

 Proporcionar conexões entre grandes players da construção civil e startups que proponham soluções para o setor. É com essa premissa que a Vedacit , marca líder em impermeabilização, realizou a segunda edição de seu programa de aceleração, o Vedacit Labs .

Com todo o apoio e know-how da Liga Ventures , plataforma que transforma inovação aberta em resultado real, o Vedacit Labs foca em iniciativas que tornam o ciclo de vida de uma edificação saudável e sustentável, mas também na aceleração da indústria de materiais e do varejo da construção, tudo isso por meio da criatividade, eficiência e velocidades das construtechs e proptechs (startups do setor da construção civil).

“Queremos que os empreendedores e fundadores de startups enxerguem o Vedacit Labs como um verdadeiro laboratório de ideias destinado para as empresas que desejam buscar parceiros, tecnologias e recursos que tenham um match com seus projetos, serviços e produtos. Afinal, para se construir um futuro melhor é preciso criar conexões entre empresas, empreendedores e a sociedade”, explica Luis Fernando Guggenberger, executivo de Inovação e Sustentabilidade da Vedacit.

No primeiro ciclo de aceleração, realizado em 2019, o Vedacit Labs gerou negócios com cinco startups: Lógica.e Inovação, Obra Azul, Construcode, NETResíduos e Programa Doce Lar. Em 2020, as selecionadas foram omni-eletrônica, Elixir AI, Prevision, ConnectData e Construct In. As construtechs escolhidas recebem investimentos, conexões para novos negócios, mentorias com experts, acesso à rede de contatos da Liga Ventures e Vedacit, além do laboratório e linhas de produtos da Vedacit.

“Por mais um ano estamos lado a lado com a Vedacit promovendo conexões e geração de negócios entre a grande indústria da construção civil e as startups que oferecem soluções para o setor. Atuando de forma estratégica, temos certeza que conseguiremos levar, juntos, a transformação digital que toda a cadeia precisa, fomentando ainda mais um segmento tão relevante à economia de nosso país”, comenta Rogério Tamassia da Liga Ventures.

Ao longo dos anos, a Liga Ventures auxiliou na implementação de estratégia de inovação aberta nos principais players de diversos setores do mercado brasileiro, tais como Porto Seguro, Banco do Brasil e Unilever. Em seu portfólio, soma mais de 250 startups aceleradas e mais de 450 projetos realizados entre essas e grandes corporações.

Pandemia reforça tendência dos empreendimentos de uso misto

Ainda não sabemos como será o mundo pós-pandemia e seu reflexo nos setores que movimentam a economia do país. No que diz respeito ao mercado imobiliário, os impactos da Covid-19 revelam novas formas de morar e necessidades que estão moldando tendências. Uma que já vem se tornando aposta no setor é a construção de empreendimentos de uso misto ou mixed-use

“Esses projetos seguem o conceito work, play, life (trabalho, lazer e vida) e estão crescendo com maior intensidade principalmente com a popularização do home office”, destaca Guilherme Pimentel, diretor comercial do Grupo EPO, que completará, neste ano, 29 anos de atuação no mercado imobiliário mineiro.

Um dos grandes projetos da construtora nesse nicho é o Navegantes, localizado na região da Lagoa dos Ingleses, entre Nova Lima e Itabirito, em Minas Gerais.  O empreendimento faz parte do CSul Lagoa dos Ingleses, o maior projeto de desenvolvimento urbano sustentável da América Latina,  que segue os conceitos do novo urbanismo e irá desenvolver a região com novos bairros planejados que contemplam empreendimentos residenciais, comerciais, industriais, culturais e de lazer, pautados pela sustentabilidade, trazendo fomento e diversificação econômica para toda região. Para Fabíola Carvalhido, arquiteta e urbanista da CSul, o Navegantes resume bem a proposta de desenvolvimento planejado e integrado que vem se instalando na Lagoa dos Ingleses. 

“Esta é uma mudança importante que segue práticas já adotadas nas cidades inteligentes e é uma forte tendência para o futuro. Ao agregar habitação, trabalho, serviços e lazer em um mesmo projeto há um ganho em mobilidade, qualidade de vida e conforto. Se pegarmos como exemplo a região central de uma grande cidade, há grande movimentação de pessoas durante o dia, em função do comércio e serviços, mas à noite as ruas ficam desertas, o que gera insegurança. Já no novo urbanismo, com os empreendimentos de uso misto ganhando mais força, há esse ganho em segurança e comodidade, pois há vida 24h por dia”, explica Fabíola. 

