Resia, da MRV&Co, anuncia venda de propriedade em Miami por USD 118,5 milhões

A Resia, especializada no desenvolvimento e construção de empreendimentos residenciais multifamiliares, acaba de concluir a venda do empreendimento Resia Old Cutler, localizado em Miami (EUA), pelo Valor Geral de Venda (VGV) de USD 118,5 milhões, gerando Lucro Bruto de USD 11 milhões, Cap Rate de 5,65% e Yield On Cost de 6,2%. A margem bruta da operação foi de 9,3%.

O empreendimento conta com 390 unidades distribuídas em 8 edifícios e se destaca pelo design moderno e prático de seus apartamentos, disponíveis nas configurações de 1, 2 e 3 quartos. Entre as principais comodidades estão o parque para cães, a área de recreação infantil e a piscina, oferecendo espaços voltados para a convivência e o lazer em comunidade. Além disso, a localização privilegiada do empreendimento, próximo à Florida’s Turnpike, permite fácil acesso a serviços essenciais, como escolas e supermercados, além de atrações populares, incluindo o Zoo Miami.

O mercado de empreendimentos residenciais multifamiliares, conhecido como “multifamily”, abrange o setor imobiliário voltado para edifícios ou complexos com várias unidades residenciais individuais, que podem variar de apartamentos simples a unidades mais luxuosas. A principal diferença entre o multifamily e o mercado tradicional de locação é que esses empreendimentos pertencem a investidores institucionais, que compram prédios inteiros para alugar. Os aluguéis gerados podem ser direcionados diretamente para a empresa proprietária do imóvel, responsável pela gestão, ou para fundos de investimento imobiliários (FII) especializados, por exemplo.

A cidade de Miami vive um ciclo de grande expansão, com alta demanda por moradia impulsionada tanto por investidores quanto por novos residentes, atraídos pelo clima, qualidade de vida e oportunidades econômicas. Além disso, a migração de empresas e profissionais de outros estados dos EUA, principalmente do setor tecnológico e financeiro, tem contribuído para o grande interesse dos consumidores, com destaque para regiões suburbanas, onde está localizado o Resia Old Cutler. “O mercado de locação multifamily nos Estados Unidos, especialmente no Sul e Sudeste, possui um enorme potencial”, afirma o CEO da MRV&CO, Rafael Menin

A Resia está presente em cinco cidades e três estados dos EUA: Dallas e Houston (Texas), Atlanta (Geórgia) e Miami e West Palm Beach (Flórida), e planeja construir 5 mil unidades por ano a partir de 2025.

3 passos para a otimização de edifícios com tecnologia

Por Luis Ceciliato, Gerente Nacional de Vendas no Brasil da Axis Communications

Os edifícios comerciais foram projetados como espaços práticos para que as empresas pudessem operar. No entanto, as expectativas do setor imobiliário comercial mudaram profundamente no competitivo mercado atual. Os edifícios comerciais enfrentam vários desafios, desde a necessidade imperativa de eficiência energética e sustentabilidade até a integração de tecnologias inteligentes

O setor imobiliário comercial está migrando para a alta tecnologia

Os locais de trabalho híbridos, a tecnologia e as mudanças na cultura de trabalho e no meio ambiente são fatores que moldam a evolução dos edifícios comerciais. Os dispositivos da Internet das Coisas (IoT) estão transformando o setor, tornando as propriedades mais eficientes e fornecendo cada vez mais informações aos proprietários e administradores das instalações.

1) Integração de câmeras com sensor

As câmeras que funcionam como sensores podem ajudar a tomar decisões informadas para gerenciar os edifícios de forma otimizada. A vantagem adicional de os dispositivos e as análises serem baseados em padrões abertos é que eles podem ser integrados a outros sistemas para diferentes usos, ajudando a operar os edifícios de maneira mais rentável. Com a ajuda de metadados provenientes das câmeras e informações de soluções de parceiros, os painéis de controle podem visualizar dados sobre os níveis de ocupação em diferentes zonas e horários, por exemplo. Ao aproveitar a tecnologia da IoT, o setor imobiliário comercial pode não apenas melhorar a segurança, mas também reduzir o impacto ambiental e alcançar metas de sustentabilidade a longo prazo.

