Brasil produz 48 milhões de toneladas de resíduos de construção e demolição

Coordenador pedagógico do Movimento Circular, Edson Gandisoli, lembra que boa parte desse material pode ser reciclada ou reaproveitada

O Brasil produziu cerca de 48 milhões de toneladas de resíduos de construção e demolição (RCD) em 2021, o que equivale a 227 quilos de materiais de entulho por habitante, segundo o Panorama de Resíduos Sólidos no Brasil, publicado em 2022 pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe). A quantidade é 2,9% maior que no ano anterior. De acordo com o Panorama dos Resíduos Sólidos de 2020, cerca de 30% dos resíduos produzidos no país vêm da construção civil. O relatório também aponta que parte desse material é abandonada em áreas públicas.

O coordenador pedagógico do Movimento Circular, doutor em Educação e Sustentabilidade e pós-doutor pelo Programa Cidades Globais, Edson Grandisoli, comenta que as estimativas de geração de resíduos na construção civil variam de acordo com fatores como tipo de construção, fase da obra, tecnologias e práticas de gestão adotadas. Ele lembra que uma parcela significativa é composta por resíduos originados em reformas, mais que em construções em si, e que mais de 80% poderiam, de alguma forma, ser reciclados ou reaproveitados, como madeira, metais, concreto, tijolos, vidros, plásticos, entre outros. 

“Por isso, é fundamental que haja uma gestão adequada desses resíduos, tanto pelas empresas, construtoras e cidadãos, como pelo poder público”, afirma. Segundo ele, estudos mostram que entre 10% e 30% dos materiais de construção adquiridos para a obra são descartados. “Isso significa que de 10% a 30% do investimento feito na construção é desperdiçado. Paga-se para adquirir, transportar, quebrar, recolher e remover. E paga-se também pelo excesso, materiais que são comprados e descartados sem uso”, afirma.

O coordenador do Movimento Circular explica que adotar práticas sustentáveis e tecnologias avançadas na construção civil pode reduzir significativamente a geração de resíduos, como a pré-fabricação de componentes, a utilização de automação, robótica, a seleção de materiais duráveis e a gestão adequada dos resíduos gerados. Ele orienta que manter o canteiro de obras organizado, separar resíduos por tipo de material e encaminhá-los a empresas certificadas, que dão destinação correta a cada um deles, são medidas que ajudam a diminuir o volume de resíduos do setor.

O Relatório de Status Global de 2022 para Edifícios e Construção, do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, aponta que as emissões de dióxido de carbono (CO2) do setor bateram o recorde de 10 bilhões de toneladas em 2021, 5% maior que no ano anterior. Já o Relatório Global Status Report 2019, da Agência Internacional de Energia (AIE), indica que a construção civil “foi responsável por 36% do uso final de energia e 39% das emissões de dióxido de carbono relacionadas a energia e processos em 2018”. 

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), a construção civil responde por cerca de 11% das emissões globais de dióxido de carbono (CO2) decorrentes de atividades humanas. Isso inclui as emissões associadas à produção de materiais de construção, à construção e demolição de edifícios e à operação e manutenção dos edifícios ao longo de sua vida útil. 

Recursos naturais 

Pesquisa da Associação Brasileira para Reciclagem de Resíduos de Construção Civil e Demolição (Abrecon) indica que o setor da construção civil representa cerca de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e, em 2019, gerou aproximadamente 15% do total dos empregos formais do país. Ainda conforme o estudo, o segmento é o que mais consome recursos naturais, em relação a outros setores industriais. De acordo com a Abrecon, entre outros benefícios, a reciclagem preserva o meio ambiente, gera empregos e renda, além de reduzir os custos municipais com a remoção e destinação dos entulhos. 

O descarte incorreto de materiais de construção pode causar problemas como afetar redes de água fluviais, provocando enchentes e, em casos mais graves, poluir o solo e as águas subterrâneas. A Abrecon aponta na pesquisa que foram reciclados cerca de 16% dos resíduos gerados pela construção civil em 2019/2020. Esse material é chamado de agregado reciclado e sua produção anual gira entre 16 milhões e 21 milhões de toneladas no Brasil. 

