RuaDois oferece opção para imobiliárias que buscam transformação digital sem perder segurança de unidade física

Existem mais de 12 milhões de residências alugadas no Brasil e, provavelmente, a maioria delas demandaram muito tempo e visitas longas até chegarem à decisão final e serem alugadas. Em um mundo onde a tecnologia está presente em diferentes setores, por que não trazer a transformação digital para dentro do setor imobiliário? Foi o que pensou Paulo Fernandes, CEO e fundador da RuaDois, startup que está revolucionando o mercado imobiliário por meio da transformação digital, oferecendo tecnologia gratuita para imobiliárias de todos os portes.

A startup foi fundada em novembro de 2018 e fez sua primeira visita em janeiro de 2019 no Distrito Federal. A tecnologia desenvolvida pela RuaDois permite à imobiliária entregar uma experiência 100% digital, desde a hora de trazer os imóveis para sua carteira até o momento de ajudar os locatários a acharem uma casa nova.

“Participo do setor imobiliário desde que nasci e comecei ver uma transformação muito grande, diversas notícias falavam sobre players que poderiam acabar com as imobiliárias. Entre resistir cegamente a este movimento e estudar o necessário para construir a mudança, preferi a segunda opção”, conta Fernandes.

Com um processo mais digital, a startup promete reduzir para 24 horas a disponibilidade de agenda para visitas e de 6 para 1 dia o tempo entre a proposta e a assinatura do contrato. “Existe uma burocracia enorme no preenchimento de documentos, com regras que variam de acordo com cada imobiliária, nossa intenção é otimizar esses processos e oferecer uma tecnologia de forma simples e rápida”, explica o CEO da empresa.

Os serviços da RuaDois funcionam assim: a pessoa acessa o site de uma das imobiliárias parceiras, agenda a visita e encontra um host no imóvel, no horário agendado. Toda a negociação pode acontecer online. O proprietário aceita a proposta diretamente do seu celular e o contrato é assinado digitalmente. Não precisa daquela lista enorme de documentos que as imobiliárias exigem, basta apresentar o RG, CPF e a última fatura paga do cartão de crédito. No dia seguinte já pode se mudar para o imóvel.

Em menos de um ano de operação, a startup já passou por um processo de expansão e está atendendo também no Rio Grande do Sul. “Nosso objetivo é atuar em todo Brasil. Até o segundo semestre queremos atender mais 5 estados” finaliza Paulo.

Construtivo lança plataforma de realidade virtual compartilhada 100% em português

A Plataforma VR Collab, que envolve a tecnologia de Realidade Virtual (VR, do inglês Virtual Reality) compartilhada para revisar e coordenar projetos desenvolvidos em BIM (Building Information Modeling), acaba de ganhar uma interface 100% em português. O Construtivo, companhia de Tecnologia da Informação com DNA em engenharia, que detém a exclusividade de distribuição da solução no Brasil, decidiu investir na tradução do software para melhorar a experiência dos usuários.

Finalista pela RICS Awards 2019 no Sudeste Asiático, um reconhecimento de inovação concedido pelo instituto líder mundial na qualificação profissional nas áreas de terras, terrenos, propriedades e construções, a solução permite interagir e explorar as revisões, as aprovações de requisitos e a coordenação da construção de forma on-line a partir de diferentes localizações e dispositivos, como óculos de VR, desktop ou em uma tela de projeção.

“Como há profissionais de diversas áreas envolvidos nestas interações, tais como estrutura, geotécnica, mecânica, tubulações, elétrica e automação, entre outras, a interface em português se torna mais amigável para os termos técnicos”, explica o CEO do Construtivo, Marcus Granadeiro.

As reuniões de revisões de projetos dentro do modelo BIM resultam na otimização do tempo e custo das áreas envolvidas e, com a versão em português, o processo tende a ficar mais colaborativo e ágil, uma vez que melhora o entendimento das conferências de dimensões, da manipulação de parâmetros e da criação de snapshots navegáveis, entre outros procedimentos realizados por meio de uma experiência de VR.

