Nos últimos anos, a tecnologia tornou-se uma parceira essencial de empresas dos mais variados segmentos e para a administração de condomínios não é diferente. No mercado condominial, a aplicação e uso de soluções inteligentes tem como foco melhorar a rotina dos síndicos e proporcionar aos moradores uma melhor qualidade de vida. Segundo dados divulgados no Fórum Econômico Mundial, a crescente utilização de Inteligência Artificial em indústrias e soluções do dia a dia deve impactar um aumento de 14% no PIB global até 2030.
Isso significa que há espaço e demanda crescente por tecnologias. Entre elas, no mercado condominial, destacam-se as tecnologias de segurança inteligente, como câmeras com reconhecimento facial e leitura de placas de veículos e alarmes integrados a sistemas de automação. Contexto em que os condomínios inteligentes, que adotam soluções inteligentes para otimizar a gestão e aumentar a segurança, estão se tornando uma forte tendência.
Segundo levantamento feito pelo CondoConta, fintech especializada em condomínios, as solicitações de financiamento no segundo semestre de 2022 para segurança ficam atrás apenas dos pedidos para obras e reformas e instalação de energia solar. “O valor aportado em placas solares tende a ser o dobro do montante de uma portaria remota, o que alavanca bastante os números de financiamento para energia solar”, afirma Rodrigo Della Rocca, CEO do CondoConta.
As necessidades do mercado condominial incluem a falta de serviços de conectividade básicos, como interfone e internet de fibra óptica, escassez de mão de obra qualificada para implementação e gerenciamento tecnológico nos condomínios, além dos altos custos de manutenção de sistemas antigos e obsoletos. De acordo com Rodrigo Della Rocca, há uma demanda crescente de moradores que dão preferência a condomínios que tenham sistemas modernos de tecnologia de segurança.
“As pessoas se acostumaram a ter níveis elevados de tecnologia e segurança em seus ambientes de trabalho, mas ainda convivem com práticas do passado em seus condomínios, como interfone e sistemas de segurança analógicos, controles manuais e pouco confiáveis”, complementa o especialista. Segundo o ele, de forma geral, os condomínios serão inundados por várias soluções que visam facilitar a vida e a convivência da comunidade. O controle dos dispositivos tecnológicos presentes no condomínio será cada vez mais integrado aos smartphones.
Segundo o especialista, para implementar essas soluções, é necessário avaliar algumas questões, como o número de unidades habitacionais e a estrutura do prédio, a fim de identificar possíveis obstáculos e adaptações necessárias.