Pesquisa da Colliers apresenta que região sudeste recebeu 9 das 10 maiores locações de logística em 2022

Destaque para Minas Gerais com quatro locações, todas acima de 50 mil m². Conforme o levantamento, o E-commerce foi o segmento que mais locou área no ano

A Colliers, líder global em serviços imobiliários e administração de investimentos, acaba de divulgar a pesquisa sobre as locações dos condomínios logísticos no Brasil. O levantamento mostra que, no ano de 2022, a região sudeste, composta pelos estados de Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, recebeu 9 das 10 maiores locações registradas em 2022. Destaque para Minas Gerais com 4 locações, todas acima de 50 mil m².

Além disso, a pesquisa revela que o e-commerce foi o segmento que mais locou área no ano. No acumulado do ano, a absorção líquida — diferença entre locações e devoluções — foi semelhante ao observado em 2021, 2,326 mil m². O indicador ficou positivo para todos os estados. São Paulo (1.005 mil m²), Minas Gerais (332 mil m²) e Rio de Janeiro (143 mil m²) são os estados onde ele foi mais expressivo. Já Goiás, Pará e Amazonas tiveram os menores saldos, 9 mil m², 10,4 mil m² e 13 mil m², respectivamente.

O Departamento de Inteligência de Mercado da Colliers comenta que o inventário entregue no quarto trimestre foi de 155 mil m², sendo 94 mil m² em São Paulo e 61 mil m² em Minas Gerais. Assim, o inventário de condomínio logístico classe A+ no Brasil está em 23,2 milhões de m². Trata-se de um crescimento de 17% em relação ao 4º trimestre de 2021.
 

A taxa de vacância teve queda de 0,6 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior, fechando 2022 em 10,8%. As maiores taxas de vacância estão nos estados do Rio de Janeiro (17%), Rio Grande do Sul e São Paulo (12%). Os demais estados registraram taxa de vacância abaixo de 1 dígito. Alagoas, Amazonas, Goiás, Paraíba e Sergipe estão 100% ocupados.

Preço Médio Pedido de Locação (R$/m²/mês)

Segundo o levantamento, o preço médio dos condomínios logísticos no Brasil apresentou alta nos últimos meses, encerrando o ano em R$ 22,92/m²/mês. Se realizarmos a correção de preços pelo IGP-M e considerarmos um contrato iniciado em dezembro de 2019, a defasagem é de 28%.
 

O estado da Bahia registrou o maior preço médio pedido nacional, R$32,4/m²/mês, seguido por Paraná e Distrito Federal, com R$27,7/m²/mês e R$ 26/m²/mês, respectivamente.
 

De acordo com o Departamento de Inteligência de Mercado da Colliers, a previsão de entrega para 2023 é de aproximadamente 2.580 mil m². A região sudeste deve receber mais de 80% deste inventário previsto, seguido pelo Nordeste (11%), Sul e Centro-Oeste, ambos com menos de 10%. Destaque para Guarulhos, região localizada no estado de São Paulo, com mais de 500 mil m².