Conheça a empresa Mulheres Constroem, gestora de obras com foco em diversidade e equidade de gênero

Liderada por duas mulheres que atuam na construção civil e por um executivo especialista em gestão estratégica de negócios, o grupo conta com serviços corporativos e o núcleo de impacto social. 

Com o objetivo de ensinar, resgatar valores e proporcionar independência econômica para grupos minorizados na construção civil, surge o grupo ‘Mulheres Constroem’. Pensada no início da pandemia da COVID-19 e executada em meados de novembro de 2022, a empresa é liderada por Renata Presidio (Diretora Executiva e de Operações), Carolina Eysen (Diretora Marketing e Relações Públicas) e Jhonny Jackson (Diretor Administrativo e de Estratégia), todos com vasta experiência no setor de construção civil, desde vivências no canteiro de obra até a gestão estratégica. Assim, puderam identificar as dificuldades e a necessidade de iniciativas com novas estruturas para o segmento. 

‘Mulheres Constroem’ é uma empresa focada na gestão de projetos e obras com a missão de tornar o setor mais diverso e inclusivo por meio de prestação de serviços corporativos. O período escolhido para o lançamento da marca é o mês de março, em que são celebradas as conquistas das mulheres e, desde então, passam a oferecer os trabalhos da marca com os parceiros dos setores de empreendedorismo, inovação, impacto social e construção civil.

 “Notamos que mesmo com a evolução na contratação de mulheres, estas não representam 15% nas mesas da alta direção. Não vemos mulheres trabalhando com os homens nos canteiros de obras e, quando as vemos, estão atuando como arquitetas ou engenheiras, que são, majoritariamente, brancas, heterossexuais e cisgêneros. Também identificamos a desvalorização dos profissionais e queremos levar mais empatia para o setor por meio da nossa frente social”, comenta a Diretora Executiva e de Operações do ‘Mulheres Constroem’, Renata Presidio.

Por mais que exista um movimento em trazer mais mulheres e grupos minorizados para o setor de construção civil, é necessário mais comprometimento das empresas para a transformação. O Brasil, por exemplo, é um das nações da América Latina com a colocação mais baixa no quesito igualdade de gênero: o país ocupa o 94º lugar no ranking feito pelo Fórum Econômico Mundial (2022), no qual foram analisadas 146 nações, ficando atrás de países como Guiana, Bolívia e Paraguai. Ainda, segundo dados divulgados em 2022 pelo Fórum Econômico Mundial, o Brasil levará 132 anos para acabar com a desigualdade de gênero. 

Além disso, com a pandemia da COVID-19 ficou mais evidente que a sociedade necessita de mudanças comportamentais em todos os setores. Pautas como equidade, direito à cidade, mudanças climáticas, bem como a relação humana com os espaços públicos, ganharam visibilidade nas grandes corporações por meio do conceito ESG (sigla em inglês para Environmental, Social and Governance). Neste contexto, a sustentabilidade que parecia ser algo discutido como uma necessidade futura passou a se tornar presente:

“A emergência por soluções inteligentes e integradas, passou a conduzir a sociedade e suas organizações a discussões voltadas ao bem estar social e ambiental, isso evidenciou a responsabilidade empresarial em governar e gerir melhor seus impactos negativos e positivos com o meio. Assim, queremos contribuir com essa discussão em prol de uma sociedade mais próspera e saudável composta por pessoas diversas”, comenta Carolina Eysen, Diretora Marketing e Relações Públicas da iniciativa. 

‘Mulheres Constroem’ contam com serviços como gestão de projetos, de processos e de obras, contratos design and build, treinamentos técnicos e palestras que englobam a diversidade e empoderamento feminino. Além dos serviços corporativos, a empresa conta com uma frente social para gerar impacto na população com serviços como treinamento civil e de gestão empresarial para grupos  minorizados, núcleo de psicologia e assistência social, reforma de áreas comerciais que atendem microempreendedoras. 

Em seu momento de aceleração inicial, a  iniciativa está realizando um financiamento coletivo na plataforma ‘Benfeitoria’ para levantar um fundo de R$ 70 mil, para  oferecer cursos técnicos e treinamentos para mulheres em situação de vulnerabilidade ou início de carreira.