Pesquisa do Secovi-SP registra dados positivos do mercado imobiliário da Capital em fevereiro

Em fevereiro de 2019, a Pesquisa do Mercado Imobiliário do Secovi-SP referente à cidade de São Paulo apresentou bons resultados em relação às vendas e aos lançamentos, tanto na comparação com janeiro como em relação ao mesmo mês do ano passado. Conforme apurado pelo Departamento de Economia e Estatística do Sindicato da Habitação, no mês, foram comercializadas 2.176 unidades residenciais novas. O resultado superou em 34,2% as 1.622 unidades comercializadas em janeiro e em 50,3% as vendas de fevereiro de 2018 (1.448 unidades).

No acumulado de 12 meses (período de março de 2018 a fevereiro de 2019), foram vendidas 30.587 unidades – aumento de 20,7% em comparação ao mesmo período de 2018, quando as vendas totalizaram 25.349 unidades.

Lançamentos – De acordo com dados da Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio), a cidade de São Paulo registrou, em fevereiro, o total de 870 unidades residenciais lançadas, resultado 204,2% superior ao mês de janeiro de 2019 (286 unidades) e 155,1% acima do volume de fevereiro de 2018 (341 unidades).

No acumulado de 12 meses (março de 2018 a fevereiro de 2019), foram lançadas 32.829 unidades residenciais na capital paulista, 4,0% acima do registrado no mesmo período do ano anterior, com 31.571 unidades.

Segundo Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP, o destaque da pesquisa foi a falta de lançamentos de imóveis econômicos. “Contudo, esse tipo de imóvel continuou a registrar bom desempenho de vendas em fevereiro”, avalia.

Em termos de tipologia, houve equilíbrio na distribuição dos lançamentos entre os imóveis de 1, 2 e 3 dormitórios. Unidades de 2 dormitórios destacaram-se na quantidade vendida, com 1.385 imóveis e participação de 63,6% do total.

Com indicador VSO (Venda Sobre Oferta) de 12 meses de aproximadamente 60%, imóveis de 1 e 2 dormitórios comprovaram o bom desempenho dessas tipologias. Os imóveis de 3 e 4 dormitórios também apresentaram bom comportamento, com VSO de 12 meses em torno de 45%.

Outro fato importante é que o VGV (Valor Global de Vendas) acumulado do ano apresenta crescimento de 17,0%. Esta variação positiva acompanha a alta da quantidade de unidades comercializadas (21,0%), demonstrando consistência entre o aumento das unidades vendidas e dos valores.

Oferta – A capital paulista encerrou o mês de fevereiro de 2019 com a oferta de 19.553 unidades disponíveis para venda. Esta oferta é composta por imóveis na planta, em construção e prontos (estoque), lançados nos últimos 36 meses (março de 2016 a fevereiro de 2019). A quantidade de imóveis ofertados reduziu 6,8% em relação a janeiro (20.989 unidades) e 0,9% em comparação a fevereiro de 2018 (19.728 unidades).

Conclusão – Apesar dos bons números do mercado imobiliário no início deste ano, nunca é demais ressaltar a preocupação dos empreendedores com a falta de calibragem na Lei de Zoneamento. “Esperamos que os ajustes propostos, e que não impactam os princípios centrais do Plano Diretor Estratégico, sejam aprovados para que se possa viabilizar novos empreendimentos na cidade de São Paulo. Temos de atender a demanda desassistida em razão dos entraves da lei de zoneamento atual”, reforça Emilio Kallas, vice-presidente de Incorporação e Terrenos Urbanos do Secovi-SP.

Na capital paulista, é evidente o esgotamento de terrenos disponíveis para novos empreendimentos, principalmente porque há uma concentração de lançamentos nas áreas dos Eixos de Estruturação da Transformação Urbana, que ficam ao longo dos sistemas de transporte coletivo, como metrô, trem e corredores de ônibus. De acordo com Kallas, esta limitação tem levado os incorporadores a oferecerem o mesmo tipo de produto. “Além disso, essa falta de oferta pressiona os preços dos apartamentos, que tendem a subir”, enfatiza.

