Fintech de crowdfunding imobiliário abre rodada de investimento para captação própria

Perto de completar um ano, a Glebba Investimentos, primeira e única fintech do Brasil a fazer crowdfunding imobiliário para viabilizar a construção de loteamentos, se prepara para captar R$ 400 mil por meio de ECF (equity crowdfunding), na plataforma StartMeUp. O objetivo da empresa com os recursos é fazer melhorias na plataforma, contratar novos funcionários, investir em marketing e expandir ainda mais seus negócios.

Diante de um cenário extremamente aquecido, a startup planeja captar R$ 20 milhões em 15 projetos de loteamento, além de aumentar a base para 15 mil usuários cadastrados, em 2019. Hoje, a fintech tem dez novas contas de usuários abertas por dia.

Segundo Francisco Perez, sócio fundador da startup, a expectativa é captar 100% em um mês para iniciar os investimentos, principalmente na área de tecnologia. “Queremos entregar uma solução de ponta, permitindo que todas as etapas do investimento sejam feitas online e com segurança. Por isso, vamos aumentar nosso capital de giro e trazer mais visibilidade para a marca”, explica o empreendedor.

Para participar do crowdfunding, é preciso ter mais de 18 anos. Os interessados podem realizar o cadastro na plataforma e o investimento inicial é de R$1 mil.

A Glebba oferece produtos nos quais o investidor não precisa de grandes quantias para aplicar o dinheiro. Para investir nos loteamentos pela fintech é preciso preencher alguns requisitos mínimos e as vantagens a médio prazo são melhores que as oferecidas nas tradicionais cadernetas de poupança e fundos de renda fixa, como CDI, por exemplo

Os investidores ainda podem acompanhar o desempenho do seu investimento pela plataforma e, ao final do prazo, o valor investido e rentabilidade serão devolvidos à conta bancária informada no cadastro.

Para saber mais sobre a Glebba ou investir em uma das ofertas da fintech, acesse: http://glebba.com.br/.

Casafy é patrocinadora do Startup Weekend Construtech

 A tecnologia vem possibilitando a inovação em diversos segmentos do mercado, incluindo o setor imobiliário. Nesse contexto, para estimular o crescimento do mercado, a Casafy – portal de vendas e aluguel de imóveis e antiga Properati Brasil – é uma das patrocinadoras do Startup Weekend Construtech, que acontece entre 24 e 26 de maio, em São Paulo. Nesta edição, o foco é mercado imobiliário e indústria de construção.

O objetivo do evento é potencializar a inovação e o empreendedorismo. Durante os três dias, com o uso da metodologia From Zero to Hero (de zero para herói), os participantes poderão trabalhar na criação de soluções tecnológicas inovadoras, para a resolução de problemas identificados no mercado. Tudo em um fim de semana intenso sob a orientação de mentores experientes, entre fundadores de startups de sucesso e experts do mercado.

Segundo o CEO da Casafy, Renato Orfaly, apoiar este tipo de iniciativa é essencial para promover o encontro de pessoas com diferentes conhecimentos e habilidades, dispostas a criar novas ideias e soluções para o mercado imobiliário. “Isso vem ao encontro com a visão e missão da Casafy, de trazer para o usuário final a melhor experiência na busca do seu próximo imóvel”, explica. O executivo também acredita que durante o Startup Weekend o ambiente criará novos negócios, “que futuramente poderão se tornar parceiros da Casafy”.

As inscrições podem ser feitas pelo link: bit.ly/SWConstrutech e os ingressos também incluem a alimentação durante os dias de realização, materiais necessários à participação e brindes exclusivos.