“Nosso objetivo é fornecer ferramentas que promovam a inovação e excelência no setor de engenharia e construção, só assim o segmento conseguirá evoluir na entrega de melhores resultados nos seus empreendimentos, da concepção à entrega”, finaliza Granadeiro.

FGV abre inscrições para curso de desenvolvimento de negócios imobiliários

A Fundação Getulio Vargas está com inscrições abertas o curso de desenvolvimento de negócios imobiliários. A novidade desse semestre é que durante as aulas haverá palestras com líderes do setor como Cyrela, Tecnisa, Setin Incorporadora, Tishman Speyer, Vitacon, SKR Engenharia, Navarro Advogados, Fulwood empreiteira imobiliária, Porte Engenharia, Isec securitizadora, AAA Digital, Toledo Ferrari, Lavvi, entre outros.

São 48h/aula dividida nos seguintes módulos: A Economia e o Mercado Imobiliário; Incorporação Imobiliária; Gestão da Empresa Construtora e Incorporadora; Aspectos Jurídicos e Tributários; Uso e ocupação do solo; Mercado de Capitais; Prospecção de Ativos Fixos; Terrenos, Edificações, Adaptação do Uso (Retrofit); Desenvolvimento Imobiliário; Definição do Produto; Precificação e Comercialização de Produtos Imobiliários; Etapas da Estruturação Imobiliária e Entrega do Empreendimento.

A coordenação do curso é do professor Alberto Ajzental, que possui graduação em Engenharia Civil pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo e doutorado em Administração de Empresas pela Fundação Getulio Vargas.

“Apesar da nossa economia não apresentar números favoráveis, o mercado imobiliário está na contramão com sinais claros e consistente de crescimento. Segundo estudo da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), o número de contratos para aquisição de imóveis residenciais avançou 9,7% nos três primeiros meses do ano na comparação com o mesmo período do ano passado. Além disso, o total de lançamentos no mesmo trimestre registrou alta de 4,2%, com 14,7 mil unidades em todo o país. Diante desse cenário, quem estiver mais preparado e atualizado ganha seu espaço no mercado de trabalho e é isso que o curso daFGV propicia”, explica Ajzental.

Informações e inscrições: educacao-executiva.fgv.br/sp/sao-paulo/cursos/curta-media-duracao/curta-media-duracao-presencial/pec-desenvolvimento-de-negocios-imobiliarios?geo-popup=hide&oferta=72747&unidade=itapeva

Mobly abre primeira loja física no Brasil

Seguindo os passos de gigantes da internet, a Mobly, startup de tecnologia que atua no varejo de móveis e itens de decoração, decidiu investir no offline para ganhar ainda mais mercado e oferecer uma experiência de compra completa para os seus clientes. A inauguração da primeira loja física no Brasil custou cerca de R$ 6,5 milhões e a abertura para o público acontece no dia 12 de julho. “Esperamos movimentar um fluxo de 10 a 15 mil clientes por mês na loja e levantar um ticket médio de mil reais”, afirma Victor Noda, sócio fundador da Mobly.

Localizada na Marginal Pinheiros (Av. das Nações Unidas, 16.737), a loja ocupa uma área de 4,5 mil metros quadrados e foram necessários aproximadamente nove meses até que a estrutura estivesse pronta para acomodar os mais de dois mil itens que estarão disponíveis a pronta entrega. A estratégia, segundo a empresa, é que no futuro as compras do e-commerce e loja física estejam totalmente integradas, o que permitirá comprar pela internet e retirar na loja. Outras facilidades já estarão disponíveis desde a inauguração do espaço para proporcionar uma nova experiência de compra aos consumidores.

A loja, que tem seu projeto assinado pelo arquiteto Julio Takano, nasceu com o conceito omnichannel, de integração dos canais de atendimento, e irá oferecer recursos tecnológicos como wi-fi gratuito, totens e tablets, para interação dos clientes, auditório com projeção para eventos, além de um self checkout – equipamento de autoatendimento onde o cliente sozinho passa e paga pelas suas compras com rapidez e comodidade.