“Em meio à atual conjuntura, com um novo governo e a necessidade de as reformas essenciais saírem, as perspectivas para 2019 permanecem elevadas. Acreditamos em um bom ano para o setor nacionalmente, e os números da Capital, até agora, apontam para essa retomada. Contudo, se a Nova Previdência não for aprovada, seremos profundamente afetados, assim como a macroeconomia”, explica Basilio Jafet, presidente do Secovi-SP.

Confira o resultado completo da Pesquisa do Mercado Imobiliário do Secovi-SP de fevereiro, com resultados da Região Metropolitana de São Paulo

Portaria Compartilhada une tecnologia, eficiência e redução de custos

Seria possível morar em um condomínio seguro, recheado com o melhor da tecnologia disponível? Essa é a proposta do novo conceito chamado Portaria Compartilhada. Ao contrário dos sistemas mais conhecidos, como Virtuais, Remotas ou Inteligentes, o sistema não deixa somente a tecnologia como instrumento único, mas insere os moradores no contexto. Em síntese, ela possibilita, além do monitoramento tecnológico, a possibilidade de os moradores acompanharem todos passos das áreas comuns.

Dados da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo apontam um aumento de 56% para os furtos e roubos em condomínios, entre 2017 e 2018. Os números colocam em cheque o modelo de segurança do setor, formado por porteiros contratados ou apenas pela intermediação com call centers externos de monitoramento. 

De acordo com Antônio Marcos de Souza, especialista em segurança privada da AMS – Sistemas Integrados de Segurança, que estudou o sistema a fundo, a Portaria Compartilhada é totalmente diferente e ideal para prédios com até 50 apartamentos. “Quando o visitante toca o interfone, o morador já controla a entrada com um monitor preciso e pode já liberar a entrada na eclusa, acompanhando todos os passos do trajeto. As câmeras captam o visitante já na calçada, área comum e no elevador. Registrando todo o processo”, destaca. 

Souza destaca que, diferentemente das antigas portarias virtuais, que geram muitas reclamações de demora do acesso do visitante, os moradores têm o controle das imagens e do acesso, sempre com a retaguarda da equipe de monitoramento. “O condomínio que conta com a Portaria Compartilhada possui botões de pânico espalhados em vários locais. O sistema já aciona o monitoramento 24h que comunica imediatamente a Polícia, enviando viaturas ao local”, acrescenta o especialista da AMS.

Tecnologia

O sistema aceita entrada com QR Code, impressão digital, chave eletrônica e leitura facial. Tudo pode ser customizado de acordo com as necessidades do cliente. As imagens de acompanhamento de entradas e saídas são armazenadas em nuvem por 7 dias na plataforma da Amazon, a mais segura do mundo. “A Portaria Compartilhada torna os condôminos agentes ativos do sistema de segurança, reduzindo em até 90% os custos. É anti hacker e conta com demonstração prática das funcionalidades em reuniões de condomínio”, conclui Marcos.

Refinanciamento de imóvel é saída mais viável para quitação de dívidas acumuladas

O acúmulo de dívidas é um problema recorrente, que afeta boa parcela dos consumidores brasileiros.

Conforme dados fornecidos pela Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), apresentados pela Confederação Nacional de Comércio de Bens, Serviços e Turismo, no mês de março, houve um aumento de 0,9 pontos percentuais no número de famílias endividadas em relação ao mês de fevereiro, indicando que 62,4% das famílias que possuem dívidas têm dificuldades para pagá-las.

As soluções para as dívidas, muitas vezes, consistem em empréstimos, que representam uma nova dívida a ser quitada.

Dessa forma, a realização de um empréstimo como o consignado e o pessoal pode acabar gerando um novo ciclo de juros com os quais o solicitante deverá arcar.

Uma das formas encontradas para quitar dívidas sem ter de realizar empréstimos com altas taxas de juros é o refinanciamento de imóveis.

O refinanciamento de um bem imóvel permite, além da concessão de um valor maior do que o obtido em outros tipos de empréstimos, o pagamento de um valor em juros muito menor do que o observado em empréstimos do tipo consignado e pessoal.

Isso se torna possível pelo fato de o solicitante colocar como garantia o seu imóvel. Assim, caso não haja o pagamento do valor emprestado no tempo estabelecido em contrato, a financiadora pode retirar o bem financiado como forma de pagamento.