Serviço

Evento: Startup Weekend Construtech

Data: 24, 25 e 26 de maio

Local: Okara Hub (Condomínio Torre Sul, R. James Joule, 65 – 8º andar Cidade Monções – SP)

Quanto: R$ 110,00 (primeiro lote); R$ 120,00 (segundo lote); R$ 170,00 (último lote)

MRV é uma das empresas brasileiras que mais atraem jovens profissionais

O último Ranking de Empregadores Mais Atraentes, desenvolvido pela consultoria internacional Universum apontou as 50 empresas mais lembradas pelos universitários. A MRV, maior construtora da América Latina está em segundo lugar na última edição da pesquisa, na qual foram ouvidos 9.167 universitários de cursos de graduação da área de engenharia em 123 universidades do Brasil. Este ano, mais de 21 mil universitários de todas as partes do país se inscreveram para participar do processo seletivo da última edição do programa de trainee da MRV.

Segundo Junia Galvão, diretora executiva de administração da MRV, ser uma empresa almejada pelos futuros profissionais de engenharia para se construir uma carreira demostra que a empresa está no caminho certo e que a junção de um trabalho ético, inovador e com foco nas pessoas é a receita para o sucesso. “A MRV vem investindo maciçamente em soluções inovadoras para melhorar a qualidade de seus produtos, oferecer uma melhor experiência ao cliente e tornar mais eficiente o processo de construção de seus empreendimentos. Isso, aliado a nossas ações para melhoria da qualidade e bem-estar de nossos colaboradores, é o que desperta o interesse dos estudantes”, conta a executiva.

Segundo Junia, outro ponto importante que aproxima a empresa destes estudantes é o projeto ‘Portas Abertas’, que tem o objetivo de oferecer aos alunos de ensino técnico e universitário a oportunidade de conhecer o dia a dia da companhia, os métodos construtivos, as inovações adotadas e os processos de gestão sustentável. “Em um ano da iniciativa, mais de 2 mil estudantes de 37 cidades do Brasil já visitaram as obras de nossos empreendimentos”, comenta a diretora.

As instituições de ensino interessadas em levar alunos para conhecer a MRV podem solicitar a visita em uma das mais de 155 cidades em que a companhia tem obras por meio do site oficial do programa, no mrv.com.br/portasabertas.

Gafisa renova certificados de qualidade ISO 9001 e SiAC PBQP-H

Durante a primeira quinzena de maio de 2019, a incorporadora e construtora Gafisa passou por uma auditoria anual, que recomendou a manutenção dos certificados que demonstram que a companhia continua zelando não só pela qualidade dos produtos e dos serviços, mas também pelo cumprimento de regulamentos, de legislações e de toda e qualquer exigência de caráter normativo. Além disso, a empresa fica apta a cumprir as exigências de instituições financeiras.

A certificação ISO 9001: 2015 garante a qualidade da gestão, dos produtos e a satisfação dos clientes da empresa; e a SiAC PBQP-H 2018 Nível A, que é específica para a construção civil, atesta a qualidade da execução das obras de edifícios. Os novos certificados deverão ser emitidos ao longo dos próximos 30 dias.

As áreas auditadas foram: Direção, Gestão da Qualidade, Vendas, Marketing, CRM, House Up (personalização de unidades), Prospecção, Suprimentos, além dos canteiros de obras dos empreendimentos Moov Espaço Cerâmica e Vila Rica.

A certificadora avaliou os procedimentos, instruções de trabalho, bem como os registros da qualidade determinados. Foram destacados como pontos fortes o comprometimento da diretoria, a organização da documentação e o engajamento dos colaboradores.

“As certificações confirmam que a Gafisa é uma das empresas mais sólidas e respeitadas do setor de incorporação e construção do país, que nunca deixou cair o seu padrão de qualidade. E a nova diretoria garantirá a melhoria contínua de nossos processos e o investimento em novas tecnologias, sempre com foco na satisfação de nossos clientes e na sustentabilidade da companhia “, afirma Roberto Portella, presidente da Gafisa.

Construtora Barbosa Mello é reconhecida no Prêmio ODS Rede Brasil do Pacto Global da ONU

A Construtora Barbosa Mello (CBM) é conhecida no segmento da construção pesada por ser uma das pioneiras no Brasil a ter sistemas de compliance e antissuborno certificado na norma ISO. E justamente por sua política efetiva de governança e por disseminar uma cultura de ética e integridade que a empresa foi reconhecida no Prêmio ODS Rede Brasil do Pacto Global da ONU, que aconteceu nesta quinta-feira (16/05).