2) Vamos falar sobre videoporteiros

Fazer com que os visitantes se sintam acolhidos e manter um ambiente seguro começa com um controlador de porta ou com um interfone de porta com controle de acesso integrado e câmeras IP com verificação visual. Os videoporteiros permitem que os ocupantes se comuniquem com os visitantes nos pontos de entrada. Nesse caso, câmeras com análise inteligente podem emitir alertas para invasores e pessoas que se aproximem de áreas restritas ou ajam de forma agressiva. Pode-se intervir por meio do interfone ou enviar um segurança, se a avaliação visual da situação assim exigir.

3) Impulso na cibersegurança

A ameaça de ciberataques também se aplica a edifícios comerciais. Se a rede de um edifício for hackeada, todos os sistemas podem ser sequestrados. No caso de soluções de rede, os dados capturados através da rede devem estar seguros e ser tratados de acordo com a legislação em constante evolução em matéria de proteção de dados.

Quando se trata de integração tecnológica no setor imobiliário comercial, as soluções integradas devem ser baseadas em padrões abertos que garantam a preparação para o futuro, levando em conta um custo total de propriedade otimizado. Isso oferece mais liberdade quando as necessidades ou prioridades mudam. Com câmeras visuais, controle de acesso, áudio e análises, com uma proteção sólida em termos de segurança, você não só cria uma solução de segurança de primeira classe, mas também aumenta e otimiza o desempenho de qualquer empresa.

Construção industrializada apresenta inovações tecnológicas e inteligência artificial no setor

Evento de destaque será realizado no maior Centro de Convenções da América Latina e contará com exposições sobre o futuro da construção civil

Nos dias 24 e 25 de outubro de 2024, o Distrito Anhembi, o maior Centro de Convenções da América Latina, será palco do 7º Congresso Latino-Americano de Steel Frame e Construção Industrializada. O evento promete destacar as mais recentes inovações tecnológicas e o impacto da inteligência artificial na construção civil, com um foco especial na construção a seco. A construção industrializada a seco como o light steel frame, é uma alternativa eficiente com edificações que apresentam desempenho superior em comparação com métodos tradicionais.

Uma das atrações do congresso é a presença da Espaço Smart. Fernando Scheffer, diretor de marketing e e-commerce comenta que a empresa está avançando significativamente no uso da inteligência artificial para melhorar os serviços e operações.

“Nossa IA especializada em steel frame já está ativa no atendimento e suporte aos clientes, facilitando transações e esclarecimentos diretamente pela tecnologia. Além disso, desenvolvemos uma solução de machine learning que oferece estimativas precisas de custos de construção com base nas informações fornecidas pelos clientes”, explicou.

A empresa exibirá no evento o case de sucesso do projeto comercial “Cavas” em Ponta Grossa, Paraná, uma loja da Apple que recebeu a certificação Xcarb. Este projeto utiliza aço verde, um material produzido com processos sustentáveis, como o carvão vegetal de áreas reflorestadas ou energia elétrica a partir do hidrogênio verde, contribuindo para a redução das emissões de CO₂.

“O aço verde não só promove a descarbonização, mas também é extremamente valorizado tendo sido usado inclusive na fabricação da Tocha Olímpica,” acrescentou Scheffer.

Nesta palestra farão estarão presentes grandes nomes como Pericles Machado, diretor de Negócios Espaço Smart; João Pedro H. Cavasotti , CEO da CAVAS Simplesmente Futuro e Alexandre Gama, Gerente de Vendas e Infraestrutura da ArcelorMittal Brasil. 