Para que o empréstimo por refinanciamento possa ser feito, o solicitante precisa ter, em seu nome, a propriedade de um imóvel quitado.

Para comprovar a propriedade, o solicitante do empréstimo deve apresentar à financeira toda a documentação relativa à propriedade do imóvel.

Quando o imóvel é refinanciado, torna-se impossibilitada a sua venda. A venda de imóvel refinanciado só é possível quando há o recebimento de seu valor em dinheiro, sendo este dinheiro aplicado no pagamento da dívida garantida pelo imóvel.

O uso do bem registrado como garantia, no entanto, pode continuar sendo feito conforme era antes do refinanciamento. Dessa forma, seja o imóvel de uso habitacional ou comercial, sua utilização pode permanecer sem nenhum tipo de alteração.

O empréstimo por refinanciamento de imóvel, contudo, não é liberado apenas a partir da garantia feita por imóvel. O solicitante do empréstimo, além da comprovação de propriedade, precisa comprovar que possui renda suficiente para quitar o empréstimo.

O valor do empréstimo concedido por refinanciamento de imóvel pode ser escolhido pelo proprietário do imóvel. Entretanto, o valor emprestado nunca será equivalente a 100% do valor avaliado para o imóvel posto como garantia.

Na realização de refinanciamento de imóvel, o seu valor será estipulado a partir de avaliação feita pela financeira.

A partir do valor avaliado e da renda comprovada pelo solicitante do empréstimo, associados à sua reputação no pagamento de dívidas, é que haverá a liberação do valor a ser emprestado.

O pagamento do empréstimo por refinanciamento de imóvel, apesar de ser maior em relação aos demais tipos de empréstimos, pode ser escolhido pelo solicitante.

O tempo de realização do pagamento também será determinante para o valor da taxa de cada parcela de quitação do empréstimo. Quanto menor o tempo para pagamento, também menor o valor da taxa somada à parcela.

Por isso, é importante que, ao solicitar o empréstimo, seja feito o cálculo considerando valores de taxas distintos. Dessa forma, pode ser feita, junto à financeira, a simulação de empréstimo para que seja avaliada qual a taxa de juros que está dentro das possibilidades de pagamento pelo solicitante do empréstimo.

Se houver a realização do refinanciamento e ainda houver dúvidas quanto ao que está sendo pago em cada parcela, é possível calcular os juros pagos em cada parcela pela taxa de juros anual disponibilizada pela empresa.

O cálculo com base na taxa de juros anual pode ser feito online, o que facilita para quem realiza o empréstimo saber qual a melhor condição de pagamento para empréstimo por refinanciamento do seu imóvel.

Fonte:
 https://financer.com/br/financas-pessoais/calculadora/taxa-de-juros/

RICS e Construtivo promovem workshop sobre BIM

Abril de 2019 – Uma das metas do governo por meio da Estratégia BIM-BR, que foi promulgada pelo Decreto Federal 9.377 em 17 de maio de 2018, é ampliar em 10 vezes a utilização do BIM (Building Information Modeling) no Brasil, de forma que 50% do PIB da construção civil adote a metodologia até 2024.

De olho neste cenário, a RICS (Royal Institution of Chartered Surveyors), instituição global especializada na formação de profissionais e aplicação de padrões nos mercados de terras, imóveis, construção e infraestrutura, promove, no dia 25 de abril, um workshop sobre BIM  sob a orientação de Marcus Granadeiro, CEO do Construtivo, companhia de Tecnologia da Informação com DNA de engenharia.

O curso sobre gestão e implementação de BIM tem como objetivo abordar os principais conceitos da aplicação, que é voltada à Inteligência Digital no processo de construção. Para isso, serão apresentadas tendências globais sobre sua aplicação no mercado, especialmente no Reino Unido, onde a metodologia é amplamente utilizada e pode servir de referência para o Brasil.

Ao final do programa, os participantes deverão ser capazes de compreender o conceito de BIM a partir de uma perspectiva multidisciplinar, entender a sua aplicação prática, seus benefícios e desafios, adquirir conhecimento sobre planos de execução e modelos de maturidade em BIM, assim como conhecer os principais documentos de suporte ao modelo.

