A implantação de processos em BIM (Building Information Modeling) já não é uma opção, mas sim uma necessidade. As dúvidas ficam relacionadas a quando e como implementar. Para que não se transforme em um custo e acabe prejudicando a empresa, é muito importante que ela esteja alinhada com o planejamento estratégico do negócio e tenha acompanhamento e patrocínio de decisões em níveis estratégicos.
A direção da empresa precisa entender o que é BIM, ler o mercado, estudar o movimento dos concorrentes e as demandas dos clientes, que ainda podem estar ocultas. Um dos erros mais comuns é olhar a tecnologia dentro dos processos legados, imaginando que apenas com sua adoção ocorrerá redução de custo e aumento de produtividade.
Além dos pontos acima mencionados é preciso pensar em novos produtos e soluções com a visão do cliente. Este é o caminho para a verdadeira Transformação Digital, na qual o BIM irá trazer a competitividade necessária para manter o negócio e prosperar.
A fórmula parece simples, mas temos alguns obstáculos. Um dos mais significativos está relacionado à forma como se compra tecnologia. Normalmente, o fornecedor de tecnologia não conhece a estratégia do cliente, nem ao menos fala com os executivos de níveis estratégicos. Na verdade, ele vende e promove a tecnologia baseado em manuais de marketing do fabricante ou no que ele “acha” que o cliente precisa. Muitas vezes, o próprio interlocutor pelo cliente não tem a visão necessária e acaba aplicando a tecnologia com foco desalinhado aos objetivos táticos.
As implantações em BIM e incorporações de tecnologia sem uma clara visão de suas razões e consequências em relação aos planejamentos da empresa normalmente não dão certo, são taxadas de “caras” e acabam ficando sem budget…e fim da linha!
Marcus Granadeiro, engenheiro civil formado pela Escola Politécnica da USP, presidente do Construtivo, empresa de tecnologia com DNA de engenharia e membro da ADN (Autodesk Development Network) e do RICS (Royal Institution of Chartered Surveyours).
O Sienge, solução líder no País em gestão na área de construção civil, acaba de lançar uma integração BIM com recursos inéditos. A funcionalidade Sienge BIM possibilita aos clientes integrar projetos diretamente a partir do ambiente do Revit, da Autodesk. Com isso, a integração proporciona um ganho de até 40% no tempo de orçamentação dos projetos para incorporadoras e construtoras.
Com a integração Sienge BIM o cliente não precisa manipular arquivos entre o Revit e o Sienge Plataforma. Afinal, a integração é total e as alterações são refletidas em tempo real entre os sistemas.
“Estruturamos o Sienge BIM para que ele facilite a vida do nosso cliente e aumente sua produtividade. Agimos rápido, contratamos profissionais e investimos em tecnologia para possibilitar a integração no Sienge Plataforma. Foi um sucesso e já estamos em conversa com a Autodesk para disponibilizar nossa integração dentro da sua loja, homologando o Sienge como uma integração oficial”, comenta Giseli Anversa, Lead Product Manager, do Sienge.
O lançamento do Sienge BIM será feito durante a Feiconnect Live, a ser realizada durante os dias 17 e 18 de novembro, pelo site da Feicon. O evento vai contar com palestras da Giseli Anversa em ambos os dias:
• 3º Seminário BIM e a Indústria de Materiais de Construção Avanços nas iniciativas de BIM do Governo – dia 17 e 18, das 15h40 às 16h40;
Para se inscrever e de forma gratuita, acesse o Site da Feicon. Já para saber mais sobre a nova integração Sienge, acesse www.sienge.com.br.
A Transformação Digital pode ser resumida nas mudanças necessárias para que empresas nascidas em tempos pré-internet consigam se manter e competir no mundo atual. Bem além de implantar novas tecnologias, estas mudanças estão relacionadas à alteração do modo de pensar, também chamado de mindset. Para melhor compreender os cenários e desenvolver estratégias para a Transformação Digital, deve-se analisá-la dentro do espectro de seus cinco domínios: clientes, concorrência, dados, inovação e valor.
Não há dúvida que a mudança para a metodologia BIM (Building Information Modeling) é uma das estratégias da transformação digital para a engenharia e construção se transformarem e já não existe o dilema de ir ou não para o BIM, mas quando e como ir. Pensando em estratégia de negócio, cada caso é um caso, não há fórmula mágica, porém o caminho é analisar os domínios da transformação digital, entender os novos cenários e buscar o posicionamento e a lucratividade dentro de cada um deles.
Um dos pontos é a convergência do processo BIM com os demais processos, pois a sinergia e os ganhos aumentam muito com a digitalização e integração. Um processo de compras não automatizado, uma topografia tradicional e procedimentos de qualidade antigos criados na era pré-BIM além de não terem sinergia com o BIM podem se transformar em obstáculos. Assim, observamos nos melhores cases do mercado a convergência das implantações BIM com implantações de projetos em aplicativos para celular e tablets e com inovações em controle de qualidade e supervisão de obra por meio de equipamentos e tecnologias emergentes.
