A Construtora Tenda (B3: TEND3), uma das principais construtoras e incorporadoras com foco em habitação popular no Brasil, anuncia lucro líquido positivo consolidado de R$ 4,4 milhões no 1T24 – um marco importante para a companhia, uma vez que o último lucro havia ocorrido no 3T21. A margem líquida no período foi de 0,6%.
Foram 13 novos empreendimentos lançados no consolidado, com unidades negociadas ao preço médio de R$214,4 mil por unidade, movimentando R$763,2 milhões. Entre eles, inclui-se o empreendimento “The Place Barra Funda”, lançado em parceria com a Cury, totalizando 985 unidades e aproximadamente R$258,0 milhões de VGV, do qual a companhia possui participação de 35%.
“Foi um começo de ano positivo para a companhia, que marcou o 6º trimestre consecutivo de geração positiva de caixa operacional pela marca Tenda, comprovando nossa capacidade de continuar a tendência de recuperação de margens. Com isso, a nossa margem bruta de novas vendas se manteve no patamar de 33% nos permitindo antecipar as previsões e, por fim, positivar o lucro da companhia pela primeira vez desde 2021”, destaca o CFO da Construtora Tenda, Luiz Mauricio Garcia. Segundo ele, algumas movimentações do segmento influenciaram essa virada, incluindo o RET 1%, que começou a vigorar em março e já teve impacto nesse trimestre, com maior geração a partir de abril; além da aprovação do FGTS Futuro, que está em vigor desde abril.
O preço de vendas teve um aumento em relação ao trimestre anterior, puxado pelo volume de unidades vendidas em São Paulo, seguindo estratégia de evolução gradativa e melhora na margem dos projetos. Com isso, a margem bruta de novas vendas se manteve no patamar de 33%. Já a VSO no período ficou em 30,4%, em linha com o objetivo de 25% a 30%. A combinação das reduções dos lançamentos e nos distratos no período, em comparação a períodos anteriores, também contribuiu para a VSO alcançar esse patamar.
Com essas decisões, o lucro bruto ajustado no período foi de R$ 200 milhões no consolidado, representando um aumento de 35,1% em comparação ao 1T23. A margem bruta ajustada, por sua vez, atingiu 26,9% – uma melhora de 4,1 p.p. em relação ao 1T23 e 2,2 p.p. em comparação ao 4T23.
Em fábrica
A empresa de construção off-site, Alea, registrou margem bruta ajustada de 6,5% (vs – 10,7% no 4T23), reforçando expectativa de crescimento gradativo da margem bruta consolidada no decorrer do ano. “Alea também tem avançado muito no desafio da montagem das manchas construtivas e, desde o início do ano, já estamos com um custo 15% abaixo da média do 4T23, ou seja, estamos caminhando para atingir o desafio de redução de 27% por unidade divulgado na apresentação do Tenda Day 2023”, lembra o CFO da Construtora Tenda. A marca de casas construídas em unidade fabril encerrou a operação de março com dez canteiros de obras ativos, sendo 5 Alea e 5 Casapatio.
Por mais um trimestre consecutivo, não foi verificado desvios de custo, evidenciando a retomada da eficiência operacional da companhia, cujos custos seguem em linha com INCC, o que por sua vez ficou em 3,48% nos últimos doze meses até abril/24, com materiais subindo 0,17% no período e mão de obra de 6,81%.
Futuro
Para breve, a companhia espera reverter a provisão para devedores duvidosos (PDD) que, por conta de um problema operacional e não recorrente na migração do seu SAP, a migração e atualização do sistema trouxe uma inesperada instabilidade na integração com o sistema interno de cobrança, o que gerou instabilidade na arrecadação e volume de cobrança ao longo do 1T24. Diante disso, apresentou índice de 3,6% da receita bruta no 4T23, para 5,9% no 1T23. Em abril, a expectativa é que o sistema de cobrança já esteja funcionando sem nenhuma intercorrência, e, portanto, a PDD retome para o patamar esperado para o ano, em linha com o 4T23.
DESTAQUES FINANCEIROS E OPERACIONAIS
Lucro bruto ajustado de R$ 200,0 milhões no consolidado do 1T24, aumento de 35,1% em comparação ao 1T23. A margem bruta ajustada atingiu 26,9%, uma melhora de 4,1 p.p. em relação ao 1T23 e 2,2 p.p. em comparação a 4T23. Na Alea, o lucro bruto ajustado foi de R$ 3,6 milhões, comparado a um R$ 11,7 milhões negativos no 1T23;
Margem bruta ajustada na Tenda de 28,5% no 1T24, melhora de 3,7 p.p em comparação ao 1T23. Na Alea, a Margem bruta ajustada no trimestre foi de 6,5%, comparado a 156,5% negativo do mesmo período do ano anterior;
Margem ref atingiu 34,7% no 1T24, um aumento de4,8p.p.na comparação com o1T23 e de 1,2 p.p. na comparação com o 4T23;
Lucro Líquido de R$ 4,4 milhões no 1T24, o que representa um marco importante para a companhia, uma vez que último lucro trimestral havia ocorrido no 3T21. A Margem Líquida no período foi de 0,6%;
Dívida líquida teve redução e R$ 108,0 milhões no trimestre; Dívida líquida corporativa / Patrimônio líquido fechou o 1T24 em 2,4%, frente à um limite de 50% estabelecido pelos covenants do período;
Lançamento de 13 empreendimentos no consolidado, totalizando R$ 763,2 milhões, aumento de 55,4% em relação ao 1T23. O preço médio no trimestre foi de R$ 214,4 mil por unidade. O empreendimento ” The Place Barra Funda”, ” foi lançado em parceria com a Cury, totalizando 985 unidades e aproximadamente R$ 258,0 milhões de VGV, do qual a Tenda possui participação de 35%;
Preço médio da venda bruta no 1T24 foi de R$ 210,9 mil, aumento de 2,4% em relação ao 4T23 seguindo a estratégia de recomposição de margens; Vendas líquidas totalizaram R$ 964,8 milhões, aumento de 57,9% em relação ao primeiro trimestre de 2023, com VSO Líquida de 30,4%;
Banco de terrenos totalizou R$ 19.061,4 milhões no 1T24, aumento de 13,7% em comparação ao 1T23. Foi adquirido no trimestre R$ 475,1milhões, com o percentual das permutas que passaram a representar 62,3% do total do banco de terrenos, aumento de 7,3 p.p. em comparação ao 1T23.
- Morada.ai recebe investimento de R$ 6 milhões para aplicar em IA no setor imobiliário
- Vacância de escritórios no Rio de Janeiro cai para 26% e reflete melhora na ocupação corporativa
- Plaza investe R$ 2 milhões e lança assistente virtual para imobiliárias
- Rooftop capta R$ 100 milhões
- Financiamento de imóveis: como a IA pode trazer melhorias para o segmento