Numerosos edifícios residenciais da cidade de São Paulo não abrangidos pela Lei 14.459/2007, relativa à obrigatoriedade da instalação de aquecedores solares, também podem contar com essa alternativa, que propicia ganhos ambientais e significativa economia em relação à energia elétrica e ao gás. “Nos casos posteriores à sua vigência, a legislação determina que haja estrutura para esses equipamentos em prédios com até três banheiros por apartamentos. Os empreendimentos cujas unidades tenham quatro sanitários ou mais precisam ser entregues com o sistema já em funcionamento”, explica Oscar de Mattos, presidente da Abrasol (Associação Brasileira de Energia Solar Térmica).
Independentemente da lei, há casos de edifícios novos cujo porte não é abrangido pela norma, mas que estão optando pelo aquecimento solar. Prédios mais antigos, anteriores à legislação, também podem implantar os equipamentos, não só para atender os apartamentos, como também para a piscina. “Para isso, é preciso apenas verificar se há tubulação para água quente, que existe em numerosos edifícios da capital paulista, e disponibilidade de área para instalação dos coletores solares”, salienta o presidente da Abrasol. A rigor, será trocada apenas a fonte de energia que aquece a água – eletricidade ou gás – pelo Sol, que não tem custo agregado à conta de luz e não prejudica o meio ambiente.
Há casos de prédios que ainda utilizam o chuveiros elétrico. Porém, vale a pena rever tudo isso neste momento de crise hídrica e aumento do preço da energia. Para se ter ideia da relação custo-benefício, o chuveiro elétrico representa 25% da conta mensal de energia elétrica das famílias brasileiras. “Esta é a economia que se obtém com o aquecedor solar de água, cujos coletores para captação de energia são completamente desconectados da rede elétrica, não gerando custos adicionais de medição”, explica Oscar de Mattos.
Com um investimento em torno de dois mil reais, obtém-se uma economia significativa na conta de luz, fator que tem importância maior neste momento de crise hídrico-energética e aumento tarifário. Além disso, o aquecedor solar garante água quente em abundância, com absoluta segurança. Também é ambientalmente correto, pois o calor gerado vem de uma fonte totalmente limpa e permanente, que é o Sol.
Os aquecedores solares de água são cerca de quatro vezes mais eficientes do que os painéis fotovoltaicos e atendem a aplicações residenciais de baixa até alta renda. São a alternativa mais eficaz para a redução expressiva do consumo nos chuveiros elétricos, sistemas de gás ou elétricos. Sua tecnologia está presente no Brasil há mais de 40 anos. São 100% nacionais, geram empregos apenas no País e usam matérias-primas totalmente brasileiras. As famílias e edifícios, além de reduzirem suas contas de luz, contribuirão muito para reduzir as ameaças de apagão e/ou de racionamento de energia, ao substituírem seus chuveiros elétricos.
O aquecedor solar de água é o único eletrodoméstico que economiza energia, ante milhares de novos chuveiros elétricos, eletrodomésticos e eletroeletrônicos incorporados diariamente às residências, que aumentando de modo crescente a demanda atual de eletricidade.