O conceito inovador da Espaço Smart será apresentado como parte de seu “Ecosistema 360”, uma abordagem integrada que oferece uma solução completa para construção em steel frame. Este modelo inclui desde a indústria de produção e lojas de materiais até serviços de arquitetura e engenharia, treinamento especializado e opções de financiamento, tudo em um único local.

7º Congresso Latino-Americano de Steel Frame e Construção Industrializada; 7ª Expo Experience de Construção Industrializada
Quando: 24 e 25 de outubro de 2024
Onde: Distrito Anhembi, São Paulo
Realização: Take Comunicação e Eventos (55 11 98559-5353)
Contato: atendimento@congressosteelframe.com.br
Para mais informações sobre o evento e o setor de construção a seco, acesse https://www.congressosteelframe.com.br/.

Incorpora 2024 impulsiona discussões estratégicas para o futuro do mercado imobiliário no Brasil

O Fórum das Incorporadoras (Incorpora), promovido ontem (24) pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC), trouxe ao Teatro B32, em São Paulo, autoridades e líderes do setor imobiliário para discutir os desafios e as oportunidades que moldarão o futuro da incorporação imobiliária. Com destaque para a participação de nomes como Luiz França, presidente da ABRAINC, Jader Filho, ministro das Cidades, e Ricardo Nunes, prefeito de São Paulo, o evento, que contou com mais de 500 participantes, explorou a importância do setor na geração de empregos e na oferta de moradias, ressaltando sua contribuição para o desenvolvimento econômico e social do Brasil.
 

Na abertura, Luiz França reforçou o impacto transformador das incorporadoras, não apenas na infraestrutura urbana, mas também na vida de milhares de famílias brasileiras. Ele destacou a necessidade urgente de uma redução nas taxas de juros, além de incentivos governamentais que possibilitem a continuidade dos projetos habitacionais. “O esforço do governo em buscar o equilíbrio fiscal é essencial para que haja uma queda sustentável dos juros, promovendo o crescimento econômico e facilitando o acesso à moradia”, afirmou França.


Entre os palestrantes, o ministro Jader Filho reforçou o compromisso do governo com o programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), garantindo que não faltarão recursos tanto do FGTS quanto do Orçamento Geral da União. Segundo o ministro, o programa deverá financiar entre 600 mil e 650 mil unidades habitacionais em 2024, superando as 491 mil unidades de 2023. “Podem investir, que não vai faltar dinheiro”, enfatizou.


Outro ponto debatido foi o impacto do saque-aniversário do FGTS no programa FGTS Futuro. Inês Magalhães, vice-presidente de Habitação da Caixa Econômica Federal, destacou que essa modalidade ainda enfrenta desafios de adoção, em parte devido ao uso dos recursos do FGTS para o saque-aniversário, o que compromete a utilização para financiamento habitacional. “Uma das razões é que o uso do FGTS Futuro foi afetado pelo saque-aniversário”, disse Magalhães, defendendo que os recursos do fundo sejam preservados para habitação.


Outro convidado do evento, Dario Durigan, secretário executivo do Ministério da Fazenda, abordou os ajustes orçamentários do governo, assegurando que, apesar de bloqueios e congelamentos em outras áreas, o MCMV continuará a evoluir sem interrupções. “Ainda que você tenha que fazer algum ajuste para o conjunto do governo funcionar, isso não vai atrapalhar, em nenhuma medida, a evolução de um programa prioritário, como o Minha Casa Minha Vida”, afirmou.


Também participaram do evento outras lideranças importantes para o setor, como Gilson Finkelsztain, presidente da B3; Rubens Menin, presidente do Conselho do Grupo MRV; Elie Horn, fundador da Cyrela, entre outros, que contribuíram com suas visões sobre os caminhos para superar os desafios econômicos e sociais do Brasil. As discussões também focaram em como o setor imobiliário pode se adaptar às inovações tecnológicas, aprimorar as práticas de ESG e expandir o acesso à moradia, fortalecendo a importância do segmento no desenvolvimento sustentável do país.