Neste novo cenário, o cliente deve fazer parte e estar integrado, muitas vezes a concorrência passa a ser aliada e parceira, os dados se transformaram em valioso ativo e inovar não é mais um luxo, é necessidade. No entanto, todas estas mudanças não alteraram um antigo conceito relacionado a valor, no qual se sabe que a corrente é tão forte quão seu mais fraco elo. Assim, a digitalização não pode ficar restrita ao modelo, pois desta forma grande parte do seu valor estaria sendo desperdiçado.
Digitalização de processos, continuidade do fluxo de informação ao longo da cadeia de valor, integrações e entrega de modelos e dados que gerem valor sob a visão do cliente são os pontos-chave para uma implantação BIM de sucesso. Implantações como essas nunca vão ser consideradas caras, mas serão vistas como o melhor investimento a ser feito.
Marcus Granadeiro, engenheiro civil formado pela Escola Politécnica da USP, presidente do Construtivo, empresa de tecnologia com DNA de engenharia e membro da ADN (Autodesk Development Network) e do RICS (Royal Institution of Chartered Surveyours).
A revolução do processo construtivo por meio de soluções de Inteligência Digital é uma das premissas do Construtivo, companhia de Tecnologia da Informação especializada no setor de engenharia e construção. Por isso, a empresa lança sua própria solução de visualização em BIM, oferta que antes era fornecida pela empresa por meio de empresas parceiras.
Diferente das demais soluções do mercado, que são utilizadas em projetos, a proposta do Construtivo é voltada à supervisão de obras. O modelo permite visualizar, de forma integrada, vários aspectos, como a arquitetura e os sistemas hidráulico e elétrico, garantindo o controle das obras e a ampliação da produtividade.
“O principal objetivo da solução é realizar o acompanhamento das obras de maneira mais segura, garantindo a execução correta dos projetos para evitar o retrabalho, além de agilizar a comunicação”, comenta Marcus Granadeiro, CEO do Construtivo. O executivo também ressalta que o visualizador foi desenvolvido para ser integrado com os aplicativos para celular. Isso significa que a transferência de dados da obra para o BIM ocorre sem processos intermediários.
Outro diferencial da solução é não transitar dados para outras plataformas. Este aspecto está adequado à LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais), que acaba de entrar em vigor, sobretudo quando a ferramenta é comparada com as plataformas estrangeiras, cuja guarda de dados é um ambiente sobre o qual não se tem conhecimento.
A Concremat Engenharia e Tecnologia, maior empresa de projetos e consultoria do Brasil*, tem se tornado também uma das maiores usuárias do portfólio de soluções da Autodesk. Desde 2018, a companhia vem fortalecendo sua posição de destaque no mercado nacional com o uso de soluções que agilizem tanto o projeto quanto o gerenciamento de suas obras.
Uma das soluções adotadas pelo setor de projetos de infraestrutura da companhia para agilizar as tomadas de decisões e o processo de elaboração de desenhos foi o Autodesk Dynamo empregado no Civil 3D com COGO Points, pontos georreferenciados com atributos. Os COGO Points são um ótimo recurso nativo do Civil 3D, que possui diversas vantagens de uso, a exemplo da extração de planilhas de dados e quantitativos de cada elemento ou grupo de elementos.
Por meio de programação visual utilizando o Dynamo, é possível inserir os atributos em cada um dos COGO Points, que são locados em um grupo específico. Esses grupos são responsáveis por definir a representação gráfica, 2D e 3D, padronizada pela Concremat, facilitando a visualização e otimizando o tempo gasto na elaboração dos desenhos e dos modelos para detecção de interferências (clash detection). Atualmente, esse processo está sendo utilizado no pós-tratamento dos modelos recebidos de levantamentos topográficos.
Outro grande desafio presente no dia a dia da Concremat é reduzir custos e prazos, sempre mantendo a qualidade de entrega dos serviços. Tendo como uma realidade desenvolver soluções tecnológicas e investindo muito na aplicação da metodologia BIM (Building Information Modeling), a companhia agilizou seus processos na elaboração de desenhos técnicos com a utilização do Autodesk Dynamo no Revit, reduzindo em cerca de 80% o tempo gasto na elaboração tanto de desenhos de fôrma de concreto como de desenhos hidromecânicos em projetos de elevatórias de esgoto.
