A construção civil e a incorporação imobiliária investiram mais de R$ 296 milhões durante todo o ano passado para garantir a integridade física de seus colaboradores, sendo que o montante representa um crescimento de cerca de 74% sobre 2022 (R$ 170 milhões). Os números fazem parte da pesquisa Acidentes de Trabalho nas Obras, que ouviu gestores de SST (Saúde e Segurança do Trabalho) em 952 canteiros de obras por todo o Brasil e foi elaborada pela Associação Brasileira de Incorporas Imobiliárias (ABRAINC).
Segundo o estudo, ao longo dos 12 meses de 2023, a indústria da construção civil e da incorporação imobiliária gastou, mensalmente, para cada funcionário próprio do setor cerca de R$ 190 em equipamentos de proteção individual para garantir a segurança dos 71.405 trabalhadores da construção, totalizando um montante anual de cerca de R$ 163 milhões. Ao mesmo tempo, foram investidos ao longo do ano nos canteiros de obras mais de R$ 133 milhões em equipamentos de proteção coletiva, uma média de recursos aplicados da ordem de R$ 11.640 por mês por obra.
O levantamento da ABRAINC reforça ainda que, na construção civil, as medidas preventivas nas obras não estão restritas aos itens de segurança individual ou coletiva dos funcionários, mas também são destinadas a cursos sobre as normas técnicas especificas, legislações e demais aspectos que envolvem a saúde e segurança dos trabalhadores. Em média, cada trabalhador da indústria da construção civil foi exposto a 6,6 horas de treinamentos preventivos por mês no ano passado.
Menos acidentes – Através dos investimentos e medidas implementadas, o setor está alcançando ótimos resultados na redução de acidentes por trabalhador, refletindo em uma incidência de apenas 0,02% de ferimentos em alguma parte do corpo. Outro exemplo é a Taxa de Frequência (TF), que funciona como uma estimativa de acidentes por milhão de horas trabalhadas. Em 2023, no setor da incorporação imobiliária e construção civil ela ficou em 11,6, o que é considerado muito bom.
Por sua vez, a Taxa de Gravidade (TG), que indica quantos dias de trabalho foram perdidos por afastamento, incapacidade permanente ou morte para cada 1 milhão de horas de trabalho realizadas em função dos acidentes em um determinado período, ficou em 98,4, o que também é considerado muito bom. Para efeito de comparação, até 500 este indicador é considerado muito bom; de 500,01 a 1.000, boa; de 1.000,01 a 2.000, regular; e, acima de 2.000, péssima.
A incorporação imobiliária e a construção civil seguem na busca em manter suas obras como locais de trabalho seguros, seguindo toda a regulamentação, propiciando garantias para que os colaboradores executem suas atividades de forma tranquila. “A cada ano buscamos aumentar os investimentos de forma que todas as nossas ações acontecem para que no final do dia os trabalhadores possam retornar para seus familiares em plenas condições de saúde. A indústria da construção civil segue evoluindo em várias frentes no Brasil, para garantir um bom cenário para investimentos, geração de empregos e trabalhar na diminuição do déficit habitacional”, finaliza o presidente da ABRAINC, Luiz França.
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