FGC leiloa mais de 100 imóveis em diversas regiões do país

O Fundo Garantidor de Créditos – FGC, entidade privada, sem fins lucrativos, que administra o mecanismo de proteção aos investidores e depositantes de instituições financeiras associadas, vem realizando desde agosto leilões de 121 imóveis. Ao todo, 30 já foram arrematados, mas ainda há mais de 90 imóveis entre terrenos, salas e prédios comerciais e unidades residenciais disponíveis para a venda até o dia 5 de outubro de 2021, às 14 horas. Os lances variam entre R﹩ 81 mil e R﹩ 28,6 milhões e a lista completa de imóveis pode ser conferida no site do FGC .

Em Barueri, SP, o FGC está leiloando 4 terrenos com lance mínimo de R﹩ 81 mil cada, além de salas comerciais em Alphaville, de 96 m², por lances mínimos a partir de R﹩ 212 mil. Ainda na região metropolitana de São Paulo, há opções de 26 terrenos em Santana do Parnaíba com lance mínimo de R﹩ 123 mil cada.

No estado de São Paulo é possível arrematar uma casa de 2.530 m² em condomínio fechado em Indaiatuba, interior do estado, a partir de R﹩ 2,3 milhões, 24% menos que o valor de avaliação do imóvel. Em Ivoturucaia, Caieiras-SP, há um terreno com mais de 25 mil m² com lance inicial a partir de R﹩ 2,1 milhões.

Em Curitiba, no Paraná, interessados podem dar lance mínimo de R﹩ 452 mil em um duplex 230m². Outro imóvel em negociação, é um prédio comercial de três andares em Brasília, DF, com lance mínimo de R﹩ 28 milhões, valor 64% menor do que o valor bruto do imóvel.

Todos os imóveis do FGC foram recebidos em dação de pagamento na liquidação de operações de assistência e suporte proporcionadas às instituições associadas, na recuperação de créditos, ou recebidos mediante execuções de contratos frente a inadimplentes. De acordo com a política do FGC, os imóveis são periodicamente avaliados e são ofertados para venda por meio de leilão, corretora de imóveis ou venda direta.

Os imóveis serão entregues sem débitos de impostos, condomínios e contas em geral.

Para acessar a lista completa de imóveis clique aqui .

ABRAINC promove Fórum Brasileiro de Incorporadoras a partir de quarta-feira (29/9)

A ABRAINC (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias) realiza, de 29 de setembro a 20 de outubro, a 4ª edição do Incorpora, Fórum Brasileiro de Incorporadoras. O evento vai reunir, ainda que de forma virtual, as principais personalidades, empresas e empresários do mercado imobiliário, representantes das principais instituições financeiras do Brasil e outras personalidades. Estarão presentes na abertura nomes como Luiz França, presidente da ABRAINC; Rubens Menin, presidente do Conselho da MRV; e o jornalista e painelista William Waack.

Durante quatro semanas, serão debatidos temas como a reforma tributária, políticas habitacionais, crédito imobiliário e as perspectivas para o setor no ano que vem. São quatro painéis temáticos com debates programados para ocorrer ao longo de duas horas, sempre entre às 16 e 18 horas, nas seguintes quartas-feiras: 29/9, 6/10, 13/10 e 20/10.

Será a oportunidade de representantes dos mais variados setores que atuam diretamente no mercado imobiliário analisarem quais caminhos e oportunidades de negócios se abrem para no segmento no pós-pandemia. Além de um momento para que investidores e outros empresários de ramos indiretamente envolvidos na construção civil possam debater as perspectivas para os próximos anos em novos ambientes de negócios.

Luiz França, que participará dos quatro painéis temáticos, destaca a importância da construção civil para a economia brasileira, uma das atividades que mais geram empregos no país. “É fundamental reunir players importantes do setor para debatermos soluções que beneficiem o consumidor, abram portas para novos investimentos e gerem empregos e dividendos para o Brasil”, afirma.

As inscrições para participação no fórum são gratuitas e podem ser feitas clicando no link ao lado https://bit.ly/3EZ7ZWC .