A capacidade instalada das usinas de agregados reciclados era de 50 milhões de toneladas em 2019, quando o país somava aproximadamente 300 usinas, em torno de 100 públicas e 200 privadas, conforme a Associação. Materiais como tijolos, argamassa, concreto, pedras e cerâmicas podem ser triturados e transformados em brita, pedrisco ou areia, para a construção de pavimentos. Vidros, metais, madeiras e plásticos também podem ser reciclados. 

Mercado imobiliário de Curitiba registra avanço e prospecta crescimento

Parceria com a Housi, promove inovação no morar

O mercado imobiliário de Curitiba está otimista para um 2024 promissor, isso porque um estudo Instituto Paranaense de Pesquisa e Desenvolvimento do Mercado Imobiliário e Condominial (Inpespar) revela que o ticket médio de vendas de imóveis atingiu a média de R$ 412 mil em setembro de 2023, o que representa um aumento de 12,8% em comparação com o mês anterior, crescimento expressivo, considerando que a média de agosto era de R$ 366 mil.
 

Além disso, o volume de novos empreendimentos lançados cresceu 15,3%, com 98 projetos e um VGV de R$ 4,6 bilhões. O preço médio do metro quadrado também sofreu um aumento significativo, subindo 17% para chegar a R$ 10,9 mil.

Estes números, divulgados pela Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademir-PR) e pela Brain — Inteligência Estratégica, superaram até mesmo as projeções mais otimistas do mercado, que estimavam uma queda de 10% em relação a 2021.

No segmento de alto padrão, os últimos dez anos viram um crescimento explosivo no preço do metro quadrado, que teve valorização de 182%, superando a variação de 126,2% do CDI no mesmo período. Os bairros com maior valorização foram Batel (R$ 16,8 mil), Ecoville (R$ 15,1 mil) e Campina do Siqueira (R$ 14 mil).

Curitiba combina uma alta qualidade de vida com uma economia robusta, fatores que explicam este sucesso imobiliário. A cidade possui um dos maiores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil, com um índice de 0,823, comparável a muitos centros europeus. Além disso, a cidade tem se tornado um hub para empresas de tecnologia, serviços e transportes, o que ajudou a elevar o PIB local a R$ 96 bilhões em 2019 — o quinto maior do país, de acordo com o IBGE. Os compradores de imóveis são, predominantemente, membros de tradicionais famílias curitibanas, empresários do agronegócio e jovens executivos bem-sucedidos de fintechs.
 

Cima Engenharia e Empreendimentos Ltda e Housi trazem nova proposta de moradia com o “Nomad” em Curitiba

A renomada Cima Engenharia e Empreendimentos Ltda em parceria com a Housi, famosa proptech do segmento imobiliário, anunciaram o lançamento de um empreendimento em Curitiba, o “Nomad”. O projeto promete oferecer ao tradicional bairro de Vila Izabel uma inovadora e sofisticada proposta de moradia.

Com um total de 112 unidades, o empreendimento está situado em uma região marcada pelo alto padrão e a tranquilidade, características ímpares do bairro. Com fácil acesso aos principais pontos de interesse da cidade, o bairro é reconhecido por sua familiaridade e paz, embora não seja tipicamente voltado para o perfil jovem.
 

“É com grande satisfação que anunciamos o ‘Nomad’, mais um empreendimento com o selo da Housi em Curitiba”, disse Ale Lafer, CEO da Housi. “Nós acreditamos na importância do mercado imobiliário de Curitiba e estamos entusiasmados em trazer nossa experiência em gestão e decoração de unidades para este projeto junto com a Cima, uma empresa de tradição e com grandes projetos de alto padrão”, completou.
 

Embora a data de lançamento ainda seja indefinida, a expectativa é de que as unidades do Nomad sigam o padrão de qualidade da Housi, garantindo uma experiência incomparável aos futuros moradores. A proptech também será responsável pelo serviço de Housi Decor, criando um ambiente aconchegante e contemporâneo em todas as unidades do empreendimento.
 

“A Housi é uma parceira de grande valor para a Cima Engenharia,” disse Vinícius Cima, representante da incorporadora. “Sua presença em nosso projeto agrega valor ao empreendimento, garante a melhor experiência ao morador ou investidor, trazendo inovação, facilidade, gestão e uso inteligente dos espaços. Estamos ansiosos para ver essa parceria florescer no Nomad”.
 

