Mais da metade dos consumidores que buscam imóveis online são para compra, aponta pesquisa DataZAP+

Durante a pandemia muitas pessoas passaram a dar mais atenção para o lar, com isso o setor de imóveis no Brasil está aquecido desde 2020, ano em que o DataZAP+, braço de inteligência imobiliária do ZAP, lançou a pesquisa “A influência do coronavírus no mercado imobiliário brasileiro”, buscando, de forma pioneira, entender o comportamento e expectativas dos diversos agentes do mercado. Agora, o estudo chega à 5ª onda e revela, dentre outros aspectos, um aumento na procura para compra e locação e mudanças em aspectos da residência desejada pelo público.
 

“Mesmo com o avanço da vacinação e menos distanciamento social, as pessoas continuam procurando um lar para chamar de seu. Mais da metade dos entrevistados (55%) estão buscando imóveis para comprar. São pessoas com idade média de 50 anos, diferente do público de locação, onde predominam as buscas por millennials e a geração Z. Outro ponto interessante é que a pandemia evidenciou a necessidade por espaços de home office, uma vez que boa parte dos respondentes disseram que vão adotar o modelo híbrido de trabalho”, detalha Pedro Tenório, economista do DataZAP+.
 

A pesquisa teve como base mais de 800 entrevistas realizadas entre 22 e 30 de novembro de 2021 com usuários do ZAP e Viva Real, as maiores plataformas em busca de imóveis online do país, e traz aspectos do perfil do consumidor, os impactos da Covid na busca por um lar; as características que passaram a ter mais importância diante desse cenário; as medidas que os clientes esperam e que serão adotadas pelo mercado; além de expectativas de comportamentos no pós Covid.


Mudanças no imóvel desejado pelo público


Cerca de 3 em 4 consumidores apontaram ser mais importante que o imóvel seja arejado, tenha luz natural, e com ambientes bem divididos, quando perguntados sobre os itens mais relevantes na hora de locar ou comprar um imóvel. Outro aspecto é a percepção de importância da localização próxima a comércios e serviços e próximo ao local de trabalho, que aumentaram 16.6 pontos percentuais nessa onda, entre os entrevistados que buscam por imóveis para alugar.

“Supreendentemente, nesta pesquisa, os entrevistados responderam que levam mais em consideração, aspectos relacionados à ambientação e locais de moradia com infraestrutura ao redor, do que mais espaço na casa, por exemplo. Outro ponto interessante é que os imóveis com vista ou com área de lazer perderam grau de importância para pelo menos 13% dos entrevistados, em relação à última pesquisa”, diz Pedro Tenório.


Home office no imóvel

Com a pandemia, muitas pessoas passaram a desejar um cantinho no lar dedicado ao trabalho. Ter um espaço para home office na residência é indicado como um aspecto importante ou muito importante por 55% dos entrevistados. Ter uma área reservada para isso é mais importante para as gerações mais novas (Z e millennials).

Quanto à situação do home office, o modelo híbrido é a modalidade de trabalho que quase metade dos entrevistados (48%) adotará. A parcela em que esse modelo é praticado, é maior entre pessoas do sexo masculino e residentes das capitais.


Aspectos que poderiam melhorar a busca por imóveis

Muitos consumidores já se depararam com o fato de gostar de um imóvel, mas no anúncio não constar a localização precisa. E esse é um ponto relevante para os entrevistados dessa pesquisa: 6 em 10 respondentes citou colocar endereço completo dos imóveis nos anúncios como medida de melhoria na busca pelo novo lar.

“O corretor é indiscutivelmente uma figura central nas transações imobiliárias. Esse profissional acaba sendo um consultor imprescindível em auxiliar o consumidor para além da disponibilização do endereço completo. É o corretor o profissional mais capaz para sanar dúvidas em relação ao imóvel, à localização e também sobre a parte burocrática da jornada ”, diz o economista.

Outro aspecto relevante do estudo é que as gerações mais novas (Z e millenials), desejam que os contratos sejam assinados digitalmente. Além do desejo pelo endereço completo, esse público aprecia fotos profissionais do imóvel, usam filtros específicos para escolher o novo lar, e fazem tour 360º do local.


Pós pandemia

Quando perguntados sobre os próximos 12 meses, em relação aos preços dos imóveis, os consumidores acreditam que haverá aumento nos valores para compra e locação. A expectativa de alta é mais assinalada pelos consumidores da geração Y.

Em relação às medidas pretendidas a serem utilizadas com o fim da pandemia são: utilizar vídeo chat para falar com corretor (56%) e realizar visitas via vídeo (48%). Ainda como herança da pandemia, 46% dos entrevistados dizem que vão dar preferência para assinar o contrato digitalmente.