“A utilização de programação no Dynamo permitiu que a equipe fosse além dos comandos nativos dos softwares, otimizando tempo e atuando nos pontos que eram tidos como repetitivos”, avalia Lucas Cirilo Borba, modelador BIM da área de Estudos e Projetos da Concremat. “Em um dos casos de utilização, os projetos eram realizados em planilhas compartilhadas com os projetistas para a elaboração de desenhos. Com o Dynamo, o processo foi automatizado, reduzindo em 70% o tempo gasto pelo projetista”, afirma.
O conceito BIM também foi utilizado pela Concremat para a idealização de um uso inédito para o Infraworks, software da Autodesk utilizado nas fases de planejamento e concepção de projetos de engenharia. Em busca de mais eficiência na mitigação de riscos, a Diretoria Técnica de Integração e Processos (DTIP) da empresa em conjunto com as unidades de negócio de EPC e Saneamento passou a aplicar o programa para a realização de simulações das etapas de obra. Usada durante a etapa de licenciamento de um projeto de infraestrutura de saneamento, a ferramenta identificou um volume de terra 10 vezes maior a ser escavado do que o previsto na modelagem tradicional.
A ideia de usar o Infraworks em simulações na pré-obra ganhou impulso na Concremat após a avaliação positiva nas obras do Porto São Luís, no Maranhão. No projeto, foram feitas simulações de terraplenagem e representação do plano de ataque das obras. “Com base no estudo em 2D realizado pela equipe de Estudos e Projetos, o software realizou uma análise visual em 3D das interferências entre as áreas ocupadas do terreno e o plano de terraplenagem preliminar para início dos serviços offshore, auxiliando a definição da melhor solução disponível”, explica Leandro Peres, gerente de planejamento do EPC.
Outra vantagem é a agilidade. Um estudo para definir as vias de acesso para moradores remanescentes ao longo do trajeto de uma barragem apresentou seis possibilidades de traçado de via. “A inteligência da ferramenta conseguiu delimitar as duas vias com a melhor relação custo-benefício e a entrega aconteceu em um prazo 60% mais curto do que no modelo de trabalho convencional”, afirma o coordenador de contratos, Tibério Valsecchi.
“As funcionalidades nativas de modelagem e de importação de modelos da ferramenta, aliadas ao seu poder gráfico, facilitaram a representação e a compreensão do plano de ataque das obras em um curto prazo. A modelagem 3D facilita a visualização das intervenções e o uso da solução nos permitiu visualizar o detalhamento do projeto e reduzir bastante eventuais correções”, complementa o coordenador de implantação da DTIP, Alexandre Praxedes.
Energia
Em outra frente, a Concremat vem utilizando diversos recursos da solução Autodesk AutoCAD Map 3D para subsidiar o desenvolvimento de seus projetos de linha de transmissão. O AutoCAD Map 3D é um software de planejamento e gerenciamento de infraestruturas incluído na assinatura do AutoCAD e da AEC Collection. A solução se baseia em modelos e proporciona um amplo acesso a dados CAD e GIS, auxiliando o usuário a fundamentar suas decisões de projeto e gerenciamento.
Com a ajuda de modelos de dados, ferramentas de análise inteligentes e padrões de mercado, os profissionais de infraestrutura podem aplicar normas locais ou específicas da disciplina para aumentar a produtividade, gerenciar melhor os ativos de uma infraestrutura e assegurar a qualidade dos dados de geoprocessamento em seus projetos.
“A utilização do geoprocessamento em projetos de grande extensão mostrou-se relevante durante o ano 2019. Implementamos uma estratégia de utilização do AutoCAD Map 3D para controle de status de linhas de transmissão com pelo menos 35km de extensão, tornando o mapeamento do plano de ataque e de possíveis interferências de entorno mais visual e simples de ser interpretado”, revela Leonardo Factori, arquiteto da Diretoria Técnica de Integração e Processos da companhia.
O AutoCAD Map 3D serviu como interface para a integração da geometria do traçado com as informações do banco de dados, possibilitando trabalhar com uma grande quantidade de dados de forma mais ágil e facilitada. Após a estruturação inicial do sistema, foram implantadas melhorias que possibilitaram outras visualizações das informações contidas na linha de transmissão, como publicação do mapa em visualizador web; desenvolvimento de sistema web para atualização do mapa; e integração do banco de dados com o Power BI.
Planos futuros
A inovação não para por aí. A Concremat planeja agora a integração do BIM com o LEAN (metodologia para aumentar a eficiência no canteiro de obras). O BIM entraria como meio de organizar as informações e colocar isso no campo de forma que possa ser integrado e utilizado. “Trata-se da utilização conjunta das duas metodologias. Seria utilizar o BIM para maximizar os ganhos do LEAN e, para isso, passaremos a planejar projetos integrando conceitos e ferramentas das duas metodologias”, afirma Guilherme Borges, coordenador de engenharia da Diretoria Técnica de Integração e Processos da companhia.