O Fórum Incorpora 2024 contou com o patrocínio Platinum da B3, BRAIN Inteligência Estratégica, Caixa Econômica Federal, Intelbras e Senior Sistemas; patrocínio Ouro do Banco Bradesco, Creditas Soluções Financeiras, Excelsior Seguros, Itaú BBA, Núclea, Ultragaz, XP – Banco de Atacado e Zero Positivo; e patrocínio Prata da Esaf Esquadrias, TOTVs e Wiz Corporate.

INCC-M sobe 0,61% em setembro

O Índice Nacional de Custo da Construção – M (INCC-M) registrou alta de 0,61% em setembro, ligeiramente abaixo da variação de 0,64% observada no mês anterior. Apesar dessa leve desaceleração, os custos no setor de construção seguem em trajetória de alta, como indicado pela taxa acumulada em 12 meses, que alcançou 5,23%. Esse resultado representa um avanço expressivo em comparação com setembro de 2023, quando o índice acumulava 3,21% no mesmo período.
 

A componente Materiais, Equipamentos e Serviços do Índice Nacional de Custo da Construção – M (INCC-M) registrou suavização, com o índice passando de 0,69% em agosto para 0,59% em setembro. Esse movimento sugere redução moderada nos preços dos insumos e dos serviços do setor de construção. Em contrapartida, a componente de Mão de Obra mostrou aceleração em sua taxa, aumentando de 0,57% em agosto para 0,64% em setembro, indicando aumento nos custos laborais do setor.
 

Materiais, Equipamentos e Serviços

No grupo de Materiais, Equipamentos e Serviços, a categoria de Materiais e Equipamentos registrou aumento de 0,60% em setembro, marcando um incremento menor em relação à taxa de 0,76% vista em agosto. Esse movimento reflete uma tendência de desaceleração nos preços desses insumos, crucial para a execução de projetos de construção. Nesta apuração, dois dos quatro subgrupos que compõem essa categoria exibiram recuo em suas taxas de variação. O principal destaque foi o subgrupo “materiais para instalação”, que viu sua taxa reduzir de 2,11% para 0,49%.
 

No âmbito do grupo de Serviços, observou-se um avanço significativo na variação, que passou de 0,05% em agosto para 0,50% em setembro. Esta aceleração foi reflexo no item “conta de energia”, que viu sua taxa de variação passar de -1,13% para 3,08%.
 

Mão de obra

A variação do índice de Mão de Obra foi de 0,64% em setembro, marcando uma aceleração quando comparada ao índice de 0,57% observado em agosto.
 

Capitais

O Índice Nacional de Custo da Construção – M (INCC-M) apresentou comportamento distinto em várias cidades brasileiras no mês de setembro. Cidades como Brasília, Belo Horizonte, Recife, Rio de Janeiro e Porto Alegre experimentaram desaceleração em suas taxas de variação, refletindo uma redução nos custos de construção nessas localidades. Em contraste, Salvador e São Paulo observaram aumento em suas taxas de variação, o que sugere uma alta relativa nos custos de construção nessas cidades.

Construtoras investem em tecnologia para aumentar eficiência na captação de terrenos

Automação reduz em até 83% prazo de due diligence na construção civil

A aquisição de um terreno, tarefa com impacto definitivo sobre a lucratividade do setor da construção civil, sempre foi cercada de tamanha complexidade que somente o processo de checar as informações e documentos relacionados ao imóvel, a chamada due diligence, costuma consumir em média longos 90 dias de angústias e incertezas sobre a qualidade da oportunidade. Felizmente, com a chegada de soluções tecnológicas emergentes, está sendo possível reduzir este período nebuloso de forma significativa, em alguns casos para algumas semanas, o que significa eliminar até 83% do tempo de incertezas e verificações, agilizando o fechamento ou, até mesmo, a desistência da negociação.