De acordo com Granadeiro, com esta iniciativa, a RICS busca conscientizar o profissional sobre a importância de se atualizar na busca pela eficiência, dando condições ao mercado de ter a mesma capacitação de qualquer profissional, independente do país, além de contribuir para o fomento da Estratégia BIM-BR.

“Embora haja atraso na implantação da metodologia BIM (Building Information Modeling) no País, estudos recentes da Fundação Getúlio Vargas atestam que 9,2% das empresas da cadeia produtiva da construção brasileira, que representam 5% do PIB do setor, utilizam o BIM na sua rotina de trabalho e, com a estratégia do governo, esse número só tende a crescer”, finaliza Granadeiro.

RICS Workshop – BIM (Building Information Modeling)

Data e Hora: 25 de abril, das 14 às 18h

Valor: R$345 – R$380

Localização: Regus Continental Square, Rua Olimpíadas, 205, 4o. andar | Sala: Olimpíadas Flex , Vila Olímpia, São Paulo, SP.

Inscrições: https://bit.ly/2G8ypYI

Moradia do futuro tem a cara da nova geração

Conhecida como a “geração da internet”, as pessoas nascidas entre os anos de 1980 e 2000 estão começando a dar as caras no e ao mercado imobiliário. Com a reputação de exigir meios mais sustentáveis e funcionais de vida, as demandas da geração que consolidou o freelancer no mercado de trabalho agora desenham as moradias do futuro.

Para adaptar-se ao modo de vida tecnológico e sustentável do novo milênio, as plantas imobiliárias, ao passo que têm cada vez mais integrado ambientes e cômodos em espaços mais reduzidos que as moradias tradicionais, otimizam, assim, funcionalidade e aproveitamento, moldando a socialização dentro dos apartamentos e facilitando a realização de tarefas domésticas. De acordo com dados levantados pela Associação dos Dirigentes do Mercado Imobiliário do Rio de Janeiro (Ademi-RJ), a média do espaço total dos apartamentos de dois quartos caiu 17,9% já em 2013.

“A moradia do futuro vai ter a cara da geração do futuro, que é uma geração que se importa mais com funcionalidade, praticidade e sustentabilidade do que com ambientes e cômodos apertados e que pouco se compõem entre si”, afirma Thiago Monteiro, sócio da Haut, empresa de design e construção imobiliária. “Uma característica que distingue por completo esta geração das anteriores, entretanto, é a tecnologia digital como dado integral da rotina. Afinal, é a geração que praticamente nasceu com smartphones e gadgets em mãos, que consegue executar as mais diversas tarefas com um simples toque numa tela. Portanto, é esta geração também que tem gerado as ofertas das smart houses, é ela que dá nome e vida à moradia do futuro”, completa.

Quem mora e quem aluga a moradia do futuro

Segundo pesquisa feita pela LendEDU, 72% das pessoas entre 20 e 35 anos preferem gastar dinheiro com experiências do que com bens materiais. “Esta geração opta por ambientes menores porque oferecem interações sociais mais hospitaleiras e intimistas. É a geração dos rooftops aconchegantes, não mais das ostensivas salas de jantar. São estas pessoas que inauguraram os serviços de hospitalidade em domicílios particulares, por exemplo, tanto como consumidores quanto como investidores. E o mercado imobiliário tem estado de olho e passado a contemplar esse dado também”, explica Thiago Monteiro.

Prepare-se para o maior evento do setor imobiliário: Summit Brasil 2019

Tendo a retomada da economia como perspectiva de curto prazo e, por consequência, o reaquecimento do mercado imobiliário, o Secovi-SP e o jornal O Estado de S. Paulo prepararam mais uma edição do Summit Imobiliário Brasil, evento que vai acontecer dia 16/4, no Hotel Hilton (Av. das Nações Unidas, 12.901, São Paulo/SP), das 8 (credenciamento) às 18 horas.

De acordo com os organizadores, a confiança de consumidores e empreendedores e a volta de investimentos nacionais e estrangeiros no setor coincidem com o otimismo do cenário econômico brasileiro do primeiro ano do novo governo. Por estas razões, o Summit Imobiliário Brasil conta com grandes líderes e CEOS do mercado, que vão destacar as oportunidades que surgem partir de agora e que estimularão novos e produtivos negócios.