Além disso, neste ano de 2020, a empresa iniciou seus primeiros contatos com o conceito de Digital Twins através do Autodesk Forge, sendo a única empresa brasileira de engenharia a participar dos dois Autodesk Forge Accelerator online realizados até aqui. “Sem dúvida, participar desses eventos foi muito importante para a nossa entrada no mundo dos Digital Twins e contribuiu bastante para os avanços que tivemos até aqui”, comenta Praxedes.
*Segundo a última edição do levantamento anual “500 Grandes da Construção – Ranking da Engenharia Brasileira”, promovido pela revista O Empreiteiro.
A Plataforma VR Collab, que envolve a tecnologia de Realidade Virtual (VR, do inglês Virtual Reality) compartilhada para revisar e coordenar projetos desenvolvidos em BIM (Building Information Modeling), acaba de ganhar uma interface 100% em português. O Construtivo, companhia de Tecnologia da Informação com DNA em engenharia, que detém a exclusividade de distribuição da solução no Brasil, decidiu investir na tradução do software para melhorar a experiência dos usuários.
Finalista pela RICS Awards 2019 no Sudeste Asiático, um reconhecimento de inovação concedido pelo instituto líder mundial na qualificação profissional nas áreas de terras, terrenos, propriedades e construções, a solução permite interagir e explorar as revisões, as aprovações de requisitos e a coordenação da construção de forma on-line a partir de diferentes localizações e dispositivos, como óculos de VR, desktop ou em uma tela de projeção.
“Como há profissionais de diversas áreas envolvidos nestas interações, tais como estrutura, geotécnica, mecânica, tubulações, elétrica e automação, entre outras, a interface em português se torna mais amigável para os termos técnicos”, explica o CEO do Construtivo, Marcus Granadeiro.
As reuniões de revisões de projetos dentro do modelo BIM resultam na otimização do tempo e custo das áreas envolvidas e, com a versão em português, o processo tende a ficar mais colaborativo e ágil, uma vez que melhora o entendimento das conferências de dimensões, da manipulação de parâmetros e da criação de snapshots navegáveis, entre outros procedimentos realizados por meio de uma experiência de VR.
“Nosso objetivo é fornecer ferramentas que promovam a inovação e excelência no setor de engenharia e construção, só assim o segmento conseguirá evoluir na entrega de melhores resultados nos seus empreendimentos, da concepção à entrega”, finaliza Granadeiro.
Abril de 2019 – Uma das metas do governo por meio da Estratégia BIM-BR, que foi promulgada pelo Decreto Federal 9.377 em 17 de maio de 2018, é ampliar em 10 vezes a utilização do BIM (Building Information Modeling) no Brasil, de forma que 50% do PIB da construção civil adote a metodologia até 2024.
De olho neste cenário, a RICS (Royal Institution of Chartered Surveyors), instituição global especializada na formação de profissionais e aplicação de padrões nos mercados de terras, imóveis, construção e infraestrutura, promove, no dia 25 de abril, um workshop sobre BIM sob a orientação de Marcus Granadeiro, CEO do Construtivo, companhia de Tecnologia da Informação com DNA de engenharia.
O curso sobre gestão e implementação de BIM tem como objetivo abordar os principais conceitos da aplicação, que é voltada à Inteligência Digital no processo de construção. Para isso, serão apresentadas tendências globais sobre sua aplicação no mercado, especialmente no Reino Unido, onde a metodologia é amplamente utilizada e pode servir de referência para o Brasil.
Ao final do programa, os participantes deverão ser capazes de compreender o conceito de BIM a partir de uma perspectiva multidisciplinar, entender a sua aplicação prática, seus benefícios e desafios, adquirir conhecimento sobre planos de execução e modelos de maturidade em BIM, assim como conhecer os principais documentos de suporte ao modelo.
De acordo com Granadeiro, com esta iniciativa, a RICS busca conscientizar o profissional sobre a importância de se atualizar na busca pela eficiência, dando condições ao mercado de ter a mesma capacitação de qualquer profissional, independente do país, além de contribuir para o fomento da Estratégia BIM-BR.
“Embora haja atraso na implantação da metodologia BIM (Building Information Modeling) no País, estudos recentes da Fundação Getúlio Vargas atestam que 9,2% das empresas da cadeia produtiva da construção brasileira, que representam 5% do PIB do setor, utilizam o BIM na sua rotina de trabalho e, com a estratégia do governo, esse número só tende a crescer”, finaliza Granadeiro.
RICS Workshop – BIM (Building Information Modeling)
Data e Hora: 25 de abril, das 14 às 18h
Valor: R$345 – R$380
Localização: Regus Continental Square, Rua Olimpíadas, 205, 4o. andar | Sala: Olimpíadas Flex , Vila Olímpia, São Paulo, SP.