Confira os palestrantes confirmados na INCORPORA 2021

29/09 – 16h às 18h – Reformas e Ações para atração de investimentos

– Luiz França, Presidente da ABRAINC

– William Waack, jornalista e painelista

– Rubens Menin, Presidente do Conselho da MRV

– Flaviano Galhardo, Presidente da ARISP/IRIB

– Marcos Vanderlei, Vice-presidente da B3

– José Rocha Neto, Diretor-Executivo do Bradesco

06/10 – 16h às 18h – Cenário Econômico, Financiamento e Políticas Habitacionais

– Luiz França, Presidente da ABRAINC

– Alfredo dos Santos, Secretário Nacional de Habitação

– Ricardo Valadares Gontijo, CEO da Direcional

13/10 – 16h às 18h – Panorama do mercado – Tendências e Perspectivas para o próximo ano

– Luiz França, Presidente da ABRAINC

– Basílio Jafet, Presidente do Secovi-SP

– José Carlos Martins, Presidente da CBIC

– Romero Albuquerque, Diretor de Crédito Imobiliário

– Diego Paixão, CEO da Moura Dubeux

– Ronaldo Cury, CEO da Cury Construtora

20/10 – 16h às 18h – Os desafios para o setor em 2022

– Luiz França, Presidente da ABRAINC

– Eduardo Zylbertajn, economista e head de pesquisa e inovação da Fipe

– Bruno Bianchi, Diretor comercial do segmento imobiliário no Itaú BBA

– Ubirajara Freitas, CEO da Tegra

– Victor Bassan, Co-Diretor Presidente da Pacaembu

Home equity: quais são os principais benefícios na contratação do crédito?

Opção de empréstimo em que o solicitante coloca seu imóvel como garantia, o home equity é uma modalidade bastante utilizada no exterior e tem ganhado cada vez mais popularidade no Brasil nos últimos anos, principalmente pela menor taxa de juros em comparação com outras categorias de crédito. Dados da CrediHome, plataforma de crédito imobiliário, revelam um crescimento de 238% na contratação do produto no 1º semestre de 2021 em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo o Banco Central, a demanda pelo crédito com garantia imobiliária teve um crescimento de 61% em 2020, comparado a 2019. 

De acordo com Bruno Gama, CEO da CrediHome, o aumento da procura pela modalidade no Brasil é motivado principalmente pelo fato do crédito permitir a organização da vida financeira, aquisição de outros imóveis ou até mesmo o começo de um negócio. “As condições desse tipo de empréstimo são facilitadas e permitem que as pessoas se capitalizem sem precisar lidar com tantos processos burocráticos. Nesse cenário, é possível realizar sonhos ou reorganizar a vida financeira de uma forma mais ágil e econômica”, avalia.

Vale ressaltar que os interessados em solicitar o empréstimo via home equity, precisam fazer uma simulação de valor e, caso seja aprovado, basta entregar os documentos solicitados pelo banco para efetivar o contrato. No caso de imóveis que não estão no nome do solicitante, é necessário que o proprietário compareça como avalista/garantidor. As condições do valor do empréstimo variam de acordo com a avaliação da instituição financeira. Já o crédito pode chegar até 60% do valor do imóvel. 

Para ajudar quem está pensando em contratar o crédito, mas ainda tem algumas dúvidas, a fintech separou os principais benefícios da modalidade. Confira a seguir: 

Menores taxas do mercado

A vantagem que mais chama atenção do home equity são os juros. Até mesmo o empréstimo consignado, considerado um dos créditos mais atraentes do mercado, não pratica juros tão baixos como o home equity. Como o imóvel do cliente é dado como garantia de pagamento, a taxa de juros do crédito é bem menor em comparação às outras modalidades.

“Com um crédito de R$ 50 mil, por exemplo, a taxa de juros no 1º mês na modalidade de consignado é de 2,39%. O empréstimo junto ao banco fica em torno de 5,71% ao mês e o cheque especial tem juros de 12,30%. Já o home equity possui uma taxa mensal de apenas 0,74%”, compara Gama.