A premiação reconheceu as empresas, academia e jovens profissionais que trabalharam para atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Foram mais de 800 inscritos e uma banca avaliadora independente selecionou 36 finalistas.

A Construtora Barbosa Mello concorreu na categoria Grandes Empresas (Paz), com o Programa de Integridade CBM – Sistema de Gestão de Compliance e Antissuborno (SGCA). A iniciativa visa fomentar a integridade corporativa e ética na CBM, incorporando mecanismos de prevenção e mitigação de riscos e por meio do comprometimento dos stakeholders, além de uma visão sistêmica de requisitos legais e normas internas, principalmente os de antissuborno e anticorrupção.

“Ser um dos destaques do prêmio ODS é o reconhecimento de um trabalho consistente realizado nos últimos anos, com seriedade e dedicação. Construir uma cultura da integridade foi o caminho que encontramos para fazer o certo e multiplicar em nossa cadeia de valor, por meio da parceria com confiança, os princípios éticos e fundamentais a um cenário livre da corrupção”, afirma o gerente de Compliance da CBM, Marcelo Assis.

Até o momento, o Programa de Integridade CBM já envolveu mais de 6.000 pessoas (acionistas, colaboradores, fornecedores, parceiros comerciais, entre outros) em treinamentos e ações de conscientização, fortalecendo a cultura da ética e integridade, por meio de uma linguagem acessível e prática. Mais de 250 terceiros (fornecedores, parceiros comerciais e instituições do terceiro setor) já passaram pelo processo de avaliação de integridade (due dilligence).

Nessas avaliações, a CBM consulta listas importantes como as disponibilizadas no Portal da Transparência, a Lista de Pessoas Expostas Politicamente, mídias negativas relacionadas a empresa e seus sócios, avaliação de processos judiciais, e faz ainda a comparação de sua base de fornecedores e parceiros comerciais com a Lista Suja do Ministério do Trabalho e Emprego. Acesse aqui o case completo da Construtora Barbosa Mello: pactoglobal.org.br/info-case/20

Os Prêmio ODS aconteceu nesta quinta-feira, 16 de maio, na Casa Natura (Rua Artur de Azevedo, 2.134), em São Paulo.

QuintoAndar participa da Collision Toronto para mostrar por que as pessoas não vão mais comprar casas

O QuintoAndar, plataforma de tecnologia do mercado imobiliário, vai explicar por que comprar um imóvel residencial para morar vai deixar de ser prioridade para as pessoas. André Penha, co-fundador e CTO da start-up, estará na Collision Conference de Toronto entre 20 e 24 de maio para apresentar o modelo da companhia e falar sobre tendências, como a moradia como serviço (Housing as a Service).

“As pessoas mudam cada vez mais, seja para estar mais perto de um novo trabalho, seja porque a família cresceu – e comprar imóveis para morar é incompatível com essa mobilidade”, diz Penha. “Ao resolver as dores do processo de aluguel, e olhar para outros desafios, como a qualidade dos imóveis, cada vez mais as pessoas vão preferir alugar a comprar – adquirir um imóvel residencial vai passar a ser investimento.”

O modelo do QuintoAndar tem promovido uma mudança importante no setor imobiliário brasileiro. Ao eliminar as burocracias desnecessárias e tornar o processo rápido, fácil e seguro tanto para o inquilino quanto para o proprietário, ele atende a demanda das pessoas por maior mobilidade sem que deixem de se identificar com suas casas.

A Collision Conference é organizada pelo mesmo grupo que criou o Web Summit de Lisboa, maior evento de tecnologia do mundo. Assim como seu ‘irmão’ europeu, a Collision reúne CEOs e fundadores de grandes empresas e start-ups, investidores e mídia de mais de 120 países. O evento será realizado no Enercare Center, em Toronto – Canadá.