Um dos casos em que este ganho de eficiência foi registrado na prática ocorreu com a MRV, a maior construtora e incorporadora residencial do Brasil e da América Latina, que já participou da conquista do sonho da casa própria de mais de 1 milhão de brasileiros. Segundo a especialista jurídica da empresa, Débora Gonçalez, três meses era o prazo médio estabelecido pela companhia para conseguir todas as informações relacionadas aos terrenos e realizar todas as análises necessárias sobre eles.

Segundo ela, este período era necessário porque a equipe do escritório de advocacia contratado tinha que analisar todas as certidões, cópias de processos e documentos gerais do vendedor. Este processo não era feito de uma forma organizada porque a documentação não chegava com a nomenclatura correta. Além disso, não raramente, ao entregarem documentos pessoais, os terrenistas entendiam que já haviam encaminhado tudo ou aguardavam para mandar tudo de uma única vez e acabavam apresentando certidões já vencidas, o que gerava um desgaste negocial entre as partes. Dessa forma, lidar com a alta quantidade de documentos recebidos, muitas vezes sem um direcionamento preciso e de maneira desestruturada, era uma situação sempre desafiadora.

“Com o uso da plataforma de Due Diligence 5.0, da PortData, passamos a estabelecer um prazo de 30 dias para executar esta tarefa, mas na prática, em cerca de 15 dias costumamos já estar com a documentação para a tomada de decisão disponível”, diz.

A solução utiliza inteligência artificial e machine learning para incorporar automações na realização de tarefas antes manuais e repetitivas, como o levantamento de certidões nos mais diversos órgãos jurídicos do país, além de centralizar, organizar e ainda oferecer insights de análise do conteúdo destes documentos, classificando e identificando fatores de risco com níveis de gravidade para apoiar a avaliação jurídica dos usuários que conduzem as auditorias.

A PortData também é a escolha da Setin, organização com 44 anos de história e especializada em incorporações de médio e alto padrão. De acordo com a Diretora jurídica e Head de Compliance da empresa, Márcia Bonilha, após a adoção da plataforma no dia a dia das operações, foi registrado um aumento de 30% na eficiência em relação à avaliação preliminar de terrenos que chegam.

“Antes, a incorporadora enxergava todos os terrenos como opções ou oportunidades. Não havia outra forma. Agora, passamos a dar prioridade àqueles que realmente possuem um alto potencial para evoluir para a confecção do contrato. Isso representa um ganho valioso de tempo e assertividade para o negócio”, explica.

Renata Soares, sócia-fundadora da Port Louis, empresa criadora da PortData, explica que a estrutura judiciária e fiscal do Brasil é muito fragmentada, o que transforma num verdadeiro desafio o trabalho de levantar junto aos diferentes agentes as certidões de que não existem apontamentos, ou seja, processos e inscrições em dívida ativa, as conhecidas certidões negativas e este é apenas um dos itens fundamentais na due diligence praticada pelas empresas do setor de construção civil.

“Através da PortData, nossos clientes incorporadores conseguem obter mais de três mil certidões distintas junto aos mais diferentes emissores em todo Brasil, de forma centralizada. Essas certidões cobrem matérias fiscais, cíveis, trabalhistas, criminais, falências e concordatas, entre tantas outras e não raro apontam uma listagem de processos existentes bastante extensa. De uma forma geral, com esse trabalho, tornamos mais rápida e precisa a tarefa de identificar a existência de passivos jurídicos que possam impactar o valor de uma transação ou, eventualmente, até mesmo inviabilizá-la”, afirma.

Pesquisa inédita sobre o mercado de médio padrão aponta queda na participação deste segmento nos lançamentos no país

Estudo conduzido pela ABRAINC em parceria com a Brain Inteligência revela impacto dos juros altos e do custo do funding sobre o mercado de médio padrão

Um levantamento inédito sobre o Mercado de Médio Padrão realizado pela ABRAINC (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias) e Brain Inteligência Estratégica revelou queda na participação de unidades lançadas neste segmento, um dos mais importantes para o setor. Os dados envolvem cerca de 10.500 empresas do mercado imobiliário nacional. O levantamento foi apresentado durante o 7° Fórum de Incoporadoras (Incorpora), que acontece nesta terça-feira (24/9), em São Paulo.