“Investimos na quantidade de sortimentos e na exposição dos produtos para aproximarmos os clientes ainda mais da marca e das novas tecnologias que podem ajudar na hora de escolher o móvel ideal para cada ambiente”, explica Noda. O objetivo, de acordo com o executivo, é que a Mobly esteja presente em cada micro-momento dos clientes, seja na compra da primeira casa, no casamento ou na mudança para um apartamento maior, como é o caso das famílias quando crescem e precisam de mais quartos para acomodar os filhos.

A Mobly também separou uma novidade para os amantes de filmes e séries: a loja física contará com ambientes decorados com móveis e objetos inspirados em produções famosas. Os primeiros três ambientes irão recriar os cenários de Friends, Simpsons e Toy Story e estarão disponíveis para visitação durante três meses a partir da inauguração oficial.

O funcionamento da loja será de segunda a sábado das 10h às 22h e domingos e feriados das 10h às 20h.

Construção em drywall privilegia bem-estar dos usuários

Projetos construtivos que colaboram com o bem-estar dos usuários estão em franca ascensão. A qualidade do tempo passada no local de trabalho, por exemplo, é um elemento cada vez mais valorizado. Sob esse pano de fundo, o drywall se destaca por possibilitar a construção de ambientes espaçosos, que facilitam a interação entre as pessoas e são mais confortáveis sob os aspectos acústico e térmico.

“O drywall é um sistema bastante preciso, milimétrico, que evita a ocorrência de construções mal aprumadas. Ao utilizá-lo, você também consegue paredes mais finas, de 7 cm, contra 12-15 cm da alvenaria, e isso permite aproveitar melhor os espaços. Em paralelo, por ser mais leve, reduz a estrutura da edificação”, afirma Ana Elisa Garcia, arquiteta urbanista, consultora em saudabilidade e sustentabilidade e parceira da Trevo Drywall.

Quando o assunto é isolamento termoacústico, fica ainda mais difícil encontrar oponentes à altura do drywall. As tipologias convencionais de paredes já garantem um nível de isolação, no mínimo, igual ao da alvenaria. Contudo, o drywall é muito mais versátil e possibilita a combinação de um maior número de chapas ou a inclusão de materiais isolantes, o que aumenta sensivelmente a proteção acústica e térmica.

“O gesso é um material higroscópico, ou seja, tem a capacidade de absorver a umidade do ar. Essa característica ajuda na regulação da temperatura do ambiente, tornando-o mais quente no inverno e frio no verão. O drywall também aceita a inclusão de materiais de isolamento, como lãs minerais ou sintéticas. Dessa forma, você pode calcular exatamente o nível de isolamento que deseja para cada ambiente. Isso é muito comum em prédios corporativos, onde salas de reuniões costumam ter índices superiores de isolação, no caso, acústico”, resume Ana Elisa.

Estes são os efeitos práticos: mais espaço e maior conforto termoacústico. No entanto, salienta a especialista, há pontos conceituais que também devem ser levados em consideração, como a sustentabilidade e saudabilidade na construção em drywall.

“Em ambas categorias o sistema é bem avaliado. Em relação à sustentabilidade, contam pontos o menor desperdício durante a obra, pois a geração de entulhos na construção com drywall é muito mais baixa se comparada com qualquer outro tipo de material. Já sobre a saudabilidade, os componentes do sistema não apresentam elementos contaminantes à saúde humana”, conclui.

Financiamento escasso derruba vendas de imóveis usados em maio em São Paulo

Os bancos financiaram pouco mais de um terço dos imóveis usados vendidos na cidade de São Paulo em maio (34,21% do total), desempenho que se refletiu na queda de 17,87% nas vendas em relação a abril. A maioria das vendas (61,84%) foi feita com pagamento à vista. Os consórcios imobiliários e as vendas a prazo financiadas pelos próprios donos dos imóveis tiveram participação residual, de 2,63% e 1,32%, respectivamente.