Flavio Maluf fala sobre o setor brasileiro de materiais de construção

Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat), o ano de 2018 foi bom para o setor de materiais de construção do país. A instituição informou, em janeiro, que depois de três anos de queda no faturamento deflacionado, o segmento apresentou, ano passado, crescimento de 1,2% em relação a 2017. Quem reporta mais sobre o assunto é o residente das empresas Eucatex, o empresário e executivo Flavio Maluf.

Também conforme a Abramat, outro destaque de 2018 em relação ao setor de materiais de construção foi o nível de emprego na indústria. A Associação ressaltou que os últimos 12 meses (dez/17 a dez/18), comparados ao mesmo período do ano anterior (dez/16 a dez/17), apresentaram alta de 1,7% no número de vagas de emprego nas empresas do mercado.

“2018 foi um ano de retomada para nós. O consumo no varejo movimentou os estoques e o resultado foi de crescimento, ainda que tímido, revertendo a sequência negativa estabelecida nos últimos três anos. Fechar o ano com aumento também na oferta de empregos é um sinal mais contundente não só de recuperação em termos de faturamento, mas também de uma retomada na importância socioeconômica do setor para a população”, ponderou o presidente da Abramat, Rodrigo Navarro.

Flavio Maluf destaca, ainda, a colocação feita por Navarro em relação às eleições de 2018. “Durante o processo eleitoral, tivemos um segundo semestre de muita incerteza à espera de decisões por parte dos governos, além da natural contenção de investimentos do setor público. Com a definição da equipe de transição e agora a posse da nova legislatura, começamos a ter um cenário mais bem delineado para o futuro”, afirmou o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção.

2019

Feito o balanço de 2018, a Abramat também apresentou a sua primeira projeção em relação ao setor de materiais de construção para 2019. A Associação, em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV) — instituição responsável pela elaboração da pesquisa do Índice da Abramat) — estimou, ainda em janeiro, uma alta de 2,0% no faturamento de 2019 em relação a 2018.

No entanto, apesar da recuperação da indústria de materiais de construção em 2018, o setor começou este ano em baixa, reporta o presidente das empresas Eucatex, o empresário e executivo Flavio Maluf. Os dados apresentados foram de que as vendas, em janeiro, sofreram queda de 3,5% em relação ao mesmo mês do ano passado. Já em fevereiro, as vendas do setor caíram 2,5% em comparação a 2018.

Mesmo com a baixa dos números nesse começo de ano, a Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção manteve a sua projeção de fechar 2019 com crescimento de 2,0% em relação a 2018. Vale salientar que, no ano passado, as vendas no setor subiram 1,2%, percentual um pouco abaixo da estimativa da Abramat — que esperava expansão de 1,5% a 2,0%, acentua Flavio Maluf.

CEO da Bossa Nova Sotheby’s Portugal vem ao Brasil para encontro com investidores

‘Somente no último ano 22,4 mil pessoas fizeram declaração definitiva de saída do Brasil, segundo a Receita Federal e muitos desses escolheram Portugal para viver. O perfil do imigrante mudou, são famílias de classe média e alta em busca de qualidade de vida e de fugir dos problemas sociais e políticos atuais. Quem investir pelo menos €500 mil em Portugal na compra de imóveis já tem direito ao visto europeu, o que também se tornou muito atrativo para os brasileiros. Porém muitas pessoas ainda têm dúvidas de como investir em terras portuguesas e encontrar o melhor lugar para viver com sua família.

Visando responder essas questões e apresentar seu portfólio de investimentos a Bossa Nova Sotheby’s International Realty promove mais uma rodada do Conexões, um encontro entre seus clientes e investidores com Miguel Poisson, CEO da BNSIR Portugal, que acontece nos dias 29 e 30 de maio. O executivo vai falar sobre o país como oportunidade de diversificação nos investimentos e da estimativa de crescimento na casa dos 10%. “Estamos trazendo o Miguel Poisson para apresentar um panorama atualizado das oportunidades por lá. A procura por negócios na região tem crescido, seja para sortimento de investimento ou para morar e ninguém melhor do que um especialista no mercado local para mostrar porquê Portugal é uma ótima opção”, explica Marcello Romero, CEO da Bossa Nova Sotheby’s International Realty no Brasil.