Na abertura do evento, Basilio Jafet, presidente do Secovi-SP, e Francisco Mesquita Neto, diretor presidente do Estadão, darão as boas-vindas a todos, que ouvirão, em seguida, as mensagens de otimismo do governador do Estado, João Doria Jr.

A primeira palestra será do keynote speaker Seth Weintrob, Head Global de Real Estate do Morgan Stanley. Após essa apresentação internacional, os painéis tratarão dos seguintes temas: Política econômica como alavanca da indústria imobiliária (e vice-versa) – como o governo pode auxiliar o setor, promovendo políticas públicas e econômicas, com Jair Luis Mahl, vice-presidente de Habitação da Caixa Econômica Federal; Perspectivas do mercado imobiliário e da habitação de interesse social na visão de investidores nacionais e internacionais, quando especialistas brasileiros e estrangeiros debatem as oportunidades que o Brasil oferece ou que pode vir a oferecer, com apresentações de Carlos Martins, sócio fundador da Kinea, Paulo Bilyk, CEO da Rio Bravo, e Milton D’Ávila, Head do Imobiliário do Itaú BBA.

Após o almoço, serão realizadas mais quatro palestras: Os desafios da construção civil e imobiliária frente às mudanças nas leis de zoneamento – além de São Paulo, outros municípios brasileiros estão na mira das mudanças de zoneamento, com impacto direto nas cidades e no planejamento imobiliário, com as presenças de Fernando Chucre, secretário municipal de Desenvolvimento Urbano de São Paulo, Flavio Amary, secretário de Estado da Habitação de São Paulo; Insegurança jurídica – obstáculo ao desenvolvimento urbano – os entraves burocráticos, desde a aquisição de um terreno até a implementação de um empreendimento, e o mercado depois da regulamentação do distrato, com Ely Wertheim, diretor da Luciano Wertheim Empreendimentos Imobiliários; Inovação e tecnologia na construção – sustentabilidade, inteligência artificial, eficiência energética e logística reversa na construção estão no foco do debate por especialistas, tema que será tratado pelos especialistas Antonio Serrano, CEO da Juntos Somos +, Marcos A. Cardoso, diretor da Syshaus e Tiago Alves, CEO da Sunew.

Para encerrar esta edição do Summit Imobiliário Brasil, o painel Compartilhando experiências – setor imobiliário tem boa perspectiva para 2019. Nele, CEOs de incorporadoras discutirão como isso vai se concretizar. Estão confirmadas as presenças de Alexandre Frankel, CEO da Vitacon, Elie Horn, presidente do Conselho de Administração da Cyrela, e Wilson Amaral, CEO da Pacaembu Construtora.

O Summit Imobiliário é um dos maiores eventos do setor e se traduz em oportunidade de discutir temas da atualidade, aproximar pessoas e aumentar a rede de relacionamentos.

Os inscritos no evento terão acesso a todas as palestras e à alimentação. Valores diferenciados para os associados do Secovi-SP e os assinantes do Estadão. Inscrições e informações pelo telefone (11) 5591-1306.

Construir uma casa: quais erros não cometer?

O desejo de construir a casa dos sonhos acompanha muitos brasileiros, mas não são poucas as histórias de casos em que esse sonho virou pesadelo por problemas ocorridos na hora da construção. Ocorre que grande parte da população não é especializada nessa área, fazendo com que muitos erros sejam cometidos.


“A construção de uma casa deve levar em conta muitos fatores, que vão além da vontade. É necessário que se tenha planejamento e organização, para que não termine com um projeto que não gostou ou com muitas dívidas”, explica o Diretor Geral do Grupo Realibras/Conspar, Eufrásio Humberto Domingues.