Os números foram levantados em pesquisa realizada com 288 imobiliárias da Capital pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (CreciSP). Das unidades vendidas em maio, 65,79% eram apartamentos e 34,21% eram casas. O resultado das vendas em maio fez com que o saldo acumulado desde janeiro ficasse negativo em 5,21%.

Todos os imóveis foram vendidos com desconto sobre o preço original de venda, com destaque para os localizados em bairros agrupados na Zona C, como Mooca e Tucuruvi. O desconto médio ali deu um salto de 189% ao passar da média de 3% em abril para 8,67% em maio. “Foi como dar um anabolizante para o atleta que vinha se arrastando na pista e perdendo posições para competidores com mais recursos”, compara José Augusto Viana Neto, presidente do CreciSP.

As vendas na Zona C somaram 44,77% do total de unidades vendidas em maio, superando de longe as Zonas A (9,19%), B (25%), D (7,87%) e E (13,16%). Em abril, a Zona C ficara com 23,6% das vendas e, em março, com 22,34%. Esse aumento de 189% foi o maior registrado pelas pesquisas do CreciSP este ano nos percentuais de descontos aplicados aos preços fixados originalmente pelos proprietários.

Por efeito desse e dos demais descontos – de 9,33% na Zona A, de 8,14% na Zona B, de 10% na Zona D e de 12,33% na Zona E – os preços médios dos imóveis usados caíram 1,44% em maio em relação a abril. Nos últimos 12 meses, de junho de 2018 a maio último, os preços acumulam redução de 6,59%.

“Apenas descontos maiores não bastam para que se venda mais imóvel usado em qualquer região, pois pesam nessa equação outros fatores como preço médio e localização, mas são um estímulo importante para a negociação dar certo, o que aconteceu com os imóveis da Zona C nesse mês”, afirma o presidente do CreciSP.

Mais barato, mais vendido

Também contribuiu para o bom resultado das vendas na Zona C a manifesta preferência dos compradores por imóveis de menor valor, tendência que se mantém constante nas pesquisas. Em maio, quase a metade das casas e apartamentos vendidos – 47,37% do total – tinha preço final de até R$ 500 mil. Esse tipo de imóvel não se encontra em bairros como os Jardins, na Zona A, nem no Brooklin e Pinheiros, na Zona B.

Na média geral dos preços coletados pela pesquisa CreciSP, 46,48% dos imóveis usados vendidos em maio na Capital custaram aos compradores até R$ 5.000,00 o metro quadrado. Outro dado apurado pela pesquisa com as 288 imobiliárias consultadas foi que 63% dos imóveis vendidos eram de padrão médio, 22% de padrão standard e 15% de padrão luxo.

Locação tem queda de 6%, mas

acumula alta de 26,75% no ano

A locação de imóveis residenciais na Capital paulista caiu 6% em maio comparado a abril, mas mantém um saldo positivo de 26,75% desde janeiro graças aos bons resultados de abril (+ 2,88%), março (+ 36,11%) e janeiro (+ 19,89%).

As 288 imobiliárias pesquisadas pelo CreciSP alugaram em maio 57,33% do total em casas e 42,67% em apartamentos. O valor do aluguel subiu 2,1% em média na comparação com abril, mas nos 12 meses contados de junho de 2018 a maio último acumula queda de 6,59%. Nesse mesmo período, a inflação medida pelo IPCA do IBGE chegou a 4,66% e 7,64% pelo IGP-M da FGV.

As imobiliárias receberam as chaves de imóveis no equivalente a 94,16% do total de novas locações, de inquilinos que desistiram de continuar alugando-os por motivos como mudança de bairro ou cidade (61,94% do total) ou razões financeiras (38,06%).