Serviço – Conexões
Data: 
29 e 30 de maio
Local: Bossa Nova Sotheby’s International Realty – Alameda Gabriel Monteiro da Silva, 2.027 – Jardim América 
Telefone: +55 11 3061-0000

ENG realiza workshop de BIM para Universidades com ferramentas Autodesk

A ENG – empresa dedicada a treinamentos, consultoria, licenciamento de software e tecnologia para as áreas de Educação, Comunicação e TI – em parceria com a Autodesk – criadora do software de projeto AutoCAD – realiza agora no dia 16 de maio encontro de Universidades Privadas, direcionado à gestão de Campus Universitários, Engenheiros e Arquitetos responsáveis pelo desenvolvimento, gestão e execução de projetos de obras e manutenção.

Conforme Álvaro Venegas, diretor do Grupo Eng: “Vamos falar de como a BIM – Building Information Modeling, pode ser aplicada a projeto, obras e manutenções prediais em Campos Universitários. Mostraremos como migrar os Projetos e Plantas, do AutoCAD para o BIM, com Autodesk REVIT 2019”, comenta. “Gerar listas de materiais e quantitativos, ao fazer um projeto de construção ou manutenção/reforma, é de grande importância, e CADs convencionais não o fazem”, completa Venegas

Além disso, será apresentada a novidade do BIM 360, que oferece gerenciamento de dados e funcionalidade de colaboração com maiores controles de acesso, armazenamento ilimitado entre outros.
Já estão confirmadas importantes Universidades privadas de vários estados brasileiros.

Abaixo a agenda do evento:

9h00: Recepção

09:30: Adoção do BIM em Projetos, Obras e Manutenção de Campus Universitários

11h00: BIM 360

12h00: Almoço

14h00: Hands On para uso das ferramentas AEC Collection;

• Iniciando um projeto;
• Criando vistas, cortes e renderização;
• Quantitativos;
• VR com Autodesk REVIT;
• Integração com a Inteligência Artificial, com Autodesk Dynamo;
• Uso do REVIT integrado ao BIM 360;
• BIM 360 repositório DOCS;
• Uso do BIM 360 E REVIT em Facilities Management;
• Migração AutoCAD para BIM com REVIT;
• Criação de “As Built” com Autodesk ReCAP.

Larissa Gimenez
Arquiteta e Especialista Autodesk

17h00: Encerramento

Data: 16 de Maio de 2019
Local: ENG – Rua Alvarenga 744 Butantã, São Paulo -SP
Horário: 08h45 às 17h00

Locação de imóvel por plataformas gera rusgas com condomínios

Na mesma proporção que cresce a procura pelas plataformas para locação de imóveis para curta estadia, como o Airbnb, aumentam os desajustes que a popularização da novidade incita.

Afora a divergência do setor hoteleiro por não conseguir competir com as tarifas baixas oferecidas pelas plataformas – que não recolhem impostos como os hotéis –, e sem contar a redução do número de imóveis disponíveis para aluguel residencial de longo prazo, há ainda a resistência dos moradores de condomínios às locações.

Há até um recente Projeto de Lei (PL 2.474/2019) tramitando na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) que pleiteia inserção na Lei das Locações (Lei 8245/91) de determinação de que seja feita votação com quórum de 2/3 dos condôminos para definir se a prática será permitida e quais as regras a serem aplicadas.

Rodolfo Nunes Ferreira Batista, coordenador da área Cível do escritório Claudio Zalaf Advogados Associados, pondera o PL: “soa estranho depender da permissão dos outros para poder locar um imóvel particular. A saída para a questão é pela convenção de condomínio, que deve prever regras de segurança a serem observadas pelos locatários das plataformas digitais”, sugere o especialista.