Mais capital e maior tempo para pagar

Como o valor do empréstimo pode chegar até 60% do preço do imóvel em garantia, isso traz mais opções para o cliente conseguir se organizar e fazer planejamentos mais ambiciosos. Um cliente que possui imóvel avaliado em R$ 300 mil pode conseguir um empréstimo de até R$ 180 mil. 

Além do potencial de crédito maior, a linha com garantia imobiliária tem um prazo de pagamento de até 20 anos. O prazo maior permite que o cliente organize suas finanças sem comprometer a sua renda no período da quitação. 

Alternativa para negativados com juros menores

Outra opção dada pelo empréstimo com garantia imobiliária é a possibilidade de acertos de dívidas. Nesse caso, é vantajoso trocar um financiamento com taxas de juros maiores pelo home equity, facilitando a quitação de débitos por parte do contratante. 

“O crédito com garantia de imóvel é uma alternativa para negativados, que costumam ter dificuldades para tomar um empréstimo. Quando conseguem  sofrem com as taxas de juros aplicadas pela maioria das instituições financeiras, que chegam a cobrar 10% ao mês. O home equity facilita essa reorganização da vida financeira justamente pelas menores taxas de juros e por normalmente conceder o crédito aos negativados”, explica Bruno.

Novos estudos do Google revelam como a relação dos brasileiros com a casa mudou durante a pandemia

A pandemia da COVID-19 e as restrições de circulação impostas em todo o mundo trouxeram mudanças na forma como as pessoas se relacionam com suas casas. O Google, tentando entender o impacto na vida dos brasileiros, realizou dois estudos que revelam que as pessoas estão mais abertas a mudar de casa e, mesmo aqueles que não querem ou não podem fazer isso neste momento, a sua relação com o ambiente em que vivem vem se transformando ao longo do tempo.

As pesquisas mostram as mudanças no comportamento dos consumidores quando buscam por um novo lar e também as tendências no consumo de produtos para casa, uma categoria que conquistou os brasileiros durante o período de isolamento social.

Quando o assunto é trocar de casa, a procura por imóveis no Google cresceu 23% no primeiro semestre de 2021 em relação ao mesmo período do ano passado. Termos como “imobiliária” (+93%) e “aluguel de imóveis” (+57%) também registraram aumento nas buscas no período.

Já no caso dos móveis, a procura por itens como “sofás confortáveis” cresceu 96% e as mesas ou escrivaninhas multifuncionais chegaram a dar um salto de 240%, considerando o período entre abril de 2020 e março de 2021 e o mesmo período do ano anterior. Itens para a otimização do espaço também ganharam destaque, com buscas por móveis e ambientes pequenos crescendo 60%, móveis e itens de casa dobráveis aumentando 73% e móveis modulares superando 100% de crescimento nesse mesmo período.

A casa virou lar

Uma pesquisa on-line realizada pelo Google em junho com 1 mil brasileiros aponta que a relação com a casa mudou para 42% dos entrevistados, que passaram a se sentir mais conectados à ela durante a pandemia. Além disso, outros 57% declararam que, mesmo quando a pandemia acabar, a casa seguirá sendo uma prioridade de investimento e que 43% pretendem comprar algum item novo para o imóvel nos próximos 12 meses.

Contudo, essas compras acontecem em um novo contexto de motivações. “A necessidade que os brasileiros sentem em adaptar o lar à rotina pandêmica vem dando lugar à intenção de compra impulsionada pela retomada dos planos que voltam a sair do papel”, destaca Fábio Garcia, head de negócios para o segmento de Varejo do Google Brasil. “Um exemplo é que, na nossa pesquisa, identificamos que as compras mais circunstanciais motivadas por uma adaptação da rotina na pandemia caem de 29% para 14%, já as compras relacionadas a uma mudança de imóveis sobem de 15% para 20%.”

A sala foi um dos ambientes que mais absorveu as atividades que antes eram feitas em outros locais, se tornando o principal espaço de trabalho, lazer e convívio. E ainda que algumas dessas atividades estejam de volta às ruas, a sala continua um cômodo central. Para 41% dos brasileiros entrevistados na pesquisa, a sala será o principal cômodo a ganhar um item novo nas compras futuras de artigos para a casa.