No segundo trimestre de 2024, o mercado de médio padrão foi responsável por 50% do total do Valor Global Lançado (VGL) no 2T24, contra 26% do mercado de alto padrão e 24% do Minha Casa, Minha Vida (MCMV). No mesmo período do ano passado, essa participação do médio padrão era de 60%. Isso ressalta a importância da classe média para o mercado imobiliário, mostrando que esse segmento tem um papel crucial para o desempenho do setor e para a geração de emprego e renda. O aumento do custo de financiamento bancário é, sem dúvida, o grande responsável pela queda dessa participação relativa. Entretanto, ainda assim notamos que a classe média é o principal mercado para o setor imobiliário.

Se considerarmos apenas a capital paulista, o maior mercado imobiliário do Brasil, a queda foi ainda mais acentuada. O VGL do 2T24 representou 50% no período, contra 66% no intervalo anterior.

“A classe média tem interesse em comprar imóveis, mas encontra dificuldade em obter crédito devido aos juros elevados e ao alto custo do funding. Isso não só compromete o orçamento das famílias, que enfrentam obstáculos para financiar a casa própria, como também inibe o lançamento de novos projetos pelas incorporadoras, afetando todo o setor,” afirma Luiz França, presidente da ABRAINC.

Essa queda também é notada quando vemos que temos uma alta intenção de compra: 48% dos entrevistados em geral, de acordo com os dados da BRAIN (maior número já registrado). Porém, esse patamar de intenção é menor (40%) justamente na faixa de renda entre R$ 10 a R$ 20 mil por mês.

No último dia 18/09, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) elevou a taxa Selic para 10,75%, o que, segundo França, “tem efeito negativo sobre os tomadores de crédito em todos os setores da economia, encarecendo os empréstimos e financiamentos.”

Percepções do mercado

A ABRAINC e a Brain também realizaram a pesquisa “Percepções e expectativas da classe média”, que ouviu 1 mil pessoas em agosto deste ano, em 20 cidades brasileiras (incluindo capitais e cidades do interior). O estudo trouxe insights sobre as perspectivas da classe média em relação às políticas habitacionais dos próximos prefeitos.

A maioria dos entrevistados (85%) acredita que os futuros gestores municipais devem desenvolver políticas de estímulo à habitação popular. Entre as principais prioridades para o próximo prefeito, habitação surge logo após saúde, educação e segurança. Quando questionados sobre a priorização de habitação em relação a outras áreas de políticas públicas, o segmento ficou à frente de transporte público, áreas verdes e espaços públicos.

Para Fábio Tadeu Araújo, CEO da Brain Inteligência Estratégica, “a habitação sempre figura como uma das prioridades da população, pelo desejo universal de morar bem. Com a proximidade das eleições esse tema ganha ainda mais relevância pois desperta expectativas sobre políticas públicas que tragam essa pauta”.

Apesar do cenário desafiador, a pesquisa também indicou que 40% da classe média ainda manifestam intenção de adquirir um imóvel nos próximos 12 meses, mesmo com a expectativa de alta nos preços (58% dos entrevistados acreditam em aumento).

Gafisa celebra seus 70 anos em espaço que tem a arte como protagonista na CASACOR 2024

A exploração dos sentidos por meio da arte é a grande inspiração da Gafisa, que apresentará o seu espaço aos visitantes da 33ª edição da CASACOR Rio de Janeiro, entre os dias 24 de setembro e 24 de novembro, no Shopping Fashion Mall, em São Conrado, na Zona Sul do Rio. Este ano, a mostra apresenta o tema nacional “De Presente, O Agora”, que vai nortear os profissionais na criação do conceito de seus ambientes.