Os imóveis mais alugados em maio na Capital – 49,61% do total – foram os de aluguel mensal até R$ 1.200,00. No segmento de casas, a pesquisa CreciSP registrou como o menor aluguel de Maio o de casas de 1 dormitório na Zona E, de R$ 545,87 mensais, e o maior o de residências de 3 dormitórios na Zona A, de R$ 5.066,67 mensais.

Entre os apartamentos, o aluguel mais barato – R$ 700,00 mensais – foi o de quitinetes na Zona C, e os mais caros os de 4 dormitórios nas Zona A e B, alugados em média por R$ 5.800,00 mensais.

Descontos e garantias

Os descontos concedidos pelos proprietários sobre os valores anunciados foram em média de 8,91% na Zona A, de 8,94% na Zona B, de 10,21% na Zona C, de 10,19% na Zona D e 12,86% na Zona E.

As garantias mais utilizadas nos contratos de locação em maio foram o depósito de três meses do valor do aluguel (38,26%), o fiador pessoa física (34,51%), o seguro de fiança (16,32%), a caução de imóveis (7,83%), a cessão fiduciária (2,32%) e a locação sem garantia (0,77%).

A pesquisa CreciSP também apurou que a inadimplência em maio, de 4,42% do total de contratos em vigor, foi 12,82% menor que a de abril, que havia batido em 5,07%.

Levantamento feito pelo CreciSP nos Fóruns da Capital constatou um aumento de 1,15% no número de ações judiciais propostas em maio (2.378) em relação a abril (2.351). Cresceu o número de ações de rito ordinário (+ 48,44%, de 64 para 95); as consignatórias (+ 80%, de 5 para 9); as renovatórias (+ 14,47%, de 76 para 87): e as propostas por falta de pagamento (+ 1,55%, de 1.288 para 1.308). As ações de rito sumário tiveram queda de 4,25%, de 918 em abril para 879 em maio.

CBRE aponta para a retomada de preço e investimento em galpões e condomínios logísticos

A CBRE, empresa líder mundial em Real Estate, anuncia que o mercado de condomínios logísticos no Brasil apresentou crescimento de 30% no último ano, por conta da recuperação da demanda, oferta bem controlada, vacância em queda e perspectiva de retomada de preços e investimentos. Para os próximos meses, a consultoria prevê cenário positivo de parques industriais e logísticos no Brasil e, do ponto de vista de demanda, mostra que o mercado apresenta índices bem interessantes de absorção, seguindo a tendência iniciada a partir de 2017 e ainda mais evidente desde o primeiro trimestre de 2019.

Fernando Terra, Diretor de Industrial & Logística da CBRE para América Latina, traça um retrato favorável do mercado de galpões particularmente em São Paulo, extensível em certa medida a outras regiões do País. “Medimos absorção líquida, o quanto cresce a ocupação no mercado em uma análise de trimestre a trimestre, e isso tem sido bastante positivo – quase com a mesma atividade vista antes de 2013, no auge do mercado. No outro lado, há a questão da oferta, que está bem controlada. Vivemos de um ciclo de bastante desenvolvimento a partir de 2011/ 2012 e que se manteve forte até 2016, com mais de 1 milhão de metros quadrados entregues por ano”, diz.

Ainda segundo Terra, o mercado de São Paulo é um exemplo destes números, mas essa fotografia serve para outros mercados no Brasil também. “Nos últimos dois anos, desde 2017 principalmente, a oferta se enxugou muito. Estamos com médias abaixo de 300 mil metros quadrados por ano, ou seja, menos de um terço do que era entregue anteriormente”, afirma.

Ou seja, por um lado, tem-se a oferta controlada, mas por outro, há uma retomada da demanda – e isso está trazendo os índices de vacância para baixo. O mercado saiu do pico da vacância no final de 2016, com índices de até 28%, e agora apresenta 21% de desocupação, considerando o mercado em geral. “Quando analisamos mercados mais específicos, por exemplo, a área mais próxima de São Paulo, que vai a até 30 quilômetros de distância da capital, já falamos de uma vacância de 15%. Se avançamos um pouco mais com relação à qualidade, com foco na classe A, também a até 30 quilômetros da capital, estamos em 12%, um índice praticamente de equilíbrio do mercado”, explica.

