A pandemia da Covid-19 impulsionou uma verdadeira revolução nos espaços corporativos como conhecemos. Apostando em inovação, empresas de mobiliário para escritório e arquitetos focados em projetos corporativos revisitaram suas estratégias e apostam em soluções inovadoras pensadas para as mudanças de médio e longo prazo. É o caso da Hub, empresa de inovação da Móveis Riccó focada em locação de móveis corporativos por assinatura, que desenvolveu o conceito chamado de Safe Design – consiste em adequar estações de trabalho diante de medidas de distanciamento, registrando uma redução média de 25% a 75% das posições. E também do Estudio Guto Requena, comandado pelo arquiteto e designer que já desenhou cerca de 50.000m² de projetos corporativos nos últimos anos e lidera uma pesquisa para mapear e investigar as tendências para o escritório do futuro antes mesmo da pandemia começar.
Nesse cenário, a Hub, que já criou soluções com esse conceito para 32 grandes e médias empresas, provendo soluções que permitem adequar o layout corporativo, com iniciativas de reestruturação contemplando distanciamento mínimo de dois metros entre as pessoas, implantação de divisores frontais e laterais de vidro e proteção nos corredores para diminuir o contato dos colaboradores com o fluxo das áreas de passagem. Além disso, a empresa pensa em comodidades para o home office, uma modalidade empresarial que veio para ficar. Desde o início da quarentena, a empresa enviou cerca de 1.300 cadeiras para a casa dos colaboradores de seus clientes e criou peças adaptadas e soluções elétricas adequadas à dinâmica residencial. A estimativa é fornecer mais 3.000 cadeiras ainda esse ano, além de lançamentos de novos produtos voltados para empresas que estão fornecendo ergonomia às equipes em home office.
No entanto, as mudanças vão além do espaço físico e significam uma transformação na forma como nos relacionamos com o trabalho. Para as próximas décadas, a aposta do Estudio Guto Requena é um testemunho de um espaço de trabalho que valoriza a experiência humana. “Os escritórios deverão ser inteligentes e saudáveis, cada vez mais os funcionários serão exigentes em relação à própria saúde e bem-estar”, comenta. Assinando vários projetos corporativos recentes alinhados com as premissas do futuro dos espaços corporativos, o EGR acredita na potência da tecnologia como aliada para criar espaços flexíveis, dinâmicos e funcionais.
Pesquisas apontam que 58% dos ambientes de trabalho do mundo não têm vegetação e segundo o EGR, esta será uma mudança expressiva nos próximos anos. Os benefícios de incluir vegetação nos projetos são endossados por diferentes análises científicas. Os ganhos são psicológicos, biológicos e também afetam diretamente a capacidade criativa. Segundo a reportagem The Global Impact of Biophilic Design in the Workplace, publicada em 2015 pelo professor de Psicologia Organizacional (Organizational Psychologist) Cary Cooper, pessoas que trabalham em espaços com vegetação natural são 15% mais criativas. Além disso, com um número suficiente de plantas é possível reduzir em 60% o número de colônia de bactérias, além de reduzir em 24% as dores de cabeça de quem trabalha no espaço.
Atento a essas novas perspectivas sobre o jeito de criar ambientes corporativos, o Estudio Guto Requena lançou recentemente sua primeira coleção de móveis para escritório. A Linha Bafafá é um desdobramento desse aprofundamento no segmento, que teve como eixo central repensar o ambiente de trabalho e torná-lo mais humano, afetivo e eficaz. A coleção reúne quatro itens, incluindo uma alcova, um sofá, um otomano e uma poltrona, com encostos reforçados que podem servir como assento, além de braços largos para apoiar computadores e outras ferramentas de trabalho, possibilitando a realização de encontros e reuniões de forma espontânea, descontraída e flexível. As peças têm uma cartela de cores diversificada e customizável.