Humberto acompanha projetos há muito tempo e já vivenciou situações variadas, onde quem se propôs a construir foi prejudicado. Abaixo ele listou alguns desses erros:


Falta de planejamento: a pessoa quer construir e não se preocupa com os diversos fatores que isso envolve. Assim, o primeiro passo é sentar e colocar todas variáveis existentes na ponta do lápis;


Terreno inadequado: é preciso ver se o terreno está de acordo com os objetivos e também com o bolso. Na hora de comprar um terreno é preciso saber se ele possui infraestrutura, se está regular e se não é localizado em uma área que apresenta problemas para construção;


Não ter projeto: é fundamental que tenha um engenheiro ou arquiteto responsável pelo projeto, isso minimiza riscos. “Esse ponto é tão importante que disponibilizamos opções gratuitas para quem adquire nossos projetos”, conta o diretor do Grupo Realibras/Conspar;


Não mensurar os gastos: ou mensurar de maneira errada. Com o projeto em mãos é preciso ver tudo que se vai gastar, conhecer seu orçamento para obra e depois fazer cotações. Lembrando que não se pode esquecer do acabamento, móveis e tributos que podem surgir;


Mão de obra barata: muitas vezes para economizar, busca-se por uma mão-de-obra não especializada. A casa é um lugar que precisa de uma construção confiável e a segurança deve ser colocada em primeiro lugar, não podendo ser deixada na mão de amadores;


Produtos baratos: mais um caso da série “o barato pode sair caro”. Buscar produtos de categorias duvidosas pode ocasionar sérios problemas em um curto período de tempo. Isso também pode custar uma reforma até mais cara, fazendo com que essa economia inicial não tenha valido a pena.

Melhortaxa recebe investimento do Goldman Sachs e se consolida como maior plataforma digital de crédito imobiliário do Brasil

A Melhortaxa, maior plataforma digital especializada em crédito imobiliário do Brasil, anuncia a aquisição de participação em seu capital pela Holding Finizy, empresa detida pelo Goldman Sachs e controladora da Meilleurtaux.com na Europa – primeira fintech francesa e sócia minoritária da homônima brasileira. Em 2016, o grupo já havia adquirido uma fatia da fintech brasileira, que também tem operação no México, e decidiu aumentar a participação visando expandir sua presença internacional em mercados fora da Europa.

Lançada em 2014, a Melhortaxa se tornou o maior marketplace especializado em crédito imobiliário do Brasil – sua plataforma online totalmente gratuita permite comparar as ofertas das mais importantes instituições financeiras do país. A previsão da empresa é alcançar, em 2019, a marca de R$ 500 milhões em contratos de crédito efetivados no Brasil e mais de USD 20 milhões no México.

“Em 2018, recebemos mais de 23 mil pedidos online de crédito imobiliário. No último trimestre do ano, tivemos mais de R$ 50 milhões em contratos assinados com os nossos parceiros do setor bancário. A expansão da Melhortaxa no Brasil é acelerada e o nosso objetivo é triplicar a operação em 2019. O início recente da operação no México representa mais um passo na estratégia do grupo de se tornar um player regional na América Latina”, afirma Rafael Sasso, cofundador da Melhortaxa.

Nesse cenário de crescimento, a empresa identificou que um novo sócio poderia agregar muito ao negócio. “O Goldman Sachs detectou um grande potencial de crescimento no nosso modelo de negócios por meio de uma de suas investidas na Europa, a francesa Meilleurtaux.com. Já tivemos uma experiência bem-sucedida e essa parceria vai consolidar ainda mais a nossa atuação”, diz Julien Desvergnes, CEO e cofundador.

O executivo prevê um aumento de 250% na procura diária de clientes por crédito através da plataforma: “A empresa se tornou referência no mercado de crédito imobiliário online e recebemos diariamente mais de 200 solicitações. Graças ao importante aumento das visitas no site, uma grande parte por fluxo orgânico, a previsão é atingir a média de 500 pedidos por dia no primeiro semestre do ano”.

Controlada pelo Goldman Sachs Europa, a Finizy é uma Holding criada em 2013 que concentra diversos players de comparação de produtos do mercado bancário para o consumidor final. Detém empresas como Meilleurtaux.com (referência francesa do crédito e de seguros para o credor), Meilleurbanque.com (comparador de tarifas bancárias), Meilleurassurance.com (comparador de seguros) e Meilleurtauxsolution.com (especialista na recompra de créditos).

SOBRE A MELHORTAXA

A casa conectada: exagero ou realidade?

