A ABRAMAT (Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção) divulga nesta quinta-feira, 21 de março, a nova edição da pesquisa do Índice, com os dados projetados de fevereiro. Como destaque da pesquisa, temos a queda no faturamento da indústria de materiais de construção no mês, que ainda tem desempenho positivo se analisados os últimos 12 meses.
Após ter registrado, em janeiro desse ano, desempenho inferior ao do mesmo mês em 2018, o resultado do setor em fevereiro também não foi positivo. Com queda de 1% no faturamento frente a janeiro e 2,5% em relação a fevereiro do ano passado, o resultado, entretanto não altera a projeção feita pela associação de fechar o ano com crescimento de 2% em relação a 2018.
Analisando o número de empregos, o panorama é semelhante. Fevereiro apresenta queda em relação a janeiro de 0,7% e de 0,4% em relação a fevereiro de 2018. No entanto, é observado ainda saldo positivo no acumulado dos últimos 12 meses, no qual a indústria registra saldo positivo de 1,5% em relação aos 12 anos anteriores. O resultado é puxado pela indústria de materiais de base, que nos últimos 12 meses acumula crescimento de 2,5% no número de vagas.
Para Rodrigo Navarro, presidente da ABRAMAT, o resultado em fevereiro indica a importância de externalidades a serem enfrentadas no ano para nortear o setor. “Apesar de um segundo mês de queda no faturamento, ainda temos a expectativa de um ano positivo. O que essas pesquisas nos demonstram é que para o crescimento observado em 2018 ser sustentável e se manter com regularidade, se faz necessário o acompanhamento das externalidades, sobretudo no campo político. As reformas estruturais que tramitam no congresso nacional, por exemplo, terão forte influência no futuro do setor no médio prazo”.
A ABRAMAT segue atuando no enriquecimento dos debates sensíveis ao setor. A associação anuncia hoje a realização do 2° Seminário de disseminação do BIM e a Indústria de Materiais de Construção, que acontecerá no dia 11 de abril, durante a Feicon Batimat. O BIM é, resumidamente, um módulo de tecnologias que informatizam a construção civil, visando maior eficiência, redução de custos, aderência a conformidade técnica e facilidade na fiscalização por parte de agências reguladores e demais organismos públicos de controle. “Seguiremos dando nossa contribuição nesse e em outros debates, sempre buscando construir medidas que tragam ganhos tanto ao setor, quanto ao país e sociedade”, conclui Navarro.