Além dos móveis e dos itens já citados, a cozinha também foi impactada e as pessoas estão mais interessadas em itens que facilitem a organização e a execução de receitas. Veja abaixo alguns itens que apresentaram aumento expressivo durante a quarentena e seguiram crescendo no 1.o. semestre de 2021 em relação ao mesmo período no ano passado:

• Airfryer (+32%)
• Sanduicheiras (+22%)
• Torradeira (+24%)
• Micro-ondas (+12%)
• Potes organizadores (+11%)
• Cafeteira (+12%)

Para o quarto, as buscas giram em torno de itens de conforto com alguma funcionalidade, como cama-baú seguem crescendo com alta de 17% e caixas organizadoras e cabides (+12%) considerando o primeiro semestre de 2021 e o mesmo período do ano anterior.

Mercado imobiliário

Outra pesquisa on-line sobre imóveis, realizada pelo Google com 1 mil brasileiros em setembro, mostra que preço (41%) e localização (35%) ainda são as características mais importantes para o consumidor ao buscar um novo lar. A busca tem mostrado também que, com a progressão da vacinação, os consumidores estão buscando atributos como salão de festas (+91%). Nos meses mais agudos da pandemia, a varanda era o atributo mais cobiçado.

De acordo com a pesquisa on-line, 66% dos brasileiros afirmam que fazem buscas por imóveis na internet para ver como está o mercado imobiliário e 22% dizem que se desanimam com a possível burocracia na hora de fechar um contrato.

“Ao buscar sobre imóveis, o consumidor costuma pensar muito, já que é um item de alto valor e a decisão é, em geral, feita em conjunto com familiares e amigos”, afirma André Gibin, head de insights para o segmento de Aplicativos e Serviços do Google Brasil. “A pesquisa mostra que cerca de 20% dos consumidores visitam mais de cinco imóveis antes de fechar um negócio.”

Para quem busca por aluguel, 31% dos entrevistados disseram querer se mudar porque a casa não atende mais suas necessidades. Já entre aqueles que têm intenção de compra, 40% dizem querer realizar o sonho da casa própria e outros 21% querem mudar porque o imóvel atual não atende as necessidades.

Quando perguntados sobre os fatores mais importantes ao buscar por imóveis em sites e aplicativos, o preço (40%), a qualidade e quantidade das fotos (33%) e a disponibilidade de detalhes sobre os imóveis (28%) são os principais atributos considerados pelo consumidor.

Inteligência artificial da MRV compreende mensagens de voz em aplicativos para clientes

Investimento em recurso de transcrição de áudio melhorou a produtividade de atendimento dos bots gerando inclusão de quem precisa ou mesmo opta por usar a ferramenta

A atendente virtual para clientes da MRV está cada vez mais aprimorada, e abrangendo maior quantidade de recursos para atender as diversas formas de comunicação oferecidas pelos aplicativos de conversas. Desde que foi lançada em 2020, a Mia, como é chamado o chatbot da companhia, já realizou mais 21,5 milhões de interações, com cerca de 200 mil clientes da empresa e mais de 1,8 milhão de possíveis compradores, respondendo dúvidas, gerando boletos e encaminhando clientes em potencial para os corretores da companhia. O robô tem a inteligência artificial e apresenta uma dinâmica rápida de conversação com os usuários.

A Mia atua por meio de chat no site de relacionamento da MRV e também via WhatsApp e Facebook. Todas estas ferramentas oferecem recursos de gravação de áudio por parte do usuário, que não hesita em utilizar esta opção para receber seu atendimento, mesmo quando há conhecimento que se trata de uma conversa automática. As motivações de uso pelo áudio são diversas, incluindo acessibilidade, dificuldade de leitura ou mesmo praticidade. Sendo um recurso amplo e inclusivo, a companhia entendeu que precisava melhorar o processo de entendimento destas conversas para oferecer uma experiência completa de comunicação com o usuário.

Segundo Reinaldo Sima, diretor de Tecnologia da Informação da MRV, o atendimento da companhia não poderia se limitar às mensagens de texto pois as pessoas buscam serviços da empresa com os recursos que possuem. “As pessoas nos procuram frequentemente desta forma e é uma obrigação nossa atender. É comum recebermos áudios dizendo ‘eu não sei escrever’, comenta Sima.

