Housi: da gestão de prédios ao pioneirismo no conceito de moradia inteligente

Startup digital que alugava apartamentos se tornou uma gigante da tecnologia

Foi por meio da tecnologia e da criação de um ecossistema próprio, que transforma prédios analógicos em digitais, que a Housi deixou de ser uma startup que administrava a locação de apartamentos, para se tornar uma empresa que vem expandindo a moradia inteligente por todo o País. Criada em 2019 com o propósito de reinventar a experiência de morar, hoje ela está presente em todas as capitais brasileiras e em mais de 125 cidades, com mais 500 prédios e 200 mil apartamentos.
 

Conhecida pelos empreendimentos compostos por apartamentos compactos com uma variedade de espaços compartilhados, a Housi é definida pelo CEO, Alexandre Frankel, como um software para o mercado imobiliário. “Assim como o Windows conecta computadores à internet e infinitas possibilidades de programas, a Housi conecta prédios a uma série de possibilidades”, diz.

Mas nem sempre foi assim. Idealizada pelo executivo, a startup nasceu para ser somente um suporte ao investidor que não tinha tempo, ou não sabia como rentabilizar o imóvel. “Percebi que as imobiliárias vendiam o apartamento e no mês seguinte o investidor recebia um boleto do condomínio, do IPTU, e não sabia como administrar, para que o investimento se tornasse rentável”, conta Frankel.
 

E foi visando a oportunidade de gerar renda ao investidor, que a Housi criou o modelo de locação short stay, long stay e locação flexível, que dispensa a necessidade de o inquilino assinar contratos com imobiliárias. A proptech passou a ofertar unidades decoradas, com todos os gastos da casa, desde as contas básicas como aluguel, água, luz, gás, internet, TV a cabo e até o IPTU, embutidos em uma única cobrança. “Deixamos tudo muito simples e rápido. Todo o processo é feito por um aplicativo, possibilitando fazer uma locação de 1 dia 2 meses a 3 anos ou mais, em questão de minutos, digitalmente, utilizando diversas formas de pagamento”, explica o CEO.

Um novo modelo de negócio

A ideia fez tanto sucesso que em 2020 a empresa chegou a protocolar um prospecto para abertura de capital na B3, mas com as mudanças impostas pela pandemia, levando à queda da receita e faturamento, surgiu a necessidade de reformular o modelo de negócio, baseando-se em tecnologia.

“A receita da empresa foi para R$0, mas enxergamos a oportunidade de levar tudo o que estávamos aprendendo, aos incorporadores do Brasil inteiro”, explica o Executivo. Atualmente a Housi soma parcerias estratégicas com mais de 450 incorporadores que adotaram o modelo de moradia inteligente em todo o País.

Por meio do AppSpace, ecossistema de serviços e produtos físicos e digitais, a Housi criou a possibilidade de implantar a moradia inteligente em qualquer condomínio do Brasil. A plataforma oferece serviços de limpeza, mobilidade, lavanderia, alimentação, entre outras atividades que são oferecidas por mais de 100 marcas parceiras integradas em um único aplicativo. “Somos o software que vem equipar o projeto para que ele tenha tecnologia, serviços, locação flexível”, diz o CEO.
 

Ele explica que a implantação da tecnologia pode trazer rentabilidade ao condomínio. “Quando os moradores consomem produtos por meio do AppSpace, o prédio acaba economizando o custo condominial, por conta da geração de rebates para o prédio. Em alguns condomínios, já houve redução de 50% dessa taxa. A meta é chegar no custo 0”.

Além disso, a plataforma também pode ser útil aos investidores, pois oferece o Housi Gestão, funcionalidade que disponibiliza a gestão completa do aluguel das unidades, seja na modalidade short stay ou longa duração, controle financeiro, check-in, check-out, manutenção e segurança jurídica da operação. “Nós constituímos uma rede de operadores que fazem desde manutenção até limpeza, de forma que o cliente não precise se preocupar com nada”, finaliza Frankel.