Este cenário traz a equalização de oferta e demanda e uma expectativa de preços já para o segundo semestre, com previsão para 2020. Com níveis de vacância equilibrado, uma relação positiva entre oferta e demanda, quando se tem um patamar de preços descontados, que é o que vemos hoje – o preço caiu 20%, 30%, e até 40%, dependendo na região -, cria-se um ambiente para a retomada. A expectativa é que esse cenário se inicie nos próximos trimestres, ainda neste ano, provavelmente a partir do mercado a até 30 quilômetros de distância de São Paulo – por exemplo, Cajamar, Embu e Guarulhos. Entretanto, isso influencia o mercado como um todo. Então, mesmo o segundo mercado, caso de Jundiaí, também vai se beneficiar dessa retomada.

“Por conta disso, uma recuperação de investimentos acontece. Anteriormente, o que realmente freou o desenvolvimento foi a viabilidade econômica dos empreendimentos. Na conta do investidor, para se atingir uma mínima taxa de retorno esperada, os aluguéis precisam subir. É nisso que alguns players já estão apostando. Alguns deles não pararam de comprar terrenos nos últimos dois ou três anos, mas estavam esperando para iniciar as construções, e é o que já estamos vendo para as principais regiões”, acrescenta Terra.

Depende um pouco do perfil do grupo investidor. Há as grandes plataformas nas quais existe esse foco em desenvolvimento. Tem-se [ainda] o mercado dos fundos imobiliários, que estão muito mais focados em aquisições, e de fato em imóveis performados. O que é interessante também é que, como a legislação brasileira é para contratos típicos – que são os não-built to suit ou sale-leaseback -, temos visto uma procura igualmente por esse tipo de ativo mesmo para os fundos imobiliários. Isso porque há uma equalização a mercado a cada três anos. Então, por mais que exista a possibilidade de esse inquilino [de contrato típico] sair, pagando uma multa que é significativamente inferior à do built to suit, desde que a entrada via aquisição do ativo seja em patamares de mercado, a tendência é que aquele fluxo de caixa permaneça ao longo do tempo. O mercado é soberano. Se se compra a valor de mercado, o ativo, desde que com boa gestão, deve permanecer competitivo perante o mercado no longo prazo.

Quando olhamos o estoque do mercado de condomínios industriais e logísticos, de fato, 60% estão dentro do estado de São Paulo. O segundo maior mercado é o Rio, mas não tem nem 20% de estoque de São Paulo hoje. Então, percebemos muito espaço para crescimento, além do grande interesse de investidores nacionais pelo setor. Os grandes varejistas, os operadores de e-commerce têm feito expansões nacionais e é sempre um desafio encontrar a área de que precisam – falamos de operações de 10 mil a 30 mil metros quadrados – e com a qualidade necessária. Inclusive, há operações já concretizadas via fundos imobiliários, via private equity no Nordeste, no Sul, no Centro-Oeste, no Norte. Temos a expectativa de que essa discrepância entre o tamanho do mercado de São Paulo e o das outras cidades tenda a diminuir ao longo do tempo. Apesar de grande atividade econômica e um potencial de crescimento natural pelo tamanho da população, apenas 15% dos imóveis industriais e logísticos (cerca de 22.2 milhões de metros quadrados) estão dentro de condomínios.” Já verificamos uma melhora significativa nos índices de demanda por condomínios logísticos. O principal motivo está na redução da taxa de desocupação (vacância) dos galpões e armazéns.

De acordo com o executivo, o número acima reforça o fato de que o mercado está em expansão há alguns anos. “Tanto que, atualmente, a CBRE comercializa 35 condomínios com exclusividade em seis estados diferentes no Brasil, o que representa quase 700.000 metros quadrados disponíveis”, diz. Somente em 2018, a CBRE foi responsável por intermediar a locação de mais de 490.000 metros quadrados de galpões pelo Brasil, em mais de 80 transações.