Atendimento de voz em números

Através do investimento na ferramenta Speech To Text do Google, o atendimento de inteligência artificial da MRV hoje já consegue se comunicar e compreender as mensagens de voz dos clientes da empresa. Ao realizar a transcrição do áudio de um usuário, a mensagem é encaminhada para os bots de atendimento que atendem prontamente à solicitação.

Anteriormente a audição das mensagens de voz ocorria através de um atendente humano gerando um grande espaço de tempo entre a compreensão e transcrição das dúvidas. Com a aplicação da ferramenta speech to text houve ganho de um terço de produtividade possibilitando cerca de 9 mil interações mensais.

BIM é salto tecnológico que a indústria de materiais de construção precisa acompanhar, diz ABRAMAT

Rodrigo Navarro – Presidente da ABRAMAT

Associação é a curadora de conteúdo do 4º Seminário Disseminação do BIM e a Indústria de Materiais no Brasil, evento que faz parte da programação do Feicon Live Show

Com uma série de benefícios para o setor de construção, incluindo a redução de impactos ambientais, o sistema BIM (Building Information Modeling) ainda necessita de maior adesão da cadeia, incluindo as empresas de materiais. Por isso, Feicon e Abramat, em parceria com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e com o apoio do Bim Fórum Brasil, unem esforços para discussão das atuais ações de estímulo à ferramenta e avanços em normas e padrões no 4º Seminário Disseminação do BIM e a Indústria de Materiais no Brasil.

O Seminário faz parte da programação do último dia do Feicon Live Show, conjunto de apresentações onde especialistas debaterão temas do varejo e da construção, marcado para os dias 5 e 6 de outubro.  O painel sobre BIM contará com a experiência de convidados como a equipe da ABDI, do Governo de Santa Catarina, da Frente Parlamentar do BIM, representantes do BIM Fórum Brasil e especialistas que lideram grupos de trabalho na Comissão ABNT/CEE-134.

“Vamos abordar as principais ações do Governo Federal com ênfase na Plataforma BIM BR e Biblioteca Nacional BIM, do Governo do Estado de Santa Catarina para uso do BIM em obras públicas, nova lei de licitações, um mapeamento de maturidade BIM no país, ações do BIM Fórum Brasil, avanços na elaboração das normas BIM com ênfase na ABNT/NBR 19650 e aplicações de BIM à infraestrutura e Facilities Management”, explica Rodrigo Navarro, presidente da ABRAMAT.

Uso do BIM na indústria de materiais de construção

O BIM é um modelo que permite o trabalho simultâneo dos profissionais envolvidos nas diversas etapas de um projeto com representação em 3D e linguagem padronizada. Assim, fica muito mais fácil definir soluções, materiais e processos, impactando na obra como um todo, do orçamento ao tempo de execução. O que o 4º Seminário Disseminação do BIM e a Indústria de Materiais no Brasil propõe é uma reflexão do papel da indústria de materiais no avanço da ferramenta.

“Esse papel é o de modelagem de objetos BIM dos produtos para que as informações possam ser utilizadas nos softwares compatíveis com a nomenclatura BIM . As ações e investimentos das indústrias neste sentido têm avançado ano a ano, mas ainda são poucas as marcas e linhas de produtos que já estão alinhadas. Entre as barreiras para aceleração do processo, é possível citar a conclusão das normas brasileiras, as ações de capacitação das empresas e a ampliação da oferta de serviços de apoio específico às indústrias nessa tarefa”, explica Navarro.

Sobre a importância da ferramenta depois da pandemia, o executivo é enfático: “O BIM representa um salto tecnológico no setor com benefícios potenciais imensos. A velocidade do processo de disseminação tende a aumentar no pós-Covid em função do aumento da digitalização de serviços. A indústria de materiais tem que acompanhar a evolução, prover as informações nos formatos demandados e aproveitar as oportunidades de desenvolvimento de soluções em conjunto com os demais agentes”, finaliza.