Logo na entrada da CASACOR, os visitantes terão acesso ao Espaço Gafisa, criado para, através da arte, proporcionar momentos de descompressão em um lugar aconchegante e expressivo, que remete ao conceito de morar. A ideia é que o público se sinta acolhido pelo ambiente e possa contemplar e se conectar com a arte através da intervenção artística e poesia de Adrianna Eu. Toda essa experiência será ambientada por música clássica, com repertório sugerido pela artista.

A história dos 70 anos da Gafisa será contada através de seus empreendimentos mais emblemáticos. Por meio de telões e filmes com enredos instigantes que dialogam com a arte. No ambiente, ainda é possível admirar uma das mais belas paisagens cariocas: a Pedra da Gávea, que pode ser vista pelas janelas do espaço.

“O Espaço Gafisa foi desenvolvido de forma criteriosa, pela arquiteta Gisele Taranto, que conseguiu transmitir e proporcionar ao público uma experiência sensorial, que envolve a imersão com a obra de arte, da artista plástica Adrianna Eu, o contato com a música clássica e com a história de 70 anos da empresa”, afirma Sheyla Resende – CEO da Gafisa.

Nascida em berço carioca, a estratégia de posicionamento da Gafisa é estar presente nos principais pontos da Orla do Rio de Janeiro, além dos endereços mais emblemáticas da cidade de São Paulo.

A CASACOR ocupará quatro mil metros quadrados de área dividida pelos três andares do shopping, reunindo 48 arquitetos em seus ambientes, que vão refletir sobre o que está sendo construído para as próximas gerações.

Serviço – CASACOR Rio de Janeiro 2024:

Período: de 24 de setembro a 24 de novembro de 2024

Horário: de terça a sábado, das 12h às 21h (inclusive feriados); domingos, 10h às 20h

Local: Fashion Mall – Estrada da Gávea, 899, São Conrado

Telefone: (21) 2512-2411

 Mais informações: www.casacor.com.br 

Construsummit 2024 consolida debate sobre o futuro da construção civil

O Construsummit 2024, realizado no início deste mês em Florianópolis, reuniu os principais players da construção civil e do mercado imobiliário brasileiro em torno de debates cruciais para o futuro do setor. Realizado pelo Sienge – o Ecossistema de Tecnologia e Negócios do Grupo Softplan para a indústria da construção e para o mercado imobiliário –, o evento promoveu uma imersão em temas como digitalização, sustentabilidade, novas fontes de financiamento, o papel do programa Minha Casa Minha Vida e os desafios e oportunidades da Reforma Tributária.

A sexta edição do encontro reuniu mais de 2 mil pessoas, 900 empresas e 70 palestrantes em mais de 50 horas de conteúdo. A programação abordou desde as últimas tendências em tecnologia e inovação, com destaque para BIM (Building Information Modeling), Realidade Virtual e Inteligência Artificial, até as questões mais urgentes do setor, como o déficit habitacional e a necessidade de modelos de financiamento mais acessíveis.

“O Construsummit se consolida como um espaço privilegiado para o debate e a construção conjunta de soluções para os desafios da construção civil. A edição deste ano evidenciou a importância da colaboração entre os diferentes atores do setor para impulsionar a inovação e a sustentabilidade do segmento”, destaca Ionan Fernandes, Diretor Executivo do Grupo Softplan para a Indústria da Construção.

Confira os principais destaques da programação:

