Faturamento das indústrias de materiais de construção tem leve aumento em outubro

A ABRAMAT (Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção) divulga nessa quinta-feira, 10, a nova edição da sua pesquisa Índice, elaborada pela FGV com dados do IBGE, apresentando os dados de faturamento do setor.

A pesquisa indica que em setembro houve leve aumento no faturamento das indústrias de materiais de construção. O resultado do mês é de crescimento de 0,3% sobre agosto. Na comparação com o mesmo mês de 2021 houve retração de 0,1%, o que representa a menor diferença desde que a comparação passou a ser negativa em setembro do ano passado.

Com esse resultado, o faturamento da indústria de materiais fica 6,6% abaixo do verificado no mesmo período de 2021. A diferença para 2021 começa a se reduzir, e a projeção da FGV para o ano de 2022 foi revista, passando a apontar uma queda de 2,2%, com um viés de baixa.

“Tradicionalmente, a FGV faz uma revisão das projeções anuais no último trimestre, quando já se dispõe de mais informações sobre a dinâmica corrente do mercado. A revisão atual indicou um faturamento deflacionado de menos 2,2% quando comparado com o ano anterior. Apesar da diferença do faturamento entre 2022 e 2021 seguir reduzindo, são vários os fatores que contribuíram para esta revisão par baixo. Primeiro, a combinação de inflação alta, chegando a mais de 7% em 12 meses (embora nos últimos meses tenhamos tido deflação) e taxa de juros também alta impactaram de forma expressiva o consumo das famílias, o que está se refletindo diretamente sobre as vendas no varejo. Outro fator foi a formação de estoques mais elevados, como uma maneira de proteção à falta de alguns produtos/insumos e aumentos de preços, consequência de externalidades ocorridas sobre as cadeias produtivas no Brasil e no mundo. Por outro lado, a atividade fabril e a pretensão de investimentos continuam em níveis iguais ou maiores que aqueles pré‑pandemia, indicando que esperamos um 2023 positivo, certamente com muito trabalho junto aos novos governos e Congresso renovado”, explica Rodrigo Navarro, presidente da ABRAMAT.