As áreas comuns do empreendimento foram concebidas em colaboração entre as duas empresas. A previsão é que, à semelhança de outros empreendimentos Housi, o Nomad ofereça instalações modernas e atraentes, proporcionando uma experiência de vida de alto padrão para seus moradores. Este é mais um passo importante da Housi em Curitiba, solidificando sua presença no mercado imobiliário da cidade e reforçando a sua reputação de inovação e qualidade.

Com conceito inovador de primeira loja de casas do Brasil, Espaço Smart prevê expansão e faturamento de R$ 500 milhões em 2024

Fernando Scheffer, Fundador e Diretor de Marketing da Espaço Smart

A Espaço Smart está com planos ambiciosos de crescimento para 2024. Com um conceito inovador no mercado, a empresa prevê atingir um faturamento de R$ 500 milhões neste ano e comercializar 750 casas prontas com a metodologia de construção com steel frame. Em 2023, a empresa vendeu 560 casas a um ticket médio de R$ 400 mil por unidade, montante que representou 60% do seu faturamento total. 

“Começamos nossa história revolucionando o mercado com a comercialização de produtos e soluções para a construção a seco. Nosso diferencial sempre foi estar à frente com as tecnologias mais avançadas, e hoje estamos fazendo isso com um conceito inovador de loja de casas, facilitando toda a jornada do nosso cliente no processo de construção”, explica Fernando Scheffer, fundador e diretor de marketing da Espaço Smart. 

O ecossistema do Espaço Smart envolve desde a indústria, com produção do perfil de aço engenheirado e o comercial para as obras em steel frame, além de revestimentos e esquadrias; o varejo, com 32 unidades já existentes no Brasil e no Paraguai que funcionam como showroom e para experiências de desempenho sobre o steel frame; e o e-commerce, que permite que os consumidores comprem uma casa ou edificação comercial com poucos cliques no site; além disso a Espaço Smart conta com o maior time de arquitetura e engenharia do Brasil especializada em Light Steel Frame.

“Apesar de vendermos as casas diretamente pelo e-commerce, avaliamos que as lojas físicas são fundamentais para aproximar a relação com os consumidores, já que eles podem conhecer detalhadamente os produtos e se sentir mais confortáveis para realizar a compra, seja de um item em específico ou da casa pronta. Inclusive com experiências de desempenho sobre o steel frame e suas vedações em Realidade Aumentada” complementa Scheffer. 

Outro passo importante da Espaço Smart foi a aquisição de uma startup de projetos arquitetônicos que aconteceu no ano passado. “Além das várias opções de casas prontas do site, agora conseguimos oferecer projetos personalizados e que já são pensados para a construção em steel frame”, explica Rubens Campos, CEO da Espaço Smart.

Pensando em toda jornada do consumidor, a Espaço Smart também conta com um financiamento próprio, o Smart Crédito, em parceria com o Itaú, que permite a aquisição de materiais e casas prontas em até 60 parcelas. Além disso, a empresa também investe em formação profissional por meio de uma parceria de treinamento com o SENAI, garantindo mão de obra qualificada para atuar no setor.

“A construção a seco não é mais uma tendência ou o futuro da construção. Já é uma realidade”, explica Campos. “Prova disso é que, só em novembro, atingimos a marca de 1 mil toneladas de steel frame vendidas, sendo 75% deste montante destinado para os clientes finais que converteram a construção do método tradicional de alvenaria para o steel frame”.

Fundada em 2014 com intuito de proporcionar construções rápidas, eficientes e sustentáveis no país, a Espaço Smart vem ‘cumprindo à risca’ sua missão no mercado. Em 2023, a companhia obteve um faturamento de R$ 380 milhões e terminou o ano com 500 colaboradores – um crescimento respectivamente de 20% e 42% comparado a 2022. 

De acordo com Scheffer, a junção de todas as suas soluções permite que a companhia atinja seu propósito de transformar a construção civil no Brasil. “Estamos comprometidos com esse objetivo e muito orgulhosos do nosso progresso até agora. A intenção é continuar modificando o status quo da indústria no Brasil, apresentando as vantagens do steel frame ao mercado”, conclui.