Para participar do Feicon Live Show e do 4º Seminário Disseminação do BIM e a Indústria de Materiais no Brasil, basta acessar:

https://www.feicon.com.br/pt-br/feiconnect.html

Serviço:

4º Seminário Disseminação do BIM e a Indústria de Materiais no Brasil

Data: 6 de outubro, às 9h

Formato: Digital

Link: https://www.feicon.com.br/pt-br/feiconnect.html

Confiança da Construção alcança maior nível desde fevereiro de 2014

O Índice de Confiança da Construção (ICST), do FGV IBRE, se manteve relativamente estável ao variar 0,1 ponto em setembro, para 96,4 pontos, maior nível desde fevereiro de 2014 (96,7 pontos). Em médias móveis trimestrais, o índice avançou pelo quarto mês consecutivo, desta vez, 1,3 ponto.

“Depois de quatro meses de crescimento contínuo, em setembro, a expectativa de melhora da demanda foi corrigida para baixo, sob efeito da elevação das taxas de juros do crédito imobiliário: o segmento de Edificações Residenciais foi o que acusou a maior queda do indicador de demanda prevista. Ainda assim, a confiança das empresas acomodou num patamar mais favorável desde 2014 por uma ligeira melhora da percepção sobre à situação corrente. O Indicador de Evolução Recente da atividade alcançou o melhor resultado desde dezembro de 2012. Ou seja, a retomada da atividade ganha força na percepção empresarial, mas diminui o otimismo com a continuidade desse ciclo”, observou Ana Maria Castelo, Coordenadora de Projetos da Construção do FGV IBRE.

A acomodação do ICST no mês foi resultado de uma compensação de sinais opostos. Houve melhora da avaliação atual mas queda nas expectativas em relação aos próximos meses. O Índice de Situação Atual (ISA-CST) subiu 0,8 ponto, para 92,7 pontos, maior nível desde agosto de 2014 (93,0 pontos). Enquanto, o Índice de Expectativas (IE-CST) recuou 0,7 ponto, para 100,2 pontos, nível neutro.

A alta do ISA-CST foi influenciada pelo aumento da satisfação em relação à situação atual dos negócios, cujo indicador subiu 1,8 ponto, para 92,2 pontos, enquanto que o indicador de carteira de contratos cedeu 0,2 ponto, para 93,3 pontos.

Já no horizonte das expectativas, a queda IE-CST foi influenciada exclusivamente pela piora de demanda prevista que caiu 1,6 ponto, para 101,2 pontos, enquanto o indicador tendência dos negócios ficou relativamente estável ao subir 0,3 ponto, para 99,2 pontos.

O Nível de Utilização da Capacidade (NUCI) da Construção aumentou 1,9 ponto percentual (p.p.), para 75,0%. O NUCI de Mão de Obra e o Nuci de Máquinas e Equipamentos avançaram 1,9 e 1,2 ponto percentual, para 76,2% e 68,3% respectivamente.

Mercado imobiliário

O Indicador que mede a evolução recente das atividades das empresas de Edificações Residenciais alcançou o melhor resultado desde setembro de 2013. “O indicador começa a refletir de forma mais significativa o ciclo de negócios do mercado imobiliário, que desde o ano passado vem acusando bons resultados. Crédito em expansão e baixas taxas de juros contribuíram para impulsionar as vendas que agora se traduzem em obras e emprego”, observou Ana Castelo.

Rooftop aloca R$ 80 milhões do primeiro fundo imobiliário

Rooftop, proptech que oferece gestão inteligente de transações ao conectar imóveis em situações especiais a potenciais compradores e investidores, alocou 80% do seu primeiro fundo, chamado ROOF11, com patrimônio líquido de R$ 80 milhões. A BlueMacaw, gestora de fundos de investimentos imobiliários alternativos, é acionista da operação e prevê um retorno sobre capital investido de 30% ao ano.