Construtora Tenda avança em São Paulo e se consolida bicampeã em prêmio Top Imobiliário

A Tenda, uma das principais construtoras e incorporadoras do país com foco no segmento de empreendimentos residenciais econômicos, se consolida e, por mais um ano, é uma das grandes vencedoras do 26º Top Imobiliário. A empresa foi a líder na categoria “construtora”, além de conquistar o segundo lugar no ranking de “incorporadoras” e o terceiro no de “vendedoras” da premiação, parceria entre o jornal O Estado de S.Paulo, a Consultoria Embraesp e apoio do Secovi-SP.
O prêmio, criado em 1993, mantém o objetivo de consagrar as empresas que registram os maiores volumes de lançamentos na cidade de São Paulo e região metropolitana. Para a Tenda, a região é de extrema importância por ter o maior potencial de crescimento e concentrar boa parte do déficit habitacional do estado.
Das mais de 3,7mil unidades lançadas em 2018 pela Construtora na região metropolitana, cerca de 80% se concentram na capital. Foram 11 novos empreendimentos que impulsionaram ainda mais a presença da Tenda na região.
Daniela Ferrari, diretora regional da Tenda, reforça que a companhia está sempre em busca de boas oportunidades para aumentar seu banco de terrenos com o objetivo de lançar empreendimentos que atendam as expectativas dos clientes e tragam resultados satisfatórios para o futuro da companhia. 
“Por isso, ficamos felizes com mais este reconhecimento no 26º Top Imobiliário. Seguiremos trabalhando para continuar avançando em São Paulo”, completa a diretora. 
A análise do 26º Top Imobiliário é feita por meio de uma pesquisa da Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio). Neste ano, concorreram 202 empresas do segmento de incorporação, 174 construtoras e 217 imobiliárias com atuação na região metropolitana de São Paulo. Ao todo, foram 19 empresas premiadas. 

Novas tecnologias movimentam a construção civil brasileira

Reconhecida como a única feira da América Latina dedicada às cadeias construtivas do cimento e do concreto, e um dos principais encontros globais voltados à construção civil, a Concrete Show 2019 chega para a 12ª edição recheada de novidades. O evento – que será realizado no São Paulo Expo, em São Paulo (SP), de 14 a 16 de agosto – prepara para os players do setor a apresentação, com exclusividade, dos mais modernos equipamentos e soluções para o segmento, desenvolvidos por mais de 350 marcas expositoras, nacionais e internacionais.

Entre elas está a ArcelorMittal, uma das maiores produtoras de aço do País e do mundo, um dos principais insumos para a indústria do concreto. Além da exibição do portfólio completo de soluções para a construção civil, a companhia apresenta na feira também o seu sistema de inteligência, o Steligence.

Segundo o especialista em marketing da marca, Luís Gustavo Pracchia, trata-se de uma nova metodologia que avalia as edificações e o setor como um todo. “Com ela, é possível comparar as principais opções disponíveis no mercado com as soluções em aço da ArcelorMittal, levando em consideração todas as etapas da construção, desde a fundação até a fachada”, pontua.

Quem também confirma presença em mais uma Concrete Show é a WCH Industrial, uma das principais fornecedoras de soluções para a produção de pré-fabricados de concreto do Brasil. Entre os produtos em evidência da empresa estão as fôrmas metálicas para a produção de vigas, pilares retangulares e placas de fechamento, como a fôrma dupla da marca, principal novidade para o evento.

Segundo a analista de marketing da companhia, Eliane Cerri, a fôrma dupla da WCH possui três fatores como principais vantagens competitivas em relação às concorrentes diretas do mercado: tecnologia, economia e flexibilidade. “O novo equipamento permite aos players do setor obter 50% de economia durante a produção das vigas de concreto e placas de fechamento, pois não é necessária a utilização de uma segunda fôrma para que se possa criar um elemento diferente. Nesta configuração, podemos fabricar painéis e pilares de forma simultânea, por exemplo”, afirma.

