A fim de entender um pouco mais o perfil dos compradores de imóveis, a CrediHome, plataforma de crédito imobiliário que recentemente foi adquirida pela Loft, realizou um levantamento para identificar as características das pessoas que financiaram um imóvel ao longo de 2021. Começando pelo gênero, os homens representam 69,7% dos compradores, contra 30,3% de mulheres. Já a faixa etária mais predominante é entre 30 e 45 anos com 71,9% de participação, enquanto 17,0% têm entre 18 e 30 anos e 11,1% possuem entre 46 e 60 anos. Em relação ao estado civil, 52,8% são casados, 35,8% solteiros, 9,3% divorciados, 0,8% viúvos, 0,7% separados judicialmente e 0,6% separados. A pesquisa traz como base os clientes da fintech que adquiriram uma casa ou apartamento por essa modalidade de crédito neste ano.
Para Bruno Gama, CEO da CrediHome, apesar de a maioria dos compradores serem homens, isso não significa que as mulheres não façam parte da tomada de decisão. “O perfil majoritário do comprador atual é o homem, mas boa parte são casados que estão financiando uma casa ou apartamento e vão dividir os custos com a esposa. Às vezes incluem até outros familiares na composição da renda, o que facilita muito o processo de aprovação com o banco”, explica.
Quando se trata de perfil econômico, 51,5% são assalariados, 22,7% são empresários, 11,7% são autônomos, 5,8% são profissionais liberais, 5,8% são funcionários públicos, 0,4% são aposentados, 0,4% são militares e 1,6% se encaixam em outras categorias não definidas. A faixa salarial mensal de 71,9% dos compradores é acima de R$ 10 mil, contra 9,6% que ganham entre R$ 8 mil e R$ 10 mil, 8,4% que recebem entre R$ 3,5 mil e 5,8 mil, 6,5% com salário de R$ 5,8 mil a R$ 8 mil e apenas 3,6% ganham até R$ 3 mil.
Mercado imobiliário continua aquecido
Em expansão desde o ano passado, apesar das recentes altas da Selic, o mercado imobiliário deve continuar em forte ritmo de aceleração até pelo menos o final do ano. Dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário (ABECIP) revelam que o financiamento imobiliário por meio da utilização de recursos da poupança subiu 124% no 1º semestre deste ano em relação ao mesmo período de 2020. A expectativa, segundo a entidade, é que esse volume registre um crescimento de 57% em 2021 comparado ao último ano.
Segundo Gama, a pandemia trouxe uma mudança drástica no comportamento das pessoas no que diz respeito à moradia. Com o trabalho remoto, estudo e até atividades de lazer sendo realizadas em casa, muitas pessoas decidiram se mudar para imóveis maiores. “Somando este fator às taxas de juros de financiamentos mais baixas, houve um aumento elevado na demanda pela compra da casa própria e esse cenário deve permanecer aquecido até o final do ano”, conclui.