  • Transformação digital: a necessidade de integrar tecnologias como BIM, Realidade Virtual e Inteligência Artificial ao dia a dia das empresas foi um ponto central nos debates. Cada vez mais, a digitalização deixa de ser um diferencial competitivo para se tornar condição fundamental para a sobrevivência e o sucesso no mercado.
  • Sustentabilidade na construção: a busca por práticas construtivas mais sustentáveis, desde a escolha de materiais até a gestão de resíduos, ganhou destaque. O compromisso com o meio ambiente e a criação de empreendimentos mais integrados ao tecido urbano foram apontados como essenciais para o futuro do setor.
  • Financiamento e o papel do Minha Casa Minha Vida: o déficit habitacional e os desafios para o financiamento de moradias foram temas de painéis com a participação da Caixa Econômica Federal. As novas diretrizes do programa Minha Casa Minha Vida, com foco em projetos com melhor localização e com maior integração à infraestrutura urbana, foram debatidas, assim como a importância de diversificar as fontes de funding para o setor, com a exploração de alternativas como o FAR (Fundo de Arrendamento Residencial) e o FGTS Futuro.
  • Reforma Tributária e seus impactos: a reforma tributária em tramitação no Congresso foi analisada sob a perspectiva dos desafios e oportunidades para a construção civil. A simplificação do sistema tributário e a busca por maior segurança jurídica foram apontadas como essenciais para estimular investimentos e garantir a competitividade do setor.

O Construsummit 2024 reforçou a importância do diálogo, da colaboração e da busca por soluções inovadoras para os desafios da construção civil. A expectativa é que o evento continue a contribuir para o desenvolvimento de um setor cada vez mais eficiente, sustentável e socialmente responsável. A sétima edição do evento ocorrerá no segundo semestre de 2025, em Florianópolis.

Quinta Portuguesa: da “terrinha” para a Região Serrana do Rio

Empreendimento de terrenos do Grupo Santinon em Areal terá infraestrutura de lazer com clube, restaurante, oliveiras e vinhedos para contemplação e produção

O Vale do Douro, mais famosa região vinícola de Portugal, foi a inspiração do Grupo Santinon para a criação do Quinta Portuguesa, empreendimento que traz a “terrinha” em sua essência para Areal, no coração da Região Serrana do Rio. O condomínio, que será lançado neste sábado, dia 21 de setembro, a partir das 10h, no próprio empreendimento (Rua Octávio Valladas Quintella, 500 – Fazenda Velha), vai reunir tradição, luxo e natureza com o objetivo de criar um refúgio de elegância na cidade, proporcionando experiências únicas e imersivas. Para se ter ideia, o Quinta Portuguesa contará com restaurante, oliveiras e vinhedos para contemplação e produção. A ideia é que os proprietários possam ter participação direta nas épocas de colheita e degustação.

“O Quinta Portuguesa é mais do que um lançamento imobiliário de alto luxo; é a materialização de uma experiência de vida incomparável. O projeto foi desenvolvido com muito cuidado e carinho para transcender o convencional. O lifestyle do Vale do Douro poderá ser visto em cada aspecto do condomínio, na majestade das colinas ondulantes, das vinhas carregadas e da vida que a terra proporciona”, conta Hugo Santinon, diretor do Grupo Santinon.

De acordo com o executivo, o Quinta Portuguesa terá 124 lotes de 500 a 3 mil metros quadrados (m²), para a construção de casas de alto padrão, além de 21 casas que estão sendo construídas, em uma completa infraestrutura de lazer e segurança com lago, quadras de esportes, salão de festas, espaços gourmet, extensa área verde com pomares, mirantes, áreas de contemplação e clube com piscina. O Valor Geral de Vendas (VGV) é de R$ 45 milhões. A coordenação de vendas é da CIA Multiplataforma Imobiliária.

Rica herança da cultura portuguesa

Santinon explica que o nome Quinta Portuguesa foi escolhido para transmitir a rica herança e a sofisticação da cultura lusitana. A palavra “Quinta” evoca a aristocracia rural em que o luxo encontra a autenticidade. Já a adição de “Portuguesa” remete à tradição, charme e estética do país europeu, que é famoso por seus vinhedos, olivais e arte. Tudo isso, na opinião do executivo, vai atrair tanto as famílias interessadas em um novo estilo de vida quanto os investidores. “Fizemos uma pesquisa com potenciais clientes e identificamos uma grande demanda de pessoas que desejam construir a segunda moradia. Também encontramos pessoas que querem fazer do Quinta Portuguesa o seu primeiro lar, além de investidores interessados em construir casas para locação de temporada”, afirma Santinon.