A executiva ressalta ainda que outro diferencial da solução é possibilitar maior facilidade de variação de tamanhos dos produtos. “O equipamento permite também a fabricação dos pilares, vigas e placas de fechamento na mesma estrutura, com as seguintes regulagens: de 8 a 50 centímetros de largura, e de 40 a 120 centímetros de altura, em ambos os casos com variações a cada 5 centímetros”, completa.

12ª Concrete Show

Data: De 14 a 16 de agosto de 2019.

Horário: Dia 14 – Das 13 às 20 horas / Dias 15 e 16 – Das 10 às 20 horas.

Local: São Paulo Expo.

Endereço: Rodovia dos Imigrantes, Km 1,5, Vila Água Funda – São Paulo-SP.

Fórum Internacional de Liderança e Inovação da Abrainc reuniu mais de 500 pessoas em São Paulo

São Paulo recebeu o primeiro Fórum Internacional de Liderança e Inovação – FILI 2040, realizado pela ABRAINC (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias). O evento aconteceu no dia 25/06 e reuniu mais de 500 pessoas, entre executivos do mercado imobiliário, de incorporadoras e do setor da construção civil.

O objetivo do evento foi apresentar experiências concretas de iniciativas presentes mundialmente sobre como viabilizar o negócio da cadeia da incorporação imobiliária no contexto de liderança, gestão e inovação, sempre com os preceitos de sustentabilidade, reunindo informações sobre tecnologia no mercado das incorporadoras.

“O mundo está em mudança, quem não acompanhar as transformações não terá sua empresa viva. Quem acompanhar as novidades e sair na frente, vão ser os ganhadores dessa corrida pela inovação. E através do FILI 2040, conseguimos debater as mudanças e provocar os nossos convidados. “, afirma Luiz França, presidente da ABRAINC.

Entre os diversos painéis do evento, foram apresentados os conceitos de Smartcities, com soluções inteligentes para empreendimentos integrados à cidade – o case Wembley Park, em Londres. Os palestrantes foram Mark Kellett, CEO da Magnet Networks, e Marco Rafael Domingues, Diretor de Desenvolvimento de Negócios da Magnet Networks.

O programa do Fórum reuniu conceituados palestrantes do setor, além da realização de sessões interativas. Estiveram presentes empresas como Ambar Tech, Construtech Ventures, MRV, Deloitte, Tegra, Cyrella, OLX, entre outras. Além da Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, e os sindicatos do setor, SindusCon-SP e SECOVI-SP.

Pesquisa

No FILI 2040, a Abrainc, em parceria com a Deloitte, lançou um estudo inédito sobre o Comportamento do Consumidor Imobiliário para 2040, pensando em um novo modelo de mercado, agora e nos próximos 20 anos. O levantamento foi realizado com respondentes das gerações Baby Boomers, X, Millennials (ou geração Y) e Z, e tem como fonte também outras pesquisas de comportamento e consumo residencial de outros países.

Segundo a pesquisa, mais de 50% dos consumidores em 2040 poderão abrir mão do corretor e do consultor no processo de compra dos imóveis e 40% das compras de residência poderão ser realizadas integralmente pela internet. Os sites e plataformas digitais deverão oferecer ao consumidor possibilidade maior de informações, além de facilitar comparações entre as escolhas, como vídeos do imóvel, do condomínio e da região, bem como indicadores sociais, como o de violência, e oferta de serviços, como hospitais e escolas próximos ao imóvel.

“A perspectiva é de que, em 2040, em uma sociedade mais plural e dinâmica, o foco será a busca de comodidade e facilidade no dia a dia do consumidor. Para isso, serão necessárias soluções mais personalizáveis, customizáveis, flexíveis e adaptáveis. Tudo isso ainda considerando a sensibilidade já existente do consumidor aos preços, devido ao crescimento da atividade econômica em níveis mais baixos que em décadas anteriores”, afirma Giovanni Cordeiro, economista-chefe da Deloitte.