Pesquisa em condomínios

O advogado frisa que a Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo (Aabic) realizou recente pesquisa junto às administradoras de condomínios de São Paulo e constatou que 47% dos prédios da capital já discutiu o assunto em suas assembleias, sendo que 64% deles decidiu por proibir ou restringir a locação por aplicativos.

Batista salienta que os condomínios priorizam a questão da segurança limitando o acesso de terceiros, contratando empresas de vigilância, utilizando câmaras e impondo registros de acesso cada vez mais sofisticados. Porém, a grande rotatividade de locatários gerada com a locação de curto período vai contra estas ações.

Outro ponto de resistência dos moradores refere-se ao desrespeito às normas internas pelos locatários, que violam a regra de silêncio, uso da piscina e da academia, etc.

Proibições impostas

Diante dos problemas enfrentados pelos condomínios, vários deles iniciaram um “contra ataque” aos aplicativos de locação, enquanto não há uma lei específica sobre este serviço. Alguns acabaram por proibir este tipo de aluguel através da alteração da Convenção do Condomínio. Outros sustentam que não se faz necessária a proibição aos aplicativos, bastando que conste na convenção que o condomínio tem finalidade residencial e que o aluguel de curta duração pode ser entendido como serviço de hotelaria.

Batista afirma que o judiciário tem se manifestado de forma diversa. Recentemente o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro proibiu a locação de um apartamento em Ipanema pelo período menor que 30 dias e para mais de seis pessoas por vez, impedindo que o imóvel seja locado pelo aplicativo Airbnb. A decisão impõe ainda multa diária de R$ 2 mil em caso de descumprimento.

Já o Tribunal de Justiça de São Paulo proferiu decisão em sentido contrário ao declarar que a ocupação do imóvel por pessoas distintas, em espaços curtos de tempo, via Airbnb, não descaracteriza a destinação residencial, não podendo ser vedada pelo condomínio. “A questão é recente e não houve tempo para que fosse pacificada no Judiciário”, salienta.

Legislação vigente e tendências para o futuro

Na opinião de Batista, a não ser que haja alterações na legislação vigente, o futuro das restrições impostas pelos condomínios às locações por aplicativos está comprometido. “O tipo de aluguel contratado pelas plataformas digitais pode ser enquadrado na chamada locação por temporada, prevista na Lei de Locações. Segundo o advogado, o art. 48 da lei diz que a locação por temporada é “destinada à residência temporária do locatário, para prática de lazer, realização de cursos, tratamento de saúde (…) e que não pode ser contratada por prazo superior a 90 dias”. O texto ainda especifica que o imóvel pode ser locado estando mobiliado ou não.

“Não parece haver argumento para a proibição da locação por aplicativo pelos condomínios. Há que se considerar que as plataformas digitais não criaram uma nova forma de contrato locatício, mas somente disponibilizaram meio mais prático e eficaz de intermediação entre os interessados e os locatários, o que reavivou o aluguel por temporada, anteriormente mais comum somente em cidades turísticas e litorâneas”, destaca.

Batista reforça que os condomínios voltam suas energias ao legislativo na busca por essa regulamentação. Ele cita a cidade de Caldas Novas (GO), que criou a Lei Complementar 99/2017 que em seu art. 9º determina que o dono do imóvel deve informar ao fisco municipal o recolhimento da taxa anual de funcionamento e do ISSQN (Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza), o que acaba tornando a contratação menos atrativa e diminui, de forma indireta, o problema dos condomínios.

Âmbito federal

Já no âmbito federal, o advogado informa que o Senado está processando o Projeto de Lei 7.485/15 para alterar a Lei de Locação, atualizando o regime de locação por temporada, incluindo nesta modalidade os imóveis ofertados em plataformas on-line (sites, aplicativos etc.). A Câmara dos Deputados, por sua vez, discute na Comissão de Turismo a melhor forma de regulamentação.

“A questão é polêmica e parece difícil que haja uma breve solução. O fato é que, assim como o Uber, o modelo de negócio do Airbnb já mudou para sempre este mercado”, conclui Batista.