Sim, as casas inteligentes são uma realidade global e esse movimento está conquistando muitos adeptos localmente. Para ter se uma dimensão, no Brasil são 300 mil casas – de um total de 60 milhões de residências – que têm algum tipo de automação. Segundo a Aureside, Associação Brasileira de Automação Residencial e Predial, a expectativa é que em dois anos a tecnologia chegue a dois milhões de casas. No mundo, as previsões são ainda mais promissoras.

Em mapeamentos do setor feito pela WGSN – autoridade global em previsões de tendências –, o mercado de automação residencial até 2020 movimentará cerca de US$ 100 bilhões, com mais 25 bilhões de dispositivos conectados à Internet das Coisas (IoT) que conta, respectivamente, com uma previsão de mercado em US$ 1.7 trilhões*. A análise inclui previsões** que mostram que uma típica casa de família poderia conter mais de 500 dispositivos domésticos até 2022 – o que reforça o potencial deste mercado, que ainda tem muito a crescer. Vale destacar que apenas 20% das famílias europeias e 35% das norte-americanas usam algum tipo de dispositivos IoT, segundo relatórios da Accenture.

A Somfy, multinacional francesa e líder mundial em motorização e automatização de itens de fachadas, é exemplo tangível do crescimento deste mercado. Entre 2017/2018, a empresa registrou €1,2 bilhões em vendas no mundo – o que representa um crescimento de 10% nas vendas globais e 18% nas nacionais.

Quais itens compõem uma casa inteligente?

Uma vez que esses sistemas de automação estão mais acessíveis (menor baixo custo e mais facilidade de instalação), a casa conectada caminha para outro patamar e, por isso, soluções de iluminação tornam-se mais atraentes. No entanto, o objetivo, cada vez mais, é que a casa conectada tenha inteligência artificial integrada ao ambiente.

As casas conectadas já são realidade. Eletrodomésticos inteligentes se conectam com os calendários da família, listas de compras e até mesmo playlists de músicas – e as possibilidades para tornar as nossas vidas mais práticas e rápidas são inúmeras e vão desde realizar pedidos de compras de supermercado a até mesmo trancar e destrancar as portas remotamente“, ressalta Maria Kowalski, expert da WGSN.

Vale destacar também que, à medida que os sistemas inteligentes são agregados em novas incorporações, haverá mais possibilidades e ofertas de casas conectadas, o que resulta também em melhora nos produtos relacionados.

Neste sentido, Anderson Piche, porta-voz da Somfy Brasil, destaca: “O mercado de motorização no Brasil amadureceu nos últimos anos. Isso possibilita, cada vez mais, trazer ao brasileiro novas soluções domóticas que proporcionem experiências únicas e que trazem benefícios reais aos consumidores por meio de uma tecnologia inteligente – que vão desde economia de tempo e energia, como comodidade e segurança para o cotidiano“.

Quais são os produtos que lideram esse mercado?

De acordo com o report sobre “A Casa Conectada” da WGSN, os produtos que lideram o mercado são relacionados à segurança: câmeras domésticas e sistemas de fechaduras inteligentes lideram ao oferecer conveniência e tranquilidade aos consumidores.

No entanto, além dos itens que lideram o mercado, atualmente os consumidores contam um amplo portfólio de produtos que surgem a cada dia. Confira as principais tendências do segmento:

  • Assistentes Domésticos: produtos controlados por voz têm sido um sucesso surpresa na tecnologia de consumo. Projetados para ter uma presença discreta em casa, robôs estão surgindo com foco em personalidade, jogo e conexão;
  • Inteligência Artificial Ambiental: não está limitada a robôs domésticos. À medida que a tecnologia se desenvolve, será incorporada em produtos e superfícies em toda a casa, se torna uma peça do ambiente;
  • Mobiliário Automatizado: com o IA ambiental, surge a necessidade de móveis e acessórios em toda a casa que possam se adaptar de forma mais flexível aos usuários. Para isso, novas soluções em mobiliário são desenvolvidas. Peças multifuncionais ganham destaque. Além disso, mobiliários inteligentes alertam consumidores sobre estarem muito tempo sentados, assim como o uso de energia personalizada e automatizada;
  • Sistemas inteligentes integrados: novos empreendimentos começam a ser projetadas com sistemas automatizados embutidos, atendendo à crescente expectativa dos consumidores que esperam uma casa nova e, agora, conectada. Com o app do produto instalado em algum dispositivo móvel é possível que o morador faça, remotamente, o controle da iluminação, persianas/cortinas, câmeras, projetores, além do acesso à residência. O InteO, sistema de automação da Somfy, é um exemplo. Por meio deste aparelho – “cérebro” que comanda os demais periféricos, quando adicionados ao sistema – é possível proporcionar praticidade ao dia a dia do usuário, além de experiências únicas e indutivas.