Um total de 170 imóveis residenciais foram comprados pelo fundo, sendo 66% dos quais localizados na cidade de São Paulo. O valor médio das unidades é de R$ 400 mil, compradas com 40% de desconto em relação ao valor de mercado, e a expectativa de retorno anual para os investidores é de 30%. As primeiras unidades compradas pelo fundo no primeiro semestre deste ano, já desembaraçadas, foram revendidas. A Rooftop atua nos chamados imóveis em situações especiais, que são aqueles retomados por bancos ou atrelados a algum processo judicial, e utiliza tecnologia que permite monitorar essas unidades vinculadas a processo judicial, extrajudicial, leilão ou pendente de regularização.

Após o mapeamento e investigação detalhada da situação de cada imovel, a proptech realiza a aquisição e regulariza as unidades para venda sempre com valor abaixo do mercado, para atrair os potenciais clientes, sejam eles investidores locais ou clientes finais. “As revendas das primeiras unidades regularizadas já apresentam uma TIR líquida expressiva superior a 50% em algumas transações, o que representa um desempenho significativo em relação à subscrição e ao mercado imobiliário”, afirma Daniel Gava, fundador e CEO da Rooftop.

Roberto Dib, sócio e gestor do portfólio do BlueMacaw Renda+ FOF – FII, explica que o fundo Renda+ decidiu investir no fundo ROOF11 porque viu uma oportunidade de acessar um mercado com margens atrativas de uma forma profissionalizada. Tudo isso com escala sustentada por tecnologia em um momento particularmente interessante, dada a situação econômica pós-covid. “Um total de 15% dos ativos do FOF Renda+ foram adquiridos em ofertas restritas, não abertas ao público em geral, que conseguimos acessar devido à nossa base de relacionamentos. Tais investimentos não estão disponíveis para o investidor comum”, destaca.

Programa InCasa
Além da aquisição, regularização e venda de imóveis especiais, a Rooftop também atua com o programa Rooftop InCasa, que tem a proposta de ajudar proprietários de imóveis quitados ou vinculados a um financiamento bancário e que estejam passando por dificuldades financeiras, correndo o risco de ter a propriedade retomada por meio de processos judiciais e extrajudiciais. Também se aplica a donos de imóveis que simplesmente estão sem acesso a banco e capital.

O programa compra o imóvel pagando à vista e o antigo proprietário permanece como locatário, com direito contratual de recomprar em até 36 meses pelo mesmo valor que vendeu atualizado pelo IPCA. Também há a possibilidade de venda a terceiros. É uma alternativa a empréstimo bancário para quem teve pedido de crédito consignado com imóvel como garantia negado.

A ideia foi do fundador e CEO Daniel Gava que investe seus recursos pessoais há mais de 10 anos em imóveis adquiridos via leilões para revenda no mercado imobiliário. Daniel percebeu que muitas famílias poderiam ter mantido seus lares se tivessem uma alternativa que oferecesse liquidez imediata, evitando assim as perdas do investimento realizado na casa própria atreladas aos descontos aplicados nos leilões. Às vezes, dívidas de pequeno ou médio porte prejudicam muito o patrimônio de quem perde o imóvel. A Rooftop já iniciou a estruturação de um novo fundo, com previsão de captar R$ 250 milhões, que combina as duas estratégias da empresa.

Índice Nacional de Custo da Construção sobe 0,56% em setembro

O Índice Nacional de Custo da Construção – M (INCC-M) subiu 0,56% em setembro, repetindo a taxa do mês anterior. Com este resultado, o índice acumula alta de 11,99% no ano e de 16,37% em 12 meses. Em setembro de 2020, o índice havia subido 1,15% no mês e acumulava alta de 5,01% em 12 meses. A taxa do índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços passou de 1,10% em agosto para 0,83% em setembro. O índice referente à Mão de Obra subiu 0,27% em setembro, após não variar em agosto.

Materiais, Equipamentos e Serviços

No grupo Materiais, Equipamentos e Serviços, a taxa correspondente a Materiais e Equipamentos variou 0,89% em setembro, após alta de 1,17% no mês anterior. Três dos quatro subgrupos componentes apresentaram decréscimo em suas taxas de variação, destacando-se materiais para estrutura, cuja taxa passou de 1,05% para 0,78%.