As pessoas já estão se encaixando em um novo normal, e mudaram sua mentalidade em relação a forma de morar e trabalhar. “A construção desse tipo de empreendimento deve ser vista como uma linha de negócios com identidade própria. Quem opta por um empreendimento deste modelo busca trabalhar e/ou morar em localizações privilegiadas com muito conforto e qualidade mas, acima de tudo, com praticidade, por isso, o empreendimento tem de ser inovador”, explica Guilherme Pimentel.

A obra do Navegantes foi dividida em duas fases. A primeira etapa, já finalizada e em funcionamento, contempla um centro comercial, com lojas como: Supermercado Super Nosso, Drogaria Araujo, Lojas Americanas, Kopenhagen, Hermes Pardini, 5àsec, Store. 

Para a segunda fase, está prevista a construção de espaços corporativos e apartamentos. Guilherme pontua que o projeto é benéfico tanto para os usuários finais, quanto para os investidores. “Imagina que seu meio de transporte diário para o trabalho é a escada ou o elevador? Este é um dos privilégios para quem mora ao lado do trabalho. Afinal, ninguém quer passar tanto tempo no carro entre o trabalho e a casa”, observa. 

O diretor do Grupo EPO enfatiza que quem compra uma sala comercial num projeto como esse sabe que poderá atender parte dos moradores do prédio residencial. “Para investidores e empreendedores, fica a certeza de ter um bom público inicial para se relacionar e apresentar seus produtos e serviços. Além disso, comerciantes e profissionais que possuem salas comerciais num mixed-use contam com toda infraestrutura de segurança e monitoramento para clientes e profissionais”, ressalta. 

Lagoa dos Ingleses vive boom

Caracterizada anteriormente pelos loteamentos de condomínios e pouca oferta de comércio e serviços, a Lagoa dos Ingleses vem se transformando, nos últimos anos, com a chegada de empreendimentos como o Navegantes. 

A região viu seu desenvolvimento ser acelerado, principalmente como reflexo da pandemia, ampliando a oferta de serviços comerciais para o público que mora e frequenta o Vetor Sul da região metropolitana de BH. Diversos novos negócios se instalaram na região no último ano, principalmente entre os meses de junho e setembro.

“Com belas paisagens naturais e infraestrutura organizada e segura, a região passou a ser vista com outros olhos e acabou sendo redescoberta pelas pessoas durante a pandemia. Acreditamos que esse crescimento na demanda imobiliária, que acelerou ainda mais o desenvolvimento da região, é um movimento que veio para ficar”, ressalta Fabíola Carvalhido da CSul. 

HomeHub vende R$ 290 milhões em imóveis no RJ em seu primeiro ano

Lançada em janeiro de 2020, a plataforma de tecnologia imobiliária HomeHub ultrapassou as próprias expectativas e vendeu R$ 289.691.192 em imóveis no estado do Rio de Janeiro até dezembro, quase 14% acima da meta de seu primeiro ano de operação. Um total de 62% das vendas realizadas foram assinadas digitalmente, tendência que deve chegar a 90% em 2021.

Com duas lojas próprias e quatro franquias atualmente em operação, mais seis franquias devem passar a operar até março – entre escritórios (HomeHub Office) e corretores autônomos (Home Broker), todos terão acesso ao mesmo banco de dados com mais de 8 mil imóveis.

As novas operações vão atender os bairros de Copacabana, Jardim Botânico, Gávea, Lagoa e Ipanema, além da cidade de Petrópolis. A perspectiva atual é fechar 2021 com 40 novas franquias e expandir para além do Rio de Janeiro, aumentando o VGV – Valor Geral de Vendas para R$ 400 milhões, um crescimento de 38,08%.

“Em 2020 a prioridade não era crescimento, queríamos validar o modelo, testar as nossas hipóteses, tracionar as primeiras franquias, avançar com a plataforma tecnológica. Esse ano a prioridade é a expansão da rede. O Rio de Janeiro é nosso principal foco e vai ser por algum tempo, mas já estamos olhando para outros mercados”, comenta Rodolfo Judice, CEO da HomeHub.

Judice ainda explica que, com a alta do mercado imobiliário nos próximos anos, a plataforma pode alcançar números ainda maiores. “Em 2020, a cidade do Rio de Janeiro registrou um aumento significativo na venda de imóveis, fazendo com que o setor imobiliário ficasse em alta. Com isso, 2021 tem tudo para ser ainda melhor para a empresa”.

A HomeHub é uma plataforma de tecnologia imobiliária que atua no estado do Rio de Janeiro por meio de franquias conectadas em rede para uma maior capilaridade. Os franqueados realizam seus negócios de forma ágil e intuitiva em uma operação no modelo “figital” (físico + digital), unindo o melhor da plataforma tecnológica a um atendimento personalizado.