Próximo passo? Amplificação de sensores em rede para executar a manutenção predial, de modo que os proprietários não precisem nem mais telefonar para o eletricista.

  • Interações do varejo: 84% dos consumidores britânicos estão abertos ao engajamento de marcas que contam com produtos relacionados a casas conectadas. Neste sentido, vale ressaltar que algumas empresas já começaram usufruir do varejo voltado a esse mercado ***.

O que vale manter no radar, de acordo com o relatório da WGSN sobre “A Casa Inteligente”:

  • A inteligência artificial vai mudar a forma como as pessoas interagem e experimentam produtos, conforme é inserida nas residências (dia a dia dos consumidores);
  • Cada vez mais as pessoas irão esperar por artigos de casa mais intuitivos;
  • Enquanto as marcas de hardware se concentram em melhorar os produtos domésticos conectados, outras precisam considerar como serviço ou produto pode caber no ambiente doméstico. Um ponto de atenção será para adicionar valor aos produtos e fazer com que os consumidores não se sintam invadidos por essa tecnologia;
  • Uma vez que a privacidade é uma grande preocupação, torna a segurança e uso transparente de dados políticas primordiais para marcas;
  • Móveis e produtos residenciais flexíveis e multifuncionais continuarão crescendo como uma tendência ao atender o estilo de vida urbano que se tornou mais fluido pelo avanço dos assistentes domésticos ***.

*Estimativas da IDC

** Estudos da Gartner

***De acordo com o estudo Future Home da Unruly

Redes neurais podem ajudar na detecção de danos em construções

As chamadas redes neurais artificiais, ou RNAs, podem ajudar na detecção de danos em prédios e outras construções, segundo pesquisa feita pelo engenheiro civil Eduardo Péricles Teixeira Cavalcanti Este foi o tema do seu trabalho de conclusão de curso no Centro Universitário IESB, que teve como orientador o professor Eduardo Montoya

Essa tecnologia utiliza algoritmos complexos para simular o funcionamento de um cérebro humano, o que significa que uma rede neural pode aprender sozinha a realizar operações matemáticas. O trabalho mostrou que as redes neurais são capazes de encontrar danos em uma viga metálica e determinar sua localização, comprimento e espessura.

“As redes neurais são compostas por neurônios que calculam funções matemáticas”, diz o orientador Eduardo Montoya, professor da graduação em Engenharia Civil do IESB. “Elas são um método para ser usado quando não há uma forma determinística de se resolver um problema em qualquer área do conhecimento”, continua.

De forma resumida, uma RNA é formada por várias camadas de neurônios. Cada neurônio recebe uma informação da camada anterior, realiza um cálculo e repassa o resultado para a próxima camada. Ao final do processo, a rede neural produziu uma resposta precisa. Porém, para ser efetiva, ela precisa ser treinada com centenas de exemplos até aprender por tentativa e erro as melhores formas de resolver o problema.

“Uma vez treinada, validada e verificada, a RNA ajudará a calcular danospara qualquer outra situação em condições similares”, afirma Montoya.

Na pesquisa desenvolvida por Eduardo Cavalcanti, o engenheiro criou uma rede neural que recebe os dados da frequência natural de uma viga metálica e determina a presença ou não de danos. Cada elemento estrutural de uma construção vibra em uma frequência específica quando sofre um impacto. Se há uma rachadura ou corrosão na viga, por exemplo, essa frequência muda.

Cavalcanti mostrou que as RNAs são capazes de analisar as variações de frequência da viga e mostrar com precisão onde há danos em sua estrutura, mesmo que eles não sejam visíveis a olho nu. A ferramenta pode ajudar na manutenção de construções – como pontes ou prédios – e na detecção de problemas antes que eles possam levar a uma ruptura ou desmoronamento.