A variação relativa a Serviços passou de 0,78% em agosto para 0,56% em setembro. Neste grupo, vale destacar o recuo da taxa do item projetos, que passou de 1,08% para 0,40%.

Mão de obra

A taxa de variação referente ao índice da Mão de Obra subiu 0,27% em setembro, após não variar em agosto.

Capitais

Quatro capitais apresentaram decréscimo em suas taxas de variação: Brasília, Belo Horizonte, Recife e São Paulo. Em contrapartida, Salvador, Rio de Janeiro e Porto Alegre apresentaram acréscimo em suas taxas de variação.

Com lançamentos e vendas em alta, incorporação tem o melhor 1º semestre da série histórica

O Indicador Abrainc-Fipe do 2° trimestre de 2021, que contempla dados de 18 empresas associadas à entidade, apontou o lançamento de 34.815 unidades ao longo do período, o que corresponde a uma alta de 84,8% sobre o mesmo intervalo do ano anterior. Comparativamente, no recorte do 1º semestre de 2021, o número de lançamentos totalizou 61.199 imóveis, um aumento de 61,7% em relação ao mesmo período de 2020. Já nos últimos 12 meses, encerrados em junho, as unidades lançadas somaram 144.420 unidades, o equivalente a um aumento de 35,7% em relação ao intervalo precedente.

Ao mesmo tempo, foram comercializadas 39.615 unidades no 2º trimestre de 2021, o que representa um avanço de 30,1% em relação ao volume transacionado no mesmo período do ano passado. No balanço do 1º semestre, por sua vez, as vendas chegaram a 74.438 unidades – alta de 25,9% sobre a primeira metade de 2020. Finalmente, nos últimos 12 meses encerrados em junho de 2021, os 153.853 imóveis comercializados pelas incorporadoras contribuíram para um acréscimo de 32,1% em comparação aos resultados obtidos no intervalo anterior. As vendas líquidas, que correspondem ao volume de vendas excluindo-se as unidades distratadas no mesmo período, também foram positivas, com altas de 36,6% (2º trimestre de 2021), 29,5% (1º semestre de 2021) e 35,2% nos últimos 12 meses encerrados em junho.

Segmentos – Os empreendimentos enquadrados no Programa Casa Verde Amarela (CVA) ainda respondem pela maior parte dos imóveis lançados (75,7%) e comercializados (82,7%) nos últimos 12 meses, encerrados em junho. Em termos de unidades lançadas, o segmento registrou alta em todos os recortes considerados: 18,7% no 2º trimestre, 24,1% no 1º semestre, e de 21,1% nos últimos 12 meses. Já com respeito às vendas, as incorporadoras reportaram aumento de 22,8% no 2º trimestre, 24,3% no 1º semestre, e 34,7% ao longo dos últimos 12 meses.

Comparativamente, o desempenho do segmento residencial de Médio e Alto Padrão (MAP) registrou um crescimento expressivo de 978,5% em lançamentos no 2° trimestre de 2021 em relação ao mesmo período de 2020, quando a pandemia estava em uma de suas fases mais agudas e os estandes de vendas tiveram de ser fechados. No 1° semestre deste ano, a alta foi de 265,1% e, no horizonte de 12 meses, o avanço foi de 113,7%. O momento favorável se estende às vendas, cuja apuração no 2º trimestre destaca uma elevação de 79,4% em relação no mesmo período de 2020; contribuindo assim para um aumento de 33,2% no 1º semestre, e de 21,3% nos últimos 12 meses.

Para o presidente da ABRAINC (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias), Luiz França, os resultados obtidos no 1° semestre de 2021 são importantes pois representam o melhor desempenho da série histórica do Indicador, iniciada em 2014. “O crescimento do segmento MAP, aliada à manutenção dos números positivos do CVA, foram fundamentais nessa escalada do setor. A incorporação imobiliária vem demonstrando bom desempenho contínuo, o que destaca a atratividade cada vez maior de empreendimentos tanto por parte compradores como de investidores, em relação às aplicações financeiras tradicionais, assim como as boas condições de crédito imobiliário do período, com taxas de financiamento baixas e crescimento recorde nos financiamentos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE)”, afirma.