A plataforma forma corretores autônomos por meio da HomeHub Academy (treinamentos online, gamificação, treinamentos presenciais). Seus franqueados recebem suporte nas áreas jurídica, gestão e marketing digital, assim como CRM integrado à plataforma, parceria com portais imobiliários e acesso a treinamento e qualificação.

Os franqueados também têm acesso a ferramentas tecnológicas como laudo digital, AVM, pesquisa jurídica prévia, dashboard e serviços complementares. Os proprietários podem acompanhar o trabalho de venda ou locação via dashboard e os locatários ou compradores têm a opção de fazer um tour virtual dos imóveis com vídeos e fotos profissionais, além de assinar digitalmente o contrato.

Além disso, os franqueados podem oferecer crédito imobiliário, consórcio e home equity a seus clientes via HomeHub Fin, assim facilitando o processo na compra do imovél.

Alta do INCC impacta nos imóveis comprados na planta e gera aumento de preços, aponta estudo do ZAP+

O sonho da casa própria tem se tornado uma realidade pesada no bolso de quem decidiu comprar um imóvel na planta. Em 2020, o Índice Nacional de Custo da Construção Civil (INCC) chegou ao seu patamar mais alto em 10 anos, o que elevou os reajustes de valores das prestações de imóveis em fase de construção. No cenário de preços mais altos, um estudo do DataZAP, braço de inteligência imobiliária do ZAP+, analisa se vale a pena ou não investir em um imóvel na planta neste momento.

Em novembro, a alta do INCC no acumulado do ano atingiu 7,71%, uma diferença de 4,75 pontos percentuais em relação ao IPCA do mesmo período. Para o economista Rodger Campos, do DataZAP, o redimensionamento da atividade industrial em função da pandemia causou impactos no setor. “Fatores como a redução de oferta de materiais, o aumento dos custos de produção e a aceleração da atividade na construção civil influenciaram a variação”, explica.

A alta corresponde à correção de preços dos empreendimentos em construção, mas é importante notarmos o efeito do repasse cambial para o comprador de imóveis na planta. Movimentos de comércio internacional podem pressionar o indexador para cima quando em face de apreciação de minério de ferro, por exemplo, cujo preço é formado no mercado internacional.

Vale a pena comprar agora na planta?

Ao optar por um imóvel na planta, o comprador tem a vantagem de negociar valores e condições mais flexíveis de pagamento, o que no final das obras pode gerar uma economia significativa em relação ao preço do imóvel pronto.

Por outro lado, a compra na fase de construção funciona como uma espécie de financiamento compartilhado do empreendimento. Na prática, a construtora divide os custos da obra com o comprador, que realiza o pagamento de um determinado valor de entrada de forma à vista ou parcelada.

De acordo com Rodger Campos, o tempo médio de entrega das chaves é de 36 meses e durante esse período, o custo da obra pode sofrer alterações. “Nesse sentido, o INCC incide não apenas sobre a parcela a ser paga na fase de construção, mas também sobre o valor total do imóvel”, comenta.

O estudo do DataZAP traçou um comparativo no preço de imóveis na planta a partir do INCC dos anos de 2019 e 2020. Na simulação, um imóvel no valor de R$ 750 mil seria adquirido na planta. O valor pago na fase de obra seria uma entrada de 150 mil parcelada em 12 meses. Outros R$ 100 mil correspondem ao valor das chaves e os R$ 500 mil restantes seriam financiados via instituição bancária. A diferença entre os valores chega a mais de 90%.

Ainda sob os efeitos da pandemia da Covid-19, a economia no Brasil e no mundo seguem em fase de recuperação, o que posterga a desaceleração dos índices que afetam o preço dos imóveis na planta. Um caminho para reduzir a incerteza na transação é optar por imóveis prontos. O consumidor também pode considerar comprar de incorporadoras e/ou construtoras que trabalhem com o congelamento do indicador neste período de crise ou que alterem o indexador de correção monetária no contrato de compra e venda.

“Contratos mais flexíveis, que puderem adotar outros índices, como o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ou o Índice FipeZap, poderiam ser uma alternativa para a alta neste momento. Flexibilizar o indexador pode neutralizar os efeitos de choques externos sobre os preços dos imóveis e também uma alternativa mais próxima da realidade e das expectativas do comprador, por serem utilizadas na política monetária nacional”, ressalta o economista.

Para efeitos de comparação, a mesma simulação foi feita a partir do IPCA e do FipeZap. A diferença para o comprador pode chegar a uma economia de pelo menos R$ 30 mil reais.

Para Rodger Campos, observa-se que é um processo de inflação setorial, tornando a participação das parcelas do imóvel na renda muito maior do que o projetado. “Para quem está pensando em investir em imóveis ainda em fase de construção, vale considerar o histórico dos índices e ponderar o quanto isso pode impactar suas finanças pessoais no longo prazo”, finaliza.